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Análises Bioquímicas

Módulo 5

Glicose
@WallacePacienza

Wallacepacienza

Wallace Pacienza Lima


Prof. Wallace Pacienza Lima, PhD.
wallaceplima@hotmail.com
@WallacePacienza wallaceplima@unigranrio.edu.br

Disciplina: Análise Bioquímica dos Líquidos Corporais


Perfil Glicídico
T EST E DE T O L E R Â N C I A O R A L À G L I C O S E

Q u a n d o solicitar o T TO G ?
O que avalia?
Indivíduos c o m glicemia de jejum entre 100
Reflete a eficiência c o m qu e o e 125 mg/dL.
organismo me ta bo liz a a glicose Indivíduos c o m glicemia normal mas c o m
após u m a carga oral desse substrato pelo menos dois fatores de risco.
Diabetes gestacional prévio, c o m glicemia
de jejum normal.
P r e p a r o e coleta

Coleta: I nte r pretaç ão


Glicemia jejum e 2h após a ingestão de 75g de
glicose anidra dissolvida e m água (250-300ml)
ingerido e m aproximadamente 5 min.
Glicemia entre 140 mg/dl e 199 mg/dl confirma
Padronização para o teste o pré-diabetes, t am b ém c ham ad o de
Alimentação c o m pelo menos 150g de H C nos 3 intolerância à glicose. Isso significa que o
dias que antecedem o exam e; indívíduo está mais propenso a desenvolver o
Atividade física hab itual; diabetes tipo 2.
No dia d o teste jejum de 8-12h (permite-se
Glicemia igual ou superior a 200mg/dl,
ingerir água);
confirmada por repetição d o teste e m outro
Não fumar ou caminhar durante o teste; dia, é diagnóstico de diabetes.
Medicações e intercorrências que p od em alterar
o teste devem ser controladas.
PEPTÍDEO C

P o r q u e f a z e r este e x a m e ? P o r q u e utilizar ?
Avaliação da reserva de insulina endógena,
Após a clivagem da pró-insulina, o
auxiliando n a orientação terapêutica.
peptídeo C é secretado e m proporção
equimolar, junto c o m a insulina
Sua dosagem não se altera na presença
Va l o r e s d e refe rê nc ia de anticorpos anti-insulina, refletindo,
nestes casos, melhor que a insulina, a
1,1 a t é 4 , 4 n g / m l .
capacidade secretória das células beta.

Q u a n d o f a ze r este e x a m e ? I nte r pretando :

Se o peptídeo C é mui to baixo, é possível inferir


Para determinar a pro du ç ã o da insulina e m u m
que a produção da insulina pelo pâncreas
paciente c o m diabetes.
t a m b é m é reduzida e será necessária a
Para verificar a hora de suplementar a
administração da insulina subcutânea para
me dic a ç ã o oral c o m injeções de insulina o u c o m controle da glicemi a;
u m a b o m b a de insulina. Se a dosagem do peptídeo C é alta, o pâncreas
Qu a n do existe suspeita de resistência à insulina. ainda produz insulina, mas não suficiente para
Qu a n do o paciente t e m hipoglicemia. controlar a glicemia e precisa de medicação
adicional.
H o m e o s t a s i s M o d e l A s s e s s m e n t - H O M A - IR

O q u e é? C o m o e nte n d e r o re sultado :
U m a m e d i d a qu e serve para avaliar a
De acordo c o m o resultado d o exame, po de
resistência à insulina (HOMA-IR) , assim,
verificar se o pâncreas está funcionando
auxiliar n o diagnóstico da diabetes.
corretamente, se há risco de diabetes
de sc ompensa da o u d o desenvolvimento da
C o m o c alc ular ? d iab etes:
Quando os valores do Índice Homa são
superiores aos de referência, pode ser
indicativo de:
Po nto s d e corte:
Resistência à insulina;

M a u fu n c io na me nto das células d o p ân c reas;

Risco a u me n t a do de diabetes d o tipo 2;

Risco a u me n t a do de s ín dro me m etab ólic a;

Diabetes d esc om p en sad a;

Cetoacidose diabética.
Diagnóstico de Diabetes Tipo 2

O diagnóstico de diabetes mellitus (DM) deve ser estabelecido pela identificação de


hiperglicemia. Para isto, p o d e m ser usados a glic e mia plasmática de jejum, o teste de
tolerância oral à glicose (TOTG) e a h e mo glo bin a glicada (A1c).

C r i tér i o s l a b o ra t o r i a i s p a r a di a gnó st i co d e D M 2 e p r é -
diabetes .

E x a m e s p a r a d i a g n ósti c o :

Glicemia plasmática de jejum ;


Teste de tolerância oral à glicose
(TOTG);
Hemoglobina glicada (HbA1c).
R a s t r e a m e nt o d e d i a b etes mellitus:
É RE COME ND AD O o rastreamento para
todos os indivíduos com 45 anos ou mais,
No indivíduo assintomático, É RECOMENDADO
me s mo sem fatores de risco;
utilizar como critério de diagnóstico :
E para indivíduos c o m sobrepeso/obesidade
Glicemia plasmática de jejum maior ou igual a que te nham pelo menos u m fator de risco
126 m g/d l; adicional para DM2.
A glicemia duas horas após u m a sobrecarga de
75 g de glicose igual ou superior a 2 0 0 m g/d l;
Ou a HbA1c maior ou igual a 6,5%.
Glicemia em Jejum
I nte rpreta ç ã o d o s va l o re s de
O q u e é G l i c e m i a? G l i c e m i a e m jejum:
A glicemia é a q uantid ad e d e açúcar no sangue.
Essa concentração varia durante o dia, por depender
d a alimentação, atividade física, t e m p o d e jejum, Normal Pré DM DM2
medicamentos, etc.
Glicemia em
<100 100 - 125 >125
jejum (mg/dL
Q u a n d o fazer o ex a m e de
g l i c e m i a e m jejum?
Sempre que houver suspeita de diagnóstico de Possíveis riscos da glicemia
diabetes e para controle metabólico ao menos em jejum aumentada:
u m a vez por ano
Infecções frequentes e c o m maior
gravidade;
O que pode alterar o exame? Cicatrização mais lenta;
Co ns umo de alimentos ou bebidas Maior risco cardiovascular;
açucaradas antes da realização do exam e; Problemas renais;
Jejum prolongado; Alterações no sistema nervoso;
M ed ic am entos; Redução e perda da visão.
Atividade física e estresse.
GLICOSE

Organismo → suporte de energia

Ácidos graxos e Glicose

Processos metabólicos

Manter o suporte contínuo de glicose????

Estocagem para ser usado quando necessário.


RESPIRAÇÃO CELULAR

C6H12O6 + 6O2 → 6CO2 + 6H2O + calor (energia)

MITOCÔNDRIA
GLICOSE - HOMEOSTASE

Controle Hormonal da Homeostase da glicose

Ação Hiperglicêmica
Ação Hipoglicêmica - Glucagon
- Insulina - Epinefrina
INSULINA - METABOLISMO PÓS-PRANDIAL

Efeitos metabólicos da insulina


GLUCAGON - METABOLISMO PÓS-ABSORTIVO

Efeitos metabólicos do glucagon


METABOLISMO DURANTE ESTRESSE

Estresse → “luta-ou-fuga”
- Queimadura
Trauma e injúria - Cirurgia
- Infecção

Metabolismo durante estresse

Hiperglicemia observada
durante o estresse não deve
ser confundida com diabetes
DIABETES MELITO
DIABETES MELITO
DIABETES MELITO
DIABETES MELITO
DIABETES MELITO

Comparações do diabetes entre tipo 1 e 2


DIABETES MELITO
DIABETES MELITO
DIABETES MELITO
DIABETES MELITO: CLÍNICA

Complicações do diabetes

❖ Glicose osmoticamente ativa

- Excreção renal aumentada → perda de


água (diurese osmótica)

- Sede intensa (polipsia)

- Micção intensa (poliúria)


AVALIAÇÃO DO METABOLISMO ENERGÉTICO

❖ Glicose plasmática
- Normoglicemia: 60 – 110 mg/dL

Entre 110 e 126 mg/dL: jejum alterado

- Hiperglicemia: > 126 mg/dL

- Hipoglicemia: < 45 mg/dL


AVALIAÇÃO DO METABOLISMO ENERGÉTICO

❖ Teste de tolerância à glicose (TOTG)


Hemoglobina Glicada
Para que serve a Hemoglobina Glicada?
Este é um dos exames fundamentais na avaliação de pacientes com Pré-
Diabetes e Diabetes Tipo 1 e Tipo 2. Ela é útil para rastreio (screening),
diagnóstico e acompanhamento de portadores de Diabetes.

Rastreio de portadores assintomáticos de Diabetes


A Hemoglobina Glicada é um exame útil para o screening ou rastreio de
pacientes sem sintomas da Diabetes. Isso porque um grande número de pessoas
podem ter a doença sem apresentar sintomas e, de acordo com alguns estudos,
a Diabetes Tipo 2 pode estar presente até 10 anos antes de um diagnóstico ser
realizado!

A Associação Americana de Diabetes (ADA) recomenda realizar o rastreio


de Diabetes Tipo 2 através da Hemoglobina Glicada para:
•Todas as pessoas acima de 45 anos, a cada 3 anos.
•Pessoas abaixo de 45 anos que apresentem sobrepeso (IMC > 25 kg/m²) com
um fator de risco adicional para Diabetes.
Fatores que podem alterar falsamente os níveis de
Hemoglobina Glicada
Fatores que reduzem falsamente os níveis de HbA1c:
•Diminuição da vida útil das hemácias:
• Anemia hemolítica;
• Transfusão recente;
• Esplenomegalia (aumento do tamanho e da função do Baço);
• Perda sanguínea aguda recente;
• Alguns medicamentos usados no tratamento do HIV.
•Aumento da eritropoiese (produção de hemácias):
• Reticulocitose;
• Uso de Eritropoietina (usada no tratamento de tipos específicos de
Anemia);
•Aumento severo dos níveis de Triglicerídeos;
•Uso de doses elevadas de Vitamina E e C (por inibir o processo de glicosilação).
Fatores que aumentam falsamente os níveis de HbA1c:
•Aumento da vida útil das hemácias: pacientes que passaram por
Esplenectomia (remoção do Baço);
•Diminuição da eritropioiese (produção de hemácias):
• Anemia por deficiência de Ferro;
• Deficiência de Vitamina B12;
•Aumento moderado de Triglicerídeos;
•Aumento das Bilirrubinas;
•Doses altas de Ácido Acetilsalicílico;
•Alcoolismo crônico;
•Doença renal crônica (por aumentar o processo de glicosilação).
Os valores de referência são:

➡️ Abaixo de 5,7%: baixo risco de diabetes;


➡️ Entre 5,7 e 6,4%: pré-diabéticos;
➡️ Maior ou igual a 6,5%: diagnóstico de diabetes;

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