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COMPLEXO ESCOLAR & INSTITUTO POLITÉCNICO PRIVADO JERMA,

CEIPPJ-CABINDA
PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONAL (PAP): TÉCNICO DE FINANÇAS
II - PROMOÇÃO

FACTORES QUE INFLUENCIAM A FALÊNCIA DAS PEQUENAS E MÉDIAS


EMPRESAS NO MUNICÍPIO DE CABINDA: UM ESUDO DE EMPRESAS
COMERCIAIS

Trabalho apresentado para a obtenção do título


de Técnico Médio em Finanças.
Opção: Finanças

ELABORADO POR: AGOSTINHA VEMBA KENGUE

CABINDA, 2022
COMPLEXO ESCOLAR & INSTITUTO POLITÉCNICO PRIVADO JERMA,
CEIPPJ-CABINDA
PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONAL (PAP): TÉCNICO DE FINANÇAS
II - PROMOÇÃO

FACTORES QUE INFLUENCIAM A FALÊNCIA DAS PEQUENAS E MÉDIAS


EMPRESAS NO MUNICÍPIO DE CABINDA: UM ESTUDO DE EMPRESAS
COMERCIAIS

Trabalho de Fim de Curso apresentado ao


JERMA como parte das exigências do curso
Médio em Finanças para a obtenção do título
de Técnico Médio.

ELABORADO POR: AGOSTINHA VEMBA KENGUE


ORIENTADO POR: LIC. ALBERTO MACOSSO MBIZI

Trabalho nº____________

CABINDA, 2022
FOLHA DE APROVAÇÃO / APRESENTAÇÃO

Nome: Agostinha Vemba Kengue


Filhação: Jeremias Guilherme Maria e de Rosalina Dias Vemba
Nascimento: 10 de Dezembro de 2002, município Cabinda, província de Cabinda
Curso: Técnico de Finanças
Turma: Única

Classe: 13ª

Número:01

Tema: Factores que Influenciam a Falência das Pequenas e Médias Empresas no


município de Cabinda: um Estudo de Empresas Comerciais

Presidente 1º Vogal 2º Vogal


______________ ________________ _______________

III
PENSAMENTO

Persistência é a chave de permanentes conquistas.

«Albert Filla»

IV
DEDICATÓRIA

Aos meus pais e a todos aqueles que não tiveram a oportunidade de estudar.

V
AGRADECIMENTOS

Ao nosso Deus todo-poderoso, pelo fôlego de vida, por ser essencial em minha vida, meu
guia, socorro, presente nas horas de angústia, meu refúgio e minha fortaleza.

Aos meus pais Jeremias Guilherme Maria e Rosalina Dias Vemba agradeço
incondicionalmente pelo apoio financeiro, pela abdicação de muitos dos seus sonhos para
concretizar os meus, pela incansável paciência e por todo contributo dado durante todos
estes anos para minha formação, sem os quais não conseguiria alcançar os meus
objectivos.

Ao meu Tutor Alberto Macosso Mbizi, que desde logo mostrou-se disponível para orientar
a presente pesquisa obrigada pela dedicação e paciência durante todo este percurso que
hoje conseguimos terminar com êxito.

Aos meus familiares pelo apoio que moral que me proporcionaram, a todos os meus
colegas especialmente ao Rafael Matoto por ser tão bom delegado para connosco, pelo
companheirismo dedicação e por tudo que passamos juntos durante todo este tempo.

Aos meus amigos que também me apoiaram nesta caminhada.

E finalmente a todos que directa ou indirectamente contribuíram para que fosse possível
alcançar esta meta.

VI
ÍNDICE
PENSAMENTO ............................................................................................................................. IV
DEDICATÓRIA .............................................................................................................................. V
AGRADECIMENTOS .................................................................................................................. VI
LISTA DE TABELAS ................................................................................................................... IX
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .................................................................................. X
RESUMO......................................................................................................................................... XI
ABSTRACT ................................................................................................................................... XII
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 13
CAPÍTULO I- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................... 19
1 - Definição de Termos e Conceitos .......................................................................................... 19
1.1 - Empresas ................................................................................................................................ 19
1.1.1 - Classificação das empresas .............................................................................................. 19
1.1.2 - Pequenas e Médias Empresas .......................................................................................... 21
1.1.3 - Contextualização de PME’s em Angola......................................................................... 22
1.1.4 - Papel das PME’s na economia ........................................................................................ 23
1.1.4.1- Cinco forças de Porter para o crescimento de uma empresa ..................................... 25
1.2 - Falência .................................................................................................................................. 29
1.3 -Factores de falência ............................................................................................................... 30
1.3.1 - Factores de falência: categoria “dirigente” .................................................................... 31
1.3.2 - Factores de falência: categoria “empresa” ..................................................................... 32
1.3.3 - Factores de falência: categoria “ambiente” ................................................................... 32
1.3.4 - Ausência de apoios por parte do Governo ..................................................................... 32
1.3.5 - Escassez de recursos financeiros próprios ..................................................................... 32
1.3.6 - Falta de recursos materiais qualificados......................................................................... 33
1.3.7 - Dificuldade no acesso ao crédito ..................................................................................... 33
1.3.8-Má localização ..................................................................................................................... 34
1.3.9-Elevadas cargas tributárias ................................................................................................. 34
1.3.10 - Desvalorização Profissional........................................................................................... 35
1.4 - Natureza dos apoios públicos às PME’s ............................................................................ 35
1.4.1- Apoios Institucionais ......................................................................................................... 35
1.4.2- Apoios fiscais e de Crédito ............................................................................................... 36
1.4.3- Desenvolvimentos Local e Regional ............................................................................... 36
1.4.4- Formação e Recursos Humanos ....................................................................................... 36
1.4.5- Promoção da Competitividade.......................................................................................... 37
VII
1.4.6- Microcrédito ........................................................................................................................ 37
CAPÍTULO II- APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS ............................................................................................................................. 39
2.1-Historial de empresariado em Cabinda ................................................................................ 39
2.2- Análise de dados e interpretação de resultados ................................................................. 40
CONCLUSÕES ............................................................................................................................. 46
SUGESTÕES ................................................................................................................................. 47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................XLVIII
APÊNDICES

VIII
LISTA DE TABELAS

Tabela nº 1 - Grau de escolaridade atingido pelos empresários inquiridos .................... 40


Tabela nº 2 - Principais razões que levaram a iniciar o seu negócio .............................. 41
Tabela nº 3 - Financiamento da sua actividade comercial .............................................. 42
Tabela nº 4 - Principais obstáculos que limitam o desenvolvimento das PME’s em
Cabinda. .......................................................................................................................... 43
Tabela nº 5 - Apoio por parte do governo. ..................................................................... 44
Tabela nº 6 - Principais factores que influenciam na falência das PME’s em Cabinda. 45

IX
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

PME- Pequena e Média Empresa

PME’s- Pequenas e Médias Empresas

MPME’s- Micro, Pequenas e Médias Empresas

P1- Problema 1

P2- Problema 2

TT- Teoria Tentativa

EE- Eliminação de Erros

Lda- Limitada

& Ca- E Companhia

SA- Sociedade Anónima

&Cta- Comandita

OCDE- Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico

EUA- Estados Unidos de América

MC- Micro Empresas

PQ- Pequenas Empresas

MD- Médias Empresas

OIT- Organização Internacional do Trabalho

CVO- Ciclo de Vida Organizacional

SI I&DT – Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico

SI – Sistema de Incentivos

SEBRAE- Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas

SERASA-Centralidade de Serviço dos Bancos

SISBACEN- Sistema Integrado ao Banco Central

X
RESUMO

O presente trabalho com tema de pesquisa “Factores que influenciam a falência das
Pequenas e Médias empresas no município de Cabinda: um estudo de empresas
comerciais”. Tem como objectivo geral “Analisar os factores que influenciam a falência
das PME’S em Cabinda, e específicos: i) Proceder a revisão bibliográfica do referido tema;
ii) caracterizar as PME’S de Cabinda; iii) identificar os factores que influenciam na
falência das PME’S em Cabinda; iiii) demonstrar a influência desses factores na falência
das PME’S em Cabinda. No sentido de orientar a pesquisa, ergueu-se a seguinte questão
científica: Quais são os factores que influenciam a falência das PME’S em Cabinda? Para
se responder a questão erguida, elegeu-se como hipótese: Os factores que estão na base da
falência das PME’S em Cabinda, são entre eles nomeadamente a falta de melhoria do
modelo de governação e gestão estratégica, ausência de apoios directos ou indirectos do
Governo, catástrofes naturais, elevada carga tributária, falta de valorização dos
funcionários e carência de conhecimentos do mercado. Para a elaboração do trabalho foi
necessário o uso dos métodos hipotético-dedutivo e estatístico; pesquisa quantitativa,
exploratória e bibliográfica e técnicas como análise documental, questionário e observação.
Após análise de dados e interpretação de resultados concluiu-se que: Os factores que
influenciam a falência das pequenas e médias empresas comerciais no município sede de
Cabinda são de natureza interna (falta de melhoria no modelo de governação e gestão
estratégica, desvalorização dos funcionários, escassez de recursos financeiros próprios,
falta de conhecimento do mercado) como externa (ausência de apoios directos ou
indirectos do Governo, dificuldade no acesso ao crédito, elevadas cargas
tributárias,catástrofes naturais, etc), sendo que com maior frequência de falência
influenciadas pelos factores internos.
Palavras-chaves: factores, influência, falência, empresa.

XI
ABSTRACT

The present work with the research theme "Factors that influence the bankruptcy of Small
and Medium Enterprises in the municipality of Cabinda: a study of commercial
companies". Its general objective is to “Analyze the factors that influence the bankruptcy
of SMEs in Cabinda, and specific ones: i) To carry out a bibliographic review of the
aforementioned topic; ii) characterize the SMEs of Cabinda; iii) identify the factors that
influence the bankruptcy of SMEs in Cabinda; iii) demonstrate the influence of these
factors on the bankruptcy of SMEs in Cabinda. In order to guide the research, the
following scientific question was raised: What are the factors that influence the failure of
SMEs in Cabinda? In order to answer the question raised, the following hypothesis was
chosen: The factors that underlie the bankruptcy of SMEs in Cabinda are, among them, the
lack of improvement in the governance and strategic management model, the absence of
direct or indirect support from the Government , natural disasters, high tax burden, lack of
employee appreciation and lack of market knowledge. For the elaboration of the work it
was necessary to use the hypothetical-deductive and statistical methods; quantitative,
exploratory and bibliographic research and techniques such as document analysis,
questionnaire and observation. After analyzing the data and interpreting the results, it was
concluded that: The factors that influence the bankruptcy of small and medium-sized
commercial companies in the municipality of Cabinda are internal in nature (lack of
improvement in the governance and strategic management model, devaluation of
employees, lack of own financial resources, lack of knowledge of the market) and external
(absence of direct or indirect support from the Government, difficulty in accessing credit,
high tax burdens, natural disasters, etc.), with a greater frequency of bankruptcy influenced
by the factors internal
Keywords: Factor, Infuence, Bankruptcy, Business.

XII
INTRODUÇÃO

Não existe uma definição universal do que é uma PME, contudo a definição vária em
função do número de funcionários e do financiamento fixado pelo Estado.

A dinâmica e o crescimento da economia dos países em desenvolvimento, os chamados


países emergentes, dependem em grande parte da capacidade de criar empresas capazes de
sobreviver, para gerar trabalho e renda para a população economicamente activa, de
maneira sustentável por longos períodos de tempo, levando estes países a alcançar uma
maior produção de bens e serviços e um posicionamento mais estratégico na economia
global.

Tradicionalmente, as Pequenas e Médias Empresas (PME’s) têm sido um dos principais


instrumentos de sustentação das economias modernas, incluindo as dos países mais
desenvolvidos, não apenas por participarem na redução do desemprego, mas também por
se ajustarem às necessidades das comunidades e, com isso, contribuírem,
significativamente para a redução da informalidade e da pobreza.

Em Angola, a adopção e implementação de uma ambiciosa estratégia de fomento das


PME’s recomendam a adopção de um amplo programa de simplificação de práticas
administrativas, de regulamentação e de facilitação do acesso aos mercados e a novas
oportunidades de negócios, bem como de formalização de parcerias visando o
desenvolvimento de novos produtos e serviços em geral.

Assim, para a formulação da estratégia e estruturação das políticas e programas dirigidos


às referidas empresas, bem como a criação ou potenciação de organismos e instituições
com autoridade pública para coordenação e avaliação permanentes do alcance das políticas
a implementar, torna-se necessário estabelecer o quadro legislativo, de apoio ao Poder
Executivo na sua acção de promoção do desenvolvimento económico e social do País.

As competições entre as grandes empresas principalmente as multinacionais sempre em


busca de maior oportunidade e alta qualidade, provocou uma dispensa de trabalhadores ao
redor do mundo. Logo, essas consequências, que afectaram o mundo do trabalho também
trouxeram a criação de inúmeras pequenas empresas e médias empresas, sejam por força
do desemprego ou por outros motivos.

O reconhecimento das pequenas empresas está relacionado com grandes transformações


económicas, sociais e tecnológicas, que mudaram as formas de produzir distribuir e
administrar das grandes organizações, levando a novas organizações entre as empresas,

13
entre as empresas e trabalhadores e entre as empresas e outras instituições. Portanto as
pequenas empresas têm uma grande importância no cenário mundial, pois elas emergem
nas economias industrializadas e nos países em desenvolvimento como motores no
crescimento de emprego em função das maiores flexibilidades e as menores necessidades
de capital, gerando novos postos de trabalho.

As PME’S são responsáveis por uma grande fatia do giro económico angolano. No entanto
muitas dessas empresas enfrentam dificuldades que levam a fechar as portas precocemente,
entre os principais problemas, estão o excesso de burocracia para obtenção de crédito,
ausência de planeamento e alta carga tributária, não agregar valor aos produtos,
desperdício de recursos, stocks mal dimensionados.

Situação Problemática

Hoje em dia as empresas são encaradas como um ser vivo, pois elas passam por um ciclo
de vida que parte da introdução ao declínio. Nesta jornada vários factores podem
influenciar com que as mesmas entrem na fase mais crítica que é o declínio precoce. As
pequenas e médias empresas não estão conseguindo se manter no mercado por muito
tempo por alguns factores como: alta taxa de juros, alta carga tributária, falhas gerências,
factores económicos, despesas executivas, falta de conhecimento do mercado, entre outros.
Não existe uma especificação dos factores da falência universal de empresas, aceita pelos
pesquisadores. Muitos têm suas próprias explicações sobre as razões do sucesso ou
encerramento das empresas. De maneira geral em Cabinda, os factores que levam uma
empresa à falência apresentam duas classificações gerais: a primeira especifica os factores
internos, e a segunda, factores externos.

Questão científica

Defronte a situação levantada anteriormente ergueu-se a seguinte questão científica:

• Quais são os factores que influenciam a falência das PME’S em Cabinda?

Hipótese:

Para responder a questão científica colocada, atentou o seguinte:

• Os factores que estão na base da falência das PME’S em Cabinda, são entre eles
nomeadamente a falta de melhoria do modelo de governação e gestão estratégica,
ausência de apoios directos ou indirectos do Governo, catástrofes naturais, elevada

14
carga tributária, falta de valorização dos funcionários e carência de conhecimentos do
mercado.

Objectivos

Objectivo-geral

• Analisar os factores que influenciam a falência das PME’S em Cabinda.

Objectivos específicos

• Proceder a revisão bibliográfica do referido tema;


• Identificar os principais obstáculos que limitam o desenvolvimento das PME’s em
Cabinda;
• Identificar os factores que influenciam na falência das PME’S em Cabinda;

Justificativa da Escolha do Tema

Muita das vezes o excesso de motivação faz com que os novos empreendedores não
elaboram um planeamento adequado, e consequentemente não sobreviver nesse mercado
tão competitivo por falta de conhecimento. Por esta razão elaborou-se o presente trabalho
com intuito de aumentar as chances de sucesso das pequenas e médias empresas e auxiliar
tanto os empreendedores já pertencentes ao mercado como os que pretendem entrar no
mercado empresarial. Sendo assim torna-se importante conhecer os motivos que estão
levando a falência as pequenas e médias empresas em Cabinda.

Limite e delimitação

O presente trabalho limitou-se a tratar sobre “Factores que influenciam a falência das
PME’S do sector comercial do município sede de Cabinda, província de Cabinda.

Metodologia

Método

Lakatos (1985), define método como um conjunto de procedimentos sistemáticos e


racionais que permitem alcançar os objectivos da pesquisa, levando em consideração
aspectos de segurança, economia e validez. Esse método seria responsável por traçar o
caminho a ser seguido pelo cientista, ajudando-o nas decisões e na detenção de erros.
Assim sendo, nesta pesquisa utilizou-se os seguintes métodos:

Método Estatístico: planeado por Quetelet. Os processos estatísticos permitem obter,


conjuntos complexos, representações simples e controlar se essas verificações

15
simplificadas têm relações entre si. Assim, o método estatístico significa redução de
fenómenos sociológicos, políticos, económicos, etc., a termos quantitativos e a
manipulação estatística, que permite comprovar as reacções dos fenómenos entre si, e obter
generalizações sobre sua natureza, ocorrência ou significado (LAKATOS; MARCONI
2003 p.108).

Este método, permitiu o levantamento da população e determinação da amostra para a


presente pesquisa, efectuando o cálculo de percentagem na análise de dados, interpretação
de resultados e sua representação em tabelas no segundo capítulo deste trabalho.

Método hipotético-dedutivo: Para Karl R. Popper (1977:140-1), o método científico parte


de um problema (P1), ao qual se oferece uma espécie de solução provisória, uma teoria-
tentativa (TT), passando-se depois a criticar a solução, com vista a eliminação de erro (EE)
e tal como no caso da dialéctica, este processo se renovaria a si mesmo, dando surgimento
a novos problemas (P2).

Com este método conseguiu-se formular a problematização como ponto de partida, deduzir
e validar a hipótese.

Abordagens

Pesquisa quantitativa: para Mattar (2001), a pesquisa quantitativa busca a validação das
hipóteses mediante a utilização de dados estruturados, estatísticos, com análise de um
grande número de casos representativos recomendando um curso final de acção.

Esta pesquisa, permitiu quantificar os dados através de cálculos matemáticos.

Tipos de pesquisa

A pesquisa segundo Demo (1996), é um questionamento sistemático, crítico e criativo,


mais a intervenção competente na realidade em sentido teórico e prático. No presente
trabalho utilizou-se as seguintes pesquisas:

Pesquisa bibliográfica: quando elaborada a partir de material já publicado constituído


principalmente de: livros, revistas, artigos científicos, monografias, dissertações, teses,
material da internet, devemos atentar a contabilidade e fidelidade de fontes consultadas
electronicamente (PRODANOV; FREITAS, 2013, p. 54).

Esta pesquisa permitiu consultar diversas fontes de informações escritas e benéficas sobre
o tema, como: sites, livros, teses, artigos e dissertações já publicadas.

16
Pesquisa Exploratória: segundo Selltizetal. (1965), enquadram-se na categoria dos
estudos exploratórios todos aqueles, que buscam descobrir ideias e intuições, na tentativa
de adquirir maior familiaridade com o fenómeno pesquisado. Nem sempre há necessidade
de formulação de hipótese nesses estudos.

Esta pesquisa permitiu-nos chegar nas empresas em estudo, fazer um levantamento de


dados, fazer uma análise e partir para uma pesquisa mais profunda sobre o assunto.

Técnicas de recolha de dados

Questionário: é um instrumento de colecta de dados, constituído por uma série ordenada


de perguntas, que devem ser respondidas por escrito e sem a presença do entrevistador
(MARCONI E LAKATOS, 2003, P. 201).

A partir desta técnica foi possível elaborar um roteiro de perguntas abertas e fechadas para
os funcionários tanto o corpo administrativo, com vista a obtenção de dados para êxito
deste trabalho.

Observação: conforme o pensamento de Lakatos (2003), é uma técnica de colecta de


dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determina dos
aspectos da realidade. Não consiste apenas em vem e ouvir, mas também em examinar
factos ou fenómenos que se desejam estudar.

Esta técnica ajudou-nos a identificar e obter provas a respeito dos fenómenos que causam a
falência das PME’s em Cabinda no contexto real.

População amostra

Foram aplicados, no período entre a quarta semana de Dezembro de 2021 até 7 de


Fevereiro de 2022, os questionários em algumas empresas da cidade de Cabinda, a escolha
dos estabelecimentos foi aleatória. Foram investigados 14 pequenas que representam 70%
da amostra colectada e 6 médias que representam 30% da amostra, formando um total de
100%.

Estrutura do trabalho

O presente trabalho está estruturado em dois capítulos além das sugestões.


Capítulo I- Fundamentação teórica, através da qual faz-se uma definição de termos e
conceitos históricos de vários autores, em relação a sua abordagem baseada no tema em
causa. No capítulo II- foi feito um estudo sobre as PME’s no município de Cabinda.,

17
analisou-se os dados e interpretou-se os resultados, mediante o questionário e a observação
feita, culminando com as conclusões, sugestões e referências bibliográficas.

18
CAPÍTULO I- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

1 - Definição de Termos e Conceitos

1.1 - Empresas

Antes de se falar de pequenas empresas torna-se indispensável o conceito de empresas:


Segundo Cassarro (1999), define empresa como sendo uma entidade jurídica que tem como
obrigação apresentar lucro, e esta deve ser suficiente para permitir sua expansão e o
atendimento das necessidades sociais. Por outra, Crepaldi (1998), define-a como sendo
uma sociedade de pessoas para a exploração de um negócio que produz e/ou oferece bens e
serviços, com vista, em geral, a obtenção de lucros. Já o Franco (1991), definiu empresa
como toda entidade constituída sob qualquer forma jurídica para exploração de uma
actividade económica, seja mercantil, industrial, agrícola ou de prestação de serviços.
Pode-se concluir que, a empresa é uma entidade jurídica que reúne recursos humanos,
financeiros e materiais para a exploração de uma determinada actividade económica com
intuito de obter lucros.

1.1.1 - Classificação das empresas

Cada empresa possui características próprias, porém, é possível classificá-las de acordo


com critérios comuns, por exemplo:

➢ Sector económico

Quanto a este critério de classificação de empresas, elas podem ser:

Sector Primário: compreende a agricultura, pecuária, exploração de recursos naturais


(minerais, vegetais, e animais).

Sector Secundário: abrange a actividade industrial e toda actividade relacionada a


transformação de bens em produtos acabados.

Sector Terciário: compreende os serviços, o comércio, actividades financeiras, actividades


de transporte, de comunicação, de ensino, de atendimento médico, etc.

➢ A sua actividade

Assim, todas as empresas estão necessariamente incluídas em algum desses sectores, e


podemos classificá-las sob ponto de vista de suas actividades:

• Empresas extractivas: extraem e colectam recursos naturais.

19
• Empresas agrícolas: são aquelas que plantam, cultivam e colhem diversos produtos
agrícolas.

• Empresas pecuárias: são aquelas que criam, reproduzem e exploram os derivados de


animais bovinos, equinos, suínos, etc.

• Empresas industriais: inseridas no negócio da produção de bens. Combinam os


factores de produção para fabricar produtos. Exemplo: indústria automóvel, empresas
de construção, indústria de equipamentos, etc.

• Empresas Comerciais: inseridas no negócio da distribuição. Vendem de diversos


tipos de mercadorias. Exemplo: lojas, minimercados, hipermercados, livrarias, etc.

• Empresas de prestação de serviços: inseridas no negócio da prestação de serviços ou


prestadores de serviços. Prestam consultoria e outros serviços especializados.
Exemplo: contabilistas, advogados, empresas de turismo, empresas de transporte,
seguros, cabeleireiros, etc.

➢ A sua forma jurídica

Quanto a forma jurídica as empresas podem ser:

• Comerciantes Em Nome Individual: são pessoas que têm capacidade para praticar
actos de comércio e fazem deste sua profissão. Este tipo de empresa é constituído por
uma única pessoa que afecta determinados bens próprios à actividade económica. O
comerciante em nome individual tem responsabilidades ilimitadas.
• Sociedade Unipessoal Lda: é constituída por um sócio único, a pessoa singular ou
colectiva, que é o titular da totalidade de capital social.
• Sociedade Em Nome Colectivo: a responsabilidade de todos os sócios é limitada e
solidária. Firma: Saraiva & Filhos; rosário & Ca.
• Sociedade Por Quota: chama-se quota à parte com que cada sócio entrou para a
sociedade. Neste tipo de sociedades, cada sócio responde apenas pelo valor da sua
quota e pelo valor das quotas subscritas pelos restantes sócios mas só em quanto estes
as não realizam, as responsabilidades dos sócios é, por tanto, limitada ao valor da
quota. Firma: Mário & Ferreira, Lda.
• Sociedade Anónima: o capital deste tipo de sociedade encontra-se dividido em
parcelas. A cada parcela chama-se acção e daí a razão porque ao sócio desta sociedade
se chama accionista. A responsabilidade de cada sócio é limitada ao valor das acções

20
que subscreveu trata-se, pois, de uma sociedade em que a responsabilidade dos sócios
é limitada. Firma: Serração Tavares, S.A.
• Sociedade Em Comandita: nesta sociedade há a considerar dois tipos de sócios: os
comanditários e os comanditados. Os comanditários são sócios de responsabilidade
limitada, e que, por tanto, responde apenas pelas suas entradas de capital. Os sócios
comanditados são sócios de responsabilidades limitadas que respondem pelas dívidas
da sociedade nos mesmo termos que os sócios de sociedades em nome colectivo.
Neste tipo de sociedade a responsabilidade mista. Firma: Visconde & Cta.
➢ A sua dimensão

De acordo com a dimensão, as empresas podem ser:

• Micro empresas: são aquelas que empregam até 10 trabalhadores.


• Pequenas empresas: são aquelas que empregam mais de 10 e menos de 250 trabalha
dores.
• Médias empresas: são aquelas que possuem ao serviço entre 250 a 500 trabalhadores.
• Grandes empresas: são aquelas que empregam mais de 500 trabalhadores.

1.1.2 - Pequenas e Médias Empresas

Não existe uma definição universal do que é uma PME, contudo a definição vária em
função do número de funcionários e do financiamento fixado pelo Estado (HESSELS e
PARKER, 2013:137). Num primeiro momento veremos definições de alguns autores e
noutro momento definições de instituições e organizações, nomeadamente a União
Europeia e OCDE. Sendo assim uma PME é uma empresa que emprega cerca de 50 a 200
funcionários e é considerada a principal espinha dorsal da economia de países
desenvolvidos e subdesenvolvidos, na criação de emprego e aumento da renda.

Para a OCDE (2010), as PME’s são definidas como empresas não controladas
independentemente do número de funcionários que elas empregam, o limite médio de uma
PME é de 250 funcionários, tal como a União Europeia define, em muitos países criaram o
limite máximo de 200 funcionários, enquanto nos EUA, considera-se que as PME são
empresas que empregam até 500 funcionários.

De acordo com Deeks (1973), o modelo de gestão na maioria das PME’s é tradicional,
baseado na gestão familiar e tendo como gestor o patriarca ou os seus herdeiros, por isso as
suas características e formas variam segundo a crença e a mobilidade desses gestores.

21
O modelo de gestão concentra-se na estrutura de sobrevivência da actividade do negócio.
A estratégia da empresa é simplesmente manter-se viva, o proprietário é o principal
fornecedor de energia, o funcionamento da empresa está ligado a parentes e amigos mais
próximos da família do titular da empresa (CHURCHILL e LEWIS (1983:3-9).

1.1.3 - Contextualização de PME’s em Angola

De acordo com o artigo5º da lei das MPME´s, as MPME´s distinguem-se por dois critérios
nomeadamente, o número de trabalhadores efectivos e o volume da facturação total anual
esta última prevalecente sempre que for necessário decidir sobre a classificação das
mesmas. Para efeitos da presente lei, consideram-se:

• Micro empresa abreviadamente MC aquelas que empreguem até 10 trabalhadores


e/ou tenham um facturação bruta anual não superior em KZ ao equivalente a USD 250
mil;
• Pequenas empresas abreviadamente PQ, aquelas que empreguem mais de 10 e até
100 trabalhadores e/ou tenha uma facturação bruta anual em KZ superior ao
equivalente a USD 250 mil e igual ou inferior a USD 3 milhões;
• Médias empresas abreviadamente MD, aquelas que empreguem mais de 100 até 200
trabalhadores e/ou tenha uma factura bruta anual em KZ superior ao equivalente ao
USD 3 milhões e igual ou inferior a USD 10 milhões.

De acordo com a mesma lei, isto é, no artigo 7º, não são enquadradas como MPME´s
nem destinatárias do tratamento diferenciado previsto na presente lei as seguintes
entidades:

• Em cujo capital participe, independentemente da percentagem Estado ou outra


entidade pública, excepto Universidades e centros de investigação, nestes casos com o
limite máximo de 25% do capital social;
• Em cujo capital participe outra empresa que não seja MPME independentemente do
tipo societário em causa;
• Que participe no capital de outras empresas que não sejam MPME independentemente
do tipo societário em causa;
• Que seja filial ou sucursal, no país de uma empresa com cede no exterior do país;
• Que exerça a actividade do sector financeiro bancário e não bancário.

22
1.1.4 - Papel das PME’s na economia

Nos últimos tempos, vem sendo crescente interesse em torno das pequenas e médias
empresas, em todos níveis socioeconómicos, industrial ou político. Isto porque, em quase
todo mundo a participação das PME’S na economia é altamente significativa. O potencial
de geração de empregos é altamente desejável em cenário em que o desemprego tornou-se
um problema estrutural, por isso, o fortalecimento as PME’S constituem uma preocupação
de todas nações, devido a sua importância para o crescimento económico regional e global,
principalmente pela sua capacidade de absorção de mão-de-obra. (CÂNDIDO, 1998 apud
CASCAVEL, 2002).

Tradicionalmente, as pequenas e médias empresas, têm sido instrumento de sustentação


das economias modernas, incluindo as dos países mais desenvolvidos, não apenas por
participarem na redução do desemprego mais também por se ajustarem as necessidades das
comunidades e, com isso contribuírem, significativamente para a redução da informalidade
e da pobreza.

As pequenas e médias empresas contribuem significativamente para criação de emprego e


de rendimentos, sendo responsáveis por dois terços de empregos em todo mundo (OIT,
2015).

Na Europa as MPME’S são responsáveis por grande parte da actividade económica e


profissional, na prática, representam dois terços a totalidade dos postos de trabalho do
sector privado europeu, oque significa que as PME’S são na verdade os verdadeiros
gigantes da economia europeia. Entretanto, em África (Angola) acontece o contrário, as
PME’S são vistas como meras empresas por possuírem contabilidade desorganizada e são
implementadas como forma de sobrevivência para os empresários.

Por exemplo em Angola as PME não têm grande importância, pelo simples facto da
economia angolana ser muito dependente do sector petrolífero e diamantífero deixando as
pequenas e médias empresas numa situação de pouca importância, sobretudo no que
concerne a contribuição para a economia formal. Mas, por outro lado, principalmente no
sector informal as PME’s têm grande importância na criação de emprego e renda e são
usadas como instrumento alternativo no combate à pobreza e à exclusão social.

Existe uma grande dependência da economia angolana no sector de importação, 2% das


empresas angolanas são exportadoras ao passo que 98% das empresas são importadoras. O
quadro de empreendedorismo nacional, está eminentemente concentrado nas actividades de

23
importação com baixa incorporação nacional. A taxa de sucesso da iniciativa
empreendedora em Angola é de apenas 3,3% e em função disso podemos constatar que o
país se confronta com um défice de participação empresarial angolano.

As pequenas e médias empresas, até ao momento, continuam a ter uma importância


bastante reduzida no tecido empresarial formal angolano, contribuem apenas 5% do
imposto industrial. O tipo de empreendedorismo em Angola além de ser bastante informal
também se encontra muito dependente das exportações com baixa incorporação nacional.

Segundo Rocha (2011), o sector produtivo angolano continua a enfrentar várias


deficiências estruturais tais como: a excessiva dependência face ao petróleo, a falta de
desenvolvimento da indústria bem como da agricultura, a fraca qualidade da acção
governativa e administrativa do Estado, a corrupção, o déficit em recursos humanos
qualificados, as assimetrias regionais e socioeconómicas, a carência em termos de infra-
estruturas de novas tecnologias de informação e comunicação, deficientes infra-estruturas
de transporte, dificuldades de acesso ao crédito, o déficit do espírito empreendedor e entre
muitas outras deficiências.

Apesar das especificidades que as PME’s apresentam, elas diferem em grande parte das
grandes empresas. As principais diferenças são:

• Diferença no tamanho;
• Maior flexibilidade na adaptação;
• Estrutura organizacional simples;
• Menos inovadoras;
• Boa capacidade na criação de conhecimento, mas pobre na retenção do conhecimento;
• Limitação no acesso ao financiamento;
• Maior aproximação com os seus clientes;
• Menor qualificação dos recursos humanos.

Para as PME’s serem competitivas necessitam de ajustar as estratégias de operação, estar


prontas para aceitar os novos avanços das tecnologias de informação e comunicação,
melhorar o modelo organizacional, incentivar a internacionalização, melhorar a formulação
de políticas governamentais, melhorar o acesso ao financiamento e qualificar os seus
recursos humanos, este sim, talvez, constitui o factor mais importante na capacidade de
mobilidade para a mudança.

24
Segundo Gunasekaranetal (2011), Para manterem a competitividade as PME’s devem
ajustar as suas estratégias de operação, estar disponíveis para aceitar e utilizar os novos
avanços da ciência e da tecnologia e tirar alguma vantagem sobre os seus mais próximos
concorrentes. No mercado global moderno as PME’s necessitam competir não só com os
rivais tradicionais mas também com as empresas estrangeiras pelo que podem
comercializar os mesmos produtos a preços mais baixos.

Apesar da crise financeira internacional as PME’s têm demonstrado resistência em termos


de sustentabilidade de negócio. Além disso, a concorrência e a sustentabilidade das PME’s,
envolvem factores como a evolução das novas tendências de mercado, mudanças
tecnológicas, nova gestão e técnicas de organização.

Os factores que influenciam a capacidade de resistência e a competitividade das PME’s são


os factores internos e externos. Relativamente ao factor interno é composto pelo
comportamento organizacional que é moldado pelas estratégias adoptadas pelas empresas,
sobretudo a longo prazo; as características gerências determinam a qualidade e a
diferenciação do produto. Estes são factores que ligam uma base forte e sustentável e que
colocam a empresa em níveis competitivos, fazendo o uso das oportunidades e enfrentando
os novos desafios que a globalização pode causar.

A força de uma PME’s consiste na capacidade de tomar decisões e de auto adaptar-se em


função dos problemas dos novos tempos. Mas são fracas em áreas como marketing,
geração de capital, uso da tecnologia e gestão.

1.1.4.1- Cinco forças de Porter para o crescimento de uma empresa

Michael Porter, da Harvad Bussiness School, defende que uma empresa, para melhor
competir num determinado mercado, deve decidir a sua estratégia, liderança pelo custo,
diferenciação ou foco com base no conhecimento da estrutura da indústria em que a
empresa compete bem como na perfeita identificação dos clientes-alvo. Porter aponta cinco
factores de competitividade determinantes da estrutura de uma empresa e da forma como
essa estrutura evolui. São as «cinco forças competitivas»: a rivalidade entre empresas
concorrentes, a ameaça de novas entradas, o poder negocial dos fornecedores, o poder
negocial dos clientes e a ameaça do aparecimento de produtos ou serviços substitutos.

• Rivalidade entre as empresas concorrentes


Os movimentos competitivos de uma empresa dentro de seu sector têm efeitos
significativos em seus concorrentes, que podem, portanto, desencadear esforços para

25
conter esses movimentos ou acções de retaliação. Quando o sector é concentrado,
dominado por um reduzido número de empresas, estas podem impor a sua disciplina ou
desempenhar um papel coordenador no sector.

Quanto maior for a rivalidade, maior será a possibilidade de ocorrência de guerras de


preços, disputas publicitárias, investimento em qualidade, etc. ela tende a ser maior quando
o mercado está em recessão ou crescendo lentamente, ou ainda quando existem altos custos
fixos. Uma alta rivalidade interna, tem consequências negativas na atractividade de
indústria. E ela pode ser reflexo de um baio grau de diferenciação dos produtos, fortes
barreiras a saída ou ainda a necessidade de grandes investimentos para expansão de
actividades.

• A ameaça de novas entradas


Esta força, refere-se ao grau de competitividade do mercado ou até que ponto as empresas
são capazes de entrar no mesmo e concorrer por clientes. Para Porter, os novos entrantes
num sector, trazem novas capacidades, o desejo de ganhar participações no mercado e, em
geral, recursos substanciais.

Por outro lado, existem duas expectativas dos entrantes em relação as barreiras: a
existência já consolidada de barreiras de entrada e a ameaça de reacção dos competidores
já estabelecidos (PORTER, 1986).

O interesse das empresas em investir ou buscar uma maior participação do mercado em um


determinado sector é determinado pele actividade deste. Quanto maior for a possibilidade
de entrada de novas empresas num dado sector, menor é a sua actividade. A ameaça de
novos entrantes será tanto menor quanto maiores forem as barreiras à entrada e a
expectativa de retaliação. A concorrência em um sector que age de forma a manter a sua
rentabilidade próxima à rentabilidade básica de mercado, uma vez que um numero maior
de participantes pode implicar na queda dos preços ou aumento dos custos, reduzindo a
rentabilidade. Esse movimento da competição exige um amplo entendimento de barreiras
de estrada existentes e uma estratégia adequada para lidar com elas. Alguns exemplos de
barreiras de entrada: as economias de escala, as economias de experiência, o grau de
diferenciação do produto, o investimento de capital inicial, os custos de mudança, o acesso
a canais de distribuição, as políticas governamentais, entre outros.

26
Outro ponto importante quanto a barreira de entrada e a expectativa de retaliação. A
empresa provavelmente pensará duas vezes se os concorrentes estabelecidos já tiverem
expulsado novos entrantes anteriormente ou se:

Segundo Porter (1999):

• Os concorrentes estabelecidos dispõem de recursos substanciais para rechaçar o


invasor, inclusive acesso de caixa e crédito financeiro não explorado, capacidade de
produção e poder junto aos canais de distribuição e aos clientes;
• Os concorrentes estabelecidos parecem dispor a reduzir preços, em razão do desejo de
manter a participação no mercado ou do excesso de capacidade em todo sector;
• O crescimento do sector é lento, afectando a capacidade de absorção dos novos
concorrentes e, provavelmente, comprometendo o desempenho financeiro de todas as
partes envolvidas.
• O poder negocial dos fornecedores
O poder de negociação dos fornecedores é capaz de exercer ameaça ao desempenho das
empresas de uma indústria através da elevação dos preços ou da redução da qualidade dos
bens e serviços. Assim, os fornecedores poderosos dispõem de condições para espremer a
rentabilidade de um sector que não consiga compensar os aumentos de custos nos próprios
preços.

Segundo Porter (1999), um grupo de fornecedores é poderoso se:

• O mercado for dominado por poucas empresas e se for mais concentrado do que o
sector comprador;
• O seu produto for diferenciado ou se ele desenvolveu custo na mudança;
• Esses produtos não serão obrigados a competir com ouros produtos nas vendas ao
sector de varejo;
• Esses factores representam uma ameaça concreta de interacção para frente.
Fornecedores com alto poder de negociação afectam negativamente a rentabilidade de um
dado sector, pois podem impor preços, condições de pagamento, prazos de entrega e
qualidade dos produtos. A intensidade dessa força está directamente relacionada a
concentração do sector fornecedor. Quanto menor for a importância do sector consumidor
para os fornecedores e maiores forem os custos de mudança de fornecedor, maior será o
potencial de impacto negativo no desempenho. Por outro lado, se a importância dos
produtos fornecidos para os clientes for baixa, ou se existirem produtos substitutos para os

27
fornecedores, o sector receberá um menor impacto dessa força. Uma possível estratégia
para lidar com o poder de negociação dos fornecedores seria implementar ao promover
uma ameaça de integração para trás pelas empresas no sector.

• O poder negocial dos clientes


Da mesma forma que os fornecedores possuem poder de negociação, os clientes também
são capazes de forçar a baixa dos preços, de exigir melhor qualidade ou de cobrar mais
prestação de serviços, jogando s concorrentes (fornecedores) uns contra os outros__ em
detrimento dos lucros do sector.

Segundo Porter (1999) um grupo de comprador é poderoso se:

• Os compradores forem mais concentrados ou comprarem em grandes volumes;


• Os produtos adquiridos no sector forem padronizados ou não diferenciados;
• A certeza de que sempre disporão de fornecedores alternativos, os compradores jogam
um fornecedor contra o outro;
• Os produtos adquiridos no sector forem componentes dos produtos dos compradores e
representarem parcelas significativas nos seus custos;
• O produto do sector não economiza o dinheiro do comprador;
• Os produtos representarem uma ameaça concreta de integração para trás, incorporando
o produto do sector.
Quanto maior poder de negociação dos consumidores, menor será a atractividade de um
dado sector, pois estes podem forçar as empresas a reduzir os preços, aumentar a qualidade
dos produtos e/ou serviços e ainda barganhar melhores condições de pagamento. O poder
de negociação dos consumidores tende a ser maior quando existe concentração da indústria
dos consumidores ou quando a importância da indústria consumidora for alta. A influência
dos consumidores pode ser alta quando estes consomem em grandes quantidades ou
quando ameaçam promover uma integração para trás. Os consumidores também têm maior
poder de negociação quando são unidos ou quando os produtos fornecidos são de menor
importância para eles.

• Ameaça no aparecimento de produtos ou serviços substitutos


Porter (1999) afirma que por imporem um teto aos preços, os serviços substitutos limitam
o potencial de um sector, a menos que este consiga melhorar a qualidade do produto ou, de
alguma formam (através de marketing) estabelecer uma diferenciação, assim sofrerá as
consequências nos lucros e, possivelmente, no crescimento.

28
A ameaça de serviços substitutos é a principal variável que define preço no mercado e
activa a concorrência. No entanto, a qualidade dos produtos ou serviços, será a estratégia
que determinará a opção final do consumidor.

Outra tendência que pode impactar a competitividade de sector, é o aumento da


concorrência de formatos substitutos, pois esta não é apenas mais exercida por varejistas
do mesmo formato e porte, como no caso padarias versos padarias, ou hipermercados
versos hipermercados, mas entre diversos tipos de varejos.

Assim, as divisas que determinam tipos de produtos e serviços de cada varejista


comercializa, tornam-se cada vez mais flexíveis. Muitos tipos diferentes de varejos
vendem as mesmas categorias de produtos.

Quanto maior for a pressão dos produtos substitutos, menor é a atractividade de um dado
sector. Os substitutos reduzem os retornos potenciais limitando os preços e,
consequentemente, a realidade. Essa ameaça é tanto maior quanto maior for o desempenho
relativo dos preços dos substitutos, ou seja, a diferença da razão preço/qualidade dos
produtos em um determinado sector de mercado em relação aos serviços substitutos. A
ameaça também ocorre quando as empresas que produzem substitutos apresentam taxas de
rentabilidades elevadas, o que poderá se tornar uma vantagem competitiva, já que permite
redução dos preços sem afectar a qualidade. Estratégias eficazes para lidar com essa
ameaça, estão normalmente relacionadas a acções que impõem custo de mudança
(switchingcost) para os consumidores ou que, de alguma outra forma, diminuem sua
atracção pela mudança.

1.2 - Falência

Segundo Fábio Ulhoa Coelho (2005), diz que: o processo judicial de execução concursal
do património do devedor empresário, que, normalmente, é uma pessoa jurídica revestida
da forma de sociedade por quotas de responsabilidade ou anónima. Para os não
empresários sem meios de honrar a totalidade de suas obrigações, o direito destina um
processo diferente de execução concursal, que é a insolvência civil disciplinada no Código
de Processo Civil (arts. 47 e seguintes)

Segundo Gladson Mamede (2006), falência é o procedimento pelo qual se declara a


insolvência empresarial (insolvência do empresário ou insolvência empresária) e se dá
solução a mesma, liquidando o património do activo e saldando, nos limites da força desde
o património passivo do falido. Portanto, mais do que compreender a falência como um

29
estado da existência das pessoas (empresário ou sociedade empresária), deve-se
compreendê-la igualmente como um processo judiciário que é, o que o legislador deixou
claro logo na abertura do tratamento legislativo do instituto, prevendo que o processo de
falência atenderá aos princípios da celeridade e da economia processual.

1.3 -Factores de falência

Diversos autores das mais variadas áreas e em diversos lugares do mundo já realizaram
pesquisas sobre as taxas e causas da mortalidade de empresas. No entanto, destaca-se que
os factores causadores do fracasso de pequenas e médias empresas têm elevada relevância
em virtude da importância dessas nas economias locais e regionais, estimulando vários
estudos importantes nesse sentido.

Nesse contexto, Liu (2009) definiu em seu estudo sobre desempenho económico e
mortalidade de empresas que factores macroeconómicos são grandes impactantes na causa
de falência de pequenos e médios empreendimentos, ressaltando nessa linha o modo como
é conduzida a política económica nacional, evidenciando uma forte correlação entre a
soma de acções negativas ocorridas no agregado económico nacional (como estímulos à
política de importação, elevação da taxa de juros e aumento na tributação) e o aumento na
mortalidade de pequenos e médios negócios.

Kivrak e Arslan (2008), comprovam nessa direcção ao concluir que as condições


macroeconómicas de uma nação e as atitudes do governo nesse âmbito influenciam no
fracasso de qualquer empreendimento. Já em outra pesquisa, Mahamid (2012), destaca por
meio de seu estudo teórico que os factores que levam a mortalidade dos negócios estão
ligados a aspectos de magnitude gerencial/administrativa (ligados ao conhecimento de
mercado e clientes), financeira (referente à forma como é conduzida a gestão financeira da
empresa) e externa (ligados à condução económica do país/região, juros, crise, desastres
ambientais, entre outros). Nessa perspectiva, o autor identificou os cinco principais
factores potenciais na falência de pequenos e médios negócios, tais como:

• Instabilidade no custo de matérias-primas dos produtos fabricados (onde serviços


prestados);
• Falta de controlo na gestão de clientes (que incorre no crescimento do atraso em
recebimentos de vendas a prazo, falta de critério na concessão de descontos e dívidas
de clientes);

30
• Falta de experiência administrativa (pouco conhecimentos nas áreas de gestão,
economia, contabilidade, marketing, etc.);
• Baixo poder de competição das empresas (ligado às cinco forças de Potter, 2013)
• Limitações ou carência no crédito para suprimento e manutenção das actividades da
empresa.
Ao averiguar empreendedores quanto às dificuldades mais ocultas durante uma pesquisa
realizada na cidade de Passo Fundo, Pandolfo e Veloso (2002) verificaram que as
principais dificuldades são semelhantes entre os dois grupos pesquisados (pequenos e
médios empresários), salientando problemas associados à elevada carga tributária, forte
concorrência, falta de capital de giro e maus pagadores. Nesse estudo, observou-se ainda
que uma parcela significativa dos empresários que se encontram em actividade atribuiu à
crise económica a principal dificuldade vivida na época de fechamento das actividades de
negócio. Em linhas gerais, pode-se dizer que a política recessiva implantada pelo governo,
com elevadas taxas de juros, altos encargos trabalhistas e impostos, tem-se constituído em
dificuldade adicional a esse segmento de empresas. Os autores ainda salientam que, dentre
os empresários analisados, o factor que poderia contribuir altamente para a sobrevivência
da empresa é o acesso a linhas especiais de crédito. Esse factor deveria ser destacado
levando-se em consideração que as dificuldades são de ordem prática, ou seja, excesso de
burocracia e de ordem económica, em razão das elevadas taxas cobradas.

Os Factores de falência ligados as pequenas e médias empresas também são ordenados em


três categorias com base em duas classificações genéticas apresentadas na literatura Storey
(2011) que são: categoria dirigente, categoria empresa, categoria ambiente. Dentro de cada
categoria os factores são ordenados em ordem crescente pela quantidade de citações na
literatura pesquisada. É importante ressaltar que a boa parte dos autores não define ou
especifica com clareza os factores de falência; apenas mencionam.

1.3.1 - Factores de falência: categoria “dirigente”

A categoria dirigente descreve os factores pessoais associados ao dirigente e que afectam


directamente a ocorrência da falência da empresa segundo os estudos pesquisados. Onze
factores pessoais foram citados pelos autores que são: Características individuais;
Experiência gerencial e no sector de negócio; Habilidades gerenciais; Nível educacional;
Laços sociais; Idade; Conhecimentos gerenciais; Valores; Decisão voluntária; Motivação
para abertura; Género.

31
1.3.2 - Factores de falência: categoria “empresa”

Planeamento formal; recursos das áreas funcionais; gestão da informação; composição


societária; tamanho (porte); capacidade de inovação; Estágio no CVO; Estrutura
organizacional; tipo de estabelecimento; desenvolvimento de projectos de negócio.

1.3.3 - Factores de falência: categoria “ambiente”

Os factores de falência da categoria ambiente estão relacionados ao que acontece fora da


empresa e está fora do controlo do dirigente. Vinte factores são conhecidos dentre eles:
Condições económicas; Clientes; Concorrência; Sector de negócio; Acesso a
financiamento; Aconselhamento profissional; Localização; Pertencer a grupos
minoritários; Fornecedor; Carga tributária; Acesso a novas tecnologias; Legislação; Morte
do sócio; Furto ou assalto; incêndio; Falta de sucessores; Vendas ao Governo; Fraude ou
desastre; Transacções entre empresas; Aspectos específicos de regalia.

1.3.4 - Ausência de apoios por parte do Governo

Grande parte dos apoios do Governo está virado simplesmente para a cidade capital-
Luanda, deixando as outras províncias sem acção nem reacção. Em função desta realidade
Luanda tornou-se a província mais rica de Angola, “concentrando quase 71% de todo o
rendimento gerado no país, contém 90% de todas as actividades financeiras, 75% da
actividade de imobiliária, 81,3% da prestação de serviço prestados de educação, 63,3% dos
serviços privados de saúde, 68% da actividade de transportes, 55,1% do comércio a grosso
e a retalho, 47,3% da actividade industrial e 70,4% da indústria extractiva” (ROCHA,
2011, pág. 138).

1.3.5 - Escassez de recursos financeiros próprios

Segundo Rocha (2011), as empresas operam com capitais próprios e alheios. Portanto, se o
capital dos terceiros for superior ao próprio, a empresa passa ter maior dependência de
terceiros, ou seja, perde a autonomia financeira. Quando tal facto ocorre, certamente a
empresa perderá o poder de decisão sobre seus negócios e isso, evidentemente causa
problemas graves de gestão, uma vez que para que haja tendências de investimento, os
gestores terão de aguardar o ponto de vista dos terceiros. Na formação do capital
permanente da entidade, o correcto é quando o capital próprio é superior ao capital de
terceiros, de modos a facultar maior liberdade de decisões tanto operacionais, de
investimento ou de financiamento.

32
1.3.6 - Falta de recursos materiais qualificados

Segundo Lewis (1983) diz que: Seja no escritório, seja no trabalho remotamente, a falta de
recursos materiais qualificados prejudica a produção da empresa. Quando a empresa não
conta com materiais adequados para exercer o seu trabalho, acaba gerando um dispêndio
enorme de dinheiro, ter que depender de materiais de terceiros ou importados muitas vezes
necessita de muitos custos e isso acaba sendo prejudicial para a empresa, pois afecta o seu
lado financeiro. E quando não são encontrados produtos de qualidade para a produção de
um determinado bem a produção da empresa é afectada negativamente pois os produtos
oferecidos para os clientes serão de baixa qualidade, o que deixa os clientes insatisfeitos.

1.3.7 - Dificuldade no acesso ao crédito

Razões para dificuldade de acesso ao crédito pelas MPE’s

Vários são os motivos pelos quais as MPE’s possuem dificuldades de acesso ao crédito.
Um desses motivos se concerne ao fato de que as mesmas utilizam poucas ferramentas de
gestão financeiras, além de apresentar carência de um sistema de informações gerenciais
que possibilite aos seus proprietários tomada de decisão mais segura (SILVA, 1988).
Gonçalves e Koprowski (1995) indicam que nas MPE’s o balanço contabilístico tem uma
função gerencial praticamente nula, pois o seu maior objectivo é apenas servir de
instrumento fiscal. O reflexo concreto dessas informações repercute e vai de encontro com
estatísticas comummente encontradas na literatura, que dão conta de um índice de
mortalidade de pequenas empresas em torno de 35% a 70% até o final do primeiro ano,
chegando a mais de 95% no quinto ano de existência, dependendo da região de localização
das empresas.

Outro factor preponderante, conforme pesquisa realizada por Rego (1999) em doze
Unidades da Federação, é que a grande maioria das MPE’s recorrerem, principalmente, ao
contador para conduzir ou gerenciar as seus negócios financeiros.

Na análise de grandes empresas é possível colectar informações advindas de suas


demonstrações financeiras, tais como balanço patrimonial, demonstrações de resultado de
exercício, entre outros, onde se é possível extrair índices, medidas de giro e de
rentabilidade, ciclo de caixa e ciclo operacional, etc., o que favorece na criação de um
panorama geral sobre a empresa pesquisada, reduzindo o risco e os custos de crédito. Já
nas MPE’s, a análise para concessão de crédito é embasada, principalmente, em consulta à
órgãos como o SERASA e SISBACEN. Nesses órgãos são consultados, respectivamente,

33
restrições financeiras e o nível de endividamento. Outras informações também são
levantadas, tais como facturamento anual, ramo de actividade, produtos e serviços
vendidos e informações de fornecedores passados quanto a atrasos ou inadimplência. A
partir dessas informações mede-se o quanto e o como do crédito, ou seja, o valor a ser
concedido e a forma de pagamento.

Conforme Soares (2001), muitos dos gestores das pequenas empresas não possuem
formação que permita compreender a importância de um planeamento estratégico e de
sistemas de medição. Estão acostumados a utilizar suas experiências para resolver os
problemas que surgem, acreditando que isso seja suficiente. Segundo Figueiredo (2001), os
motivos que provocam dificuldades no acesso das empresas de menor porte aos
financiamentos e fontes de investimentos são:

1. As grandes empresas têm a preferência dos Bancos por representarem menor relação
risco/retorno;
2. Os Bancos não dispõem de instrumentos eficientes para avaliar as condições das
empresas de menor porte e para entender as características do sector;
3. Para minimizar o risco de crédito os Bancos adoptam uma linha de corte que exclui,
em função do porte, muitas pequenas empresas que teriam condições de obter
financiamentos.

1.3.8-Má localização

Pensar na localização da empresa desde o início facilita os processos de expansão e


aproveitamento das oportunidades de crescimento.

Quando a empresa está mal localizada, dificulta a sua rotina de trabalho, os seus
consumidores tendem a não conhecer o local ou a terem dificuldade de encontra ou chegar
no estabelecimento, os consumidores não manterão contacto com a empresa, quando isso
acontece todos os envolvidos saem perdendo, tanto a empresa como os consumidores, mas
o maior afectado será a empresa. Haverá aumento nos custos de para a locomoção,
marketing, etc. GUNASEKARANET AL (2011)

1.3.9-Elevadas cargas tributárias

Não é novidade para os empreendedores que a carga tributária em Angola é alta, já que é
uma despesa que consome grande parte das receitas das empresas. Muitos negócios deixam
de se desenvolver ou até mesmo fecham suas portas em razão dos impostos, mas oque
muitos não sabem é que é possível reduzi-las de forma Legal.

34
A elevada carga tributária, afectam significativamente as contas das empresas: conforme
publicado pelo Ecommerce News (2008), 64,8% dos lucros são destinados aos cofres
públicos. Isso impede o desenvolvimento da empresa e encarece os produtos vendidos, o
que afasta consumidores.

Outro obstáculo para o desenvolvimento das empresas é a complexidade do sistema


tributário, já que isso aumenta o risco de erros no cálculo, recolhimento e declaração dos
tributos, gerando multas significativamente elevadas do fisco.

1.3.10 - Desvalorização Profissional

Actualmente é comum ouvirmos falar das empresas que são melhores para se trabalhar e
quais são mais remuneradas, das melhores escolas para se estudar, com maior índice de
aprovação, tudo isso se deve a participação humana, ou seja, de pessoas capacitadas e
competentes para exercer com excelência sua profissão. Para a empresa se tornar mais
produtiva, é necessário funcionários comprometidos, empenhados, responsáveis e
capacitados, para exercer a sua actividade com muita eficiência.

As pessoas devem ser visualizadas como parceiras das organizações, como tais, elas são
fornecedoras de conhecimentos, habilidades, competências e, sobretudo, o mais importante
aporte para as organizações: a inteligência que proporciona decisões racionais e que
imprime significado e rumo aos objectivos globais. E é neste ambiente, que os
colaboradores partilham conhecimentos e desenvolvem as suas competências.
(CHIAVENATTO, 2004, p.8)

Nesta senda, pode se dizer que: quando a empresa não valoriza os seus colaboradores e o
seu potencial, raramente conseguem alcançar resultados produtivos, positivos e eficazes.

1.4 - Natureza dos apoios públicos às PME’s

Os apoios públicos podem ser:

Primeiro apoio institucional, segundo, apoio fiscal e de crédito, terceiro, desenvolvimento


local/ regional, quarto, formação e recursos humanos, quinto, promoção da
competitividade e sexto, microcrédito.

1.4.1- Apoios Institucionais

A promoção das pequenas e médias empresas tornou-se o principal dado o reconhecimento


do seu papel para a geração de emprego e renda, fundamentalmente na redução do elevado
número de desemprego (Matos e Arroio, 2011:18-19). Daí que os incentivos Institucionais

35
consistam na necessidade do Estado em criar mecanismo e políticas que possam ajudar a
melhorar o ambiente económico e social das PME’s. Na generalidade dos casos os apoios
às instituições variam em função do sistema político, económico e do tipo de mercado de
cada país.

1.4.2- Apoios fiscais e de Crédito

A política de incentivos fiscais consiste basicamente em abrir mão de parte das receitas
obtidas com impostos e taxas, para promover a facilidade na abertura de empreendimentos
e atracção de novos negócios para uma determinada região. A principal atracção de uma
política de incentivos fiscais virada às PME’s deve consistir na diminuição da incidência
de taxas e cargas tributárias que afectam as pequenas e médias empresas. Cabe ao governo
criar e desenvolver acções de incentivos fiscais e de apoio ao crédito que favoreça os
pequenos negócios e expandir os já existentes (SEBRAE, 2005: 53).

1.4.3- Desenvolvimentos Local e Regional

São apoios concedidos pelo governo central ou local com a finalidade de valorizar e
potencializar os recursos internos de cada região. O “Desenvolvimento Local e Regional
pode passar também por aglomerados de empresas localizadas em um mesmo território,
que apresentem especialização produtiva e mantenham algum vínculo de articulação,
interacção, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais tais como
governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa” (SEBRAE,
2005: 75)

1.4.4- Formação e Recursos Humanos

A capacitação técnica e profissional de um povo é o ponto fundamental para o


desenvolvimento empreendedor de qualquer região: formação do capital humano. “O
estímulo às atitudes empreendedoras é reconhecidamente factor determinante para a
formação de cidadãos produtivos e responsáveis. Nesse sentido, adverte a SEBRAE que os
programas de capacitação profissional devem estar estritamente interligados às actividades
produtivas da região, sob o risco de subutilizar o potencial latente dos empreendedores
locais” (SEBRAE, 2005: 60). Os líderes municipais são responsáveis em fazer um prévio
diagnóstico de forma a elaborar uma estratégia de modo a seleccionar os sectores que
receberão mais apoios em infra-estruturas, e as áreas dos cursos de capacitação
socioprofissionais. De igual modo, a participação do poder público pode assumir uma
posição estratégica e decisiva na qualificação da mão- de- obra.

36
1.4.5- Promoção da Competitividade

A promoção da competitividade visa o aumento de produtividade, de flexibilidade e da


capacidade de dar resposta à presença activa no mercado global nas diferentes mobilidades
de projecto previstas. Destina-se, também, a apoiar investimentos em factores dinâmicos
da competitividade num conjunto alargado de áreas de intervenção e de tipologia de
investimentos, entre os quais se destacam os incentivos ligados à internacionalização das
PME, incentivos à inovação e apoios destinados a projectos de investigação e
desenvolvimento tecnológico (I&DT). Este sistema de incentivo tem como beneficiários
finais as PME bem como as associações empresariais, entidades públicas e entidades do
sistema científico e tecnológico que desenvolvam programas estruturados de intervenção
num conjunto de empresas.

Tendo presente as características do tecido empresarial nacional e a necessidade de uma


actuação especializada face a diferentes estádios de desenvolvimento e graus de inserção
no mercado global, foram criados três Sistemas de Incentivos para promover a
competitividade:

• SI I&DT – Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico nas


Empresas - visa intensificar o esforço nacional de I&DT e criar novos conhecimentos
com vista ao aumento da competitividade das empresas, promovendo a articulação
entre estas e as entidades do Sistema Científico e Tecnológico (SCT);
• SI Inovação – Sistema de Incentivos à Inovação, que aponta para a inovação no tecido
empresarial pela via da produção de novos bens, serviços e processos que suportem a
sua progressão na cadeia de valor e o reforço da sua orientação para os mercados
internacionais, bem como do estímulo ao empreendedorismo qualificado e ao
investimento estruturante em novas áreas com potencial crescimento;
• SI Qualificação PME– Sistema de Incentivos à Qualificação e Internacionalização de
PME, que visa a promoção da competitividade das PME através do aumento da
produtividade, da flexibilidade e da capacidade de resposta e presença activa no
mercado global.

1.4.6- Microcrédito

Baron, etal (2002:11), o microcrédito como sendo “a concessão de empréstimos de baixo


valor a pequenos empreendedores informais e microempresas sem acesso ao sistema
financeiro tradicional, principalmente por não terem como oferecer garantias reais. É um

37
crédito destinado à produção (capital de giro e investimento) e é concedido com uso de
metodologia específica”.

38
CAPÍTULO II- APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS

2.1-Historial de empresariado em Cabinda

Cabinda é uma das 18 (dezoito) províncias da República de Angola situada mais a norte do
país, limitado ao norte pela República do Congo, a leste e ao sul pela República
Democrática do Congo e a oeste pelo Oceano Atlântico. A sua superfície é de 7 283 Km 2 e
sua população estima-se em 265 000 habitantes.

A província é uma ilha continental, afastada territorialmente do centro de decisão,


delimitada por fronteiras político-administrativas com dupla subordinação (provincial e
regional), mas que, contudo, desempenha um papel relevante, quer nas relações
internacionais, quer na afirmação da soberania nacional.

Na sua dimensão internacional, Cabinda revela-se como um espaço de interacções extra-


regionais, manifestadas pelos fluxos e trocas comerciais que este território sempre
proporcionou, graças ao seu porto e às suas fronteiras terrestres com os dois Congo ultra
citados.

Efectivamente, já na época colonial, foi-lhe atribuído o estatuto especial de zona franca, ao


abrigo de um regime aduaneiro especial e a de protecção fiscal.

Indústria e Comércio

Ao nível nacional, a Província de Cabinda apresenta um tecido empresarial muito débil,


pouco diversificado e com grandes dificuldades de reacção para uma economia
competitiva.

No que toca à indústria transformadora, os ramos de actividade que se destacam pelo


número de empresas nacionais licenciadas (482) são: alimentar (Planificação, Pastelarias e
Geladarias), as confecções, a madeireira, e a metalomecânica.

39
2.2- Análise de dados e interpretação de resultados

Tabela nº 1 - Grau de escolaridade atingido pelos empresários inquiridos

Empresas Total
Descrição
Pequenas Médias

Fr % Fr % Fr %

Ensino Básico 2 10 0 0 2 10

Ensino Médio 3 15 0 0 3 15

Licenciatura 7 35 2 10 9 45

Mestrado ou Doutoramento 2 10 4 20 6 30

Total 14 70 6 30 20 100

Fonte: Pesquisa de Campo, (2021)

A tabela acima demonstra que 10% dos empresários inquiridos em diferentes instituições
terminaram o ensino básico. 15% dos inquiridos atingiram o grau de ensino médio. 45%
destes atingiram a licenciatura, e 30% dos empresários inquiridos atingiram o grau de
mestrado ou doutoramento. Como vemos, as maiores percentagens demonstram que os
empresários têm um nível escolar elevado o que é benéfico para as empresas pois os
empresários têm conhecimentos sobre a matéria e o mercado em que estão inseridos,
conhecem os seus clientes alvos, a sua cultura, habitos e costumes, tendo maior visão neste
ângulo empresarial, eles poderão ter noção dos factores que influenciam a falência das
PME’s e saberão como contornar os possíveis obstáculos que poderão encontrar ao longo
de suas jornadas.

40
Tabela nº 2 - Principais razões que levaram a iniciar o seu negócio

Empresas

Descrição Pequenas Médias Total

Fr % Fr % Fr %

Elevar a minha posição na sociedade 0 0 0 0 0 0

Aproveitar uma oportunidades que surgio 0 0 0 0 0 0

Continuar uma tradição familiar 0 0 0 0 0 0

Necessidade de sobrevivência 3 0 0 3 15

Contribuir para o bem estar dos meus


familiars 0 0 0 0 0 0

Aumentar o prestígio da minha família 0 0 0 0 0 0

Arranjar uma forma de vida que me dá mais


dinheiro 11 55 6 30 17 85

Total 14 70 6 30 20 100

Fonte: pesquisa de campo, (2021)

Relativamente as principais razões que levaram os empresários a iniciar o seu negócio,


verificou-se que 15% dos empresários iniciam os seus negócios por necessidade de
sobrevivência, enquanto que 85% optaram por iniciar os seus negócios para arranjar uma
forma de vida que lhes desse mais dinheiro. Com isso, se pode dizer que os empresários já
traçaram em primeira instância a meta de obter lucros satisfatórios para si, e
consequentemente isto levará a empresa a bom porto se forem usados métodos eficazes
para o alcance dos seus objectivos.

41
Tabela nº 3 - Financiamento da sua actividade comercial

Empresas
Total
Descrição Pequenas Médias

Fr % Fr % Fr %

Recurso ao crédito 1 5 0 0 1 5

Poupança familiar/amigos 0 0 0 0 0 0

Capital misto 7 35 2 10 9 45

Capital próprio 6 30 4 20 10 50

Apoio do Governo 0 0 0 0 0 0

Total 14 70 6 30 20 100

Fonte: Campo de pesquisa, (2021)

Relativamente ao financiamento de sua actividade comercial, 5% dos financiamentos das


empresas foi com recurso ao crédito, 45% com capital misto, e 50% com capital própio.
Apesar de muitas delas recorrerem ao capital misto, isto é, junção de capital próprio e
recurso ao crédito, que é uma das formas muito optada para o financiamento das PME’s.
Mas como a tabela apresenta, o capital próprio representa o meio pelo qual as empresas
buscam financiar as suas actividades limitando-se apenas em recursos financeiros internos
da empresa, acautelando-se assim de dívidas, pese embora não recorrerem ao recurso
financeiro externo, essas mesmas empresas assumem todos os riscos de falência.

42
Tabela nº 4 - Principais obstáculos que limitam o desenvolvimento das PME’s em Cabinda.

Empresas
Total
Descrição Pequenas Médias

Fr % Fr % Fr %

Escassez de recursos financeiros próprios 5 25 1 5 6 30

Dificuldade no acesso ao crédito 1 5 2 10 3 15

Falta de recursos materiais qualificados 1 5 0 0 1 5

Desvalorização dos funcionários 5 25 1 5 6 30

Fraco incentivo à produção nacional 0 0 1 5 1 5

Falta de instituições de apoio técnico e de gestão aos


empresários 2 10 0 0 2 10

Má localização da empresa 0 0 1 5 1 5

Total 14 70 6 30 20 100

Fonte: Campo de pesquisa, (2021)

Relactivamente aos principais obstáculos que limitam as PME’s, verificou-se que 30% dos
empresários apontam que escassez de recursos financeiros próprios; 15% dos empresários
apontam para a dificuldade no acesso ao crédito; 5% apontam a falta de recursos materiais
qualificados; 30% apontam para a desvalorização dos funcionários; 5% apontam o fraco
incentivo à produção nacional; 10% apontam para falta de instituições de apoio técnico e
de gestão aos empresários, enquanto que 5% dos empresários inquiridos apontam a má
localização da empresa um dos principais obstáculos que limitam o desenvolvimento das
PME’s em Cabinda. Dentre os vários factores apontados na tabela que limita o
desenvolvimento das PME’s, destacam-se a escassez de recursos financeiros próprios e a
desvalorização dos funcionários como os principais factores que limitam o
desenvolvimento das PME’s em Cabinda. No entanto é imprescindível que as PME’s
disponham de fundos próprios para financiamento de suas actividades e, valorizem os seus
funcionários pois o sucesso ou insucesso de uma empresa depende muito destes.

43
Tabela nº 5 - Apoio por parte do governo.

Empresas
Total
Descrição Pequenas Médias

Fr % Fr % Fr %

Institucionais 1 5 0 0 1 5

Fiscais e de crédito 0 0 1 5 1 5

Desenvolvimento local e regional 1 5 1 5 2 10

Formação e recursos humanos 0 0 0 0 0 0

Promoção a competitividade 0 0 0 0 0 0

Microcrédito 2 10 0 0 2 10

Nenhum 10 50 4 20 14 70

Total 14 70 6 30 20 100

Fonte: Campo de pesquisa, (2021)


Sobre os apoios por parte do Governo 5% dos empresários inquiridos afirmam terem
recebido apoios institucionais, 5% receberam apoios fiscais e de crédito, 10% relatam que
receberam apoios para o desenvolvimento local e regional oque é benéfico para os seus
empreendimentos, outros 10% receberam microcréditos por parte do Governo e 70% não
têm recebido apoios por parte do Governo, o que é crítico pois, sabe-se que o Governo é o
maior impulsionador da economia de um país, e para que as empresas possam ter maior
crescimento ou desenvolvimento é imprescindível o apoio por parte do Governo. Cabe ao
governo criar e desenvolver acções de incentivos que favoreça os pequenos negócios e
expandir os já existentes.

44
Tabela nº 6 - Principais factores que influenciam na falência das PME’s em Cabinda.

Empresas Total

Descrição Pequenas Médias

Fr % Fr % Fr %

Falta de melhoria do modelo de governação e gestão


estratégica 5 25 1 5 6 30

Ausência de apoios directos ou indirectos do Governo 1 5 3 15 4 20

Catástrofes naturais 1 5 0 0 1 5

Elevadas cargas tributárias 0 0 1 5 1 5

Falta de valorização dos funcionários 5 25 1 5 6 30

Carência de conhecimento do mercado 2 10 0 0 2 10

Total 14 70 6 30 20 100

Fonte: Pesquisa de Campo (2021)


Relativamente aos principais factores que influenciam a falência das PME’s em Cabinda,
30% dos empresários apontam a falta de Melhoria do modelo de governação e gestão
estratégica como sendo um dos factores, 20% apontam a ausência de apoios directos ou
indirectos do Governo, 5% apontam para catástrofes naturais, 5% apontam as elevadas
cargas tributárias, 30% falta de valorização dos funcionários, ao passo que 10% apontam a
carência de conhecimento do mercado. Apesar da falta de melhoria de governação e gestão
estratégica e a desvalorização dos funcionários apresentarem maior pontuação de acordo as
opiniões recolhidas dos empresários inquiridos, é importante fazer menção que todos os
elementos acima mencionados são apontados como principais factores que influenciam a
falência das PME’s em Cabinda, sendo eles de natureza interna como externa.

45
CONCLUSÕES

O presente trabalho procurou demonstrar os factores que influenciam a falência das


pequenas e médias empresas comerciais no município de Cabinda.

Após a análise e interpretação dos aspectos levantados em torno do tema, tendo em conta
os objectivos inicialmente traçados, eis que chegou-se as seguintes conclusões:

• Os factores que influenciam a falência das pequenas e médias empresas comerciais no


município sede de Cabinda são de natureza interna (falta de melhoria no modelo de
governação e gestão estratégica, desvalorização dos funcionários, escassez de recursos
financeiros próprios, falta de conhecimento do mercado) como externa (ausência de apoios
directos ou indirectos do Governo, dificuldade no acesso ao crédito, elevadas cargas
tributárias,catástrofes naturais, etc), sendo que com maior frequência de falência
influenciadas pelos factores internos.
• A escassez de recursos financeiros próprios e a desvalorização dos funcionários são os
principais factores que limitam o desenvolvimento das PME’s em Cabinda. No entanto é
imprescindível que as PME’s disponham de fundos próprios para financiamento de suas
actividades e, valorizem os seus funcionários pois o sucesso ou insucesso de uma empresa
depende muito destes.

Desta forma, pode-se dizer que a hipótese foi comprovada ao longo da fundamentação
teórica e confirmada a partir das opiniões recolhidas dos empresários inquiridos.

46
SUGESTÕES

Após o trabalho de pesquisa, sugere-se o seguinte aos gestores de PME’s em Cabinda:

• Maior atenção na gestão dos seus recursos tanto faz, materiais, humanos bem como
financeiros, e que o governo local possa prestar mais apoios por parte das pequenas e
médias empresasm, e na questão de financiamento das intituições financeiras que haja
menor burocracia.

47
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LI
APÊNDICES

LII
COMPLEXO ESCOLAR E INSTITUTO POLITÉCNICO PRIVADO JERMA

C.E.I.P.P.J
Apêndice 1

1. Qual é o grau de escolaridade mais elevado que atingiu?


a) Ensino Básico __
b) Ensino médio __
c) Licenciatura __
d) Mestrado ou doutoramento __
2. Qual é a principal razão que o levou a iniciar o seu negócio?
a) Elevar a minha posição na sociedade __
b) Aproveitar uma oportunidade que surgiu __
c) Continuar uma tradição familiar __
d) Necessidade de sobrevivência __
e) Contribuir para o bem-estar dos meus familiares __
f) Aumentar o prestígio da minha família __
g) Arranjar uma forma de vida que me dê mais dinheiro __
3. Como foi constituído o financiamento da sua actividade comercial?
a) Recurso ao crédito __
b) Poupança familiar/amigos __
c) Capital misto __
d) Capital próprio __

e) Apoio do governo __
4. Na sua opinião, quais são os principais obstáculos que limitam o desenvolvimento das
PME’s em Cabinda?
a) Escassez de recursos financeiros próprios __
b) Dificuldade no acesso ao crédito __
c) Falta de recursos materiais qualificados __

LIII
d) Desvalorização dos funcionários __
e) Fraco incentivo a produção Nacional __
f) Falta de instituições de apoios técnicos e de gestão aos empresários __
g) Má localização da empresa __
5. Que tipo de apoio tem recebido por parte do Governo?
a) Institucionais __
b) Fiscais e de Crédito __
c) Desenvolvimento Local e regional __
d) Formação de recursos humanos __
e) Promoção a competitividade __
f) Microcrédito __
g) Nenhum __
6. No seu parecer, quais são os principais factores que influenciam a falência das PME’s
em Cabinda?
a) Falta de melhoria do modelo de governação e gestão estratégica __
b) Ausência de apoios directos ou indirectos do Governo __
c) Catástrofes naturais __
d) Elevadas cargas tributárias __
e) Falta de valorização dos funcionários __
f) Carência de conhecimento do mercado __

OBRIGADA PELA COLABORAÇÃO!

LIV

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