Você está na página 1de 2

ADM INSULINA

Paciente relatou que faz uso de insulina (não especificou) 2x ao dia (26ui
manhã e 12Ui a noite). Total de 38Ui/dia, dividindo pelo peso do paciente
(67kg) dá pouco mais 0,5ui/kg/dia.

Devido a incapacidade de produzir insulina endógena, todos os


pacientes com DM tipo 1 devem receber insulinoterapia em
esquema basal-bolus com múltiplas doses de insulina e com
monitorização frequente da glicemia capilar (no mínimo antes
das refeições e quando suspeita de hipoglicemia).
Basal (insulina de ação lenta): secreção constante de insulina que permanece em níveis baixos
no sangue o tempo todo e é produzida em forma de ‘gotas contínuas’, mantendo a liberação
de glicose para as células do organismo. Deve-se usar mesmo que em jejum, para manter
os níveis adequados de sua glicemia.
Bolus (insulina de ação regular/rápida): quantidades maiores de insulina que são liberadas na
circulação sanguínea em momentos de maior necessidade (nas refeições, ou quando há
aumento de açúcar no sangue).

A dose diária total de insulina preconizada em indivíduos com DM 1


com diagnóstico recente ou logo após o diagnóstico de cetoacidose
diabética varia de 0,5 a 1 U/kg/dia.
A dose da insulina basal diária varia de 40% a 60% da dose
total de insulina, utilizando para isso a insulina NPH (ação
intermediária) em duas a três aplicações.
Quando a insulina NPH for administrada com a insulina regular,
ela pode ser utilizada duas vezes ao dia, sendo que a dose
noturna deve ser aplicada ao deitar-se, ficando separada da
dose de insulina regular, que deve ser administrada antes do
jantar. Nestes casos, atentar para o uso obrigatório de insulina
de ação rápida no horário de almoço para a cobertura pós-
prandial.
A insulina NPH (neutral protamine Hagedorn) tem duração de ação intermediária (pico
em 6 a 12h e duração usual 16 a 20h) e por esse motivo é utilizada 1 ou 2 vezes por dia
(noite/antes do desjejum) para manter níveis basais de insulina.
A insulina aplicada à noite inibe a produção hepática de glicose, reduzindo a glicemia
de jejum e, consequentemente, o perfil glicêmico das 24 horas. Pode ser aplicada entre
às 20-22hrs se a monitorização capilar do paciente estiver sendo feita às 7 ou 8hrs da
manhã)

Insulinas de ação curta (por exemplo regular) podem ser utilizadas antes das refeições
no manejo da hiperglicemia pós-prandial.

●Insulina Regular: deve ser administrada, 30 min antes das


refeições principais, em até três aplicações diárias. Uma forma
de cálculo de dose é administrar 0,05 U/kg/dia no café da
manhã e 0,1 U/kg/dia no almoço e no jantar, com doses
variadas nas refeições intermediárias de acordo com a
necessidade e metas glicêmicas a serem alcançadas de modo
individual para cada paciente.

Você também pode gostar