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PRINCIPIO FUNDAMENTAL
As emoções são experimentadas como um resultado do modo no qual eventos são interpretados
ou apreciados. É o significado dos eventos que desencadeia as emoções mais do que os próprios eventos.
Para a terapia cognitiva não se refere necessariamente a pensar mais positivament. A ideia central
é que podem existir diversas formas alternativas de encarar uma determinada situação.
Pessoas que sofrem de problemas emocionais geralmente estão presas a uma forma negativa e
inútil de olhar para a sua situação e só conseguem ver essa forma de interpretá-la.
O papel do terapeuta cognitivo é auxiliar as pessoas a explorar se podem ou não existir formas
alternativas de avaliar a sua situação, e ajuda-las a avaliar os méritos e precisão dessas alternativas em
comparação com suas experiências do passado, presente e futuro.
Objetivo do terapeuta: não é persuadir ao paciente de que a maneira delas olharem a situação é
errada, irracional ou negativa, mas ao invés disso, é permitir-lhes identificar onde elas podem ter caído
em uma armadilha e ter ficado encalhadas em sua forma de pensar e permitir-lhes descobrir outras
formas de encarar a sua situação.
Uma vez feito isso, o terapeuta ajuda a pessoa identificar quais os obstáculos que as impede de
pensar e agir desta forma nova e mais funcional.
Desta forma, a TC busca libertar os pacientes para escolham outras formas de interpretar e reagir
às situações. Assim, o terapeuta capacita os pacientes, expandindo as escolhas que eles podem fazer
sobre a forma como reagem à situação, ajudando-os a descobrir informações que lhe permitam decidir
entre as alternativas disponíveis de uma maneira fundamentada.
A pessoa que experimenta ansiedade acredita está sendo ameaçada por um dano físico ou social.
Se este dano que ela teme está ou não objetivamente presente, é irrelevante para a experiência da
ansiedade.
Desta forma, é a interpretação de uma situação como um sinal de ameaça que é essencial para a
experiência da ansiedade. Ex. a experiência do paciente de pânico que erroneamente acredita que está
tendo um ataque cardíaco é muito similar a da pessoa que realmente está tendo esta experiência.
Essa visão normalizadora pode ser usada para fortalecer o paciente, reduzindo a baixa auto-estima
que acompanha um diagnóstico psiquiátrico de doença mental. Também pode libertar o paciente do
sentimento de desamparo que ele sente frente à explicação de uma “doença” incontrolável e a acusação
de fraqueza moral e pessoal por conta de uma sensibilização irracional.
O terapeuta mostra que qualquer um que tivesse as mesmas crenças, reagiria de maneira
semelhante.
O modelo da TC pode ser aplicado tanto para as percepções verdadeiras de ameaça quanto para
as percepções equivocadas, tornando assim um componente importante para a própria terapia.
São as situações, sob as quais, os processos cognitivos, podem tornar-se paralisados, resultando
em níveis excessivos e incapacitadores de ansiedade. Os fatores envolvidos na ocorrência de ansiedade
mais severa e persistente são de duas categorias: (1) FATORES QUE LEVAM PESSOAS A EXPERIMENTAR
NÍVEIS ALTOS DE ANSIEDADE; e (2) FATORES ENVOLVIDOS NA MANUTENÇÃO DOS ALTOS NÍVEIS DE
ANSIEDADE
1. As crenças:
A razão da pessoa interpretar as situações como mais perigosas do que elas realmente são as
pressuposições ou crenças particulares que elas aprenderam durante um período inicial de suas vidas.
2. A avaliação da ameaça:
4. Ajuda de terceiros
Para a terapia cognitiva existem três fatores mantenedores da ansiedade: (1) a atenção seletiva;
(2) Alteração fisiológica; (3) Mudanças no comportamento;
1) A atenção seletiva
Aqueles que acreditam estar em perigo tendem a se tornar sensíveis a percepção dos estímulos
consistentes com o perigo temido. Ex. o fóbico de aranhas, examina o ambiente a procura de sinais de
teias de aranha.
2) Alteração fisiológica
A ansiedade tem efeitos diretos e indiretos. As pessoas que se percebem em perigo podem sentir
os efeitos da liberação da adrenalina. Se a fonte do perigo for ligada a sensações corporais, então a
sensação de perigo é aumentada, crescendo em espiral até um ataque de pânico. Ex.
3) Mudança no comportamento
São três tipos de comportamentos de esquiva: (1) evitação de situações que o paciente acredita
que possam provocar pânico (por exemplo, evitar supermercados); (2) fuga de uma situação quando um
ataque de pânico ocorre (por exemplo, sair de uma loja quando começam os sintomas de pânico); e (3)
comportamento de busca de segurança executados durante o pânico, com a intenção de ativamente de
evitar a catástrofe temida (por exemplo, quando a tontura leva ao pensamento “vou desmaiar”, segura-se
em outra pessoa).
2. Tratamento de exposição
A exposição do paciente à situação temida permite ao paciente aprender que as coisas que eles
temem não acontecem de fato, e assim, eles experimentam a desconfirmação de seus temores.
Regras:
3. Cuidar para que o paciente não se distraia durante a experiência. Os pacientes podem usar de
fuga pela distração por acreditar que a ansiedade mesmo pode lhes causar mal.
3. Estratégia do terapeuta
(1) fornecimento de uma formulação cognitiva que seja compreensível e abrangente, e (2) uma
demonstração clara do modo pelo qual os fatores de manutenção da interpretação errônea tendem a
aumentar tanto a má interpretação como os sintomas; e (3) no caso do TOC e da hipocondria, (que veem
a ameaça como algo provável de acontecer no futuro) não basta a estratégia de desconfirmação, é
preciso entender como o problema do paciente opera e ajudar o paciente a elaborar uma interpretação
alternativa menos ameaçadora.
TERAPIA COGNITIVA DO TRANSTORNO OBSESSIVO E COMPULSIVO
1. Proposição
O pensamento obsessivo tem sua origem em cognições intrusivas normais. As cognições intrusivas
são ideias, pensamentos, imagens ou impulsos que invadem no sentido de que eles interrompem o fluxo
corrente de consciência de uma pessoa, que os considera perturbadores, inaceitáveis ou de alguma forma
desconfortáveis.
A diferença entre cognições intrusivas normais e as cognições intrusivas obsessivas não está na
ocorrência ou mesmo no controle (ou falta de controle) das intrusões em si, mas ao invés disso, na
interpretação feita pelos pacientes obsessivos da ocorrência, e no conteúdo das intrusões. A avaliação
está totalmente focada no dano ou na perda, a reação emocional é de ansiedade ou depressão.
Quando as cognições intrusivas são interpretadas como uma indicação de que a pessoa é
responsável por um dano a si mesmo ou a outras pessoas, isto se vincula aos comportamentos
neutralizadores - (compulsivo) sejam secretos ou públicos.
3. Esquema do TOC
O TOC começa com os pensamentos intrusivos, impulsos, imagens e as dúvidas que fazem parte
da experiência normal do dia-a-dia das pessoas, mas para as pessoas que têm uma tendência permanente
de interpretar a sua própria atividade mental como indicação de “responsabilidade pessoal”, estas
experimentarão o padrão de desconforto e de neutralização característico do transtorno obsessivo-
compulsivo. Os efeitos da emoção eliciada e dos comportamentos de busca de segurança serão de
manter e aumentar o padrão de preocupação.
Ex.: uma paciente que acredita que a ocorrência do pensamento “eu poderia matar meu bebê”
significa que existe um risco de que ela vá cometer a ação a menos que ela faça alguma coisa para evitá-la
– como evitar ficar sozinha com a criança. Ela procuraria a reafirmação das pessoas ao seu redor e
tentaria evitar ou escapar de seus pensamentos intrusivos, ou tentaria pensar em pensamentos positivos
para compensar os negativos (neutralizá-los).
Esquema:
Os obsessivos tentam exercer controle sobre sua própria função cognitiva, sobre ocorrência de
pensamentos, sobre sua memória, sobre os detalhes de como eles executam as suas ações no dia-a-dia.
E o desconforto vem em razão da avaliação que o paciente faz da ocorrência e do conteúdo dos
pensamentos intrusivos. A avaliação destes dois elementos leva a pessoa a uma avaliação aumentada da
responsabilidade. Ex. (1) – um paciente que era incapaz de se livrar de pensamentos bizarros
desagradáveis interpretou essa aparente resistência aos seus esforços de os controlar como um sinal de
que estava correndo o risco de perder o controle e comportar-se de modo imprevisível e violento. Neste
caso foi a ocorrência das intrusões que foi mal interpretada. Ex. (2) – uma paciente repetidas e vívidas de
si mesma morta frente a uma loja, e de sua família em torno do caixão no qual ela estava deitada. Ela
interpretou a ocorrência dessas imagens como uma previsão do futuro e ficou perturbada de que as
imagens representavam lugares e pessoas reais. Aqui o conteúdo das intrusões foi de maior importância.
A terapêutica holística comtempla todas as estruturas psíquicas da pessoa e os efeitos operantes que elas
produzem. Por trás de todos os sintomas existem perdas egoicas, que por sua vez levam a crenças nucleares, que
levam a crenças intermediárias, que levam a pensamentos automáticos, que levam a emoções desadaptativas que
levam a comportamentos disfuncionais, que levam a reações fisiológicas severas ou não. Pois bem, que parte do
problema do seu cliente você como psicólogo vai "por a mão"? Em que parte você como psicólogo acha que resolve
o todo? Mexer só com os pensamentos automáticos? Eles são causa ou efeito das crenças limitantes? Quem sabe
tentar apenas nas emoções? Não é isso (com todo respeito) que a psiquiatria faz com os receptadores inibidores de
serotonina? E funciona? O que às vezes pode ser vista como colcha de retalho deveria ser vista como uma grande
rede em que todos os nós precisam ser refeitos sob pena de que um dos nós perdidos venha a comprometer toda a
tessitura. Muitas vezes é mais comodo querer que o paciente se encaixe em nossos sistemas já pré-moldados,
enquanto deveria ser o contrário. A terapêutica tem que ser um pacote de presente apresentado a partir da
idiossincrasia de cada um