Você está na página 1de 12

Endereço da página:

https://novaescola.org.br/plano-de-aula/4300/reconhecendo-os-diferentes-tipos-de-argumentos-em-textos-de-opiniao

Planos de aula / Língua Portuguesa / 8º ano / Análise linguística/Semiótica

Reconhecendo os diferentes tipos de argumentos em textos de opinião


Por: Cláudia De Jesus Abreu Feitoza / 23 de Janeiro de 2019

Código: LPO8_06SQA09

Sobre o Plano

Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Professor-autor: Cláudia Feitoza
Mentor: Cristiani Fernandes Especialista: Isabel Fernandes

Título da aula: Reconhecendo os diferentes tipos de argumentos em textos de opinião

Finalidade da aula: Permitir a identificação e reflexão sobre o uso de modalizadores na construção do discurso e do ponto de vista; identificar tanto
em notícias como em artigo de opinião o papel de adjetivos, advérbios, locuções adverbiais e adjetivas na construção dos sentidos e seus
significados contidos nas entrelinhas dos textos midiáticos da ordem do argumentar, bem como o papel deste na construção de um
julgamento/avaliação.Ano:8º ano do Ensino Fundamental

Gênero: Artigo de opinião

Objeto(s) do conhecimento: Estilo / Argumentação: movimentos argumentativos, tipos de argumento e força argumentativa / Modalização

Prática de linguagem:Análise Linguística e Semiótica

Habilidade(s) da BNCC: EF69LP17/EF89LP14/EF89LP16/EF08LP16

Sobre esta aula: Esta é 9ª aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero artigo de opinião e no campo de atuação jornalístico/midiático.
A aula faz parte do módulo de Análise Linguística e Semiótica.

Materiais necessários:

Artigo de opinião “O vagão cor-de-rosa”, disponível aqui.


Atividade modalizadores, disponível aqui.
Gabarito atividade modalizadores, disponível aqui.

Informações sobre o gênero: O artigo de opinião faz parte do campo midiático da esfera jornalística. Pode aparecer em jornais/revistas (impressos e
virtuais) e sites. Tem por objetivo convencer o leitor a respeito de um tema polêmico, isto é, que divide a sociedade, e precisa ser de interesse social.

Dificuldades antecipadas: Identificar os organizadores textuais.

Referências sobre o assunto :

CASSEB-GALVÃO, Vânia C.; DUARTE, Milcinele da Conceição. Artigo de opinião – Sequência didática funcionalista. São Paulo: Parábola Editorial, 2018 .

CORBARI, Alcione Tereza. Modalizadores: a negociação em artigo de opinião. Linguagem em (Dis)curso – LemD, Tubarão, SC, v. 16, n. 1, p. 117-131, jan./abr.
2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ld/v16n1/1518-7632-ld-16-01-00117.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2018.

CORBARI, A. T. Elementos modalizadores como estratégia de negociação em textos opinativos produzidos por alunos de Ensino Médio . 2013. 220f. Tese (Doutorado
em Letras e Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2013.

SANTOS, Leonor Werneck dos. e CASTANHEIRA, Dennis. Leitura e modalização no ensino: análise de artigo de opinião. PERcursos Linguísticos • Vitória (ES) •v.
7 •n. 17 • 2017 • Dossiê- O texto em sala de aula: práticas e sentidos • ISSN: 2236-2592.

Materiais complementares

Documento
Texto para impressão - "O vagão cor-de-rosa"
"O vagão cor-de-rosa"
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/yDuFnD2RN7Gs33ta78q4zZChrt3F7hemZe5DgeJnSPAfSTXhhKfmqxhbpSY6/texto-para-
impressao-o-vagao-cor-de-rosa-lpo8-06sqa09.pdf

Documento
Atividade para impressão - Modalizadores
Modalizadores
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/CmWjJgqYFp9gfBCgXEa5GHTWFDAmPhEtspv3WmDc7txx6ksqAbGYjvs2Kyfk/atividade-para-
impressao-modalizadores-lpo8-06sqa09.pdf

Documento
Resolução da atividade - Modalizadores
Modalizadores
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/nNbaBttBFBeG5XWrrPdY5YdT5Cvj7kjBeaskWYMkmP4u5UNf85ygrb8Wpyb5/resolucao-da-
atividade-modalizadores-lpo8-06sqa09.pdf

Associação Nova Escola © - Todos os direitos reservados.


Plano de aula

Reconhecendo os diferentes tipos de argumentos em textos de opinião

Slide 1 Sobre este plano


Este slide não deve ser apresentado para os alunos, ele apenas resume o conteúdo da aula para que você, professor, possa se planejar.
Sobre esta aula: Esta é 9ª aula de uma sequência de 15 planos de aula com foco no gênero artigo de opinião e no campo de atuação
jornalístico/midiático. A aula faz parte do módulo de Análise Linguística e Semiótica.
Materiais necessários:
Artigo de opinião “O vagão cor-de-rosa”, disponível aqui.
Atividade modalizadores, disponível aqui.
Gabarito atividade modalizadores, disponível aqui.
Informações sobre o gênero: O artigo de opinião faz parte do campo midiático da esfera jornalística. Pode aparecer em jornais/revistas (impressos e
virtuais) e sites. Tem por objetivo convencer o leitor a respeito de um tema polêmico, isto é, que divide a sociedade, e precisa ser de interesse social.
Dificuldades antecipadas : Identificar os organizadores textuais.
Referências sobre o assunto:
CASSEB-GALVÃO, Vânia C.; DUARTE, Milcinele da Conceição. Artigo de opinião – Sequência didática funcionalista. São Paulo: Parábola Editorial,
2018.
CORBARI, Alcione Tereza. Modalizadores: a negociação em artigo de opinião. Linguagem em (Dis)curso – LemD, Tubarão, SC, v. 16, n. 1, p. 117-131,
jan./abr. 2016. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ld/v16n1/1518-7632-ld-16-01-00117.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2018.
CORBARI, A. T. Elementos modalizadores como estratégia de negociação em textos opinativos produzidos por alunos de Ensino Médio . 2013. 220f.
Tese (Doutorado em Letras e Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2013.
SANTOS, Leonor Werneck dos. e CASTANHEIRA, Dennis. Leitura e modalização no ensino: análise de artigo de opinião. PERcursos Linguísticos •
Vitória (ES) •v. 7 •n. 17 • 2017 • Dossiê- O texto em sala de aula: práticas e sentidos • ISSN: 2236-2592.

Slide 2 Título da aula

Tempo sugerido : 1 minuto


Orientações:
Inicie a aula apresentando a proposta de trabalho.
Explique aos alunos que existem grupos de palavras que servem para provocar efeitos de sentido no leitor do texto, principalmente de textos
argumentativos.

Slide 3 Introdução
Tempo sugerido: 9 minutos, sendo 4 para este slide e 5 para o seguinte.
Orientações:
Projete no quadro este slide e questione os alunos se as imagens estão coerentes (adequadas) e o que há de incoerente. Se não for possível projetar,
você pode imprimir uma cópia e expor na lousa.
Espera-se que os alunos interpretem a imagem associando ao fato de que os leitores muitas vezes são marionetes nas mãos dos veículos de
comunicação.
Questione oralmente os alunos a partir das seguintes indagações. Considere as expectativas de respostas:
1. Vocês acham que os jornais podem manipular o leitor?
Sim, dependendo do leitor é possível se deixar enganar.
2. De que maneira isso é feito pela mídia?
Pela maneira que veiculam as informações ou notícias.
3. Quais as maneiras de se evitar a manipulação?
Lendo jornais e mídias diferentes, buscando outras (e confiáveis) fontes de informação.

Slide 4 Introdução
Orientações:
Nesta aula, é importante que o aluno perceba que as informações e os fatos podem ser noticiados de maneiras diferentes.
Apresente as duas manchetes de jornais aos alunos e questione-os:
1. Qual o crime cometido em cada manchete? As manchetes são iguais ou diferentes?
Tráfico de drogas. Na manchete 1 foram apreendidos 300 kg de maconha, na 2, 10 kg.
2. Quem são as pessoas responsáveis pelo crime em cada manchete?
Na manchete 1 “jovens de classe média”, na 2 “traficante”.
3. Você acha que a escolha de palavras para se referir aos criminosos traz uma imagem diferente deles em cada machete?
Sim, pois na manchete 1 “jovens” soa mais leve, não cria uma imagem necessariamente negativa; na manchete 2 o termo “traficante” é
essencialmente negativo.
3. Encerre esta introdução dizendo que, assim como as manchetes de notícias, o artigo de opinião também seleciona as palavras que fazem parte do
movimento argumentativo no artigo de opinião e que são responsáveis pela imagem que se pretende passar (dos fatos, dados, argumentos, pessoas,
situações) por meio do texto escrito.

Slide 5 Desenvolvimento
Tempo sugerido : 30 minutos, sendo 5 para este slide e 25 para a atividade seguinte.
Orientações:
Apresente à sala este slide com conceito de modalização e, em seguida, apresente o quadro do slide posterior contendo os exemplos.
Caso não seja possível reproduzir, anote no quadro.

Associação Nova Escola © - Todos os direitos reservados.


Plano de aula

Reconhecendo os diferentes tipos de argumentos em textos de opinião

Slide 6 Desenvolvimento
Tempo sugerido : 30 minutos, sendo 10 para explicação deste slide e 20 para a atividade.
Orientações:
Apresente a tabela do quadro deste slide com os exemplos dos modalizadores.
Explique que a atividade que deverão fazer consiste em reconhecer o uso de modalizadores no artigo de opinião.
Organize a sala em 7 grupos de modo que cada grupo fique com uma das 7 partes do texto “Vagão cor-de- rosa”.
Distribua as partes do artigo de opinião “Vagão-cor-de-rosa”, cujo arquivo está disponibilizado aqui.
Cada grupo deve receber um trecho diferente e analisar as partes destacadas em seu trecho.
Oriente os alunos a discutir e classificar cada tipo de modalizadores usando o código: S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza); A (Afetividade); P
(Possibilidade); D (Desejo).

Slide 7 Fechamento
Tempo sugerido : 10 minutos
Orientações:
Para encerrar esta aula, retome a leitura de cada fragmento do texto procedendo com a correção oral a partir do link com as expectativas de
respostas disponibilizado aqui.
Cada grupo deve indicar que efeito de sentido classificou no termo/expressão destacada.
Finalize a aula deixando claro que a escolha de palavras, principalmente verbos e advérbios, é essencial na construção de sentido em um texto.

Apoiador Técnico

Associação Nova Escola © - Todos os direitos reservados.


O vagão cor-de-rosa
Nada mais ultrajante que, após um dia exaustivo e tenso, entrar num trem
ou metrô e ficar exposta a homens de comportamento agressivo e
predatório

LUIZ RUFFATO

O governo do Estado de São Paulo vetou a criação dos chamados “vagões


rosa”, destinados exclusivamente às mulheres nos sistemas de metrô e trens
metropolitanos. O argumento é o de que, ao invés de alcançar o objetivo
almejado, combater o assédio sexual, a medida ampliaria ainda mais a
segregação, punindo a vítima, não o agressor. Segundo esse raciocínio, ações
como esta não ajudam em nada a luta contra o machismo, mas apenas
perpetuam uma situação de violência.
Eu compreendo que a solução para esse problema não está na separação
de homens e mulheres, mas sim na vivência harmônica entre eles. Fato é, no
entanto, que a coexistência em igualdade de condições só ocorre quando, por
meio da educação, se transforma uma cultura. O machismo é um
comportamento derivado de uma visão de mundo deformada, plantada pelos
pais desde o berço, alimentada pela escola e legitimada pela sociedade. Mudar
essa mentalidade, portanto, implica um empreendimento continuado
envolvendo a família, as instituições de ensino e as várias instâncias
governamentais. E isso demanda um esforço conjunto por algumas gerações.
Ao rejeitar a implantação dos “vagões rosa”, o governo acenou, como
alternativa, com o aumento no quadro de seguranças femininas e a instalação
de câmeras de vigilância nas estações. Ou seja, repressão, não educação. Quem
utiliza transporte público, não só em São Paulo, mas em todo o país, conhece
sua precariedade. Confinados em espaços reduzidos, homens aproveitam-se da
superlotação para humilhar as mulheres, encoxando-as, bolinando-as,
beliscando-as, beijando-as, encarando-as, passando a mão em seus corpos,
sussurrando safadezas em seus ouvidos. Apenas nos sete primeiros meses
deste ano, a Delegacia de Polícia do Metropolitano de São Paulo deteve 33
homens acusados de abusar de passageiras. Mas sabe-se que o número de
episódios é muito maior, já que a maioria das mulheres reluta em denunciar
casos de assédio, por sentirem vergonha, por desconhecerem seus direitos, por
medo de serem constrangidas em delegacias onde imperam homens ou
simplesmente por não acreditarem na eficácia da polícia.
A legislação é quase omissa em relação a casos de abuso contra mulheres
no transporte coletivo. O ato de importunar alguém publicamente de modo
ofensivo é tratado como mera contravenção, cuja pena se limita ao pagamento
de multa. E é sempre bom lembrar que o Brasil registra uma das maiores taxas
mundiais de violência contra as mulheres, ocupando o sétimo lugar no ranking
de femicídios. São 5.600 assassinatos por ano, em média, um a cada hora e
meia, sendo que mais da metade das vítimas têm idade entre 20 e 39 anos e
contam com menos de oito anos de escolaridade.
A criação de “vagões rosa” no sistema de transporte coletivo não
certamente é a maneira mais apropriada de lidar com a mentalidade machista
que grassa entre os brasileiros, independente da classe social a que pertençam.
Mas, certamente, serve como um paliativo para aliviar as pressões contra as
trabalhadoras e estudantes que não têm opção para ir e vir de casa para o
trabalho ou a escola. O tempo médio gasto nos deslocamentos em São Paulo é
de cerca de 2h49m – sendo que 19% do total da população consomem até
quatro horas por dia. E quanto mais longe do centro mora-se, mais saturadas e
deficientes são as conduções públicas.
O veto à existência de “vagões rosa” cerceia o direito das mulheres, as
principais interessadas, de poder escolher como preferem se mover pela cidade,
se em vagões exclusivos ou mistos. Portanto, nada mais ultrajante que, logo
após um dia exaustivo e tenso, entrar num trem ou metrô e ficar exposta a
homens de comportamento agressivo e predatório, que acreditam, em sua
maioria (59%), que “se as mulheres soubessem se comportar haveria menos
estupros” – estima-se que o número de casos alcance mais de 500.000 por ano,
sendo que nem 10% deste total chegam a ser comunicados oficialmente.
Se uma gripe nos atinge, a recomendação é para que aliviemos seus
desagradáveis sintomas – febre, dores generalizadas e tosse – tomando
antitérmicos, analgésicos e fazendo repouso. O médico e nós sabemos que não
estamos combatendo a doença, mas que os remédios abrandam as
consequências do vírus para podermos enfrentar o período agudo de sua
manifestação. Em primeiro lugar, é mais ou menos para isso que servem os
“vagões rosa”. Não combatem o machismo, que é um problema mais amplo e
complexo, mas diminuem a pressão sobre a vida já tão difícil das trabalhadoras
e estudantes que usam o sistema público de transporte.

Fonte:
https://brasil.elpais.com/brasil/2014/08/19/opinion/1408400124_673995.html​.
Acesso em 31.10.2018
Analise o trecho do artigo e classifique os modalizadores destacados usando o seguinte código
sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor:

S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetivo); P (Possibilidade); D (Desejo).

(1) O governo do Estado de São Paulo vetou a criação dos chamados “vagões rosa”, destinados
exclusivamente às mulheres nos sistemas de metrô e trens metropolitanos. O argumento é o de que, ao
invés de alcançar o objetivo almejado, combater o assédio sexual, a medida ampliaria ainda mais a
segregação, punindo a vítima, não o agressor. Segundo esse raciocínio, ações como esta não ajudam em
nada a luta contra o machismo, mas apenas perpetuam uma situação de violência.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Analise o trecho do artigo e classifique os modalizadores destacados usando o seguinte código
sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor:

S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetivo); P (Possibilidade); D (Desejo)

(2) Eu compreendo que a solução para esse problema não está na separação de homens e mulheres,
mas sim na vivência harmônica entre eles. Fato é, no entanto, que a coexistência em igualdade de
condições só ocorre quando, por meio da educação, se transforma uma cultura. O machismo é um
comportamento derivado de uma visão de mundo deformada, plantada pelos pais desde o berço,
alimentada pela escola e legitimada pela sociedade. Mudar essa mentalidade, portanto, implica um
empreendimento continuado envolvendo a família, as instituições de ensino e as várias instâncias
governamentais. E isso demanda um esforço conjunto por algumas gerações.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Analise o trecho do artigo e classifique os modalizadores destacados usando o seguinte código
sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor:

S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetivo); P (Possibilidade); D (Desejo)


(3) Ao rejeitar a implantação dos “vagões rosa”, o governo acenou, como alternativa, com o aumento
no quadro de seguranças femininas e a instalação de câmeras de vigilância nas estações. Ou seja,
repressão, não educação. Quem utiliza transporte público, não só em São Paulo, mas em todo o país,
conhece sua precariedade. Confinados em espaços reduzidos, homens aproveitam-se da superlotação
para humilhar as mulheres, encoxando-as, bolinando-as, beliscando-as, beijando-as, encarando-as,
passando a mão em seus corpos, sussurrando safadezas em seus ouvidos. Apenas nos sete primeiros
meses deste ano, a Delegacia de Polícia do Metropolitano de São Paulo deteve 33 homens acusados de
abusar de passageiras. Mas sabe-se que o número de episódios é muito maior, já que a maioria das
mulheres reluta em denunciar casos de assédio, por sentirem vergonha, por desconhecerem seus
direitos, por medo de serem constrangidas em delegacias onde imperam homens ou simplesmente por
não acreditarem na eficácia da polícia.
Analise o trecho do artigo e classifique os modalizadores destacados usando o seguinte código
sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor:

S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetivo); P (Possibilidade); D (Desejo)

(4) A legislação é quase omissa em relação a casos de abuso contra mulheres no transporte coletivo.
O ato de importunar alguém publicamente de modo ofensivo é tratado como mera contravenção, cuja
pena se limita ao pagamento de multa. E é sempre bom lembrar que o Brasil registra uma das maiores
taxas mundiais de violência contra as mulheres, ocupando o sétimo lugar no ranking de femicídios. São
5.600 assassinatos por ano, em média, um a cada hora e meia, sendo que mais da metade das vítimas
têm idade entre 20 e 39 anos e contam com menos de oito anos de escolaridade.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Analise o trecho do artigo e classifique os modalizadores destacados usando o seguinte código
sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor:
S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetivo); P (Possibilidade); D (Desejo)

(5) A criação de “vagões rosa” no sistema de transporte coletivo não certamente é a maneira mais
apropriada de lidar com a mentalidade machista que grassa entre os brasileiros, independente da classe
social a que pertençam. Mas, certamente, serve como um paliativo para aliviar as pressões contra as
trabalhadoras e estudantes que não têm opção para ir e vir de casa para o trabalho ou a escola. O
tempo médio gasto nos deslocamentos em São Paulo é de cerca de 2h49m – sendo que 19% do total da
população consomem até quatro horas por dia. E quanto mais longe do centro mora-se, mais saturadas
e deficientes são as conduções públicas.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Analise o trecho do artigo e classifique os modalizadores destacados usando o seguinte código
sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor:

S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetivo); P (Possibilidade); D (Desejo)

(6) O veto à existência de “vagões rosa” cerceia o direito das mulheres, as principais interessadas, de
poder escolher como preferem se mover pela cidade, se em vagões exclusivos ou mistos. Portanto, nada
mais ultrajante que, logo após um dia exaustivo e tenso, entrar num trem ou metrô e ficar exposta a
homens de comportamento agressivo e predatório, que acreditam, em sua maioria (59%), que “se as
mulheres soubessem se comportar haveria menos estupros” – estima-se que o número de casos alcance
mais de 500.000 por ano, sendo que nem 10% deste total chegam a ser comunicados oficialmente.
Analise o trecho do artigo e classifique os modalizadores destacados usando o seguinte código
sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor:

S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetivo); P (Possibilidade); D (Desejo)

(7) Se uma gripe nos atinge, a recomendação é para que aliviemos seus desagradáveis sintomas –
febre, dores generalizadas e tosse – tomando antitérmicos, analgésicos e fazendo repouso. O médico e
nós sabemos que não estamos combatendo a doença, mas que os remédios abrandam as
consequências do vírus para podermos enfrentar o período agudo de sua manifestação. Em primeiro
lugar, é mais ou menos para isso que servem os “vagões rosa”. Não combatem o machismo, que é um
problema mais amplo e complexo, mas diminuem a pressão sobre a vida já tão difícil das trabalhadoras
e estudantes que usam o sistema público de transporte.
Analise o trecho do artigo e classifique os modalizadores destacados usando o seguinte
código sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor:

S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetividade); P (Possibilidade); D (Desejo)

(1) O governo do Estado de São Paulo vetou a criação dos chamados “vagões rosa”,
destinados ​exclusivamente (C) às mulheres nos sistemas de metrô e trens metropolitanos. O
argumento é o de que, ao invés de alcançar o objetivo almejado, combater o assédio sexual, a
medida ​ampliaria (S) ainda mais a segregação, punindo a vítima, não o agressor. Segundo esse
raciocínio, ações como esta ​não ajudam (C) em nada a luta contra o machismo, mas apenas
perpetuam uma situação de violência.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Analise o trecho do artigo e classifique os modalizadores destacados usando o seguinte
código sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor:

S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetividade); P (Possibilidade); D (Desejo)

(2) Eu compreendo que a solução para esse problema ​não está © na separação de homens
e mulheres, mas sim na vivência harmônica entre eles. Fato ​é (C)​, no entanto, que a coexistência
em igualdade de condições só ocorre quando, por meio da educação, se ​transforma (C) uma
cultura. O machismo é um comportamento derivado de uma visão de mundo deformada,
plantada pelos pais desde o berço, alimentada pela escola e legitimada pela sociedade. Mudar
essa mentalidade, portanto, ​implica (N) um empreendimento continuado envolvendo a
família, as instituições de ensino e as várias instâncias governamentais. E isso ​demanda (N) um
esforço conjunto por algumas gerações.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Analise o trecho do artigo e classifique os modalizadores destacados usando o seguinte
código sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor:

S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetividade); P (Possibilidade); D (Desejo)

(3) Ao rejeitar a implantação dos “vagões rosa”, o governo acenou, como alternativa, com o
aumento no quadro de seguranças femininas e a instalação de câmeras de vigilância nas
estações. Ou seja, repressão, não educação. Quem utiliza transporte público, não só em São
Paulo, mas em todo o país, ​conhece (C) sua precariedade. Confinados em espaços reduzidos,
homens ​aproveitam-se (C) da superlotação para humilhar as mulheres, encoxando-as,
bolinando-as, beliscando-as, beijando-as, encarando-as, passando a mão em seus corpos,
sussurrando safadezas em seus ouvidos. Apenas nos sete primeiros meses deste ano, a
Delegacia de Polícia do Metropolitano de São Paulo deteve 33 homens acusados de abusar de
passageiras. Mas sabe-se que o número de episódios é muito maior, já que a maioria das
mulheres ​reluta (C) em denunciar casos de assédio, por sentirem vergonha, por
desconhecerem seus direitos, por medo de ​serem (P) constrangidas em delegacias onde
imperam homens ou simplesmente por não acreditarem na eficácia da polícia.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Analise o trecho do artigo e classifique os modalizadores destacados usando o seguinte
código sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor:

S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetividade); P (Possibilidade); D (Desejo)

(4) A legislação é ​quase (C) omissa em relação a casos de abuso contra mulheres no
transporte coletivo. O ato de importunar alguém ​publicamente (A) de modo ofensivo é tratado
como ​mera (S) contravenção, cuja pena se limita ao pagamento de multa. E é sempre bom
lembrar que o Brasil registra uma das maiores taxas mundiais de violência contra as mulheres,
ocupando o sétimo lugar no ranking de femicídios. São 5.600 assassinatos por ano, em média,
um a cada hora e meia, sendo que mais da metade das vítimas têm idade entre 20 e 39 anos e
contam com menos de oito anos de escolaridade.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Analise o trecho do artigo e classifique os modalizadores destacados usando o seguinte
código sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor:
S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetividade); P (Possibilidade); D (Desejo)

(5) A criação de “vagões rosa” no sistema de transporte coletivo não ​certamente (C) ​é a
maneira mais apropriada de lidar com a mentalidade machista que grassa entre os brasileiros,
independente da classe social a que pertençam. Mas, ​certamente, (C) serve como um paliativo
para aliviar as pressões contra as trabalhadoras e estudantes que não têm opção para ir e vir de
casa para o trabalho ou a escola. O tempo médio gasto nos deslocamentos em São Paulo é de
cerca (P) de 2h49m – sendo que 19% do total da população consomem até quatro horas por
dia. E quanto mais longe do centro mora-se, mais saturadas e deficientes ​são (C) as conduções
públicas.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Analise o trecho do artigo e classifique os modalizadores destacados usando o seguinte
código sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor:

S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetividade); P (Possibilidade); D (Desejo)

(6) O veto à existência de “vagões rosa” ​cerceia (C) o direito das mulheres, as principais
interessadas, de ​poder escolher (P) como preferem se mover pela cidade, se em vagões
exclusivos ou mistos. Portanto, nada mais ultrajante que, logo após um dia exaustivo e tenso,
entrar num trem ou metrô e ficar exposta a homens de comportamento agressivo e predatório,
que ​acreditam (S)​, em sua maioria (59%), que “se as mulheres ​soubessem (P) se comportar
haveria menos estupros” – ​estima-se (P) que o número de casos alcance mais de 500.000 por
ano, sendo que nem 10% deste total chegam a ser comunicados oficialmente.
-------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Analise o trecho do artigo e classifique os modalizadores destacados usando o seguinte
código sobre o efeito de sentido pretendido pelo autor:

S (suposição); N (Necessidade); C (Certeza) ; A (Afetividade); P (Possibilidade); D (Desejo)


(7) Se uma gripe nos atinge, a recomendação é para que aliviemos seus desagradáveis
sintomas – febre, dores generalizadas e tosse – tomando antitérmicos, analgésicos e fazendo
repouso. O médico e nós ​sabemos (C) que não estamos combatendo a doença, mas que os
remédios abrandam as consequências do vírus para ​podermos (P) enfrentar o período agudo
de sua manifestação. Em primeiro lugar, é mais ou menos para isso que servem os “vagões
rosa”. Não combatem o machismo, que ​é (C) um problema mais amplo e complexo, mas
diminuem a pressão sobre a vida já tão difícil das trabalhadoras e estudantes que usam o
sistema público de transporte.

Você também pode gostar