Você está na página 1de 5

1 PLANO DE AÇÃO

1. Tema
Como lidar com o desafio do celular em sala de aula?

2. Dados de identificação
Nome da Escola: Professor Manoel da Costa Neves - MACONE
Diretor: Nivaldo Bolzam
Número de alunos: 650

3. Realidade social e educacional da comunidade escolar


A Escola MACONE atende 650 alunos do Ensino Médio em três
períodos: diurno, vespertino e noturno. O perfil dos estudantes são
adolescentes entre 14 a 18 anos e sendo a única escola em horário
parcial de aulas do município.

4. Descrição da situação problema


O tema escolhido para apresentar este plano de ação se vem da
minha participação em reunião de Conselho de Classe com a equipe
pedagógica e estudantes. Professores e representantes de classe,
pontuaram que os alunos fazem o uso excessivo do celular em sala,
deixando de demonstrar interesse nas aulas do professor.

5. Objetivos do plano de ação


O interesse em desenvolver essa pesquisa justifica-se pelas
diversas reclamações de professores em reuniões pedagógicas acerca
do frequente uso do celular em sala de aula por parte dos alunos.
Analisando a situação problema, o uso ou não do celular em sala de
aula ainda é motivo de muitos debates que envolvem os benefícios ou
malefícios desse aparelho. Enquanto uns dizem que o uso pode
provocar maior desconcentração ao ensino na sala de aula, outros
afirmam que é possível adequar o celular ao aprendizado.
Uma coisa é certa: é impossível ficar alheio aos avanços
tecnológicos e à possibilidade de auxílio da tecnologia em várias áreas
da sociedade e isso inclui o ambiente escolar.
Portanto, mesmo que o uso do celular possa causar algum grau de
desatenção, existem vantagens que podem ser utilizadas a favor do
aprendizado. Isso fará, inclusive, com que os alunos vejam o aparelho
como um objeto que pode agregar a seus estudos. 

6. Abordagem teórico-metodológica
O papel do professor, segundo Moran (2013, p.67), “é fundamental
nos projetos de inovações, até porque a qualidade de um ambiente
tecnológico depende mais de como ele é explorado didaticamente, do
que das suas características técnicas”. Ou seja, para que a educação
digital aconteça, é preciso focar menos na tecnologia em si e instigar o
desenvolvimento da capacidade analítica e crítica do aluno, para que
este possa discernir sobre o que a tecnologia representa em sua vida.
Enfatiza que “ensinar e aprender são desafios maiores que os
professores e alunos enfrentam em todas as épocas e particularmente
agora, pressionados pelo modelo de gestão industrial de informação e
conhecimento”. Neste sentido, a cobrança por uma educação midiática
não ocorre apenas na escola, mas também fora dela.

7. Síntese dos procedimentos

Existem diversas maneiras de incluir o uso do celular na


rotina escolar, mas é preciso avaliar as características de cada turma
para entender qual é a melhor solução. Essa análise é muito importante,
pois nem sempre o que funciona com uma turma irá funcionar com
outra. Entretanto, existem algumas possibilidades que podem ajudar
professores a iniciarem a integração celular-aprendizado.

- Estabeleça horários ou momentos para o aparelho ser utilizado


sem que isso atrapalhe o andamento da aula. Algumas opções que
podem ser usadas são: pesquisas sobre um assunto citado em aula;
escutar música com os fones de ouvido para ajudar na concentração ao
realizar as atividades; utilizar a calculadora ou pesquisar sinônimos de
palavras ao fazer uma redação. 

- Propor atividades mais interativas: promover debates sobre como as


redes sociais são utilizadas; o professor pode propor atividades que
explorem o uso de algumas ferramentas, como aplicativos, câmeras e
vários outros recursos que um celular disponibiliza.

- Estipule regras em conjunto com os alunos para o uso: é preciso


explicar que o uso está autorizado em determinados momentos,
contanto que os alunos prestem atenção ao que está sendo ensinado
em sala de aula.

- Use o celular para compartilhar materiais de qualidade: músicas


temáticas, e-books, infográficos, vídeos, poemas, livros em pdf, pinturas.
O professor só precisa indicar fontes que são confiáveis.

8. Recursos

Para que essas novas práticas tragam benefícios, é necessário que


todas as pessoas envolvidas estejam realmente alinhadas e,
principalmente, que estudantes e docentes estabeleçam um diálogo em
sala de aula para que o uso dos celulares não traga prejuízos e
problemas e para que o desempenho de todos possa melhorar.

Assim, algumas práticas como dispensarem seus celulares numa


caixa durante a explicação do professor, em dias de prova, possam
mitigar o uso sem controle dos alunos.

Algumas recomendações para acesso a links de games, ou sites não


relacionados a idade deles podem ser bloqueados no servidor da escola.
9. Considerações finais

O cotidiano escolar vem sofrendo mudança já em proporções


destacáveis. O uso das tecnologias, em especial as que possuem
acesso à internet, fazem parte desse novo cenário educacional.
Percebe-se, com certa frequência, presente nas bancas escolares os
diferentes modelos de celulares, e, em alguns pontos, o uso de outras
tecnologias. Isso remete ao professor o exercício do pensar sobre o
alcance de tais itens e como se posicionar nesse eixo.
Diante dessa realidade e da nova inclusão dessa ferramenta no
ambiente escolar, fica o professor entre o duelo de bani-lo da sala de
aula e punir o aluno pelo seu uso no horário de aula, ou utilizar o mesmo
como ferramenta pedagógica.
Cabe, aqui, enfatizar que a problemática advém das reclamações
dos educadores sobre a presença desses aparelhos no espaço escolar,
causando, muitas vezes, desvio do foco de atenção e interrupções nas
aulas.
Necessita-se da participação de todos: pais, mães, funcionários,
professores, estudantes e gestão na formação desse novo paradigma de
ensino, assim como um currículo mais flexível, que favoreça ao
professor escolher a tecnologia disponível que mais favoreça o
compartilhamento de conhecimentos e experiência, fugindo do
tradicionalismo, buscando, assim, uma sintonia entre a prática docente e
integração entre sociedade e escola, através de um planejamento prévio
e equilibrado.
Constatando a potencialidade do celular como facilitador da
aprendizagem dos alunos, embora haja necessidade de maior
capacitação dos educadores para utilização dos mesmos, conclui-se
que, quando utilizado de forma adequada, pode o mesmo favorecer o
dinamismo e interatividade nas aulas, rendendo aos educandos uma
participação ativa (monitorada), potencializando sua criatividade,
imaginação e capacidade de discernimento, além de ofertar a
oportunidade de construção do conhecimento, de forma individual e
coletiva, conectando-o com o mundo fora do espaço escolar.

Você também pode gostar