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TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE - DESAFIOS

ESCOLARES

Você, enquanto Profissional de Educação já se sentiu incomodado

com a Filosofia de Inclusão que sua escola prega? Pois bem, quantas
vezes nos deparamos com situações onde a Inclusão passa longo do que

preconiza os marcos legislativos legais, nacionais e internacionais acerca


da pessoa com TDAH. Situações em que percebemos nitidamente que a van
Filosofia está a anos luz do que preconiza a Constituição Federal de 1988,

a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), a Lei Brasileira de Inclusão.


Infelizmente essa constatação não incomoda a todos os que
participam da promoção do conhecimento como uma ferramenta de

equidade e garantia de direitos constituídos por lei, mas somente aos


poucos que sonham e trabalham arduamente para a construção de uma
sociedade mais justa e igualitária.
No meio desse percurso de inclusão ainda nos deparamos como
profissionais de educação que fazem vista grossa a esse processo,
muitos deles, e aqui diga-se de passagem, boa parcela, não por má

vontade, mas por se encontrarem tão perdidos quanto o sistema que


versa de forma teórica uma inclusão, que só os olhos dos gestores
conseguem enxergar. Raramente nos deparamos com momentos visíveis de
inclusão, onde se perpassa as fronteiras onde a teoria é posta em prática
de forma simples e contínua, provendo ao público autista condições de

estarem inseridos no âmbito escolar, extensão do seio familiar e


consequentemente na sociedade.
Nessa premissa, muitos professores/educadores se encontram
literalmente perdidos, visto que sua formação inicial não lhe

proporcionou mecanismos de ação e tão pouco lhe apresentou a real

grandeza e responsabilidade que é estar dentro de uma sala de aula com


alunos com deficiência, sedentos de uma inclusão que muitas vezes nunca

saí do papel.
Muitos dos professores/educadores preocupados com a sua
prática e perdidos no ambiente escolar com um aluno com TDAH, busca

nos Cursos de Formação Continuada como é o caso deste, informação,


orientação, suporte e acima de tudo respaldo técnico, teórico, e prático
que esteja de acordo, ou se aproxime da sua realidade.

A busca contínua por novos conhecimentos pode equiparar uma


formação inicial defasada, principalmente no que se refere a Educação
Inclusiva, em especial aos educandos com TDAH, por se tratar de um

universo novo em nosso país e que ainda requer investimentos


educacionais, capaz de despertar no professor/educador além da
responsabilidade o prazer de ver o seu aluno com autismo em plena
evolução.
Sabe-se que grande parte dessa responsabilidade em prover
mecanismos de ação para o desenvolvimento do educando com TDAH não é
do professor, embora seja ele o grande mediador do conhecimento, de
procedimentos que possam de fato transformar um teoria em prática

social, e para isso esse professor tem muitas vezes se sentido


angustiado, por não conseguir desenvolver um trabalho condizente com as
suas necessidades e principalmente a dos seus alunos com TDAH.
No ambiente escolar é muito comum nos depararmos com
situações em que o educando com Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade aos pulos em sala de aula, inquietos, muito agitados,

mexendo em vários materiais escolares, tanto os seus quanto dos seus


colegas, estes, infelizmente sofrem com a falta de conhecimentos de
muitos profissionais de educação sobre o assunto, ou até mesmo são
taxados por termos pejorativos como: elétricos, desengonçados,

diabinhos, desajeitados, entre outros...

Sabemos que não é uma tarefa fácil para nós


professores/educadores, estarmos inseridos em uma sala de aula com
um aluno com TDAH sem termos conhecimento suficiente, suporte
educacional, profissional de apoio especializado, negligência da família
(quando não acompanha o desenvolvimento do filho), bem como a própria
dificuldade da escola. Mas, em meio a esse turbilhão de dificuldades e

angústias, nosso instinto de professor, mediador do conhecimento,


sempre fala mais alto, e isso nos leva a se empenhar, a pesquisar, a
pedira ajuda a colegas, a criar, a recriar, a copiar, a prover ações
pedagógicas que possam facilitar o seu processo de aprendizagem. E
sabe, qual a nossa maior recompensa? Perceber os pequenos/grandes
avanços, que embora para muitos possa não parecer muito, para o
educando autista é de fato uma grande conquista.
Referência Bibliográfica:

SILVA, Ana Beatriz Barbosa. TDAH: desatenção, hiperatividade,


impulsividade. São Paulo. Editora Globo, 2014.

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