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Capacitação para o uso

de canetas de insulina na
APS
Coordenadoria Municipal de
Assistência Farmacêutica

▫ Juliana Machado
▫ assistenciafarmaceutica.saude@salvador.ba.gov.br
▫ farmacovigilancia@salvador.ba.gov.br
O Brasil é o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de
doentes adultos (20 a 79 anos).

3
21.500,00
Estimativa de pessoas com diabetes no mundo em 2030

4
Diabetes
Mellitus
Síndrome do metabolismo, de origem
múltipla, decorrente da falta de insulina e/ou
da incapacidade de a insulina exercer
adequadamente seus efeitos.

5
Diabetes
▫ Tipo 1: caracteriza-se pela
destruição das células beta
pancreáticas, determinando
deficiência na secreção de
insulina
▫ Tipo 2: resulta da resistência à
insulina e de deficiência na sua
secreção.

6
COMPLICAÇÕES DO DIABETES

Hiperglicemia
Principais causas:

■ Medicação insuficiente.

■ Medicação
hiperglicemiante.
Hiper =
■ Abusos
alto
alimentares. Glicemi
■ Pouca atividade a:
física. glicose
■ Estresse. no
sangue
■ Doença ou
infecção.
COMPLICAÇÕES DO DIABETES
Nos casos mais graves:
● Perda d e consciência.
Hipoglicemia ● Convulsão.
● C o m a hipoglicêmico.
Principais causas:

■ Me di c aç ão excessiva.

■ Atividade física além d o habitual, sem


c o m p e n s a ç ã o alimentar.
Hipo =
■ Deixar d e fazer refeições.
baixo
Glicemia:
■ Comer menos quantidade d e
glicose
alimentos e manter a no
mes ma quantidade d e sangue
insulina.

■ Vômitos ou diarreia.
METAS GLICÊMICAS

• Jejum ou pré-prandial = 70 a 145


mg / d l
Crianças e
a d olesc ente
s
• Pós-prandial = 90 a 180 mg / d l
• Ao deitar = 120 a 180 mg / d l
PORQUE SEGUIR AS METAS?
• Na madrugada = 80 a 162 mg / d l -Aumenta a qualidade
d e vida;
• Jejum ou pré-prandial = 70 a
-Autonomia d o
Ad ulto 130 mg / d l
autocuidado;
s
• Pós-prandial = menor que 180
mg / d l -Diminui risco d e
complicações micro e
macrov asculares;
Gestantes
• Em jejum : 90 a 99 mg / d l -Diminui o risco d e
com • 1 h pós-prandial: Menor que 140 complicações agudas e
d ia b e te
s mg / d l crônicas.
• 2 h pós-prandial: 120 a 127
mg / d l

< 6,5%
HbA1c(%) Em
< 7,0 Gesta nte
s
1 Tratamento do DM no SUS
TRATAMENTO COM INSULINA

Insulina: É um hormônio produzido


pelas células β pancreática, atua na Imprescindível no tratamento de
Diabetes!
metabolização d a glicose, viabiliza a
Tem c o m o objetivo manter as
entrada d a glicose nas células do metas glicêmicas dentro d a
normalidade.
corpo promovendo a obtenção de
energia e funções do metabolismo
celular.

Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017 -


TIPOS DE INSULINA

Principais diferenças entre as insulinas LONGA E


C URT RÁPID
AÇÃO AÇÃO
ULTRALO NG INTERM EDIÁR BIFÁSIC
A A A IA A
 Tempo de a ç ã o
Lantus* NPH
Apidra * Humulin
(G la rgina Re (Humolin
g ular e (Humolin N
 Tempo para iniciar a a ç ã o 100) Novolin
(Glulisina)
e Novolin
70/ 30
N)
 Pico de a ç ã o Hum alog
(G la rg ina
Toujeo*
(Lispro) No v o li
300)
 Apresentação n
70/30

Tresiba N o v or a p id
NovoMix 30
(Deg lud ec a ) (Asparte)

Hum alog Mix


25

Hum a lo g Mix
50
PCDT para DM1
▫ O esquema de insulinoterapia deve incluir:

▫ Uma insulina basal de ação intermediária ou prolongada


(insulina NPH humana ou análoga de ação prolongada);
▫ Uma insulina de ação tipo bolus de ação rápida (humana regular
ou análoga de ação rápida);

doses fracionadas em pelo menos três aplicações diárias

13
PCDT para DM1

Elenco disponível na REMUME

14
PCDT para DM2

Elenco disponível na REMUME

15
Administração das
insulinas

Via SUBCUTÂNEA
▫ Seringas graduadas
▫ Canetas de aplicação
PORTARIA N° – 11, DE 13 DE MARÇO DE
2017
Torna pública a decisão de incorporar caneta para
injeção de insulina humana NPH e insulina
humana regular no âmbito do Sistema Único de
Saúde – SUS.

16
CRITÉRIOS DE DISPENSAÇÃO DAS CANETAS DE
INSULINA NPH E REGULAR DE ACORDO COM AS NOTAS
TÉCNICAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Critérios para acesso as canetas de Insulina no SUS

Nota técnica Nota técnica


204/2019 84/2021

Nota técnica
71/2020
CRITÉRIOS DE DISPENSAÇÃO DAS CANETAS DE
INSULINA NPH E REGULAR DE ACORDO COM AS NOTAS
TÉCNICAS DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

NT 204 de 2019 NT 71 de 2020 NT 84 de 2021

Critérios: Critérios: Critérios sugeridos:

Pacientes com Diabetes Mellitus Pacientes com Diabetes Mellitus Pacientes com Diabetes Mellitus
1, nas seguintes faixas etárias 1 ou 2, nas seguintes faixas 1 ou 2, nas seguintes faixas
• Menor ou igual a 15 anos; etárias etárias
• Maior ou igual a 60 anos; • Menor ou igual a 16 anos; • Menor ou igual a 19 anos;
• Maior ou igual a 60 anos; • Maior ou igual a 50 anos;

15% da 30% da 50% da


demanda demanda demanda
Canetas de insulina no SUS
Critérios de acesso

NOTA TÉCNICA Nº 169/2022-CGAFB/DAF/SCTIE/MS

Faixa etária preferencial Abastecimento da rede SUS


▫ Pacientes com Diabetes ▫ Canetas/tubetes 3 mL na
Mellitus 1 e 2 na faixa etária proporção de 70%;
menor ou igual a 19 anos;
▫ Pacientes com Diabetes ▫ Frascos de 10 mL na proporção
Mellitus 1 e 2 na faixa etária de 30%.
maior ou igual a 45 anos.

19
Nota técnica 169/2022
Municípios com baixo Exemplo 1: Eleger toda a população com DM1
(fazem uso da insulina mais vezes ao dia)
percentual de adesão
▫ Ampliação da faixa etária Exemplo 2: Eleger pacientes com DM1 e DM2 de
outras faixas etárias, por exemplo a população
economicamente ativa (transporte facilitado e
melhor adesão)
▫ Seleção de outros critérios
Exemplo 3: Eleger toda a população com DM1 ou
DM2 com algum tipo de deficiência (aplicação
com caneta mais prática e ágil)

20
Nota técnica 169/2022
Metodologia para cálculo do
nº de canetas
▫ 30% do CMM em frascos

▫ 70% do CMM em canetas

Cada frasco de insulina (10ml) equivale a 3,33


canetas (3ml)

21
Nota técnica 169/2022
Metodologia para cálculo do
nº de agulhas

▫ NPH: estima-se o uso de


4,16 tubetes por mês;
▫ Regular: estima-se o uso de
1,5 tubetes por mês.

O MS da saúde fornece agulhas de 4mm, sendo 1 agulha por paciente/dia


para insulina NPH e 1 agulha por paciente/dia para insulina regular
22
ORIENTAÇÕES PARA DISTRIBUIÇÃO DAS CANETAS DE
INSULINA DE ACORDO COM AS NOTAS TÉCNICAS DO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
FLUXO DE DISTRIBUIÇÃO DAS AGULHAS E CANETAS E CÁLCULO DO QUANTITATIVO DE
CANETAS DE INSULINA NO SUS

Cada frasco (10 mL)


MINISTÉRIO DA SAÚDE 1 equivale à 3,33 canetas (3
mL cada)

Utilizar o Consumo Médio ▰ Deve ser de


Mensal (CMM) em frascos
SECRETARIAS
ESTADUAIS E DF
2 para cálculo do quantitativo
70% da
demanda total
de canetas

Multiplicar o CMM total


SECRETARIAS 3 em frascos por (70% x
MUNICIPAIS 3,33)
ORIENTAÇÕES PARA DISTRIBUIÇÃO DAS CANETAS DE
INSULINA DE ACORDO COM AS NOTAS TÉCNICAS DO
MINISTÉRIO DA SAÚDE
CÁLCULO DO QUANTITATIVO DE CANETAS DE INSULINA NPH E REGULAR NO SUS

Exemplo 2: Um paciente utiliza 60 unidades de insulina NPH ao dia, distribuídas em três horários, sendo
dispensado para o mesmo 2 frascos-ampola ao mês. O paciente preenche os critérios estabelecidos na Nota
Técnica 84 de 2021 e passará a fazer uso de canetas para administração da insulina. Quantas canetas serão
necessárias para atender a demanda mensal desse paciente?
1 frasco --- 3,33 canetas
2 frascos -- x → x = 6,66 canetas
O paciente precisará de 7 canetas de insulina NPH para atender adequadamente a sua demanda mensal.

* O mesmo cálculo deverá ser feito para os pacientes que usam a insulina regular.
FLUXO PARA DISPENSAÇÃO DAS CANETAS DE INSULINA
HUMANA NPH E REGULAR

AVALIAR CALCULAR
o paciente quanto aos critérios de o número necessário de canetas
elegibilidade estabelecidos na Nota para atender a demanda mensal
Técnica do paciente

O Ministério da Saúde fornece agulhas de 4 mm para aplicação do


medicamento.
AVALIAR
O quantitativo disponibilizado por paciente é: ORIENTAR
a prescrição médica, que deverá
descrever o esquema de
• Uma agulha por paciente/dia para a insulina NPH
o paciente quanto ao transporte,
tratamento do paciente,
• Uma agulha tipo de
por paciente/dia para a insulina Regular armazenamento, uso adequado
insulina administrada (NPH ou das canetas, monitorização e
regular) e posologia descarte após o uso
Porque utilizar a caneta de Insulina
1 2 3
Praticidade, manuseio e Opções para registro de doses Opções de agulha mais curta, com
transporte; pares, ímpares e fracionadas 4mm de comprimento, com
menor risco de aplicação
intramuscular;

4 5
Maior aceitação social e melhor Melhor controle glicêmico
adesão ao tratamento;

ATENÇÃO:
pessoas com deficiência parcial ou total da visão não devem usar a caneta sem a
assistência de uma pessoa treinada. Não usar o “clique” que o botão seletor faz
como garantia da dose correta. 26
Caneta de Insulina Regular

▫ Cada sistema de aplicação


preenchido de Novolin R
Flexpen® contém 3mL de
solução injetável,
Botão injetor AMARELO – Insulina Regular correspondendo a 300 UI;

▫ A insulina regular é uma


insulina de ação rápida. Ou
seja, a glicemia começará a
abaixar 30 minutos após a
aplicação.

27
Caneta de Insulina NPH

▫ Cada sistema de aplicação


preenchido de Novolin N
FlexPen® contém 3mL de
solução injetável,
correspondendo a 300 UI;
Botão injetor Verde – Insulina Regular
▫ A insulina NPH é uma
insulina de ação
intermediária, com início de
ação 1:30h após a
administração e duração
total de aproximadamente
18h;

28
Insulinas NPH e
regular no SUS

29
3. CRITÉRIOS DE PRESCRIÇÃO

A prescrição deve ser realizada em receituário médico com a identificação da Unidade de Saúde
emitente (preferencialmente) e/ou da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), no qual deve constar:
● descrição da apresentação da insulina NPH e/ou Regular, qual seja, caneta;
● anotação da idade do(a) paciente;
● especificação do CID para Diabete Mellitus Tipo 1 (CID E10) ou 2 (CID E11) conforme a classificação
estatística internacional de doenças e problemas relacionados à saúde (CID-10).

30
4. CRITÉRIOS DE DISPENSAÇÃO

As canetas aplicadoras de insulina humana NPH e Regular e as agulhas devem ser dispensadas a
pacientes com Diabete Mellitus Tipo 1 ou 2 com faixa etária menor ou igual a 19 anos ou maior ou igual a
50 anos, mediante apresentação dos seguintes documentos na Farmácia da Unidade de Saúde:

● Documento de identificação oficial com foto (RG, Carteira de Habilitação, CTPS etc.),
para fins de determinação da idade do (a) paciente (se ≤ 19 anos ou ≥ 50
anos);
● Cartão Nacional de Saúde (Cartão SUS) vinculado ao Município de Salvador (físico ou digital);
● Receita Médica com prescrição de insulina na apresentação de caneta, seja do âmbito público ou privado,
31
Qual a quantidade de canetas a
ser dispensada?
✔ Quantidade de CANETAS a ser dispensada por mês, de
acordo com a dose TOTAL diária:
Qual a quantidade de agulhas a
ser dispensada?
✔ Quantidade de AGULHAS de 4mm a serem entregues,
considerando o quantitativo de 01
AGULHA/PACIENTE/DIA, para cada TIPO de insulina.
Como deve ser feito transporte?
✔ Curta duração:

▪ Pode ser mantida em condição não refrigerada, desde que


não exposta ao calor ou frio excessivo;
▪ Isopor/Bolsa térmica – não colocar gelo em contato direto
com a insulina.

✔ Evitar exposição ao calor excessivo (acima de 40ºC):


▪ Não expor diretamente ao sol;
▪ Não congelar o produto, nem expor ao gelo seco;
▪ Colocar as canetas de insulina na geladeira, assim que
chegar ao destino;
Como faço para conservar a
insulina?
✔ Importante seguir as orientações do fabricante;

Insulina Lacrada Insulina em uso


Armazenar sempre Não refrigerar!
sob refrigeração, Válido por até 6
entre 2 – 8ºC, semanas, sendo
distante do armazenado entre
congelador 15 – 30ºC

✔ Geladeira doméstica:
▪ Prateleiras internas, do meio para baixo, ou na gaveta de
verduras, longe das paredes;
▪ Acondicionar em recipiente plástico ou de metal com
tampa.
O que devo observar antes de
dispensar a insulina?
✔ Verificar a aparência da insulina antes do uso:

▪ Insulina R: límpida, incolor, sem partículas, sem partículas


sólidas e com consistência pastosa;
▪ Insulina NPH: aspecto leitoso, sem presença de grumos ou
partículas sólidas aderidas no fundo e nas paredes do
corpo da caneta

✔ Se observar alguma alteração no aspecto, usar uma nova


insulina

✔ Atentar para o prazo de validade para descarte e troca.


Agulhas – Tipo e Recomendações de uso
Prática Segura na Aplicação de
Caneta descartável de Insulina
✔ Agulhas com 4mm ou 5mm de
comprimento

▪ Ângulo de aplicação: SEMPRE 90º

▪ Prega em pessoas com escassez de


subcutâneo e em crianças com idade <
6 anos
Preparo na aplicação da Caneta
descartável de Insulina
✔ Avaliar local da aplicação (rodízio);
✔ Preparar a pele;
✔ Avaliar a prega subcutânea;
✔ Avaliar ângulo de aplicação;
✔ Assepsia local: Álcool líquido 70%
Riscos da Aplicação Errada

✔ Riscos da Aplicação de Insulina via IM ou ID


Para a caneta de Insulina NPH

✔ Realizar HOMOGENEIZAÇÃO com 20 movimentos lentos

ATENÇÃO: A homogeneização deverá ocorrer independente da


dose residual de insulina
Preparando a caneta para uso
A) Retirar a insulina da geladeira e aguardar
até atingir a temperatura ambiente antes de
utilizar.

Retire a tampa

B) NPH: Homogeneizar até que o líquido


fique uniforme (branco e leitoso)
Preparando a caneta para uso

C) Conexão da agulha:

Remover o selo protetor de uma agulha


descartável nova.
Rosqueie a agulha direto e firmemente na
caneta

D) Retire a tampa externa da agulha e guarde


para ser utilizada depois.
Preparando a caneta para uso

E) Retire a tampa interna da agulha

F) Checando o fluxo de insulina:

Antes de cada injeção, pequenas quantidades


de ar podem ser acumuladas no carpule. Para
evitar a injeção de ar e ter a dosagem correta:

Girar o seletor de dose para 2 UI


Preparando a caneta para uso

G) Segure a caneta com a agulha voltada para


cima e bata levemente com o dedo no carpule
até que a bolha de ar vá para o topo do
carpule.

H) Mantendo a agulha para cima, pressione o


botão ejetor completamente. O seletor de dose
retorna a “0” (zero) e uma gota de insulina
deve aparecer na ponta da agulha.
Preparando a caneta para uso
I) Selecionando a dose:

Verifique se o seletor de dose está zerado.


Gire o seletor até o número da dose a ser
injetada

J) Fazendo a aplicação:

Insira a agulha na pele. Injete a dose,


pressionando o botão injetor completamente
até que o zero se alinhe ao indicador
Preparando a caneta para uso
K) Manter o botão injetor totalmente
pressionado e permita que a agulha
permaneça sob a pele por pelo menos 6
segundos.

Retire a agulha da pele e em seguida, solte o


botão injetor.

L) Leve a agulha para dentro da tampa externa,


sem tocar na tampa.

Quando a agulha estiver tampada,


cuidadosamente, pressione a tampa externa.
Como descarto a insulina?
✔ NÃO descartar em lixo doméstico
✔ Caixa de perfurocortante e contaminantes:
▪ Corpo da caneta descartável vazia
▪ Agulhas

✔ Lixo comum ou lixo doméstico


▪ Tampa da caneta descartável
▪ Protetores e os lacres das agulhas

✔ O recipiente para descarte pode ser fornecido pela unidade. Ou,


orientar o descarte em recipiente rígido (frasco de amaciante,
uma garrafa pet, etc) , e quando cheio, a pessoa deve entregar o
material à unidade para descarte adequado.
Como faço o pedido de Insulina
para o almoxarifado?
✔ O quantitativo de CANETA a ser solicitado para atender o público
que cumpre os critérios é:

▪ 30% do CMM de Frascos de Insulina será substituído por Canetas.


▪ EX: CMM 150 frascos
RM: 70%x150 = 105 frascos de Insulina
30%x150 = 45 Canetas de Insulina

✔ Na falta dos frascos: Solicitar 3 vezes o valor do CMM


▪ EX: CMM 100 frascos de insulina
RM: Solicitar 300 canetas

OBSERVAÇÃO: O cálculo acima é uma sugestão dos distritais, o


que implica que o almoxarifado pode não atender a quantidade
solicitada, pois isso não foi falado em nenhuma reunião.
Como faço o pedido de Agulhas
para o almoxarifado?
✔ RM das AGULHAS:

▪ O almoxarifado distribui a caixa com 100 agulhas.


▪ A farmácia fraciona em pacotes de 10 unidades para ser distribuído ao
paciente

❑ Descrição no VIDA: Grupo: Canetas Aplicadoras de Insulina:


▪ AGULHA HIPODÉRMICA, PARA CANETA DE INSULINA, DIMENSÃO 0,23X0,4MM
▪ INSULINA HUMANA NPH 100 UI/ML, INJETÁVEL, CANETA 3ML
▪ INSULINA HUMANA REGULAR 100 UI/ML, INJETÁVEL, CANETA 3ML
SEGURANÇA DO PACIENTE NA UTILIZAÇÃO DE CANETAS
DE INSULINA
AGENDA
1. ABORDAGEM CONCEITUAL

2. INSULINA – MEDICAMENTO DE
ALTA VIGILÂNCIA

3. FATORES DE RISCO ASSOCIADOS


A ADMINISTRAÇÃO DE INSULINA

4. ESTRATÉGIA DE MINIMIZAÇÃO
DE RISCOS
SEGURANÇA DO PACIENTE NA UTILIZAÇÃO DE CANETAS
DE INSULINA
Conceitos

SEGURANÇA ERRO DE
DO PACIENTE MEDICAÇÃO
SEGURANÇA DO PACIENTE NA UTILIZAÇÃO DE CANETAS
DE INSULINA

SEGURANÇA DO PACIENTE

“Ausência de danos evitáveis ​a um paciente


durante o processo de cuidados de saúde e
redução do risco de danos desnecessários
associados aos cuidados de saúde a um mínimo
aceitável.”
(WHO, 2004)
SEGURANÇA DO PACIENTE NA UTILIZAÇÃO DE CANETAS
DE INSULINA

ERRO DE MEDICAÇÃO

“Qualquer evento evitável que, de fato ou


potencialmente, pode levar ao uso inadequado
de medicamentos, quando estes se encontram
sob o controle de profissionais de saúde, do
paciente ou do consumidor.” (NCC MERP, 2015)
SEGURANÇA DO PACIENTE NA UTILIZAÇÃO DE CANETAS
DE INSULINA

Em caso de subdose, o O uso de sobredoses pode


paciente poderá desenvolver: resultar em:
▪ Cetoacidose (DM1) ▪ Hipoglicemia grave, que
▪ Estado hiperglicêmico pode progredir para
hiperosmolar (DM2) estados convulsivos, coma
e morte
INSULINA
SEGURANÇA DO PACIENTE NA UTILIZAÇÃO DE CANETAS
DE INSULINA

INSULINA

ESTRATÉGIAS DE MINIMIZAÇÃO DE RISCO


FATORES DE RISCO ENVOLVENDO A ADMINISTRAÇÃO
DE INSULINA
PRESCRIÇÃO TIPOS DE INSULINA
Uso de siglas Variedade de insulina
abreviaturas e pontos disponíveis

EMBALAGEM E NOME TÉCNICA DE


SEMELHANTE UTILIZAÇÃO DAS
Risco de troca entre as CANETAS
insulinas devido a Uso incorreto das
similaridade canetas
FATORES DE RISCO ENVOLVENDO A ADMINISTRAÇÃO
DE INSULINA

1 PRESCRIÇÃO DE INSULINA

• As prescrições de insulina podem ser • O uso de símbolos com “+” e “,”


mal interpretadas devido ao uso de também podem induzir a erros na
abreviações, como “U”, “u” ou “UI” ao interpretação das prescrições.
invés do termo “unidades”. • Recomenda-se não utilizar o número
• Podem resultar em erros de dosagem, zero após a vírgula nas prescrições, pois
com administração de dose 10 vezes interpretações equivocadas poderão
superior ao necessário. Isso decorre da levar a administração de dose 10 vezes
interpretação do “U” como “zero” ou superior ao recomendado
do “I” em “UI” foi interpretado como
“um”.
FATORES DE RISCO ENVOLVENDO A ADMINISTRAÇÃO
DE INSULINA
Exemplos de erros de medicação Recomendações para prevenção
Uma prescrição de insulina subcutânea de 4 UI foi Prescrições claras e preferencialmente
administrada como 41 unidades7. digitadas; Substituir as siglas pelo termo

1
“unidades”

Uma prescrição de insulina escrita como 7U foi Não utilizar as abreviaturas “U” ou “UI” nas
interpretada como 70 unidades, resultando em danos prescrições. Utilizar a palavra “unidades”;
permanentes ao paciente7.

PRESCRIÇÃO DE Um médico prescreveu “insulina SC NPH 15U pela Não utilizar o símbolo “+” nas prescrições.
INSULINA manhã +6U à noite”. A prescrição foi interpretada como Utilizar as palavras “mais” ou “e”;
“insulina SC NPH 15U pela manhã e 46 U à noite”. Após
a administração da dose noturna, o paciente apresentou
hipoglicemia, que foi corrigida com tratamento
adequado3.

Uma prescrição de insulina subcutânea de 4,0 UI foi Não utilizar “zero” após a vírgula nas
administrada como 40 unidades.5 prescrições de insulina;
FATORES DE RISCO ENVOLVENDO A ADMINISTRAÇÃO
DE INSULINA

2 TIPOS DE INSULINA (SUS)

Análogas de
longa ação
(glargina,
detemir e
degludeca)
NPH e
regular

Análogas de
ação rápida
(lispro,
asparte e
glulisina)
FATORES DE RISCO ENVOLVENDO A ADMINISTRAÇÃO
DE INSULINA

3 APRESENTAÇÃO FARMACÊUTICA, NOMES E EMBALAGENS SEMELHANTES

SOLUÇÃO X SUSPENSÃO INJETÁVEL


FATORES DE RISCO ENVOLVENDO A ADMINISTRAÇÃO
DE INSULINA

3 APRESENTAÇÃO FARMACÊUTICA, NOMES E EMBALAGENS SEMELHANTES

EMBALAGEM E ROTULAGEM

Estratégias para minimizar a ocorrência de


erros:
✔ Realizar a dupla checagem com a
prescrição no momento da dispensação
✔ Padronizar a forma de armazenamento
das distintas apresentações
✔ Envolver o paciente no processo de
utilização do medicamento – atenção
especial às mudanças na terapia
FATORES DE RISCO ENVOLVENDO A ADMINISTRAÇÃO
DE INSULINA

3 APRESENTAÇÃO FARMACÊUTICA, NOMES E EMBALAGENS SEMELHANTES

Exemplos de erros de medicação Recomendações para prevenção


USO DO NOME DE REFERÊNCIA Um médico prescreveu erroneamente Incentivar a prescrição pelo nome do
“HUMALOG 70/30”, mas na realidade, princípio ativo e, em caso de
pretendia que fosse administrada a necessidade de prescrever pelo nome
✔ Humulin e Humalog
insulina “HUMALOG MIX 25” (75% de marca, acentuar as diferenças entre
lispro protamina suspensão e 25% nomes similares com uso de
lispro). Sabendo que a apresentação maiúsculas (Ex.: humaLOG e
✔ Humulin N (NPH) e Humulin U prescrita não existia no mercado, o humuLIN);
farmacêutico inferiu que se tratava da
(Ultralenta) insulina “HUMULIN 70/30” (70% NPH e
30% regular) e dispensou este Prescrições claras e preferencialmente
✔ Humulin L (Lenta) e Insulina Lantus medicamento. O paciente apresentou digitadas;
hipoglicemia que foi corrigida com a
administração de glicose hipertônica7.
Armazenar as insulinas com nome e
embalagem similar em lugares
separados.
FATORES DE RISCO ENVOLVENDO A ADMINISTRAÇÃO
DE INSULINA

4 TÉCNICA DE ADMINISTRAÇÃO DAS INSULINAS

Pacientes consideram que as canetas são mais convenientes, são de


mais fácil aplicação e são associadas a menor ocorrência de dor e/ou
irritação durante a aplicação, melhorando a adesão ao tratamento 14.

Mesmo com os benefícios relatados, a educação dos pacientes sobre o


uso adequado do dispositivo caneta é essencial para reduzir os riscos
de erros de administração14,15.
FATORES DE RISCO ENVOLVENDO A ADMINISTRAÇÃO DE INSULINA
Exemplos de erros de medicação Recomendações para prevenção
Um paciente com 44 anos com diagnóstico de Educação aos pacientes e familiares sobre
diabetes referiu não se adaptar às canetas de técnica adequada de utilização das canetas de
insulina, o que prejudicou sua adesão ao tratamento. insulina.
Ao demonstrar o uso da caneta, o paciente

4
selecionou corretamente a dose prescrita (5
unidades), inseriu uma seringa de insulina no bocal
da caneta, e apertou o botão injetor da caneta.
Posteriormente retirou a seringa e aplicou em seu
abdômen14. Educação aos pacientes e familiares sobre
TÉCNICA DE transporte e armazenamento das canetas de
ADMINISTRAÇÃO DAS Uma paciente com 65 anos, com diagnóstico de insulina.
diabetes, passou por uma avaliação com um
INSULINAS farmacêutico e referiu que a insulina sempre
derramava por sua pele a cada aplicação. Ao
demonstrar como fazia a administração do
medicamento, usando canetas de insulina, a
Orientar o paciente na identificação das
paciente acoplou a agulha, e ajustou o disco seletor
diferentes apresentações farmacêuticas e
de doses para 20 unidades. Retirou a proteção
formas adequadas de uso de cada uma delas.
externa da caneta, e, sem retirar a proteção interna,
dirigiu a caneta até o abdômen e apertou o botão
injetor14.
ESTRATÉGIAS DE MINIMIZAÇÃO DE RISCOS

Incluir pacientes e
familiares

03 Orientações quanto ao
armazenamento, conservação e
transporte da insulina, uso
adequado da agulha para caneta de
Prescrição insulina, preparo da caneta e técnica
Padronizar o processo de prescrição correta de administração são
essenciais
Prescrever pelo príncipio ativo

Evitar abreviaturas, siglas e


prescrições ambíguas 01 02
Dispensação
Armazenamento padronizado

Nome de referência e tipo de


insulina
REFERÊNCIAS
National Coordinating Council for Medication Error Reporting and Prevention. What is a medication error? Nova York: National Coordinating Council for Medication Error
Reporting and Prevention; 2015

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Medication Without Harm - Global Patient Safety Challenge on Medication Safety. Geneva: World Health Organization, 2017.

3. Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISMP Brasil). Erros de medicação, riscos e práticas seguras na terapia com insulinas, v. 1, n. 2, 2012.

4. COLQUHOUN, M. et al. National collaborative: Top five drugs reported as causing harm through medication error in pediatrics. Dynamics, v. 20, n. 4, 2009.

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12. Brasil. RDC Nº 71, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2009. Estabelece regras para a rotulagem de medicamentos.

13. Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos (ISMP Brasil). Rotulagem e embalagem de medicamentos com foco na segurança do paciente é tema de encontro
internacional. Disponível em: https://www.ismp-brasil.org/site/noticia/ rotulagem-e-embalagem-de-medicamentos-com-foco-na-seguranca-do-paciente- -e-tema-de-encontro-
internacional/#:~:- text= Rotulagem%20e%20embalagem %20 de%20medicamentos,ocorr%C3%AAncia%20de%20erros%20de%20medica%- C3%A7% C3%A3o.

14. TRUONG, T. H. et al. Errors in the Administration Technique of Insulin Pen Devices: A Result of Insufficient Education. Diabetes Therapy, 2017.

15. LI, J; JAYASEKARA, R. Reducing Insulin Administration Errors in Inpatients from a Nursing Perspective: A Literature Review. American Journal of Biomedical Science and
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