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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUTÔNOMO DO BRASIL

ARTROPATIAS PROVOCADAS POR DEPÓSITOS DE


MICROCRISTAIS

PROF.ª RACHEL SCHETTERT DE CAMARGO


ARTROPATIAS PROVOCADAS POR DEPÓSITOS DE
MICROCRISTAIS

• Enfermidade articular e periarticular: resposta inflamatória (formação ou


depósito);
• São considerados: gota, condrocalcinoses e a de artrite por depósito de fosfato
básico de cálcio.
GOTA
EPIDEMIOLOGIA

• Homens: 95%;
• Mulheres: 3 a 7%;
• Idade: 30e 60 anos;
• História familiar: 40%;
PATOGÊNESE

• Hiperuricemia:
• Redução da taxa de excreção de urato: hiperprodutores (85%);
• Aumento da produção: hipoexcretores (8 a 10%);
CLASSIFICAÇÃO

• Gota primária:
• Erro inato do metabolismo das purinas:
• ↑ ácido úrico e ↓ na excreção renal;
• Gota secundária: condições que levam a:
• Acúmulo de ácido úrico;
• Hipoexcreção;
• Três Fases:
• Artrite gotosa aguda;
• Gota intercrítica;
• Gota tofácea crônica.
ARTRITE GOTOSA AGUDA

• Idade: 4.ª década de vida;


• Mono ou oligoarticular: súbito, dor (contínua e alta intensidade), sinais
inflamatórios;
• Articulações: metatarsofalangeana do hálux, tarsometatársicas, tibiotársicas,
joelhos, punhos, mãos e cotovelos;
ARTRITE GOTOSA AGUDA
ARTRITE GOTOSA AGUDA

• Duração:
• Horas a poucos dias;
• Fase assintomática;
• Fatores Desencadeantes:
• Abuso de álcool, cirurgias, traumas e medicamentos.
GOTA INTERCRÍTICA

• Período intercrítico → fase de remissão;


• Duração: 6 meses a 2 anos;
• Fatores exacerbantes:
• Não tratamento na fase aguda;
• Período intercrítico menor;
• Ataques intensos e prolongados;
• Acompanhamento e tratamento.
GOTA TOFÁCEA CRÔNICA

• Variação:
• 3 a 42 anos;
• Poliartrite crônica:
• Tofos;
• Dor contínua de intensidade moderada;
• Sinais inflamatórios e deformidades articulares;
GOTA TOFÁCEA CRÔNICA
GOTA TOFÁCEA CRÔNICA
GOTA TOFÁCEA CRÔNICA

• Tofos:
• Indolores, limitação da ADM’s;
• Destruição articular;
• Ulcerações: substância branca (pó de giz);
LESÃO RENAL

• Nefropatia por urato;


• Nefropatia aguda por ácido úrico;
• Litíase renal;
DIAGNÓSTICO

• Agudo:
• Dor forte;
• Edema e eritema (6 a 12 horas);

• Exames laboratoriais: sangue, urina e líquido sinovial;


IMAGINOLOGIA

• Aguda:
• Raio X: normal
• Crônica:
• Osteoporose;
• Erosões ósseas (saca-bocado);
• Diminuição espaço articular, deformidades, osteófitos e anquilose óssea
TRATAMENTO CLÍNICO

• Clínico:
• Redução da concentração de urato;
• Reabsorção dos tofos;
• Prevenção da deposição de cristais;
• Controle sistêmico: HAS, hiperglicemia, hiperlipidemia, obesidade, tabagismo;
TRATAMENTO

• Fisioterapêutico:
• Controle da crise aguda;
• Tratamento Sintomático:
• Medidas analgésicas e antinflamatórias;
• Mobilização ativa e passiva (fase subaguda);
• Alongamentos e fortalecimentos musculares;
• Evitar: calor profundo,
CONDROCALCINOSE

• Doença por deposição de cristais de pirofosfato diidrato de cálcio (CPPD);


• Cálcio: cartilagem hialina e fibrocartilagem;
• Pseudogota:
• Semelhante a gota: patogenia diferente;
CLASSIFICAÇÃO

• Assintomática:
• Calcificação radiológica;
• Associada sinovite aguda:
• Pseudogota;
• Artropatia degenerativa:
• Semelhante à osteoartrite.
EPIDEMIOLOGIA

• Deconhecida;
• Homens;
• Forma primária (idiopática):
• 5 a 10% adultos;
• Ambos os sexos;
• ↑ 75 anos: 30%
EPIDEMIOLOGIA

• Forma secundária:
• Idade: mais em idosos.
• Trauma;
• Osteoartrite;
• Gota;
• Hipotireoidismo;
FISIOPATOLOGIA
QUADRO CLÍNICO

• Latente:
• Mais comum;
• Assintomática: condrocalcinose isolada;
• 8.ª e 9.ª década de vida;
QUADRO CLÍNICO

• Pseudogota:
• Idosos;
• Sinovite aguda (depósito de ca);
• Dor intensa, edema: 6 a 12 horas (máximo 3 semanas);
• Articulações: joelho, punhos, ombros, cotovelos e tornozelos;
QUADRO CLÍNICO

oPseudo-osteoartrite:
oArticulações: joelho, quadril, punho e metacarpofalangeanas (2.ª e 3.ª) e
cotovelos;
oContratura em flexão de cotovelo e punhos.
QUADRO CLÍNICO

oPseudo-reumatóide:
oSinovite crônica;
oMulheres idosas;
oGrandes e médias articulações.
oPode haver simetria, rigidez matinal e hiperplasia sinovial significativa.
IMAGINOLOGIA

• Calcificações:
• Lineares ou pontilhados: cartilagem e fibrocartilagem;
• Simétricas e paralelas ao osso subcondral;
• ↓ Espaço articular, esclerose óssea e calcificações.
DIAGNÓSTICO

• Identificação dos cristais no líquido sinovial;


• Análise química do líquido sinovial;
• Raio X: calcificações.

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