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Atos criminosos permitidos no direito muçulmano

1. Homofobia

Ter relações sexuais com uma pessoa do mesmo gênero em países como o
Catar, Irã, Arábia Saudita, Sudão, Brunei, Iêmen, Mauritânia e Nigéria ainda é tido
como um crime, onde a lei estabelece a pena capital para tais atos sexuais
consensuais.
Chamados de “crime antinatural”, “sodomia” ou “atos homossexuais”, são
punidos com pena de morte em 11 países, podendo ter sua execução pela forca,
decaptação ou apedrejamento. E, em alguns casos, aplica-se somente aos homens.
A pena é prevista nos respectivos códigos penais de cada país. No caso do
Afeganistão, Catar, Emirados Árabes Unidos, Paquistão e Somália, a pena de morte
é possível devido à interpretação da Sharia – sistema jurídico Islã, derivado das
orientações do Alcorão –, mas não é uma determinação legal absoluta e pode ser
contestada.
No Alcorão – o livro sagrado muçulmano – não há nada que condene o
relacionamento romântico entre pessoas do mesmo sexo, porém, mesmo não
havendo nada sobre, a prática ainda é fartamente condenada nesses países. Essa
repressão é, muitas vezes, maior no mundo islâmico do que em outras religiões,
como a cristã e a hindu.
O grupo terrorista Estado Islâmico (EL) tem fortes repressões aos
homossexuais, no qual são jogados de prédios e caso sobrevivam são apedrejados,
assim, condenando com a morte aquele que se assume homoafetivo.
Entre os meses de janeiro e julho de 2015, cerca de 23 homossexuais foram
mortos em território do EL. Houve também o caso de um jovem de 24 anos que
conseguiu fugir da morte, o qual declara que “na sociedade iraquiana ser gay é igual
sentença de morte”, na mesma entrevista ele relata que “o islã opõe à
homossexualidade [...] há narrativas e pregações atribuídas a Maomé que
recomenda que homens gays sejam jogados de desfiladeiros, e depois um juiz
decida se devem ser queimados ou apedrejados até a morte”
Houve também o caso do massacre ocorrido em Orlando, em que um homem
armado entrou em uma boate voltada aos homossexuais e atirou nas pessoas do
local, causando cerca de 50 mortes. O atentado logo foi ligado ao Estado Islâmico,
visto que o atirador é de origem afegã e há suspeita de haver uma lealdade aos
extremistas.
Nesse sentido, a legislação brasileira garante que seu Estado seja
diretamente crítico diante das barbaridades apoiadas no direito muçulmano
exemplificadas acima. Onde, de acordo com o artigo 121 do Código Penal,
responde-se por homicídio doloso, com pena de reclusão de seis a vinte anos.
Além disso, sustenta-se a Lei 7.716/1989, onde o STF expandiu a aplicação
da lei do racismo aos casos de homofobia e transfobia, tornando assim, um crime
imprescritível e inafiançável. O artigo 20 da lei em questão prevê pena de um a três
anos de reclusão e multa para quem incorrer nessa conduta. Há, ainda, a
possibilidade de enquadrar uma ofensa homofóbica como injúria, segundo o artigo
140, §3º do CP.
Ademais, o direito à orientação sexual a que se queira manifestar é
preservada pela nossa Carta Magna, onde a violação praticada pelo homofóbico
está presente no art. 03, IV da Constituição, que garante “promover o bem de todos,
sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, ou quaisquer outras formas de
discriminação”.

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