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Pesquisas 04/04/2023 – Daniela Monteiro Polati

1. Quem é o nervo pudendo?

O nervo pudendo é um nervo sensitivo e motor, sendo o principal nervo do


períneo (região entre a bolsa escrotal e o anus em homens e entre a vagina e o anus
em mulheres). Ele conduz os estímulos sensitivos da região da genitália externa (penis
e vulva) em homens e mulheres e também é responsável por inervar os músculos do
períneo, como o músculo esfíncter externo da uretra e o esfíncter do ânus.

Neuropatia do pudendo: O nervo pudendo pode ser lesado de várias maneiras


(trauma, parto, constipação, etc). Porém, como ele passa em seu trajeto pelo canal de
Alcock, neste ponto ele é particularmente vulnerável. é uma síndrome compressiva
dolorosa que em geral afeta pacientes entre 40 e 75 anos de idade, ocorrendo
principalmente em mulheres. Na prática, a história clínica de quem tem neuropatia do
pudendo é a seguinte: Dor no períneo e polaciúria (urina varias vezes ao dia). Esta dor
no períneo é unilateral, e engloba uma metade do períneo e também a genitália
externa. Existem testes específicos, como o exame de eletroneuromiografia perineal,
porém é muito difícil de encontrar este exame em território brasileiro.

Muitas vezes, na neuralgia do pudendo, ocorre dor importante no território do


nervo pudendo durante relação sexual, muitas vezes impossibilitando o paciente de
realizar.

2. Qual nível está o cone medular?

O cone medular é a porção terminal da medula espinal. Como o próprio nome


sugere, essa extremidade possui formato de cone, e encontra-se entre os níveis das
vértebras L1 e L2 nos adultos. O cone medular é fixado ao cóccix por meio de um
cordão fibroso chamado filum terminale, que estabiliza a extremidade distal da medula
espinal.
Distalmente ao cone medular há uma coleção de raízes nervosas espinais
chamada de cauda equina, que emerge da parte lombossacral da medula espinal, abaixo
da vértebra L1, e cursa inferiormente.

O cone medular e a cauda equina dão origem aos nervos espinais que fornecem
toda a inervação motora e sensitiva para os membros inferiores, pelve e períneo, bem
como a inervação parassimpática para as vísceras pélvicas.

Componentes Cone medular: segmentos sacrais (S2 a S5) e coccígeo da


medula espinal
Cauda equina: formada pelas raízes nervosas espinais (L2
a S5) e pelo nervo coccígeo (Co)

Inervação Motora: Músculos dos membros inferiores (L2 a S2),


assoalho pélvico e músculos perineais (S2 a S4)
Sensitiva: Pele dos membros inferiores (L2 a S3), períneo
(S2 a S4), região coccígea (S4 a S5, Co)
Parassimpática (S2 a S4): vísceras pélvicas (cólon
descendente, cólon sigmoide, reto, bexiga e órgãos
reprodutores)

• Síndrome da cauda equina

A síndrome da cauda equina ocorre devido à compressão ou irritação das raízes


nervosas espinais lombossacrais, muitas vezes devido a hérnias discais lombares. Os
sintomas mais comuns incluem dor lombar com irradiação para a região sacral e para
os membros inferiores e déficits motores e sensoriais bilaterais, que se apresentam
como anestesia assimétrica em sela (dermátomos S2 a S5), além de fraqueza
assimétrica de membros inferiores. Outros sintomas adicionais possíveis são a perda
do controle da bexiga (retenção urinária), a incontinência fecal e a disfunção erétil, que
são frequentemente achados tardios e menos frequentes.
• Síndrome do cone medular

A síndrome do cone medular, embora bastante semelhante, é clinicamente


distinta da síndrome da cauda equina. Essa síndrome é muito menos comum, e
geralmente é causada por tumores ou alterações vasculares no canal espinal.
Caracteriza-se por anestesia simétrica em sela e por fraqueza simétrica nos membros
inferiores, associada a disfunção vesical e incontinência intestinal precoce.

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