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DIETOTERAPIA DM2

● dm1: deficiência na secreção de insulina pelas células beta - autoimune;


● dm2: jovens - mais comum.
- fatores genéticos + fatores ambientais + resistência à ação da insulina,
defeito na função das células beta → DM2;
- resistência à insulina: excesso de peso, obesidade;
- história familiar em parentes de primeiro e segundo grau, etnia, sinais de
resistência à insulina (acanthosis nigricans);
● sinais e sintomas: às vezes podem não ter sintomas mas tem hiperglicemia →
diagnóstico;
- polidipsia, polifagia, poliúria, perda de peso, desânimo, fraqueza, cansaço
físico, alterações visuais, infecções recorrentes de pele, urina e genitais,
lesões nas pernas e nos pés de difícil cicatrização;
- tratamento medicamentoso com insulina em conjunto com o tratamento
dietoterápico;

● diagnóstico:

- nutricionista pode solicitar glicemia de jejum - monitoramento;


- O médico solicita TOTG - curva glicêmica.
- recomendações para controle glicêmico:
● tratamento DM1:
- insulinoterapia + alimentação + exercício físico; - melhora a ação da insulina.
● tratamento dm2: insulina (não é comum), metformina, HG, glicemia capilar,
orientação nutricional, atividade física;
● tipos de insulina:
● basais:
- glargina (lantus)
- determir (levermir)
- NPH
● insulinas prandiais:
- lispro
- aspart
- glulisina
- regular
● insulinas bifásicas

Tipo de insulina Início Pico de ação Ação máxima


Ultrarápida Lispro ≤ 15 min 30 – 90 min 4 - 5h
Asparte ≤ 15 min 30 – 90 min 4 - 6h
Glulisina 10 - 15 min 30 – 60 min 4 - 5h
Rápida Regular 30 – 60 min 120 –180 min 5 - 8h
Intermediária NPH 2 – 4h 4 - 10h 10 - 18h
Longa Glargina (Lantus) 2h Não tem 24h
Detemir 2h - 18 - 22h
Degludeca - - 40h

● todos os macronutrientes possuem influência na glicemia, cho → mais rápido;


- proteínas e gorduras influenciam no impacto da glicemia tardia;
- olhar para o IG dos alimentos;
● monitoramento glicêmico:
- Hba1c - a cada 3 meses;
- registro;
● automonitoramento:
- DM1 - mínimo 4 vezes ao dia antes das refeições e ao deitar;
- pós-prandial: início do tratamento; Hba1c elevada; ajuste da contagem de
CHO;
- fibra tem papel importante na resposta a glicemia - melhora;
- DM2: em insulinoterapia: 2-3x/dia;
- antidiabéticos orais 2-4x/semana (não há consenso) - benefício em períodos
de mudanças terapêuticas, descompensação metabólica;
● gerenciamento eletronico: sistema de monitoramento contínuo de glicose (GCM);
- sensor - tecido subcutâneo que transmite informações da glicemia a um
aparelho monitor;
- fita: são caras quando nao sao dadas pelo sus, sugestão de pedir o
monitoramento todo dia na semana em um horário diferente;
● bomba de infusão de insulina: aplicação da insulina, é ligada a um tubo plástico
fino (cateter) que tem uma cânula flexível de silicone, ao menos 3 medidas de
insulina capilar/dia; troca: cânula a cada 3 dias e/ou cateter a cada 6 dias;
- programação: 0,025 UI/h a 50 UI/h;
- realizam 2 tipos de infusão: infusão basal, ao longo de cada hora - 50% da
taxa basal de insulina; infusão de bolus de refeição e/ou de correção;
- simula o que ocorre no organismo da pessoa sem diabetes mantendo a
libertação de insulina 24h;
- infusão contínua de análogos ultra rápidos em doses basais ao longo do dia
e bolus antes das refeições;
- quem nao usa bomba usa seringa ou caneta;
● objetivo primário conduta nutricional para crianças e adolescentes com DM é
manter um adequado crescimento e desenvolvimento como base para o controle
glicêmico;
● a ingestão calórica segue a regra de Holiday:
- 100 kcal/kg até 10kg de peso corpóreo;
- 1000 + (kg - 20) X 50 em crianças com massa entre 10 e 20kg;
- 1500 + (kg - 20) X 20 em crianças com mais de 20 kg
● necessidades nutricionais:
● EAN em DM:
- participação efetiva paciente e familiares no autogerenciamento contínuo da
doença;
- reavaliação em quatro momentos críticos: diagnóstico , anualmente, no
surgimento de complicações ou algum tipo de mudança de tratamento;
- principais objetivos: avaliação resultados clínicos, condição geral, saúde e
qualidade de vida;
- centralização do paciente, mas podendo utilizar-se de ferramentas, grupos
e/ou tecnologias;
- promoção de melhores resultados e redução custos tratamento;
● incentivar alimentação completa, variada e equilibrada, explicar a pirâmide
gradualmente;
● CHO:
- dieta low carb: O carboidrato não deve ser restrito em crianças e adolescentes com
diabetes tipo 1. Mínimo 40% do VET – quando da menos carboidrato acontece
rebote de insulina;
- Plano alimentar – mínimo 130g de CHO em adultos/gestantes mínimo de 175g;
- Fontes de CHO complexos: cereais integrais, leguminosas, frutas, legumes.
- se atentar com a sacarose. à até 10% do valor calórico total.
- SBD: min 45%.
- açúcar não deve ser proibido, mas cuidado, não deve ser compensado com insulina
(hormônio anabólico - ganho de peso); calorias vazias - não é recomendado. Até
10% do VET;
- adoçantes: leitura e compreensão de rótulos e porções de alimentos.
- sucos concentrados com muitas frutas podem ter influência na glicemia (melhor q
consuma a fruta toda ou uma porção apenas - fibras);
- Os edulcorantes artificiais aprovados pela Food and Drug administration: sacarina,
aspartame, acessulfame de potássio, aciclamato, sucralose e stevia. à alimentos
diet: substituição de x coisas por x coisas.
● Proteínas:
- 15-20% do VET; primeira infância: 2g/kg/dia. Infância: 1g/kg/dia. Adolescência:
0,8-0,9 g/kg/dia;
- Carnes magroas, ovos, peixes, laticínios com baixo teor de gordura. Fontes de
proteína vegetal (leguminosas) devem ser incentivadas;
● Gorduras:
- 30-35% do VET; < 10% gorduras saturadas.
- Gordura pode retardar a absorção de cho, e de certa forma equilibrar a curva
glicêmica, porém, em excesso, ela vai se alojar nos adipócitos causando resistência
à insulina – e de uma maneira mais lenta e depois causar uma hiperglicemia.
Observar hiperglicemia pré-refeição – analisar refeição anterior.
-
● fibras: promove função intestinal saudável, deve ser acompanhada pela ingestão de
fluidos, podem ajudar a melhorar a saciedade e substituir alimentos altamente
energéticos. Fibras solúveis em especial podem melhorar o controle glicêmico.
- necessidade: crianças: 2 anos ou mais - idade + 5 gramas;
- adultos: mulheres 25 gramas homens 35 gramas;
- Alimento rico em fibras: >5g/porção.
- Boa fonte: 2,5 - 4,9g/porção.
- Baixa fonte: até 2,5g/porção.
● Se atentar com CHO de rápida absorção, ou alimentos com fibras (cereal integral,
frutas e verduras) que retardam a absorção de glicose, bem como as gorduras –
controlam a glicemia.
● Caso for comer um doce, logo depois as refeições grandes, de preferência de faz
prato saudável – não é muito adequado, pelo açúcar adicionado, o qual pode ser
substituído por edulcorantes. Vai depender do tipo de chocolate (muito açúcar, muita
gordura), pode causar hiperglicemia a longo prazo;.
● distribuição de CHO em diferentes regimes insulínicos:
- Regime com nph e regular: valores de cho regulares nas grandes refeições e
lanches para equilibrar a ação pós-prandial e prevenir hipoglicemia.
- Prescrição de carboidratos em um plano de refeição fixo requer revisão
regular em uma criança em crescimento.
- Adesão é difícil: variabilidade diária de energia total e cho. ISPAD
● · Rótulo:
- Light: possui 25% a menos de algum nutriente (açúcar, gordura, sal, etc)
- Diet: total ausência de um determinado ingrediente (açúcar, sal)
- Zero: total ausência de um determinado ingrediente (açúcar, sal) além de possuir
menos calorias.
- Atenção: importante identificar a quantidade de cho, fibras e de gorduras dos
alimentos. Cuidado com propagandas: rico em fibras, zero açucar.
● hipoglicemia: tratamento
- não é recomendado chocolate por causa da gordura, não corrige;
- Ingerir suco de laranja, bala, refrigerante. Esperar o intervalo de 15 em 15m
para medir glicemia capilar. Carboidrato de absorção rápida.
- Glicemia <50 mg/dl – 30g de CHO: 15g de CHO: 1 colher de sopa de
açúcar, 1 copo de suco de laranja ou refrigerante normal, 3 balas de
caramelo, 1c de sopa de mel.
- Glicemia 50 e 70mg/dl: 15g de cho.
- repete operação em 15m;
- não é ideal ter hipo;
● atividade física: melhora a captação da glicose;
- Teste glicêmico antes do exercício e a cada 30 – 40m.
- Antes do ex: faixa glicêmica ideal – entre 100 e 250mg/dl.
- <100mg/dl, consumir 15g de CHO.
- >250mg/dl – aplicar insulina, hidratar, monitorar após 30m.
- è Não precisa ficar aplicando insulina no lanche pré-exercicio, exercício já
consome a glicose, (melhora captação de glicose), depende tb de quanto for
o lanche, o tempo de exercício, e o tipo da glicose.
- Em casos de exercício físico se atentar para hipoglicemia, fazer lanche antes
e comer mais

-
● unidades de insulina/kg/peso: para ver se está compensado ou não, se não tem
excesso; + de 1 unidade de insulina por kg/de peso → o que está errado? não está
comendo direito?
● contagem de CHO: estratégia em nutrição utilizada em especial para o tratamento
de DM1 ou DM2 - insulino dependente; a pessoa é treinada a contar os CHO nas
refeições como objetivo de manter a normoglicemia;
- foca no total de cho nas refeições;
- flexibilidade do plano alimentar, adesão ao tratamento, controle glicêmico;
- oferta quantidade adequada de nutrientes;
- menos riscos de complicações tardias;
- maior liberdade no plano alimentar, grande variação no consumo de cho,
- mostram facilidade para aprender o método;
- São contabilizadas as fontes de cho: paes, arroz, cereais, leites e açucares.
→ não são contabilizados carne de boi,aves, pescados e ovos vegetais,
adoçantes, chás e cafés, água, creme de leite, queijo;
● consumo de produtos diet e light são liberados? não, verificação das infos
nutricionais no rótulo;
● alimentos de consumo livre:
● contagem pelo método de equivalentes/ gramas de CHO; (ultra rápida e ultralenta);
- quando a porção que eu consumir não é a mesma do rótulo fazer regra de
tres;
● bolus alimentar: quantidade de insulina rápida ou ultra rápida necessária para
cobrir as gramas de cho na refeição;
- maneira de definir o bolus:

- é importante medir a glicemia pré e pós prandial para saber o efeito da


medicação e a dieta;redobrar atenção para pacientes recém diagnosticados -
adaptação - valor máx de CHO; risco maior de hipoglicemia;
● insulina x cho:
- para crianças e adolescentes a relação é de 1u de insulina para 20 - 30g de
cho; OU
- regra 500 - para cada x de cho é necessário x de insulina;
- glicemia pré-prandial está normal: aplicação do bolus alimentar
- glicemia pré-prandial não está normal: bolus mais bolus de correção;
- Bolus correção: fórmula para corrigir episódios de hipoglicemia, determinar
a meta glicêmica e calcular o fator de sensibilidade;
- o número que vai resultar do cálculo será equivalente às doses de insulina
rápida ou ultrarrápida que devem ser aplicadas para corrigir naquele horário;
● fator de sensibilidade: 1800/dose diária de insulina → xU de
insulina UR é capaz de baixar a glicemia em X mg/dL
- avalia a sensibilidade do indivíduo à insulina, ou seja,
capacidade de baixar a glicemia plasmática;
- SI é individual, calcular para cada paciente;
● BOLUS DE CORREÇÃO = GLICEMIA NO MOMENTO - GLICEMIA
META/SENSIBILIDADE INSULÍNICA;
- Regra geral de arredondamento;

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