1. Relatoria: MARQUES, Cláudia L. Ensaio para uma introdução ao Direito
Internacional Privado.
1.1 Introdução
- Inserção científica do Direito Internacional Privado;
- Globalização e crescimento de contatos internacionais.
1.2 O objeto de estudo do Direito Internacional Privado
- Direito Internacional Privado como ramo do direito interno e a internacionalidade
das relações da vida privada;
- Pluralidade de sujeitos e de sistemas jurídicos no mundo: as relações atípicas e os
conflitos de leis no espaço.
1.3 As várias teorias sobre o objeto do Direito Internacional Privado
- A divisão da doutrina brasileira quanto ao objeto;
- Uma visão plural possível e reflexos na taxinomia do Direito Internacional
Privado.
1.4 Considerações finais
- O Direito Internacional Privado é composto por duas partes: uma dedicada a
regular as situações jurídicas privadas internacionais e outra dedicada a regular e propor soluções para conflitos entre ordens jurídicas. 2. Relatoria: SYMEONIDES, Symeon C. Material Justice and Conflicts Justice in Choice of Law. In: International Conlfict of Laws for the Third Millennium: Essays in honor of Friederich K. Juenger.
2.1 Introdução
- O foco do artigo é compreender se o objetivo do Direito Internacional Privado
se traduz em simplesmente escolher o Estado que deve fornecer a lei aplicável, sem consideração do seu conteúdo e da qualidade substantiva da solução produzida, ou se o deve-se procurar produzir a melhor solução substantiva para o caso particular;
- "Justiça de conflitos" x "justiça material".
2.2 A visão clássica
- A visão tradicional do é baseada na premissa de que a função do Direito
Internacional Privado é assegurar que cada disputa legal multiestatal seja resolvida de acordo com a Lei do Estado que tiver a relação mais apropriada com a mencionada disputa.
2.3 A segunda visão: “justiça material”
- A segunda visão se embasa na premissa de que casos multiestatais não são
qualitativamente diferentes dos casos domésticos. Portanto, juízes não devem deixar de resolver disputas de maneira justa, determinando as soluções de maneira material e não em termos espaciais.
2.4 Incursões da justiça material
- Examina-se de que maneira os sistemas de Direito Internacional Privado
oficialmente autorizam a busca por justiça material no processo de escolha normativa.
2.5 Regras estatutárias de escolha de leis orientadas para resultados
- Favorecimento da validade formal ou substantiva de um ato jurídico, como
testamentos, casamentos, etc.;
- Favorecimento de certa condição, como a de filho, cônjuge, divorciado, etc.;
- Favorecimento uma parte, a exemplo da vítima, do empregado, etc.
2.6 Conclusões
- O fato de que muitos sistemas codificados de Direito Internacional Privado
conseguiram prever regras de escolha legal especificamente designadas para alcançar resultados sugere que a visão de justiça material ganhou força ante à visão clássica. O dilema, portanto, não é mais "uma visão ou outra”, mas sim como e quanto a justiça material deve embasar a busca pela resolução de conflitos legais.
3. Relatoria: BASEDOW, Jurge. The Effects of Globalization on Private
International Law. In: Conflict of Laws, Internet, Capital Markets and Insolvency.
3.1 Introdução
- Globalização e seus reflexos: aceleração do surgimento de tratados e a criação
de novos tribunais internacionais, movimentação de pessoas, dados e bens pelo globo;
- As estruturas de governanças serão modificadas com o curso da globalização.
A nova ordem que emerge da globalização será caracterizada por quatro grupos de regulações:
a) Regulações globais que, na maioria dos casos, conterão convenções
internacionais;
b) Regulações regionais, como as da União Europeia, que poderão ir além do
modelo de convenções internacionais e produzir efeitos vinculantes a Estados e suas respectivas populações;
c) Regulações nacionais tradicionais;
d) Regulações subnacionais, a exemplo daquelas dos entes federativos.
3.2 Consequências gerais para o Direito Internacional Privado
- Aumento dos conflitos transnacionais para os quais advogados e tribunais não
estão preparados; - Aumento de atividades no campo de unificação ou harmonização de leis em áreas em que transações são inerentemente globais;
- Falhas e exceções no escopo de leis uniformizadas. Importância uxílio de
princípios no esclarecimento do significado e no preenchimento de falhas;
- Autonomia das partes e lex fori: o poder de escolher a lei aplicável.
3.3 Consequências para áreas específicas do Direito Internacional privado
- Status pessoal e princípio da nacionalidade. Direito de Família e Direito das
Sucessões;
- Custos administrativos da aderência desarrazoada ao princípio da
nacionalidade;
- Regras mais liberais de aquisição de cidadania de um Estado.
Novo Direito Internacional: Revendo a Teoria do Direito Internacional Público a partir das teorias do Jus Cogens, Direitos Humanos e Processo Legal Transnacional e a potencial aplicação pelos Tribunais Internacionais