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ENDÓCRINO
DIABETES MELLITUS
O Diabetes caracteriza-se pela insuficiência insulínico; ou seja, é um paciente que vive em jejum e emagrece!
DM TIPO 1 DM TIPO 2
Hipoinsulinismo absoluto
Resistência periférica à insulina
(Peptídeo C indetectável) *
Genético / autoimune
Genético / ambiental
HLA DR3-DR4 ... anti-ICA
(O mais genético) **
< 30 anos, magro
> 45anos, obesos
Comum em infância e adolescência
Sintomático + outras doenças Assintomático + complicações
(Hashimoto, doença celíaca) tardias (macro e microvasculares)
DM Gestacional
Outros tipos (drogas, Cushing...)
(*) A insulina é muito instável na circulação, assim, dosa-se um peptídeo que é liberado em conjunto com a insulina – peptídeo C
(**) A concordância entre gêmeos monozigóticos é de 80-90% (enquanto que no tipo 1 é de cerca de 50%)
- DIABETES TIPO 1
Caracteriza-se por hipoinsulinismo absoluto (peptídeo C indetectável ou < 0,1)
o 1A → Com autoanticorpos (Anti-GAD, anti-insulina (se não usa insulina), anti-IA2)
o 1B → Sem autoanticorpos
Destruição total das células Beta pancreáticas
Doença autoimune → anti-ICA, anti-GAD, anti-IA2
Pacientes < 30 anos e magros
Associado a HLA DR 3/4
Geralmente inicia-se na infância
Peptídeo C baixo
Etiologia: Fatores ambientais, genéticos
Quadro franco de: poliúria, polidipsia, emagrecimento, polifagia e cetoacidose!
Doenças associada:
-Todas doenças autoimunes
-Tiroidite de Hashimoto (hipotireoidismo)
-Doença Celíaca
A glicemia elevada sem insulina faz com que as células pensem estar em estado de jejum, ocorrendo então
estado catabólico, aumentando ainda mais o nível glicêmico. A criança passa a apresentar polifagia e
emagrecimento.
O aumento da osmolaridade faz com que aumente o volume circulante efetivo, mas sempre com polidipsia
e poliúria. O paciente também faz lipólise exagerada, a qual gera corpos cetônicos (que são ácidos), levando à
acidose metabólica.
Educação sobre diabetes
Dieta → contagem de carboidratos
Atividade física → 30 min por dia
Uso adequado de insulina
- DIABETES TIPO 2
Resistência periférica à insulina, insidiosa
Fadiga pancreática secretória
Doença genética e ambiental
Associado a síndrome metabólica e obesidade
Pacientes > 45 anos e obesos]
Presença de Acantose Nigricans
Assintomático durante anos → abre o quadro com complicações:
o Macrovasculares: IAM, DAP, AVE
o Microvasculares: retinopatia, neuropatia, nefropatia
O pâncreas aumenta a produção frente à resistência insulínica, ocorrendo um equilíbrio entre as forças,
mantendo o paciente normoglicêmico. Eventualmente, o pâncreas falha em secretar insulina e o paciente torna-se
hiperglicêmico.
O fator genético é muito mais importante na diabetes tipo 2 → possui forte hereditariedade! Apesar disso, é
uma doença evitável, bastando manter dieta e atividade física.
DIAGNÓSTICO
Um paciente diabético pode ter insulina elevada, normal ou baixa, impossibilitando o diagnóstico pela
dosagem de insulina. Assim, dosa-se a glicose sérica!
Sintomas:
-Polifagia
-Polidipsia
-Poliúria
-Perda de peso
Glicemia de jejum¹ ≥ 126 mg/gL → Repetir no dia seguinte
Glicemia 2h pós-TOTG (75g)¹ ≥ 200 mg/dL
DIABETES HbA1c¹ ≥ 6,5%
Glicemia ≥ 200 com sintomas de DM
Diabetes gestacional > 92 TOTG 1h > 180 2h após > 153
Glicemia de jejum alterada = 100- 125 mg/gL
PRÉ - DM Intolerância à glicose (glicemia 2h pós-TOTG) = 140 - 199 mg/dL
HbA1c = 5,7 - 6,5%
(¹) Necessário 2 exames positivos → 2 testes glicêmicos alterados (podendo ser 2 testes diferentes na mesma
ocasião). Em caso de testes discordantes, valoriza-se o alterado e repete-se para confirmar o diagnóstico.
Glicemia capilar → não serve para diagnóstico (apenas para acompanhamento); deve-se usar o sangue
periférico.
→Hemoglobinopatia, gestação, perda sanguínea, HIV, hemodiálise interferem no resultado de Hb1Ac
→ LADA: diabetes autoimune tardia -> DM1 em adulto
→ MODY: diabetes em jovem, hereditário, monogênico < 25 anos, sem autoanticorpos, gene GCK
É importante lembrar que o paciente que apresenta glicemia de jejum alterada (100-125) não pode ser
imediatamente classificado como pré-diabético; devemos realizar um TOTG, uma vez que este paciente pode já ser
diabético!
RASTREAMENTO POPULACIONAL
Realizado para DM tipo 2, de 3 em 3 anos, em pacientes:
Idade > 45 anos
IMC > 25 + 1 fator de risco para DM
o HAS, sedentarismo, dislipidemia
o HMF de DM (1º grau)
o DM gestacional
o Uso de antipsicóticos, tiazídicos, corticoesteróides
Crianças e adolescentes com sobrepeso + 2 fatores de risco para DM
TRATAMENTO
ALVO TERAPÊUTICO
HbA1C (mais importante) < 7%
Glicemia capilar pré-prandial 70 – 130 mg/dL
Em gestantes < 92
Glicemia capilar pós-prandial < 180 mg/dL
Glicemia em idosos (HbA1C) < 7,5 ou < 8%
Em gestantes < 6,0%
Pós-prandial Basal
Lispro / Aspart (refeição) Glargina / Detemir (1x/dia)
Regular (30min antes da refeição) NPh (2x/dia)
→ Esquema de múltiplas doses (basal-bolus): aplica-se glargina ou detemir 1x/dia ou então NPH 2x/dia,
imitando a insulina basal. Nas refeições, aplicar Lispro (antes do café, almoço e janta) ou então usar regular 30min
antes das refeições.
→ Esquema de 2 aplicações: aplicar ao mesmo tempo regular + NPH! Antes do café tomar as duas juntas; no
almoço a NPH está fazendo pico; na janta aplica-se outra dose das duas juntas. Assim, a regular dá conta do jantar e
a NPH perpetua-se durante o sono. Este esquema não é fisiológico, não podendo falhar as refeições!
2/3 do total pela manhã 1/3 do total à noite
o NPH 70% o NPH 50%
o Regular 30% o Regular 50%
- Se o problema for na....
Glicemia pré-café da manhã → mexer na NPH da noite
Glicemia pré-almoço → mexer na regular da manhã
Glicemia pré-jantar → mexer na NPH manhã
Glicemia antes de dormir → mexer na regular da noite
- Hiperglicemia matinal
Fenômeno do Alvorecer (manhã desprotegida): picos de GH durante a noite elevam a glicemia durante a
madrugada; o paciente acorda hiperglicêmico
Efeito Somogyi (hipoglicemia da madrugada): hiperglicemia de rebote por uma hipoglicemia durante a
madrugada
- Incretinomiméticos
As incretinas aumentam a insulina independente da glicemia.
Inibidores da DPP-IV (evita a degradação da incretina, aumentando GLP1 que aumenta insulina)
o Gliptinas → Vildagliptina, sitagliptina
Análogo de GLP-1 (incretina) Quais levam a SULFONILUREIAS e
o Exenatide, Liraglutide... ↓peso hipoglicemia GLINIDAS
METFORMINA, TIDES
Quem diminui peso
- Inibidores do SGLT2 (inibe absorção de glicose no TCP) e GLIFOZINAS
Glifozinas (dapaglifozina, empaglifozina) Quais diminuem a
GLINIDAS e ACARBOSE
o ↓ peso e ↓ HAS glicemia pós-prandial
o Pode causar candidíase e ITU de repetição
Dieta
Hipocalórica
Restrição de carboidrato simples (açucar)
Aumento da ingesta de fibras
150 min de atividade física por semana
COMPLICAÇÕES AGUDAS
CETOACIDOSE DIABÉTICA (DM 1)
↑ Glicose
Lipólise
O aumento de glicose sem insulina faz grande quebra de gorduras, gerando corpos cetônicos (ácido beta-
hidroxibutírico, ácido acetoacético e acetona), desenvolvendo uma acidose metabólica com AG↑.
Diagnóstico
Glicose > 250
Cetonemia / cetonúria (3+/4+)
pH < 7,30 e HCO3 < 15
Clínica
Dor abdominal, náuseas, vômitos
Hiperventilação (Kussmaul)
Leucocitose
↑ Creatinina (desidratação) e amilase
Tratamento
Necessário realizar volume e insulina juntos. Se apenas volume, o plasma fica hipotônico e o neurônio rouba
água, inchando e fazendo HIC. Se apenas insulina o paciente faz hipocalemia e também pode morrer. Logo, o que
salva também mata!
Desta forma, o tratamento baseia-se em três pilares: volume, insulina e potássio!
Critérios de compensação
pH > 7,3
HCO3 > 18
Glicemia < 200
Via de regra, a glicemia é a primeira a ser corrigida!
Complicações
Trombose
Edema cerebral
Hipocalemia grave
Mucomircose (Rhizopus sp., Mucor sp.) → micose destrutiva rinocerebral (tratamento: anfoB +
debridamento)
TRATAMENTO DA CETOACIDOSE DIABÉTICA
SF 0,9% = 1L na 1ª hora (15-20ml/kg)
Célula Plasma
H2O
GLICOSE
Na+
VOLUME Hiponatremia dilucional
- Na+ baixo: manter SF 0,9% / Na+ normal ou alto: SF 0,45%
- Em um paciente hiperglicêmico → hipoNa+ dilucional (cada aumento de
100mg/dL da glicose causa a queda de 1,6mEq/L de Na+)
Regular: 0,1 U/kg (bolus) + 0,1U/kg/h (contínua)
OBJETIVO: reduzir glicemia 50-75 mg/dl/h
INSULINA
- QUANDO GLICEMIA = 250mg/dL → iniciar SG 5% (mas não suspender insulina!)
- Fazer 50% SF 0,9% e 50% SG 5%
K+
↓ insulina / ↓ pH
K + plasma K+ urina
POTÁSSIO
K+ (3,3 – 5,0): repor K+ (20-30mEq/L) se estiver urinando
↑ K+ (> 5,0): não repôr K+
↓ K+ (< 3,3): repor K+ e adiar insulina
HCO3 Se pH < 6,9 100mEq
Diagnóstico
Glicemia > 600
Osmolaridade > 320
pH > 7,3 e HCO3 > 18
Tratamento
Igual à cetoacidose: volume / insulina / potássio
DISTÚRBIOS DA TIREOIDE
A tireoide possui o formato em escudo abraçando a traqueia com seus lobos direito e esquerdo ligados pelo istmo.
Pesa aproximadamente 20g. O bócio caracteriza-se pelo aumento da tireoide.
As paratireoides estão em íntimo contato com os nervos laríngeos recorrentes, bem como o esôfago e a
tireoide. Determinados tumores ou lesões tireoidianas podem gerar rouquidão quando unilateral. Causas bilaterais
causam fechamento da glote.
Complicações da tireoidectomia
- Lesão do nervo laríngeo superior – dificuldade em elevar o tom de voz
- Lesão do nervo laríngeo recorrente – rouquidão (unilateral) / insuficiência respiratória (bilateral)
- Hipoparatireoidismo – hipocalcemia no pós-operatório
Sinal de Chvostek e Trousseau “O R1 TROUSSEAU paciente um CHVOSTEK (irritabilidade)”
o CHVOSTEK: Cansaço, Hipocalcemia, Vômitos, Tetania, Kâimbras
o Trousseau: flexão da mão com manguito inflado
A unidade funcional da tireoide é o folículo tireoideano, com várias células foliculares unidas com função de
produção hormonal. Para isso, contam com a capacidade de concentrar iodo, substrato para formação dos
hormônios tireoidianos, que são então armazenados no coloide e depois secretados no estroma glandular
ricamente vascularizado.
As células C (parafoliculares) tem pouco valor no ser-humano, porém são responsáveis pelo carcinoma
medular da tireoide.
A célula folicular tem capacidade de captar iodeto. A TPO (tireoperoxidase) capta o iodeto e transforma em
T3 e T4, produzindo também tireoglobulina (Tg), que transporta os hormônios. Os hormônios ficam armazenados no
coloide e quando necessários são separados da Tg e lançados no estroma. A produção de T4 é 20 vezes maior que
T3, mas apenas T3 é biologicamente ativo; logo, ocorre uma conversão periférica de T4 em T3 pela TPO e
Desiodinase tipo I. O propiltiouracil e o metimazol inibem a TPO!
O TSH é responsável por todo este processo, atuando através do AMPc intracelular. O lítio inibe o AMPc
intracelular, podendo causar hipotireoidismo.
TIREOIDE
T4 (20x) T3
O iodo captado tem um controle fino sobre a célula folicular. Se o indivíduo ingere muito iodo, a célula
folicular fica menos sensível à ação do TSH, e mesmo tendo mais substrato a taxa hormonal permanece normal
(autorregulação da célula folicular). Com a redução da quantidade de iodo, a célula fica mais sensível ao TSH,
mantendo a taxa hormonal normal. O efeito de Wolff-Chaikoff (indução de hipotireoidismo ao fornecer iodo) é um
hipotireoidismo de base; seu oposto é o fenômeno de Jod-Basedow (indução de hipertireoidismo ao fornecer iodo).
Isto pode ocorrer em TC com contraste e amiodarona!
A amiodarona é uma droga de depósito, permanecendo no corpo por, no mínimo, 4 semanas após sua
parada. Pode causar hepatotoxicidade, pneumotoxicidade, lesões oculares e também na tireoide. Ao depositar-se na
tireoide causa uma tireoidite, rompendo o folículo e extravasando hormônios tireoidianos, causando tireotoxicose.
Desta forma, a amiodarona pode causar hipotireoidismo (Wolff-Chaikoff), hipertireoidismo (Jod-Basedow) e
tireotoxicose.
TERCIÁRIO
(-) HIPOTÁLAMO
TRH (+)
SECUNDÁRIO
HIPÓFISE
TSH (+)
PRIMÁRIO
TIREOIDE
O propiltiouracil inibe a formação de T3 através do bloqueio da TPO e Desiodinase I, bem como propranolol
e glicocorticoides. Após 1 hora inicia-se iodo, causando o efeito de Wolff-Chaikoff.
Tireotoxicose
Cursa com insônia, nervosismo, confusão, sudorese excessiva, intolerância ao calor, pele quente e úmida,
perda de peso, polifagia, hiperdefecação, tremores e taquicardia. São sintomas adrenérgicos, e a tireotoxicose
pode ser confundida com feocromocitoma (tumor endócrino produtor de adrenalina).
Pode ocorrer HAS divergente e fibrilação atrial, pois há um hiperefeito em receptores β1 e aumento de
receptores β2 (dilatação periférica).
O tratamento é com propranolol – controla a clínica do excesso hormonal! Pode ser associado o
propiltiouracil!
Doença de Graves
(Bócio Difuso Tóxico)
Doença autoimune que causa hiperestimulação da tireoide pelo TRAb (Anticorpo Antirreceptor de TSH).
Possui achados específicos:
Bócio difuso, elástico (não há nódulos)
Exoftalmia (esclera presente em toda a circunferência da íris; presente em 40% dos pacientes)
Edema periorbitário, retração palpebral, exoftalmia, limitação de movimentos oculares
Mixedema pré-tibial (edema duro)
Baqueteamento digital
Ansiedade, labilidade emocional, fraqueza, tremor, palpitação, intolerância ao calor, perda de peso (pode
haver gano de peso em jovens devido a hiperfagia), pode haver hiperdefecação, amenorreia, disfunção erétil
Em idosos podem aparecer: fibrilação atrial, dispneia e edema, com perda de peso
Cintilografia da Tireoide
Captação difusa do iodo radioativo (Graves), se TRAB negativo
USG para circulação tireoidiana também é útil (para grávidas + TRAB)
RAIU 24h
Normal: 5-20% de captação
Graves: captação > 20%
IODO RADIOATIVO É CONTRAINDICADO DURANTE A GRAVIDEZ
Tratamento
Medicamentos
Radioablação com iodo
Cirurgia
* No Brasil, inicia-se com medicação; caso não funcione, realiza-se ablação, e apenas em último caso a cirurgia!
*Se TSH baixo, T4L alto e T3 normal → pode haver ingestão exógena de T4 ou uso de amiodarona
*T4 e T3 livres alto e TSH normal/alto → Pedir RM (possibilidade de tumor)
*TSH baixo e apenas T3 sérico alto → Doença de graves ou um adenoma de tireoide autônomo
Medicamentos
Betabloqueadores → reduzir sintomas adrenérgicos
PTU (propiltiouracil) / MMI (metimazol)
Após atingir o alvo de T4 livre (0,9 a 2 ng), geralmente 1 mês após, suspende-se o propranolol (paciente já
está assintomático) e mantém Metimazol por 1 ano. Após 1 ano suspende-se a medicação e a doença resolve-se.
Principais efeitos colaterais: hepatite medicamentosa e agranulocitose. Caso ocorra efeito colateral durante
o tratamento, parte-se para radioablação com iodo.
Radioablação
4) Caso recidiva medicamentosa ou reações tóxicas as DATs
5) Contraindicações: gravidez, grandes bócios, exoftalmia grave
Cirurgia
Grávidas não controladas com medicação (DAT)
Doença com bócio volumoso
Pacientes com exoftalmia e recidiva após DAT
Deve haver um preparo cirúrgico: internação 6 semanas antes, para reduzir o tamanho do bócio e causar o
efeito de Wolff-Chaikoff, secando a glândula e reduzindo sua vascularização e produção hormonal.
PTU ou Metimazol → 6 semanas
Iodo (Lugol) → 2 semanas antes da cirurgia
O hipotireoidismo pode ser primário (tireoide), secundário (hipófise) e terciário (hipotálamo; raro). Pode haver
bócio no hipotireoidismo primário, uma vez que o TSH estimula as células foliculares e acúmulo de coloide, apesar
da baixa produção de T3 e T4, logo pode haver aumento da glândula. Também pode ocorrer hiperprolactinemia,
pois o TRH estimula a produção de prolactina, cursando com galactorreia e amenorreia.
Hipotireoidismo primário (95% dos casos)
(Hashimoto) → Alto TPO T4L TSH
Reposição de T4 deve ser iniciada
Hipotireoidismo secundário (central)
(Hipopituitarismo) → estimulação insuficiente T4L TSH
da tireoide, TSH francamente baixo
Hipotireoidismo subclínico
(Estágio inicial de um hipo primário) TSH T4L (N)
Tratamento depende do grau de TSH
Sintomas: Fadiga, intolerância ao frio, ganho de peso, constipação, pele sexa, mialgia, irregularidade menstrual
Exame físico pode incluir: bócio, bradicardia, hipertensão diastólica
Laboratorial:
• Tiroidite autoimune: presença de Anti-TPO (anticorpos peroxidase) elevados (define probabilidade de
desenvolver a doença).
• Hipercolesterolemia, anemia macrocítica e hiponatremia, hiperprolactinemia, CPK alta
Apesar de produzirmos mais T4, o hormônio biologicamente ativo é o T3. A conversão periférica é feita pela
Desiodase tipo 1.
Referências laboratoriais: → Se TSH sérico normal, nenhum teste adicional deve ser realizado
→ A medição dos anticorpos do receptor de tireotropina (TRAbs) pode ser útil para estabelecer o diagnóstico da
doença de Graves e avaliar a probabilidade de remissão após um curso de 12 a 18 meses de terapia com drogas
antitireoidianas
-Deficiência de hormônio tireoidiano devido a distúrbio da hipófise, hipotálamo ou circulação portal com diminuição
de TSH, TRH, ou ambos
-Condição rara, pacientes geralmente apresental outras deficiências hormonais
-Adenoma hipofisário é a causa mais comum, ocorre compressão, diminuição de circulação
-Lesões traumáticas (AVE, HSA), irradiação craniana
-Crianças podem apresentar retardo do crescimento, cretinismo, nanismo, puberdade precoce
-Terapia com hormonio do crescimento pode desmascarar o hipotireoidismo central
-Sintomas semelhantes, mas mais leves do hipotireoidismo primário (sem bócio)
-TSH não aumenta adequadamente à medida que o T4 livre diminui (T4L normal/baixo e TSH baixo, normal, alto)
-Sempre investigar insuficiência adrenal com teste de ACTH antes de dar levotiroxina
-Dose de T4 deve ser ajustada de acordo com os sintomas( 1,6 mcg/kg)
TIREOIDITES
INFLAMAÇÃO
CRÔNICA TIREOTOXICOSE
SUBAGUDA
HIPOTIREODISMO
Tireoidite Subaguda
1ª fase: tireotoxicose → pelo escape de coloide contendo T3/T4
2ª fase: hipotireoidismo → depleção dos hormônios tireoidianos
3ª fase: eutireoidismo
RAIU-24H
CINTILOGRAFIA
(Normal 5 – 20%)
TIREOIDITE SUBAGUDA Baixa captação < 5%
DOENÇA DE GRAVES Hipercaptação > 20%
Hipotireoidismo Subclínico
↑TSH com T4L normal
Tendência a evoluir para hipotireoidismo clínico
Tratamento se:
TSH ≥ 10 µg/ml
Gravidez
Depressão
Dislipidemia
Anti-TPO alto
NÓDULOS DE TIREOIDE
Iniciar pela anamnese e exame físico, com a palpação da tireoide. O próximo passo é sempre avaliar a função
tireoidiana com dosagem de TSH para definir se está normal ou suprimido (VR 0,5 - 5 µU/ml).
INVESTIGAÇÃO
NÓDULOS DE TIREOIDE
“Frio”
CINTILOGRAFIA USG
“Quente”
PAAF ACOMPANHAR
Nódulo suspeito:
Irradiação, crescimento
Linfonodo, rouquidão
USG: microcalcificações, sólidos, hipoecoico e irregular, vascularização (Chamas IV e V)
SÍNDROMES METABÓLICAS E DISLIPIDEMIAS
HIPERTENSÃO
(PA ≥ 130/85mmHg)
HDL
TRIGLICERÍDEOS
Homem < 40mg/dL
(≥ 150mg/dL) RESISTÊNCIA Mulher < 50mg/dL
A INSULINA
OBESIDADE
ABDOMINAL GLICEMIA
Homem > 102cm* Jejum ≥ 100mg/dL
Mulher > 88cm*
obesidade abdominal + dois fatores
DISLIPIDEMIA
Lipoproteínas
QUILOMÍCRON (intestino) IDL LDL
VLDL (fígado)
HDL COLESTEROL
Alto risco ERG ≥ 20% (homem) ou 10% (mulher) + LDL 70-189 mg/dl <70
Aterosclerose subclínica* Aneurisma aorta abdominal
DRC (TFGe < 60 ml/min) LDL ≥ 190 mg/dl
Baixo Risco ERG < 5% (homem) ou < 5% (mulher) + LDL 70-189 mg/dl <130
*Estatinas sempre devem ser tomados a noite, antes de dormi, exceto Rosuva e Atorva t1/2 vida longa, podem ser tomadas
durante o dia
→ Sempre recomendar, naqueles com LDL alto, mudança de estilo de vida (perda de peso, exercícios físicos, dietas
baixa em gordura saturada)
→ Pacientes com LDL > 100 e um risco cardiovascular de 10 anos de 10% ou +, iniciar terapia com estatina. Pacientes
próximos do limite de 10%, considerar estratificação adicional como escore de cálcio e nível de lipoproteína A (se
escore de cálcio sugerindo aterosclerose) inciar estatina, naqueles com pontuação 0, adiar estatina e reavaliar escore
de cálcio em 5-6 anos.
→ Score de cálcio deve ser orientado para pacientes com risco intermedíario (7,5-20%), > 40 anos de idade.
•Baixo risco - Menos de 5 por cento de risco ASCVD em 10 anos
•Risco limite - 5 a 7,4 por cento de risco ASCVD em 10 anos
•Risco intermediário - 7,5 a 19,9 por cento de risco ASCVD de 10 anos
•Alto risco - risco de ASCVD de 20 por cento ou mais em 10 anos
→ Pacientes com LDL > 160 → estatina obrigatória
→ Estatina é contraindicada em mulheres grávidas
→ LDL-C deve ser medido de 6-8 semanas após início do TTO, se resultado alcançado, repetir anualmente