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Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue
empregar adequadamente a insulina que produz. A insulina é produzida pelo pâncreas e
atua na manutenção do metabolismo (quebra da glicose), permitindo que haja energia
para manter o organismo em funcionamento. Pode ser classificada em dois tipos (tipo 1
e tipo 2), além de diabetes gestacional e pré-diabetes. No tipo 1 e em alguns casos do
tipo 2, o tratamento é feito com insulina.
Diabetes tipo 1
Em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta.
Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo. Como resultado, a glicose
fica no sangue em vez de ser usada como energia. Esse é o processo que caracteriza
o tipo 1 de diabetes, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença.
Diabetes tipo 2
O tipo 2 aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que
produz, ou quando não produz insulina suficiente para controlar a taxa de glicemia.
Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o tipo 2. Ele se manifesta mais
frequentemente em adultos, mas também pode se apresentar em crianças. Dependendo
da gravidade, pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em
outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.
Insulinas
A insulina de ação rápida é utilizada por pacientes com diabetes mellitus tipo 1 que
utilizam várias injeções subcutâneas diárias. É recomendável a aplicação deste tipo de
insulina de 15 a 20 minutos antes das refeições. Ela é indicada no tratamento da
cetoacidose diabética e pode estar associada à insulina humana de ação intermediária ou
análogos basais, de 20 a 30 minutos antes das refeições, para redução do pico de
glicemia pós-prandial.
Ação intermediária (NPH – humana)
Outra forma de administração de insulina é por meio das bombas de insulina, que são
dispositivos eletrônicos pequenos e portáteis que fornecem insulina de ação rápida de
forma contínua através de um pequeno tubo e de uma cânula (conhecidos como
conjunto de infusão) colocada sob a pele.
Em 2015, a insulina inalatória Afrezza foi aprovada para uso nos Estados Unidos. A
Afrezza é uma insulina de ação rápida que deve ser aplicada, antes das refeições, por
pessoas com diabetes tipo 1 ou diabetes tipo 2. Ela não substitui as insulinas de longa
duração.
A dose para administração depende de idade, peso corporal, estágio puberal, tempo de
duração da doença, estado do local de aplicação de insulina, do número e da
regularidade das refeições, do automonitoramento, da HbA1c pretendida, do tipo,
frequência e intensidade das atividades físicas, e das intercorrências (infecções e dias de
doença).
O ajuste na dose das insulinas pode ser necessário em pacientes que tiveram um
aumento de suas atividades físicas, mudaram sua dieta habitual ou durante doenças
concomitantes.
Estabelecer os objetivos glicêmicos é o primeiro passo para iniciar a insulinoterapia
intensiva. É importante que os pacientes calculem a sua dose de bolus de correção de
acordo com os objetivos glicêmicos e as glicemias pré-prandiais e, assim, sejam
envolvidos no gerenciamento do diabetes.
Referências:
1. Sociedade Brasileira de Diabetes. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes
2019-2020. São Paulo: Editora Clannad. [On-line] 2017. [acesso em 17 fev 2023].
Disponível em: https://www.saude.ba.gov.br/wp-content/uploads/2020/02/Diretrizes-
Sociedade-Brasileira-de-Diabetes-2019-2020.pdf
2. Análogos de insulina basais. Governo do Estado do Espírito Santo. [acesso em 17 fev
2023]. Disponível em: https://saude.es.gov.br/Media/sesa/Consulta%20P
%C3%BAblica/An%C3%A1logos%20de%20insulina%20basais/Consulta%20P
%C3%BAblica%20-%20An%C3%A1logos%20de%20insulina%20basais.pdf
3. International Diabetes Feder II7˚ International Diabetes Federation, 2015. Disponível
em: http://www.diabetesatlas.org
4. MOREIRA, H.G. et al. Diabetes mellitus, hipertensão arterial e doença renal crônica:
estratégias terapêuticas e suas limitações. Rev Bras Hipert. v.15, n.2, p.111-116, 2008