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FACULDADE DA REGIÃO SISALEIRA

BACHARELADO EM DIREITO

ADELSON MAURICIO X. S. SILVA, ALLEF AMARILDO M. ARAÚJO, CÂNDIDA


J. SANTOS, ELIJANE KELY O. MERCÊS, JULIO NUNES, LETICIA ISTEFANE S.
OLIVEIRA, MARCOS S. PINTO, RODRIGO C. SILVA.

PRINCIPIOS PROCESSUAIS CIVIL:

MAXIMA EFETIVIDADE E MENOR ONEROSIDADE

Conceição do Coité-BA
2023
ADELSON MAURICIO X. S. SILVA, ALLEF AMARILDO M. ARAÚJO, CÂNDIDA
J. SANTOS, ELIJANE KELY O. MERCÊS, JULIO NUNES, LETICIA ISTEFANE S.
OLIVEIRA, MARCOS S. PINTO, RODRIGO C. SILVA.

PRINCIPIOS PROCESSUAIS CIVIL:

MAXIMA EFETIVIDADE E MENOR ONEROSIDADE

Artigo apresentado ao curso de Direito


da Faculdade da Região Sisaleira
(FARESI), sendo utilizado para fins
avaliativos na disciplina de Direito
Processual Civil III.
Prof.: Dr.ª Assucena Gordiano da Silva

Conceição do Coité-BA
2023
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 4
MAXIMA EFETIVIDADE ................................................................................................... 4
MENOR ONEROSIDADE ................................................................................................. 5
CONCLUSÃO................................................................................................................... 6
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 7
INTRODUÇÃO

O presente artigo, tende-se por objetivo, estudar alguns dos princípios que
regem o processo civil brasileiro de forma mais clara, trataremos aqui de dois
princípios, o princípio da máxima efetividade e o princípio da menor onerosidade,
os quais são bem próximos o que são muitas das vezes consideradas as duas faces
da mesma moeda. Nestes aspectos estes dois princípios se complementam, desta
forma no processo de execução estes princípios regem que este deve ser o mais
eficiente possível e na mesma proporção ser o menor dano ao executado.

MAXIMA EFETIVIDADE

No princípio da máxima efetividade, busca-se a satisfação integral do credito


exequendo. Neste sentido, podemos buscar também a tutela especifica da
obrigação ou o alcance do resultado prático equivalente nos casos de entregar
coisa, fazer ou não fazer.
A tutela jurisdicional efetiva é aquela que sai do papel, tornando a execução
sua função expressa e conclusa. Neste sentido, a sentença não tem conclusão até
que haja a máxima integralidade do direito do credor. Desta forma, podemos dizer
que o princípio da máxima efetividade tem por objetivo principal conceder ao
exequente (credor) todos os direitos que lhe cabe.
O princípio tem gênese constitucional, já que se encontra imbricado
naqueles do rol exemplificativo do art. 5º em seu inciso XXXV — “a lei não excluirá
da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”. No Código de
Processo Civil no Artigo 6° “Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre
si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva ”.
Com efeito, considerando, pois, a relevância do princípio da máxima
efetividade da execução, para a devida compreensão das nuances do processo
cível executivo, conquanto aqui esteja sendo analisado sob o prisma da execução,
deve ser considerado como um princípio que alcança a todos demais tipos de
processo.
MENOR ONEROSIDADE

O princípio da menor onerosidade, representa uma inserção de valores a


ordem pública. Quando se fala do princípio da menor onerosidade, tem que
satisfazer os direitos do credor, mas de uma forma menos invasiva em relação ao
patrimônio do devedor.

Art. 805 - Quando por vários meios o exequente puder promover a


execução, o juiz mandará que se faça pelo modo menos gravoso para o
executado.
Parágrafo único - Ao executado que alegar ser a medida executiva mais
gravosa incumbe indicar outros meios mais eficazes e menos onerosos,
sob pena de manutenção dos atos executivos já determinados.

O art. 805, caput, do CPC/2015, trata do princípio da menor onerosidade da


execução para o executado. Em seu parágrafo único, transfere ao executado a
incumbência de demonstrar o meio mais eficaz para satisfazer o exequente, com o
menor sacrifício.
Levando em conta o parágrafo único do artigo, caso o executado ao se sentir
lesado, ou prejudicado na sentença de execução, ao se fazer uso deste princípio
cabe somente a ele apresentar uma outra opção para satisfazer o credor. Desta
forma, não cabe somente o executado falar sobre o prejuízo que irá sofrer, mas
apresentar uma forma que torne possível a satisfação integral do credito
exequendo.
Para exemplificar este princípio podemos analisar que, para evitar a
expropriação de bens do seu patrimônio, o executado pode oferecer em pagamento
da obrigação pecuniária percentual do faturamento da empresa; rendimento de
determinado bem ou de frutos, essa forma de satisfação do crédito está prevista no
art. 905, do CPC/2015.
Art. 905. O juiz autorizará que o exequente levante, até a satisfação
integral de seu crédito, o dinheiro depositado para segurar o juízo ou o
produto dos bens alienados, bem como do faturamento de empresa ou de
outros frutos e rendimentos de coisas ou empresas penhoradas, quando:
I - a execução for movida só a benefício do exequente singular, a
quem, por força da penhora, cabe o direito de preferência sobre os bens
penhorados e alienados;
II - não houver sobre os bens alienados outros privilégios ou
preferências instituídos anteriormente à penhora.
Parágrafo único. Durante o plantão judiciário, veda-se a concessão de
pedidos de levantamento de importância em dinheiro ou valores ou de
liberação de bens apreendidos.
Para tanto, atendendo ao referido princípio, a própria lei confere ao
executado a possibilidade de nomeação de bens à penhora, que serão aceitos,
conquanto observada a ordem legal prevista no art. 11º da Lei Nº 6.830/80.

CONCLUSÃO

Considerando tudo aquilo ora exposto, fica evidente que estes dois
princípios, mesmos sendo aparentemente distintos, podem ser consideramos dois
lados da mesma moeda, pois de um lado temos o estado requerendo a satisfação
do credor, e na mesma proporção a preocupação de assegurar os direitos
fundamentais do executado. Como determinado pela legislação, em assistência
àquilo definido pelo Magistrad, pode-se inferir que existe uma imposição normativa
de que a execução seja realizada no meio menos gravoso ao devedor, de tal
maneira que os atos constritivos decorrentes da execução forçada da obrigação
judicial e/ou extrajudicial não poderão ser realizados de maneira a impor excessivo
e desproporcional ônus ao devedor, resguardando, por assim, a dignidade de sua
existência.
REFERÊNCIAS

THEODORO JUNIOR, Humberto. Curso de direito processual civil, v. 1, Ed.


Florense, 2019..

LEI No 6.830, DE 22 DE SETEMBRO DE 1980. PLANALTO. Disponível em:


< https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6830.htm>. Acesso em: 05 de Março de
2023.

LEI Nº 13.105, DE 16 DE MARÇO DE 2015. PLANALTO. Disponível em:


< https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>.
Acesso em: 03 de Março de 2023.

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