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1908, e não em Viana. O evento reuniu vários nomes importantes da época, como Jung,
Adler, Ferenczi, entre outros, e foi fundamental para a consolidação da psicanálise como
campo de estudo e prática clínica. A partir daí, floresceu outras sociedades e associações de
psicanálise ao redor do mundo.
A psicanálise só foi projetada de forma direta nos Estados Unidos em 1909, quando
Freud e Jung visitaram a Clark University em Massachusetts para uma série de palestras.
Freud proferiu cinco palestras que foram publicadas posteriormente como "Cinco
Conferências sobre Psicanálise". Então, as conferências ocorreram na Clark University, e não
na Universidade de Massachusetts.
Um dos principais fatores apontados por Freud é a repressão dos impulsos instintivos do
indivíduo pela cultura e pela civilização. Para Freud, a civilização exige que os indivíduos
reprimam seus impulsos agressivos e sexuais em nome do convívio social pacífico. No
entanto, essa repressão pode gerar um acúmulo de energia psíquica que, se não for
canalizada de forma adequada, pode resultar em atos violentos.
Outro fator apontado por Freud é a desigualdade social, que pode gerar sentimentos de
inveja e ressentimento nos indivíduos que se sentem oprimidos e exploradores. Esse
ressentimento pode se manifestar em atos de violência contra aqueles que são considerados
privilegiados.
Em suma, para Freud, os atos de violência na atualidade são influenciados por uma
complexa interação de fatores culturais, sociais e psicológicos, que precisam ser
compreendidos e enfrentados de forma adequada para que a violência possa ser destruída.
Nessa observação, é possível ver que o homem não age por instinto como os animais e
para poder demarcar um espaço para si, acaba utilizando outros recursos (cultura)
É importante esclarecer que a invenção da psicanálise não foi um evento pontual em
1896, mas sim um processo gradual que se iniciou nas pesquisas e estudos de Freud ao
longo dos anos, tendo sua obra publicada e divulgada a partir desse período. Além disso,
Freud continuou a desenvolver e aprimorar sua teoria e técnica ao longo de toda a sua vida,
não tendo cessado seu trabalho em 1939, ano de seu falecimento.
A psicanálise é uma abordagem terapêutica criada por Sigmund Freud, que tem como
objetivo investigar os processos inconscientes que influenciam o comportamento humano.
Através do diálogo entre o paciente e o psicanalista, a psicanálise busca compreender as
raízes dos conflitos emocionais e psicológicos, ajudando o paciente a desenvolver um maior
autoconhecimento e superar seus problemas.
Além disso, a psicanálise também pode ser utilizada para explorar a dinâmica das
relações interpessoais, auxiliando os indivíduos a compreenderem melhor suas relações
familiares, afetivas e profissionais.
Sim, para uma pessoa se implicar com o tratamento. Ela precisa estar em sofrimento e
querer tratar ou ter algo que a intrigue sobre as escolhas e sobre a vida.
● Conhecimento teórico;
● Conhecimento técnico;
● Respaldo pessoal;
● Supervisão
Já o psicólogo é um profissional formado em psicologia e pode utilizar diferentes
abordagens terapêuticas, como a terapia cognitivo-comportamental, a terapia sistêmica e a
terapia humanista, entre outras. O objetivo do psicólogo é ajudar o paciente a lidar com seus
problemas emocionais e comportamentais, trabalhando a partir de uma abordagem mais
ampla e focada no presente.
Uma das principais contribuições da psicanálise foi a ideia de que grande parte do nosso
comportamento é influenciada por processos inconscientes, ou seja, que existem desejos,
impulsos e traumas que operam em nós sem que estejamos conscientes deles. Essa ideia
revolucionou a forma como entendemos a natureza humana, abrindo caminho para uma
abordagem mais profunda e reflexiva do ser humano.
A psicanálise serve para marcar que tipo de orientação ética na abordagem da condição
humana?
Por fim, a psicanálise propõe uma orientação ética que busca a compreensão profunda
do ser humano em sua complexidade, respeitando suas diferenças e singularidades. Isso
implica em uma postura de abertura e tolerância em relação às diferenças culturais, étnicas,
sexuais e de gênero, promovendo a diversidade e a inclusão como valores fundamentais para
o bem-estar humano.
O que mais nos acelerou nos últimos tempos é a nossa necessidade de constituir laços, a
necessidade de que o outro responda, dê likes para satisfazer o nosso desamparo (uma
necessidade de completude)
De acordo com a teoria freudiana, a sexualidade humana passa por diversas fases de
desenvolvimento, começando na infância e estendendo-se por toda a vida. Essas fases
incluem uma fase oral, anal, fálica, de latência e genital. Cada uma dessas fases é
caracterizada por um conjunto de comportamentos e desejos específicos, que se relacionam
com o desenvolvimento da personalidade.
Freud acreditava que a sexualidade infantil era uma força poderosa e que influenciava a
vida adulta. Ele via a repressão sexual como uma das principais causas de conflitos
psicológicos e de distúrbios psicológicos, e argumentou que a análise das fantasias e desejos
sexuais era uma ferramenta importante para compreender e tratar esses problemas.
Freud também defende a ideia de que o prazer é uma necessidade humana básica e que
é fundamental para a nossa saúde mental. Ele acreditava que a busca pelo prazer é uma
força motriz em nossas vidas, e que satisfazer nossos desejos e necessidades é essencial
para o nosso bem-estar psicológico.
No entanto, é importante destacar que a visão de Freud sobre a saúde mental não se
limitava apenas ao amor e ao prazer. Ele também enfatizava a importância da introspecção,
da compreensão de nossos próprios pensamentos e emoções, e da resolução de conflitos
internos como ferramentas importantes para o desenvolvimento psicológico saudável.
São todos termos que se conjuram da palavra libido: é a energia que nos liga ao outro,
ela surge a partir do investimento do outro. Como por exemplo o bebê com a mãe que
começa a ser impulsionado com os seus cuidados.
Freud também defende a ideia de que o prazer é uma necessidade humana básica e que
é fundamental para a nossa saúde mental. Ele acreditava que a busca pelo prazer é uma
força motriz em nossas vidas, e que satisfazer nossos desejos e necessidades é essencial
para o nosso bem-estar psicológico.
No entanto, é importante destacar que a visão de Freud sobre a saúde mental não se
limitava apenas ao amor e ao prazer. Ele também enfatizava a importância da introspecção,
da compreensão de nossos próprios pensamentos e emoções, e da resolução de conflitos
internos como ferramentas importantes para o desenvolvimento psicológico saudável.
Por exemplo, um indivíduo com impulsos agressivos pode encontrar uma forma saudável
de expressar esses impulsos através de uma atividade esportiva competitiva, ao invés de
expressá-los de maneira prejudicial nas relações interpessoais. Nesse processo, a energia
sexual é redirecionada para uma atividade socialmente aceitável, permitindo que o indivíduo
satisfaça suas necessidades e impulsos de forma saudável.
Freud argumentou que a sublimação é uma forma importante de lidar com impulsos
sexuais e agressivos que podem ser considerados inaceitáveis em nossa sociedade. Ao
permitir que esses impulsos sejam desviados para atividades mais construtivas e
culturalmente valorizadas, a sublimação pode ajudar a promover o bem-estar emocional e a
estabilidade social.
O ódio pode ser desviado para fora ou interiormente, o que leva o sujeito a uma posição
vulnerável. A falta é decorrente do desamparo porque a gente tem medo de perder o amor do
amado. Isso se insere no nosso nascimento através do duplo desamparo biológico e
simbólico, nós aprendemos a inventar o que não é recuperado pelo outro.
De fato, para Freud, a vida emocional humana é caracterizada por uma complexa
interação entre amor e ódio. O amor é uma força que busca a união e a proximidade com o
outro, enquanto o ódio é uma força que busca a separação e a distância do outro.
Quando o ódio é desviado para fora, o sujeito pode se tornar agressivo e violento em
relação aos outros, colocando-se em uma posição vulnerável em termos de conflitos
interpessoais e sociais. Quando o ódio é desviado para dentro, pode levar a um sentimento
de auto-aversão e autodestruição, levando também a uma posição de vulnerabilidade
emocional.
A falta, por sua vez, é uma condição inerente à vida humana. Todos nós, em algum
momento, experimentamos sentimentos de falta e incompletude, seja na relação com os
outros, seja em relação a nós mesmos. O desamparo que você menciona pode ser visto
como uma forma de falta fundamental, que está presente desde o nascimento. Para Freud, a
experiência do desamparo biológico e simbólico nos primeiros anos de vida pode levar a uma
sensação de insegurança e vulnerabilidade emocional que pode afetar a vida emocional do
sujeito ao longo de toda a sua vida.
Assim, a psicanálise busca compreender o complexo entre amor, ódio, desamparo e falta
na vida emocional humana, de forma a ajudar os indivíduos a lidar com seus conflitos e
sofrimentos emocionais.