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Planos de aula / Língua Portuguesa / 8º ano / Análise linguística/Semiótica

Reconhecendo os diferentes tipos de argumentos em textos de opinião


Por: Cláudia De Jesus Abreu Feitoza / 23 de Janeiro de 2019

Código: LPO8_06SQA09

Sobre o Plano

Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Professor-autor: Cláudia Feitoza
Mentor: Cristiani Fernandes Especialista: Isabel Fernandes

Título da aula: Reconhecendo os diferentes tipos de argumentos em textos de opinião

Finalidade da aula: Permitir a identificação e reflexão sobre o uso de modalizadores na construção do discurso e do ponto de vista; identificar tanto
em notícias como em artigo de opinião o papel de adjetivos, advérbios, locuções adverbiais e adjetivas na construção dos sentidos e seus
significados contidos nas entrelinhas dos textos midiáticos da ordem do argumentar, bem como o papel deste na construção de um
julgamento/avaliação.Ano:8º ano do Ensino Fundamental

Gênero: Artigo de opinião

Objeto(s) do conhecimento: Estilo / Argumentação: movimentos argumentativos, tipos de argumento e força argumentativa / Modalização

Prática de linguagem:Análise Linguística e Semiótica

Habilidade(s) da BNCC: EF69LP17/EF89LP14/EF89LP16/EF08LP16

Sobre esta aula: Esta é 9ª aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero artigo de opinião e no campo de atuação jornalístico/midiático.
A aula faz parte do módulo de Análise Linguística e Semiótica.

Materiais necessários:

Artigo de opinião “O vagão cor-de-rosa”, disponível aqui.


Atividade modalizadores, disponível aqui.
Gabarito atividade modalizadores, disponível aqui.

Informações sobre o gênero: O artigo de opinião faz parte do campo midiático da esfera jornalística. Pode aparecer em jornais/revistas (impressos e
virtuais) e sites. Tem por objetivo convencer o leitor a respeito de um tema polêmico, isto é, que divide a sociedade, e precisa ser de interesse social.

Dificuldades antecipadas: Identificar os organizadores textuais.

Referências sobre o assunto :

CASSEB-GALVÃO, Vânia C.; DUARTE, Milcinele da Conceição. Artigo de opinião – Sequência didática funcionalista. São Paulo: Parábola Editorial, 2018 .

CORBARI, Alcione Tereza. Modalizadores: a negociação em artigo de opinião. Linguagem em (Dis)curso – LemD, Tubarão, SC, v. 16, n. 1, p. 117-131, jan./abr.
2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ld/v16n1/1518-7632-ld-16-01-00117.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2018.

CORBARI, A. T. Elementos modalizadores como estratégia de negociação em textos opinativos produzidos por alunos de Ensino Médio . 2013. 220f. Tese (Doutorado
em Letras e Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2013.

SANTOS, Leonor Werneck dos. e CASTANHEIRA, Dennis. Leitura e modalização no ensino: análise de artigo de opinião. PERcursos Linguísticos • Vitória (ES) •v.
7 •n. 17 • 2017 • Dossiê- O texto em sala de aula: práticas e sentidos • ISSN: 2236-2592.

Materiais complementares

Documento
Texto para impressão - "O vagão cor-de-rosa"
"O vagão cor-de-rosa"
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/yDuFnD2RN7Gs33ta78q4zZChrt3F7hemZe5DgeJnSPAfSTXhhKfmqxhbpSY6/texto-para-
impressao-o-vagao-cor-de-rosa-lpo8-06sqa09.pdf

Documento
Atividade para impressão - Modalizadores
Modalizadores
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/CmWjJgqYFp9gfBCgXEa5GHTWFDAmPhEtspv3WmDc7txx6ksqAbGYjvs2Kyfk/atividade-para-
impressao-modalizadores-lpo8-06sqa09.pdf

Documento
Resolução da atividade - Modalizadores
Modalizadores
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/nNbaBttBFBeG5XWrrPdY5YdT5Cvj7kjBeaskWYMkmP4u5UNf85ygrb8Wpyb5/resolucao-da-
atividade-modalizadores-lpo8-06sqa09.pdf

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Plano de aula

Reconhecendo os diferentes tipos de argumentos em textos de opinião

Slide 1 Sobre este plano


Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Sobre esta aula: Esta é 9ª aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero artigo de opinião e no campo de atuação
jornalístico/midiático. A aula faz parte do módulo de Análise Linguística e Semiótica.
Materiais necessários:
Artigo de opinião “O vagão cor-de-rosa”, disponível aqui.
Atividade modalizadores, disponível aqui.
Gabarito atividade modalizadores, disponível aqui.
Informações sobre o gênero: O artigo de opinião faz parte do campo midiático da esfera jornalística. Pode aparecer em jornais/revistas (impressos e
virtuais) e sites. Tem por objetivo convencer o leitor a respeito de um tema polêmico, isto é, que divide a sociedade, e precisa ser de interesse social.
Dificuldades antecipadas : Identificar os organizadores textuais.
Referências sobre o assunto:
CASSEB-GALVÃO, Vânia C.; DUARTE, Milcinele da Conceição. Artigo de opinião – Sequência didática funcionalista. São Paulo: Parábola Editorial,
2018.
CORBARI, Alcione Tereza. Modalizadores: a negociação em artigo de opinião. Linguagem em (Dis)curso – LemD, Tubarão, SC, v. 16, n. 1, p. 117-131,
jan./abr. 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ld/v16n1/1518-7632-ld-16-01-00117.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2018.
CORBARI, A. T. Elementos modalizadores como estratégia de negociação em textos opinativos produzidos por alunos de Ensino Médio . 2013. 220f.
Tese (Doutorado em Letras e Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2013.
SANTOS, Leonor Werneck dos. e CASTANHEIRA, Dennis. Leitura e modalização no ensino: análise de artigo de opinião. PERcursos Linguísticos •
Vitória (ES) •v. 7 •n. 17 • 2017 • Dossiê- O texto em sala de aula: práticas e sentidos • ISSN: 2236-2592.

Slide 2 Título da aula

Tempo sugerido : 1 minuto


Orientações:
Inicie a aula apresentando a proposta de trabalho.
Explique aos alunos que existem grupos de palavras que servem para provocar efeitos de sentido no leitor do texto, principalmente de textos
argumentativos.

Slide 3 Introdução
Tempo sugerido: 9 minutos, sendo 4 para este slide e 5 para o seguinte.
Orientações:
Projete no quadro este slide e questione os alunos se as imagens estão coerentes (adequadas) e o que há de incoerente. Se não for possível projetar,
você pode imprimir uma cópia e expor na lousa.
Espera-se que os alunos interpretem a imagem associando ao fato de que os leitores muitas vezes são marionetes nas mãos dos veículos de
comunicação.
Questione oralmente os alunos a partir das seguintes indagações. Considere as expectativas de respostas:
1. Vocês acham que os jornais podem manipular o leitor?
Sim, dependendo do leitor é possível se deixar enganar.
2. De que maneira isso é feito pela mídia?
Pela maneira que veiculam as informações ou notícias.
3. Quais as maneiras de se evitar a manipulação?
Lendo jornais e mídias diferentes, buscando outras (e confiáveis) fontes de informação.

Slide 4 Introdução
Orientações:
Nesta aula, é importante que o aluno perceba que as informações e os fatos podem ser noticiados de maneiras diferentes.
Apresente as duas manchetes de jornais aos alunos e questione-os:
1. Qual o crime cometido em cada manchete? As manchetes são iguais ou diferentes?
Tráfico de drogas. Na manchete 1 foram apreendidos 300 kg de maconha, na 2, 10 kg.
2. Quem são as pessoas responsáveis pelo crime em cada manchete?
Na manchete 1 “jovens de classe média”, na 2 “traficante”.
3. Você acha que a escolha de palavras para se referir aos criminosos traz uma imagem diferente deles em cada machete?
Sim, pois na manchete 1 “jovens” soa mais leve, não cria uma imagem necessariamente negativa; na manchete 2 o termo “traficante” é
essencialmente negativo.
3. Encerre esta introdução dizendo que, assim como as manchetes de notícias, o artigo de opinião também seleciona as palavras que fazem parte do
movimento argumentativo no artigo de opinião e que são responsáveis pela imagem que se pretende passar (dos fatos, dados, argumentos, pessoas,
situações) por meio do texto escrito.

Slide 5 Desenvolvimento
Tempo sugerido : 30 minutos, sendo 5 para este slide e 25 para a atividade seguinte.
Orientações:
Apresente à sala este slide com conceito de modalização e, em seguida, apresente o quadro do slide posterior contendo os exemplos.
Caso não seja possível reproduzir, anote no quadro.

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Plano de aula

Reconhecendo os diferentes tipos de argumentos em textos de opinião

Slide 6 Desenvolvimento
Tempo sugerido : 30 minutos, sendo 10 para explicação deste slide e 20 para a atividade.
Orientações:
Apresente a tabela do quadro deste slide com os exemplos dos modalizadores.
Explique que a atividade que deverão fazer consiste em reconhecer o uso de modalizadores no artigo de opinião.
Organize a sala em 7 grupos de modo que cada grupo fique com uma das 7 partes do texto “Vagão cor-de- rosa”.
Distribua as partes do artigo de opinião “Vagão-cor-de-rosa”, cujo arquivo está disponibilizado aqui.
Cada grupo deve receber um trecho diferente e analisar as partes destacadas em seu trecho.
Oriente os alunos a discutir e classificar cada tipo de modalizadores usando o código: S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza); A (Afetividade); P
(Possibilidade); D (Desejo).

Slide 7 Fechamento
Tempo sugerido : 10 minutos
Orientações:
Para encerrar esta aula, retome a leitura de cada fragmento do texto procedendo com a correção oral a partir do link com as expectativas de
respostas disponibilizado aqui.
Cada grupo deve indicar que efeito de sentido classificou no termo/expressão destacada.
Finalize a aula deixando claro que a escolha de palavras, principalmente verbos e advérbios, é essencial na construção de sentido em um texto.

Apoiador Técnico

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O vagão cor-de-rosa 
Nada  mais  ultrajante  que, após um dia exaustivo e tenso, entrar num trem 
ou  metrô  e  ficar  exposta  a  homens  de  comportamento  agressivo  e 
predatório 
 
LUIZ RUFFATO 
 
  O  governo  do  Estado  de  São Paulo vetou a criação dos chamados “vagões 
rosa”,  destinados  exclusivamente  às  mulheres  nos  sistemas  de  metrô  e  trens 
metropolitanos.  O  argumento  é  o  de  que,  ao  invés  de  alcançar  o  objetivo 
almejado,  combater  o  assédio  sexual,  a  medida  ampliaria  ainda  mais  a 
segregação,  punindo  a  vítima,  não  o  agressor.  Segundo  esse  raciocínio,  ações 
como  esta  não  ajudam  em  nada  a  luta  contra  o  machismo,  mas  apenas 
perpetuam uma situação de violência. 
  Eu  compreendo  que  a solução para esse problema não está na separação 
de  homens  e  mulheres,  mas  sim  na  vivência  harmônica  entre  eles.  Fato  é,  no 
entanto,  que  a  coexistência  em  igualdade  de  condições  só  ocorre  quando,  por 
meio  da  educação,  se  transforma  uma  cultura.  O  machismo  é  um 
comportamento  derivado  de  uma  visão  de  mundo  deformada,  plantada  pelos 
pais  desde  o  berço,  alimentada  pela  escola  e  legitimada  pela  sociedade.  Mudar 
essa  mentalidade,  portanto,  implica  um  empreendimento  continuado 
envolvendo  a  família,  as  instituições  de  ensino  e  as  várias  instâncias 
governamentais. E isso demanda um esforço conjunto por algumas gerações. 
  Ao  rejeitar  a  implantação  dos  “vagões  rosa”,  o  governo  acenou,  como 
alternativa,  com  o  aumento  no  quadro  de  seguranças  femininas  e  a  instalação 
de  câmeras  de  vigilância  nas  estações.  Ou  seja, repressão, não educação. Quem 
utiliza  transporte  público,  não  só  em  São  Paulo,  mas  em  todo  o  país,  conhece 
sua  precariedade.  Confinados  em  espaços  reduzidos,  homens aproveitam-se da 
superlotação  para  humilhar  as  mulheres,  encoxando-as,  bolinando-as, 
beliscando-as,  beijando-as,  encarando-as,  passando  a  mão  em  seus  corpos, 
sussurrando  safadezas  em  seus  ouvidos.  Apenas  nos  sete  primeiros  meses 
deste  ano,  a  Delegacia  de  Polícia  do  Metropolitano  de  São  Paulo  deteve  33 
homens  acusados  de  abusar  de  passageiras.  Mas  sabe-se  que  o  número  de 
episódios  é  muito  maior,  já  que  a  maioria  das  mulheres  reluta  em  denunciar 
casos  de  assédio,  por  sentirem  vergonha,  por  desconhecerem seus direitos, por 
medo  de  serem  constrangidas  em  delegacias  onde  imperam  homens  ou 
simplesmente por não acreditarem na eficácia da polícia. 
  A  legislação  é quase omissa em relação a casos de abuso contra mulheres 
no  transporte  coletivo.  O  ato  de  importunar  alguém  publicamente  de  modo 
ofensivo  é  tratado  como  mera  contravenção,  cuja  pena  se  limita  ao  pagamento 
de  multa.  E  é  sempre  bom  lembrar  que  o  Brasil  registra  uma das maiores taxas 
mundiais  de  violência  contra  as  mulheres,  ocupando  o  sétimo  lugar  no  ranking 
de  femicídios.  São  5.600  assassinatos  por  ano,  em  média,  um  a  cada  hora  e 
meia,  sendo  que  mais  da  metade  das  vítimas  têm  idade  entre  20  e  39  anos  e 
contam com menos de oito anos de escolaridade. 
  A  criação  de  “vagões  rosa”  no  sistema  de  transporte  coletivo  não 
certamente  é  a  maneira  mais  apropriada  de  lidar  com  a  mentalidade  machista 
que  grassa  entre  os  brasileiros,  independente  da  classe social a que pertençam. 
Mas,  certamente,  serve  como  um  paliativo  para  aliviar  as  pressões  contra  as 
trabalhadoras  e  estudantes  que  não  têm  opção  para  ir  e  vir  de  casa  para  o 
trabalho  ou  a  escola.  O  tempo  médio  gasto  nos  deslocamentos  em  São  Paulo  é 
de  cerca  de  2h49m  –  sendo  que  19%  do  total  da  população  consomem  até 
quatro  horas  por  dia.  E  quanto  mais  longe  do  centro  mora-se,  mais saturadas e 
deficientes são as conduções públicas. 
  O  veto  à  existência  de  “vagões  rosa”  cerceia  o  direito  das  mulheres,  as 
principais  interessadas, de poder escolher como preferem se mover pela cidade, 
se  em  vagões  exclusivos  ou  mistos.  Portanto,  nada  mais  ultrajante  que,  logo 
após  um  dia  exaustivo  e  tenso,  entrar  num  trem  ou  metrô  e  ficar  exposta  a 
homens  de  comportamento  agressivo  e  predatório,  que  acreditam,  em  sua 
maioria  (59%),  que  “se  as  mulheres  soubessem  se  comportar  haveria  menos 
estupros”  –  estima-se  que  o  número  de  casos  alcance  mais  de  500.000 por ano, 
sendo que nem 10% deste total chegam a ser comunicados oficialmente. 
  Se  uma  gripe  nos  atinge,  a  recomendação  é  para  que  aliviemos  seus 
desagradáveis  sintomas  –  febre,  dores  generalizadas  e  tosse  –  tomando 
antitérmicos,  analgésicos  e  fazendo  repouso.  O  médico  e  nós  sabemos que não 
estamos  combatendo  a  doença,  mas  que  os  remédios  abrandam  as 
consequências  do  vírus  para  podermos  enfrentar  o  período  agudo  de  sua 
manifestação.  Em  primeiro  lugar,  é  mais  ou  menos  para  isso  que  servem  os 
“vagões  rosa”.  Não  combatem  o  machismo,  que  é  um  problema  mais  amplo  e 
complexo,  mas  diminuem  a  pressão  sobre  a  vida  já  tão difícil das trabalhadoras 
e estudantes que usam o sistema público de transporte. 
 
Fonte: 
https://brasil.elpais.com/brasil/2014/08/19/opinion/1408400124_673995.html​. 
Acesso em 31.10.2018  
Analise  o  trecho  do  artigo  e  classifique  os  modalizadores  destacados  usando  o  seguinte  código 
sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor: 
 
S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetivo); P (Possibilidade); D (Desejo).  
 
(1) O  governo  do  Estado  de  São  Paulo  vetou  a  criação  dos  chamados  “vagões  rosa”,  destinados 
exclusivamente  às  mulheres  nos  sistemas  de  metrô e trens metropolitanos. O argumento é o de que, ao 
invés  de  alcançar  o  objetivo  almejado,  combater  o  assédio  sexual,  a  medida  ampliaria  ainda  mais  a 
segregação,  punindo  a  vítima,  não  o agressor. Segundo esse raciocínio, ações como esta não ajudam em 
nada a luta contra o machismo, mas apenas perpetuam uma situação de violência. 
------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
Analise  o  trecho  do  artigo  e  classifique  os  modalizadores  destacados  usando  o  seguinte  código 
sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor: 
 
S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetivo); P (Possibilidade); D (Desejo) 
 
(2) Eu  compreendo que a solução para esse problema não está na separação de homens e mulheres, 
mas  sim  na  vivência  harmônica  entre  eles.  Fato  é,  no  entanto,  que  a  coexistência  em  igualdade  de 
condições  só  ocorre  quando,  por  meio  da  educação,  se  transforma  uma  cultura.  O  machismo  é  um 
comportamento  derivado  de  uma  visão  de  mundo  deformada,  plantada  pelos  pais  desde  o  berço, 
alimentada  pela  escola  e  legitimada  pela  sociedade.  Mudar  essa  mentalidade,  portanto,  implica  um 
empreendimento  continuado  envolvendo  a  família,  as  instituições  de  ensino  e  as  várias  instâncias 
governamentais. E isso demanda um esforço conjunto por algumas gerações. 
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Analise  o  trecho  do  artigo  e  classifique  os  modalizadores  destacados  usando  o  seguinte  código 
sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor: 
 
S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetivo); P (Possibilidade); D (Desejo) 
(3) Ao  rejeitar  a  implantação  dos  “vagões  rosa”, o governo acenou, como alternativa, com o aumento 
no  quadro  de  seguranças  femininas  e  a  instalação  de  câmeras  de  vigilância  nas  estações.  Ou  seja, 
repressão,  não  educação.  Quem  utiliza  transporte  público,  não  só  em  São  Paulo,  mas  em  todo  o  país, 
conhece  sua  precariedade.  Confinados  em  espaços  reduzidos,  homens  aproveitam-se  da  superlotação 
para  humilhar  as  mulheres,  encoxando-as,  bolinando-as,  beliscando-as,  beijando-as,  encarando-as, 
passando  a  mão  em  seus  corpos,  sussurrando  safadezas  em  seus  ouvidos.  Apenas  nos  sete  primeiros 
meses  deste  ano,  a  Delegacia  de  Polícia  do  Metropolitano  de  São  Paulo  deteve  33  homens acusados de 
abusar  de  passageiras.  Mas  sabe-se  que  o  número  de  episódios  é  muito  maior,  já  que  a  maioria  das 
mulheres  reluta  em  denunciar  casos  de  assédio,  por  sentirem  vergonha,  por  desconhecerem  seus 
direitos,  por  medo  de  serem  constrangidas  em  delegacias  onde  imperam homens ou simplesmente por 
não acreditarem na eficácia da polícia. 
Analise  o  trecho  do  artigo  e  classifique  os  modalizadores  destacados  usando  o  seguinte  código 
sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor: 
 
S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetivo); P (Possibilidade); D (Desejo) 
 
(4) A  legislação  é  quase  omissa  em  relação a casos de abuso contra mulheres no transporte coletivo. 
O  ato  de  importunar  alguém  publicamente  de  modo  ofensivo  é  tratado  como  mera  contravenção,  cuja 
pena  se  limita  ao  pagamento  de  multa.  E  é  sempre  bom  lembrar  que  o  Brasil  registra uma das maiores 
taxas  mundiais  de  violência  contra  as  mulheres,  ocupando  o  sétimo  lugar  no  ranking de femicídios. São 
5.600  assassinatos  por  ano,  em  média,  um  a  cada  hora  e  meia,  sendo  que  mais  da  metade  das  vítimas 
têm idade entre 20 e 39 anos e contam com menos de oito anos de escolaridade. 
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Analise  o  trecho  do  artigo  e  classifique  os  modalizadores  destacados  usando o seguinte código 
sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor: 
S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetivo); P (Possibilidade); D (Desejo) 
 
(5) A  criação  de  “vagões  rosa”  no  sistema  de  transporte  coletivo  não  certamente  é  a  maneira  mais 
apropriada  de  lidar  com  a mentalidade machista que grassa entre os brasileiros, independente da classe 
social  a  que  pertençam.  Mas,  certamente,  serve  como  um  paliativo  para  aliviar  as  pressões  contra  as 
trabalhadoras  e  estudantes  que  não  têm  opção  para  ir  e  vir  de  casa  para  o  trabalho  ou  a  escola.  O 
tempo  médio  gasto  nos  deslocamentos  em  São  Paulo  é  de cerca de 2h49m – sendo que 19% do total da 
população  consomem  até  quatro  horas  por  dia.  E  quanto mais longe do centro mora-se, mais saturadas 
e deficientes são as conduções públicas. 
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Analise  o  trecho  do  artigo  e  classifique  os  modalizadores  destacados  usando  o  seguinte  código 
sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor: 
 
S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetivo); P (Possibilidade); D (Desejo) 
 
(6) O  veto  à  existência  de  “vagões  rosa”  cerceia o direito das mulheres, as principais interessadas, de 
poder  escolher  como  preferem se mover pela cidade, se em vagões exclusivos ou mistos. Portanto, nada 
mais  ultrajante  que,  logo  após  um  dia  exaustivo  e  tenso,  entrar  num  trem  ou  metrô  e  ficar  exposta  a 
homens  de  comportamento  agressivo  e  predatório,  que  acreditam,  em  sua  maioria  (59%),  que  “se  as 
mulheres  soubessem  se comportar haveria menos estupros” – estima-se que o número de casos alcance 
mais de 500.000 por ano, sendo que nem 10% deste total chegam a ser comunicados oficialmente. 
 
 
 
 
Analise  o  trecho  do  artigo  e  classifique  os  modalizadores  destacados  usando  o  seguinte  código 
sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor: 
 
S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetivo); P (Possibilidade); D (Desejo) 
 
(7) Se  uma  gripe  nos  atinge,  a  recomendação  é  para  que  aliviemos  seus  desagradáveis  sintomas  – 
febre,  dores  generalizadas  e  tosse  –  tomando  antitérmicos,  analgésicos  e  fazendo  repouso.  O  médico  e 
nós  sabemos  que  não  estamos  combatendo  a  doença,  mas  que  os  remédios  abrandam  as 
consequências  do  vírus  para  podermos  enfrentar  o  período  agudo  de  sua  manifestação.  Em  primeiro 
lugar,  é  mais  ou  menos  para  isso  que  servem  os  “vagões  rosa”.  Não  combatem  o  machismo,  que  é  um 
problema  mais  amplo  e  complexo,  mas  diminuem  a  pressão  sobre a vida já tão difícil das trabalhadoras 
e estudantes que usam o sistema público de transporte. 
Analise  o  trecho  do  artigo  e  classifique  os  modalizadores  destacados  usando  o  seguinte 
código sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor: 
 
S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetividade); P (Possibilidade); D (Desejo)  
 
(1) O  governo  do  Estado  de  São  Paulo  vetou  a  criação  dos  chamados  “vagões  rosa”, 
destinados  ​exclusivamente  (C)  às  mulheres  nos  sistemas  de  metrô  e  trens  metropolitanos.  O 
argumento  é  o  de  que,  ao  invés  de  alcançar  o  objetivo  almejado,  combater  o  assédio  sexual,  a 
medida  ​ampliaria  (S)  ainda  mais  a segregação, punindo a vítima, não o agressor. Segundo esse 
raciocínio,  ações  como  esta  ​não  ajudam  (C)  em  nada  a  luta  contra  o  machismo,  mas  apenas 
perpetuam uma situação de violência. 
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Analise  o  trecho  do  artigo  e  classifique  os  modalizadores  destacados  usando  o  seguinte 
código sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor: 
 
S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetividade); P (Possibilidade); D (Desejo) 
 
(2) Eu  compreendo  que  a  solução  para esse problema ​não está ©  na separação de homens 
e mulheres, mas sim na vivência harmônica entre eles. Fato ​é (C)​, no entanto, que a coexistência 
em  igualdade  de  condições  só  ocorre  quando,  por  meio  da  educação,  se  ​transforma  (C)  uma 
cultura.  O  machismo  é  um  comportamento  derivado  de  uma  visão  de  mundo  deformada, 
plantada  pelos  pais  desde  o  berço,  alimentada  pela  escola  e  legitimada  pela  sociedade.  Mudar 
essa  mentalidade,  portanto,  ​implica  (N)  um  empreendimento  continuado  envolvendo  a 
família,  as  instituições  de  ensino  e as várias instâncias governamentais. E isso ​demanda (N) um 
esforço conjunto por algumas gerações. 
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Analise  o  trecho  do  artigo  e  classifique  os  modalizadores  destacados  usando  o  seguinte 
código sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor: 
 
S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetividade); P (Possibilidade); D (Desejo)  
 
(3) Ao  rejeitar  a  implantação  dos  “vagões  rosa”,  o  governo  acenou,  como  alternativa,  com  o 
aumento  no  quadro  de  seguranças  femininas  e  a  instalação  de  câmeras  de  vigilância  nas 
estações.  Ou  seja,  repressão,  não  educação.  Quem  utiliza  transporte  público,  não  só  em  São 
Paulo,  mas  em  todo  o  país,  ​conhece  (C)  sua  precariedade.  Confinados  em  espaços  reduzidos, 
homens  ​aproveitam-se  (C)  da  superlotação  para  humilhar  as  mulheres,  encoxando-as, 
bolinando-as,  beliscando-as,  beijando-as,  encarando-as,  passando  a  mão  em  seus  corpos, 
sussurrando  safadezas  em  seus  ouvidos.  Apenas  nos  sete  primeiros  meses  deste  ano,  a 
Delegacia  de  Polícia  do  Metropolitano  de  São  Paulo  deteve  33  homens  acusados  de  abusar  de 
passageiras.  Mas  sabe-se  que  o  número  de  episódios  é  muito  maior,  já  que  a  maioria  das 
mulheres  ​reluta  (C)  em  denunciar  casos  de  assédio,  por  sentirem  vergonha,  por 
desconhecerem  seus  direitos,  por  medo  de  ​serem  (P)  constrangidas  em  delegacias  onde 
imperam homens ou simplesmente por não acreditarem na eficácia da polícia. 
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Analise  o  trecho  do  artigo  e  classifique  os  modalizadores  destacados  usando  o  seguinte 
código sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor: 
 
S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetividade); P (Possibilidade); D (Desejo)  
 
(4) A  legislação  é  ​quase  (C)  omissa  em  relação  a  casos  de  abuso  contra  mulheres  no 
transporte  coletivo.  O  ato de importunar alguém ​publicamente (A) de modo ofensivo é tratado 
como  ​mera  (S)  contravenção,  cuja  pena  se  limita  ao  pagamento  de  multa.  E  é  sempre  bom 
lembrar  que  o  Brasil  registra  uma  das  maiores  taxas  mundiais  de  violência contra as mulheres, 
ocupando  o  sétimo  lugar  no  ranking  de  femicídios.  São  5.600  assassinatos  por  ano,  em  média, 
um  a  cada  hora  e  meia,  sendo  que  mais  da  metade  das  vítimas  têm  idade entre 20 e 39 anos e 
contam com menos de oito anos de escolaridade. 
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Analise  o  trecho  do  artigo e classifique os modalizadores destacados usando o seguinte 
código sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor: 
S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetividade); P (Possibilidade); D (Desejo) 
 
(5) A  criação  de  “vagões  rosa”  no  sistema  de  transporte  coletivo  não  ​certamente  (C)  ​é  a 
maneira  mais  apropriada  de  lidar  com  a  mentalidade  machista  que  grassa  entre  os  brasileiros, 
independente  da  classe  social  a  que  pertençam.  Mas, ​certamente, (C) serve como um paliativo 
para aliviar as pressões contra as trabalhadoras e estudantes que não têm opção para ir e vir de 
casa  para  o  trabalho  ou  a  escola.  O  tempo  médio  gasto  nos  deslocamentos  em  São  Paulo  é de 
cerca  (P)  de  2h49m  –  sendo  que  19%  do  total  da  população  consomem  até  quatro  horas  por 
dia.  E  quanto  mais  longe  do  centro  mora-se,  mais  saturadas  e  deficientes ​são (C) as conduções 
públicas. 
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Analise  o  trecho  do  artigo  e  classifique  os  modalizadores  destacados  usando  o  seguinte 
código sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor: 
 
S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetividade); P (Possibilidade); D (Desejo) 
 
(6) O  veto  à  existência  de  “vagões  rosa”  ​cerceia  (C)  o  direito  das  mulheres,  as  principais 
interessadas,  de  ​poder  escolher  (P)  como  preferem  se  mover  pela  cidade,  se  em  vagões 
exclusivos  ou  mistos.  Portanto,  nada  mais  ultrajante  que,  logo  após  um  dia  exaustivo  e  tenso, 
entrar  num  trem  ou  metrô e ficar exposta a homens de comportamento agressivo e predatório, 
que  ​acreditam  (S)​,  em  sua  maioria  (59%),  que  “se  as  mulheres  ​soubessem  (P)  se  comportar 
haveria  menos  estupros”  –  ​estima-se  (P)  que  o  número  de  casos  alcance  mais  de  500.000  por 
ano, sendo que nem 10% deste total chegam a ser comunicados oficialmente. 
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Analise  o  trecho  do  artigo  e  classifique  os  modalizadores  destacados  usando  o  seguinte 
código sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor: 
 
S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetividade); P (Possibilidade); D (Desejo) 
(7) Se  uma  gripe  nos  atinge,  a  recomendação  é  para  que  aliviemos  seus  desagradáveis 
sintomas  –  febre,  dores  generalizadas  e  tosse  –  tomando  antitérmicos,  analgésicos  e  fazendo 
repouso.  O  médico  e  nós  ​sabemos  (C)  que  não  estamos  combatendo  a  doença,  mas  que  os 
remédios  abrandam  as  consequências  do  vírus  para  ​podermos  (P)  enfrentar  o  período  agudo 
de  sua  manifestação.  Em  primeiro  lugar,  é  mais  ou  menos  para  isso  que  servem  os  “vagões 
rosa”.  Não  combatem  o  machismo,  que  ​é  (C)  um  problema  mais  amplo  e  complexo,  mas 
diminuem  a  pressão  sobre  a  vida  já  tão  difícil  das  trabalhadoras  e  estudantes  que  usam  o 
sistema público de transporte. 

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