Você está na página 1de 3

Vida de exercícios e universidade.

Resumo

Nunca antes, em toda a história da humanidade o homem fez tantos exercícios quanto agora,
desde os exercícios físicos, mentais e até espirituais. Esta pratica constante de exercícios nasce
do facto do homem não se apresentar como um ser completo, diferentemente dos demais. Talvez
se deva ao facto do nascimento precoce do homem, o que pode contribuir para essa composição
deficitária, o que leva o homem a suprir essa que é uma necessidade da própria espécies, “ a de
intelectualizar-se”.

A prática de exercícios não é característica de uma faixa etária ou grupo social específico, mas, é
comum em vários círculos sócias encontrar pessoas de diversas etnias e idades buscando suprir
essa necessidade de intelectualizar-se e atingir assim, altos graus de rendimento de ponto de vista
fisco e espiritual. Para tal aprimoramento de si mesmo, o homem foi ao longo de sua existência
desenvolvendo formas de aprimoramento de si mesmo, como é frequente ver nos centros urbanos
as famosas “ academias” de manutenção e preparação física, e por consequência, tem se
proliferado a ideia de corpo ideal, ou seja, um corpo impecável e sem deformidades, o que leva
os indivíduos do nosso século a uma pratica incansável de exercícios físicos, o que chamamos de
boldbuilding.

E importante referir que o homem não é apenas praticante de exercícios de carácter físico e que
visem a manutenção do corpo, mas, mesmo ainda no contexto moçambicano, no período pos
independência, assistimos a multiplicação de academias espirituais, as quais têm por finalidade a
exercitação da mente, a este tipo de exercícios chamaremos de mindbuilding. Devido a
massificação do ensino superior no nosso país, nos tornamos praticantes activos de exercícios de
carácter mental, e importa referir que esta prática reflexiva não é característica de uma classe
social especifica como foi comum ver nos séculos anteriores, mas, é característica de todos, ou
seja, basta estar desconfortável com o próprio estado de penúria intelectual e sentir a necessidade
de construir-se mais.

Vivemos numa sociedade de crítica, facto que é frequente observar nas instituições em geral,
sobre tudo as instituições de carácter educativo/ensino. Tem se falado de baixa qualidade de
preparação dos jovens, preocupação esta que inquieta grande número de pessoas, alguns chegam
até a dizer que o nível de ensino nosso esta descendo a taxas altas, dado que se as universidades
não têm formado com qualidade, mas é comum encontrar nelas, analfabetos escolarizados. São
várias as razões para que existam esses estudantes medíocres, desde o facto dos mesmos
acusarem o professor, o sistema de ensino, etc. se o individuo é medíocre, de certeza a mudança
deste estado para o outro exigem uma introspecção e reflexão profunda a ponto de descobrir o
que está falhando e desenho de métodos para correcção. Ao invés de procurar no outro o culpado
por seu fracasso este deve buscar em si mesmo o culpado e desta forma superar os seus limites.
Se o ser humano desenvolve-se a partir do exercício, desta forma, não há duvidas que uma das
formas de escaparmos e resgatarmos a sociedade em risco é praticando exercícios, entretanto, é
importante lembrar que uma prática de exercícios que não tenha fundamentos numa reflexão de
si mesma e que descarta a auto crítica arrisca-se a ser enfadonha, monótona e rotineira, ou seja,
não produz os resultados desejados.

Parte II

Para Ebbinghaus (1908), A psicologia possui um longo passado, mas uma curta história.

Já era frequente o questionamento sobre o comportamento humano mesmo na Grécia antiga. Os


sofistas enchiam as chamadas “ágoras” e faziam questionamento das características humanas
mais profundas, ou seja, já se fazia o estudo do comportamento e da actividade mental muito
antes da psicologia se tornar ciência autónoma e desvinculada até certo grau da filosofia.

Por muito tempo a psicologia esteve ligada a filosofia, dai que ela não tinha métodos próprios e
não era ciência autónoma. Os gregos já faziam questões profundas sobre o funcionamento entre
o corpo e a alma, e era comum o uso do método introspectivo e de alguns métodos filosóficos
tais como a reflexão e critica.

E importante referir que até mesmo na idade da pedra, o ser humano já fazia questionamentos
sobre o comportamento e a forma como o seu cérebro funcionava, ainda que este não tivesse os
conhecimentos mais acurados existentes hoje, dai que, a psicologia tem um longo passado.

Como ciência, a psicologia nasce no século XIX, concretamente em 1879 com a criação do
primeiro laboratório de psicologia experimental, dai que ela tem uma curta história como ciência
dos comportamentos e da actividade mental. Com a criação deste laboratório por Wundt, a
psicologia teve o seu começo, dai em diante surgiram as muitas escolas da área (estruturalismo,
funcionalismo, comportamentalismo e gestalt), e por consequência houve em cada escola um
desenho metodológico que caracterizava e diferenciava uma escola da outra.

Você também pode gostar