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CRITÉRIOS PARA AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES

Neste modelo de avaliação, você não terá uma avaliação por nota, mas sim por
competências, que são classificadas como:
Insatisfatório (0-3): aluno(a) não entregou a atividade ou não demonstrou qualquer nível
de desempenho no objetivo de aprendizagem.
Em desenvolvimento (4-6): aluno (a) compreendeu a proposta da atividade, mas sua
tarefa possui algumas incorreções conceituais. O/a aluno(a) não possui o domínio mínimo
esperado dos conhecimentos e habilidades requeridos para a atividade. Neste nível o/a
aluno(a) ainda não pode ser considerado apto para aprovação em relação a este objetivo
de aprendizagem.
Essencial (7-8): aluno(a) compreendeu a proposta da atividade e seu desempenho foi
satisfatório, pois sua tarefa possui poucas incorreções conceituais. No entanto, ele ainda
não demonstra ter pleno domínio dos conhecimentos e habilidades requeridos para a
atividade. Este é o nível de desempenho suficiente para que o aluno(a) seja considerado
apto para aprovação na disciplina em relação a este objetivo de aprendizagem.
Proficiente (9-10): aluno(a) compreendeu a proposta da atividade e seu desempenho foi
satisfatório, pois sua tarefa não possui incorreções conceituais e ele demonstra ter pleno
domínio dos conhecimentos e habilidades requeridos para a atividade. Este deve ser o
nível de aprendizado almejado para a grande maioria dos(as) alunos(as) que se mostrem
engajados e comprometidos com a aprendizagem.

Para ser aprovado, você deverá demonstrar que tem um domínio que consideramos ao
menos “essencial” em todas as competências desenvolvidas pela disciplina.
ESTUDO DE CASO – PSICOLOGIA DO TRABALHO E SUBJETIVIDADE
Coloque-se no lugar de Simone e faça um texto dissertativo, tendo como base essas
indagações:

1) Diante do cenário apresentado, quais são suas considerações sobre as


primeiras ações de diagnóstico que Simone desenvolveu junto às lideranças e
operadores?

2) Sobre a questão de ordem mais pessoal, comentada no presente Estudo de


Caso, José Antônio dá detalhes de vários aspectos particulares que, sem
dúvida, resvalam no exercício profissional dele. Quais ações você pode sugerir
à Simone, no que tange à subjetividade (autoestima, sofrimento, prazer),
inclusive por que não deve ser só José Antônio quem passa por questões
dessa ordem?

3) Ao comentar sobre a família (esposa, filhos e sogra), quais intervenções


Simone, no papel de representante da empresa, poderão desenvolver? De
modo que José Antônio possa ter um entendimento melhor sobre os
problemas que cada um deles enfrenta e, a partir disso, ter maior
compreensão e poder ser um agente facilitador de um ambiente familiar
positivo. E fazê-lo compreender que o ganho será tanto dele quanto da
família.
RESPOSTA

Em face do cenário da empresa “ALG cosméticos”, Simone, enquanto


possível consultora interna, deve primeiramente apresentar para o presidente, os
diretores e depois os funcionários, uma palestra sobre a importância da capacitação
profissional, enquanto ferramenta para o desenvolvimento de suas habilidades.
Ademais, pode-se utilizar dinâmicas para auxiliar no processo de reflexão de todos
os funcionários sobre o seu papel na empresa, ambas as ações integram o processo
de mudança.
O intuito inicial é sensibilizá-los quanto a necessidade de especialização e
participação dos funcionários que integram a empresa. Em caso de participação,
uma ação interessante seria fornecer algum tipo de gratificação ou folgas como
recompensa e consequentemente, estímulo.
No caso apresentado, uma excelente alternativa seria a apresentação de uma
proposta a direção da empresa, baseada no Programa de Gestão de Pessoas com
foco em Promoção de Saúde, desenvolvida por Bruttin (2012). Entretanto, com
algumas modificações, levando-se em consideração as diferenças apresentadas no
artigo e o estudo de caso. Esse programa contribuiria para a promoção da saúde dos
trabalhadores, buscando-se o desenvolvimento a partir do trabalho. Ou seja, colocar
o trabalho a serviço de um projeto de vida do trabalhador.
Sendo assim, o primeiro passo é o desenvolvimento de um diagnóstico e
posteriormente o desenvolvimento das ações. Considerando o exposto no estudo de
caso, digo, as informações e dados apresentadas, a próxima ação proposta por
Simone é direcionada para a implantação das instâncias de representação dos
trabalhadores.
De acordo com a consolidação das leis trabalhistas (1943), art.510-A, “Nas
empresas com mais de duzentos empregados, é assegurada a eleição de uma
comissão para representá-los, com a finalidade de promover-lhes o entendimento
direto com os empregadores”. Portanto, a empresa “ALG cosméticos”, pode contar
com representantes dos líderes, operadores de máquinas, entre outros. Tendo como
objetivo a participação assídua em assembleias e reuniões.
Além disso, se ocorrem tantos erros entre os funcionários subalternos a José
Antônio, quais seriam as suas sugestões para qualificar e otimizar o trabalho de sua
equipe. Incluí-los nos processos decisórios é indispensável para ampliar a
participação ativa do trabalhador nas tomadas de decisão ligadas a organização do
trabalho.
Ainda tratando-se do Programa de Gestão de Pessoas com foco em
Promoção de Saúde, para colocar o trabalho a serviço do trabalhador, como
elemento gerador de bem-estar e realização propõe-se a seguinte ação, especificada
a seguir.
Observa-se que a empresa “cresceu muito e o jeito mais íntimo foi se
perdendo com o crescimento”. Nesse caso ainda é possível estar próximo desses
funcionários, com o desenvolvimento de um projeto de orientação profissional e
pessoal. No que tange o pessoal, esse tem como objetivo a construção do bem-
estar, utilizando-se métodos de forma ordenada, para encontrar soluções de
problemas. Se a demanda for alta como esperado, pode-se criar grupos de reflexão
para trabalhar temas sensíveis a essas pessoas em horários de intervalo. Já em
relação ao desenvolvimento profissional é necessário um planejamento de carreira
que busque a opinião dos trabalhadores, delimite os caminhos de progressão de
carreira e estimule o aperfeiçoamento dentro de um projeto de vida, desenvolvendo
aspectos profissionais, tal como pessoais.
O projeto de desenvolvimento profissional e pessoal deve envolver outros
setores da empresa, como a área de Recursos Humanos, Serviço Social, Medicina,
etc.
Referente ao caso de José Antônio, Simone deve convencê-lo a participar do
projeto de desenvolvimento profissional e pessoal da empresa “ALG cosméticos”.
José Antônio disse em seu relato que “é casado, a esposa trabalha como
cuidadora de idosos e tem dois filhos, Wesley e Wilson; o primeiro, maior de idade,
trabalha e o segundo, adolescente PCD, estuda e trabalha. Ademais, também reside
com a família sua sogra chamada, D. Maria do Carmo, que trabalha como faxineira
em casas de família”. Levando em consideração o contexto familiar de José Antônio,
Simone precisa orientá-lo quanto a necessidade de conversar com o seu filho mais
velho, Wesley, sobre a possibilidade de também trabalhar na empresa,
desmitificando suas crenças sobre “o que é ser empregado”. Sabe-se que, aceitando
participar de um processo seletivo da empresa, Wesley terá mais chances de
alcançar o seu sonho de estudar engenharia.
No que diz respeito ao jovem ter abandonado os estudos, outra direção
apontada por Simone seria a inserção no programa de Educação de Jovens e Adultos
(EJA) que deixaram os estudos devido à necessidade de trabalhar. Esse programa
tem como público-alvo, jovens e adultos empobrecidos, que muitas vezes
começaram a trabalhar precocemente.
Algo que não foi ponderado anteriormente, mas pode ser colocado como
possibilidade é a inserção da D. Maria do Carmo no processo seletivo para
contratação na empresa “AL Cosméticos” ou outras oportunidades no mercado, de
acordo com as suas habilidades e preferências. Pois, nos “últimos anos, mesmo com
as restrições, observa-se um movimento de aproveitamento do idoso no mercado
de trabalho”.
Enquanto, relativo ao filho menor (Wilson), como ainda tem 13 anos não
pode participar do Programa Jovem Aprendiz, que é uma iniciativa federal com o
objetivo de incentivar as empresas e órgãos públicos e contratar jovens de 14 a 24
anos, além de pessoas com necessidades especiais, sem limite de idade.
Por causa das dificuldades financeiras dessa família, uma alternativa é o
Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC). O benefício é
individual, não vitalício e intransferível, que garante a transferência mensal de 01
(um) salário-mínimo, destinado a pessoa a idosa, com 65 (sessenta e cinco) anos ou
mais, e pessoa com deficiência de qualquer idade, que comprovem não possuir
meios de se sustentar ou de ser sustentado pela família. Nesse caso, inclusive a
sogra pode tentar esse benefício.
Outra intervenção, devido ao exagero de bebida alcoólica é o
prosseguimento no desenvolvimento do projeto sobre combate ao alcoolismo e
outras drogas, juntamente com a área de medicina.
As mudanças propostas ao longo do texto dissertativo são muitas vezes
consideradas inviáveis na iniciativa privada. Mas considerando o apoio e
preocupação do presidente, Luiz Antônio, faz-se necessário tentar implementar
essas mudanças, que visam estimular a promoção da saúde desses funcionários
através do trabalho.
Referências:
BRASIL. Decreto-Lei º 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis
do Trabalho. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del5452.htm>. Acesso em: 19
jan. 2023.
BRUTTIN, André Rodrigues Lemos. Contribuições da psicologia social do trabalho e
das organizações para a gestão de pessoas em fábricas recuperadas. Psicologia
Revista, v. 23, n. 2, p. 219-244, 2014.
NEVES-SILVA, Priscila; PRAIS, Fabiana Gomes; SILVEIRA, Andréa Maria. Inclusão da
pessoa com deficiência no mercado de trabalho em Belo Horizonte, Brasil: cenário e
perspectiva. Ciência & Saúde Coletiva, v. 20, p. 2549-2558, 2015.

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