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CEIPPJ-CABINDA
PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONAL (PAP): TÉCNICO DE FINANÇAS
II - PROMOÇÃO
CABINDA, 2022
COMPLEXO ESCOLAR & INSTITUTO POLITÉCNICO PRIVADO JERMA,
CEIPPJ-CABINDA
PROVA DE APTIDÃO PROFISSIONAL (PAP): TÉCNICO DE FINANÇAS
II - PROMOÇÃO
Trabalho nº____________
CABINDA, 2022
FOLHA DE APROVAÇÃO / APRESENTAÇÃO
Classe: 13ª
Número:01
III
PENSAMENTO
«Albert Filla»
IV
DEDICATÓRIA
Aos meus pais e a todos aqueles que não tiveram a oportunidade de estudar.
V
AGRADECIMENTOS
Ao nosso Deus todo-poderoso, pelo fôlego de vida, por ser essencial em minha vida, meu
guia, socorro, presente nas horas de angústia, meu refúgio e minha fortaleza.
Aos meus pais Jeremias Guilherme Maria e Rosalina Dias Vemba agradeço
incondicionalmente pelo apoio financeiro, pela abdicação de muitos dos seus sonhos para
concretizar os meus, pela incansável paciência e por todo contributo dado durante todos
estes anos para minha formação, sem os quais não conseguiria alcançar os meus
objectivos.
Ao meu Tutor Alberto Macosso Mbizi, que desde logo mostrou-se disponível para orientar
a presente pesquisa obrigada pela dedicação e paciência durante todo este percurso que
hoje conseguimos terminar com êxito.
Aos meus familiares pelo apoio que moral que me proporcionaram, a todos os meus
colegas especialmente ao Rafael Matoto por ser tão bom delegado para connosco, pelo
companheirismo dedicação e por tudo que passamos juntos durante todo este tempo.
E finalmente a todos que directa ou indirectamente contribuíram para que fosse possível
alcançar esta meta.
VI
ÍNDICE
PENSAMENTO ............................................................................................................................. IV
DEDICATÓRIA .............................................................................................................................. V
AGRADECIMENTOS .................................................................................................................. VI
LISTA DE TABELAS ................................................................................................................... IX
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS .................................................................................. X
RESUMO......................................................................................................................................... XI
ABSTRACT ................................................................................................................................... XII
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 13
CAPÍTULO I- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.................................................................... 19
1 - Definição de Termos e Conceitos .......................................................................................... 19
1.1 - Empresas ................................................................................................................................ 19
1.1.1 - Classificação das empresas .............................................................................................. 19
1.1.2 - Pequenas e Médias Empresas .......................................................................................... 21
1.1.3 - Contextualização de PME’s em Angola......................................................................... 22
1.1.4 - Papel das PME’s na economia ........................................................................................ 23
1.1.4.1- Cinco forças de Porter para o crescimento de uma empresa ..................................... 25
1.2 - Falência .................................................................................................................................. 29
1.3 -Factores de falência ............................................................................................................... 30
1.3.1 - Factores de falência: categoria “dirigente” .................................................................... 31
1.3.2 - Factores de falência: categoria “empresa” ..................................................................... 32
1.3.3 - Factores de falência: categoria “ambiente” ................................................................... 32
1.3.4 - Ausência de apoios por parte do Governo ..................................................................... 32
1.3.5 - Escassez de recursos financeiros próprios ..................................................................... 32
1.3.6 - Falta de recursos materiais qualificados......................................................................... 33
1.3.7 - Dificuldade no acesso ao crédito ..................................................................................... 33
1.3.8-Má localização ..................................................................................................................... 34
1.3.9-Elevadas cargas tributárias ................................................................................................. 34
1.3.10 - Desvalorização Profissional........................................................................................... 35
1.4 - Natureza dos apoios públicos às PME’s ............................................................................ 35
1.4.1- Apoios Institucionais ......................................................................................................... 35
1.4.2- Apoios fiscais e de Crédito ............................................................................................... 36
1.4.3- Desenvolvimentos Local e Regional ............................................................................... 36
1.4.4- Formação e Recursos Humanos ....................................................................................... 36
1.4.5- Promoção da Competitividade.......................................................................................... 37
VII
1.4.6- Microcrédito ........................................................................................................................ 37
CAPÍTULO II- APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS ............................................................................................................................. 39
2.1-Historial de empresariado em Cabinda ................................................................................ 39
2.2- Análise de dados e interpretação de resultados ................................................................. 40
CONCLUSÕES ............................................................................................................................. 46
SUGESTÕES ................................................................................................................................. 47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................XLVIII
APÊNDICES
VIII
LISTA DE TABELAS
IX
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
P1- Problema 1
P2- Problema 2
Lda- Limitada
&Cta- Comandita
SI – Sistema de Incentivos
X
RESUMO
O presente trabalho com tema de pesquisa “Factores que influenciam a falência das
Pequenas e Médias empresas no município de Cabinda: um estudo de empresas
comerciais”. Tem como objectivo geral “Analisar os factores que influenciam a falência
das PME’S em Cabinda, e específicos: i) Proceder a revisão bibliográfica do referido tema;
ii) caracterizar as PME’S de Cabinda; iii) identificar os factores que influenciam na
falência das PME’S em Cabinda; iiii) demonstrar a influência desses factores na falência
das PME’S em Cabinda. No sentido de orientar a pesquisa, ergueu-se a seguinte questão
científica: Quais são os factores que influenciam a falência das PME’S em Cabinda? Para
se responder a questão erguida, elegeu-se como hipótese: Os factores que estão na base da
falência das PME’S em Cabinda, são entre eles nomeadamente a falta de melhoria do
modelo de governação e gestão estratégica, ausência de apoios directos ou indirectos do
Governo, catástrofes naturais, elevada carga tributária, falta de valorização dos
funcionários e carência de conhecimentos do mercado. Para a elaboração do trabalho foi
necessário o uso dos métodos hipotético-dedutivo e estatístico; pesquisa quantitativa,
exploratória e bibliográfica e técnicas como análise documental, questionário e observação.
Após análise de dados e interpretação de resultados concluiu-se que: Os factores que
influenciam a falência das pequenas e médias empresas comerciais no município sede de
Cabinda são de natureza interna (falta de melhoria no modelo de governação e gestão
estratégica, desvalorização dos funcionários, escassez de recursos financeiros próprios,
falta de conhecimento do mercado) como externa (ausência de apoios directos ou
indirectos do Governo, dificuldade no acesso ao crédito, elevadas cargas
tributárias,catástrofes naturais, etc), sendo que com maior frequência de falência
influenciadas pelos factores internos.
Palavras-chaves: factores, influência, falência, empresa.
XI
ABSTRACT
The present work with the research theme "Factors that influence the bankruptcy of Small
and Medium Enterprises in the municipality of Cabinda: a study of commercial
companies". Its general objective is to “Analyze the factors that influence the bankruptcy
of SMEs in Cabinda, and specific ones: i) To carry out a bibliographic review of the
aforementioned topic; ii) characterize the SMEs of Cabinda; iii) identify the factors that
influence the bankruptcy of SMEs in Cabinda; iii) demonstrate the influence of these
factors on the bankruptcy of SMEs in Cabinda. In order to guide the research, the
following scientific question was raised: What are the factors that influence the failure of
SMEs in Cabinda? In order to answer the question raised, the following hypothesis was
chosen: The factors that underlie the bankruptcy of SMEs in Cabinda are, among them, the
lack of improvement in the governance and strategic management model, the absence of
direct or indirect support from the Government , natural disasters, high tax burden, lack of
employee appreciation and lack of market knowledge. For the elaboration of the work it
was necessary to use the hypothetical-deductive and statistical methods; quantitative,
exploratory and bibliographic research and techniques such as document analysis,
questionnaire and observation. After analyzing the data and interpreting the results, it was
concluded that: The factors that influence the bankruptcy of small and medium-sized
commercial companies in the municipality of Cabinda are internal in nature (lack of
improvement in the governance and strategic management model, devaluation of
employees, lack of own financial resources, lack of knowledge of the market) and external
(absence of direct or indirect support from the Government, difficulty in accessing credit,
high tax burdens, natural disasters, etc.), with a greater frequency of bankruptcy influenced
by the factors internal
Keywords: Factor, Infuence, Bankruptcy, Business.
XII
INTRODUÇÃO
Não existe uma definição universal do que é uma PME, contudo a definição vária em
função do número de funcionários e do financiamento fixado pelo Estado.
13
entre as empresas e trabalhadores e entre as empresas e outras instituições. Portanto as
pequenas empresas têm uma grande importância no cenário mundial, pois elas emergem
nas economias industrializadas e nos países em desenvolvimento como motores no
crescimento de emprego em função das maiores flexibilidades e as menores necessidades
de capital, gerando novos postos de trabalho.
As PME’S são responsáveis por uma grande fatia do giro económico angolano. No entanto
muitas dessas empresas enfrentam dificuldades que levam a fechar as portas precocemente,
entre os principais problemas, estão o excesso de burocracia para obtenção de crédito,
ausência de planeamento e alta carga tributária, não agregar valor aos produtos,
desperdício de recursos, stocks mal dimensionados.
Situação Problemática
Hoje em dia as empresas são encaradas como um ser vivo, pois elas passam por um ciclo
de vida que parte da introdução ao declínio. Nesta jornada vários factores podem
influenciar com que as mesmas entrem na fase mais crítica que é o declínio precoce. As
pequenas e médias empresas não estão conseguindo se manter no mercado por muito
tempo por alguns factores como: alta taxa de juros, alta carga tributária, falhas gerências,
factores económicos, despesas executivas, falta de conhecimento do mercado, entre outros.
Não existe uma especificação dos factores da falência universal de empresas, aceita pelos
pesquisadores. Muitos têm suas próprias explicações sobre as razões do sucesso ou
encerramento das empresas. De maneira geral em Cabinda, os factores que levam uma
empresa à falência apresentam duas classificações gerais: a primeira especifica os factores
internos, e a segunda, factores externos.
Questão científica
Hipótese:
• Os factores que estão na base da falência das PME’S em Cabinda, são entre eles
nomeadamente a falta de melhoria do modelo de governação e gestão estratégica,
ausência de apoios directos ou indirectos do Governo, catástrofes naturais, elevada
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carga tributária, falta de valorização dos funcionários e carência de conhecimentos do
mercado.
Objectivos
Objectivo-geral
Objectivos específicos
Muita das vezes o excesso de motivação faz com que os novos empreendedores não
elaboram um planeamento adequado, e consequentemente não sobreviver nesse mercado
tão competitivo por falta de conhecimento. Por esta razão elaborou-se o presente trabalho
com intuito de aumentar as chances de sucesso das pequenas e médias empresas e auxiliar
tanto os empreendedores já pertencentes ao mercado como os que pretendem entrar no
mercado empresarial. Sendo assim torna-se importante conhecer os motivos que estão
levando a falência as pequenas e médias empresas em Cabinda.
Limite e delimitação
O presente trabalho limitou-se a tratar sobre “Factores que influenciam a falência das
PME’S do sector comercial do município sede de Cabinda, província de Cabinda.
Metodologia
Método
15
simplificadas têm relações entre si. Assim, o método estatístico significa redução de
fenómenos sociológicos, políticos, económicos, etc., a termos quantitativos e a
manipulação estatística, que permite comprovar as reacções dos fenómenos entre si, e obter
generalizações sobre sua natureza, ocorrência ou significado (LAKATOS; MARCONI
2003 p.108).
Com este método conseguiu-se formular a problematização como ponto de partida, deduzir
e validar a hipótese.
Abordagens
Pesquisa quantitativa: para Mattar (2001), a pesquisa quantitativa busca a validação das
hipóteses mediante a utilização de dados estruturados, estatísticos, com análise de um
grande número de casos representativos recomendando um curso final de acção.
Tipos de pesquisa
Esta pesquisa permitiu consultar diversas fontes de informações escritas e benéficas sobre
o tema, como: sites, livros, teses, artigos e dissertações já publicadas.
16
Pesquisa Exploratória: segundo Selltizetal. (1965), enquadram-se na categoria dos
estudos exploratórios todos aqueles, que buscam descobrir ideias e intuições, na tentativa
de adquirir maior familiaridade com o fenómeno pesquisado. Nem sempre há necessidade
de formulação de hipótese nesses estudos.
A partir desta técnica foi possível elaborar um roteiro de perguntas abertas e fechadas para
os funcionários tanto o corpo administrativo, com vista a obtenção de dados para êxito
deste trabalho.
Esta técnica ajudou-nos a identificar e obter provas a respeito dos fenómenos que causam a
falência das PME’s em Cabinda no contexto real.
População amostra
Estrutura do trabalho
17
analisou-se os dados e interpretou-se os resultados, mediante o questionário e a observação
feita, culminando com as conclusões, sugestões e referências bibliográficas.
18
CAPÍTULO I- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
1.1 - Empresas
➢ Sector económico
➢ A sua actividade
19
• Empresas agrícolas: são aquelas que plantam, cultivam e colhem diversos produtos
agrícolas.
• Comerciantes Em Nome Individual: são pessoas que têm capacidade para praticar
actos de comércio e fazem deste sua profissão. Este tipo de empresa é constituído por
uma única pessoa que afecta determinados bens próprios à actividade económica. O
comerciante em nome individual tem responsabilidades ilimitadas.
• Sociedade Unipessoal Lda: é constituída por um sócio único, a pessoa singular ou
colectiva, que é o titular da totalidade de capital social.
• Sociedade Em Nome Colectivo: a responsabilidade de todos os sócios é limitada e
solidária. Firma: Saraiva & Filhos; rosário & Ca.
• Sociedade Por Quota: chama-se quota à parte com que cada sócio entrou para a
sociedade. Neste tipo de sociedades, cada sócio responde apenas pelo valor da sua
quota e pelo valor das quotas subscritas pelos restantes sócios mas só em quanto estes
as não realizam, as responsabilidades dos sócios é, por tanto, limitada ao valor da
quota. Firma: Mário & Ferreira, Lda.
• Sociedade Anónima: o capital deste tipo de sociedade encontra-se dividido em
parcelas. A cada parcela chama-se acção e daí a razão porque ao sócio desta sociedade
se chama accionista. A responsabilidade de cada sócio é limitada ao valor das acções
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que subscreveu trata-se, pois, de uma sociedade em que a responsabilidade dos sócios
é limitada. Firma: Serração Tavares, S.A.
• Sociedade Em Comandita: nesta sociedade há a considerar dois tipos de sócios: os
comanditários e os comanditados. Os comanditários são sócios de responsabilidade
limitada, e que, por tanto, responde apenas pelas suas entradas de capital. Os sócios
comanditados são sócios de responsabilidades limitadas que respondem pelas dívidas
da sociedade nos mesmo termos que os sócios de sociedades em nome colectivo.
Neste tipo de sociedade a responsabilidade mista. Firma: Visconde & Cta.
➢ A sua dimensão
Não existe uma definição universal do que é uma PME, contudo a definição vária em
função do número de funcionários e do financiamento fixado pelo Estado (HESSELS e
PARKER, 2013:137). Num primeiro momento veremos definições de alguns autores e
noutro momento definições de instituições e organizações, nomeadamente a União
Europeia e OCDE. Sendo assim uma PME é uma empresa que emprega cerca de 50 a 200
funcionários e é considerada a principal espinha dorsal da economia de países
desenvolvidos e subdesenvolvidos, na criação de emprego e aumento da renda.
Para a OCDE (2010), as PME’s são definidas como empresas não controladas
independentemente do número de funcionários que elas empregam, o limite médio de uma
PME é de 250 funcionários, tal como a União Europeia define, em muitos países criaram o
limite máximo de 200 funcionários, enquanto nos EUA, considera-se que as PME são
empresas que empregam até 500 funcionários.
De acordo com Deeks (1973), o modelo de gestão na maioria das PME’s é tradicional,
baseado na gestão familiar e tendo como gestor o patriarca ou os seus herdeiros, por isso as
suas características e formas variam segundo a crença e a mobilidade desses gestores.
21
O modelo de gestão concentra-se na estrutura de sobrevivência da actividade do negócio.
A estratégia da empresa é simplesmente manter-se viva, o proprietário é o principal
fornecedor de energia, o funcionamento da empresa está ligado a parentes e amigos mais
próximos da família do titular da empresa (CHURCHILL e LEWIS (1983:3-9).
De acordo com o artigo5º da lei das MPME´s, as MPME´s distinguem-se por dois critérios
nomeadamente, o número de trabalhadores efectivos e o volume da facturação total anual
esta última prevalecente sempre que for necessário decidir sobre a classificação das
mesmas. Para efeitos da presente lei, consideram-se:
De acordo com a mesma lei, isto é, no artigo 7º, não são enquadradas como MPME´s
nem destinatárias do tratamento diferenciado previsto na presente lei as seguintes
entidades:
22
1.1.4 - Papel das PME’s na economia
Nos últimos tempos, vem sendo crescente interesse em torno das pequenas e médias
empresas, em todos níveis socioeconómicos, industrial ou político. Isto porque, em quase
todo mundo a participação das PME’S na economia é altamente significativa. O potencial
de geração de empregos é altamente desejável em cenário em que o desemprego tornou-se
um problema estrutural, por isso, o fortalecimento as PME’S constituem uma preocupação
de todas nações, devido a sua importância para o crescimento económico regional e global,
principalmente pela sua capacidade de absorção de mão-de-obra. (CÂNDIDO, 1998 apud
CASCAVEL, 2002).
Por exemplo em Angola as PME não têm grande importância, pelo simples facto da
economia angolana ser muito dependente do sector petrolífero e diamantífero deixando as
pequenas e médias empresas numa situação de pouca importância, sobretudo no que
concerne a contribuição para a economia formal. Mas, por outro lado, principalmente no
sector informal as PME’s têm grande importância na criação de emprego e renda e são
usadas como instrumento alternativo no combate à pobreza e à exclusão social.
23
importação com baixa incorporação nacional. A taxa de sucesso da iniciativa
empreendedora em Angola é de apenas 3,3% e em função disso podemos constatar que o
país se confronta com um défice de participação empresarial angolano.
Apesar das especificidades que as PME’s apresentam, elas diferem em grande parte das
grandes empresas. As principais diferenças são:
• Diferença no tamanho;
• Maior flexibilidade na adaptação;
• Estrutura organizacional simples;
• Menos inovadoras;
• Boa capacidade na criação de conhecimento, mas pobre na retenção do conhecimento;
• Limitação no acesso ao financiamento;
• Maior aproximação com os seus clientes;
• Menor qualificação dos recursos humanos.
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Segundo Gunasekaranetal (2011), Para manterem a competitividade as PME’s devem
ajustar as suas estratégias de operação, estar disponíveis para aceitar e utilizar os novos
avanços da ciência e da tecnologia e tirar alguma vantagem sobre os seus mais próximos
concorrentes. No mercado global moderno as PME’s necessitam competir não só com os
rivais tradicionais mas também com as empresas estrangeiras pelo que podem
comercializar os mesmos produtos a preços mais baixos.
Michael Porter, da Harvad Bussiness School, defende que uma empresa, para melhor
competir num determinado mercado, deve decidir a sua estratégia, liderança pelo custo,
diferenciação ou foco com base no conhecimento da estrutura da indústria em que a
empresa compete bem como na perfeita identificação dos clientes-alvo. Porter aponta cinco
factores de competitividade determinantes da estrutura de uma empresa e da forma como
essa estrutura evolui. São as «cinco forças competitivas»: a rivalidade entre empresas
concorrentes, a ameaça de novas entradas, o poder negocial dos fornecedores, o poder
negocial dos clientes e a ameaça do aparecimento de produtos ou serviços substitutos.
25
conter esses movimentos ou acções de retaliação. Quando o sector é concentrado,
dominado por um reduzido número de empresas, estas podem impor a sua disciplina ou
desempenhar um papel coordenador no sector.
Por outro lado, existem duas expectativas dos entrantes em relação as barreiras: a
existência já consolidada de barreiras de entrada e a ameaça de reacção dos competidores
já estabelecidos (PORTER, 1986).
26
Outro ponto importante quanto a barreira de entrada e a expectativa de retaliação. A
empresa provavelmente pensará duas vezes se os concorrentes estabelecidos já tiverem
expulsado novos entrantes anteriormente ou se:
• O mercado for dominado por poucas empresas e se for mais concentrado do que o
sector comprador;
• O seu produto for diferenciado ou se ele desenvolveu custo na mudança;
• Esses produtos não serão obrigados a competir com ouros produtos nas vendas ao
sector de varejo;
• Esses factores representam uma ameaça concreta de interacção para frente.
Fornecedores com alto poder de negociação afectam negativamente a rentabilidade de um
dado sector, pois podem impor preços, condições de pagamento, prazos de entrega e
qualidade dos produtos. A intensidade dessa força está directamente relacionada a
concentração do sector fornecedor. Quanto menor for a importância do sector consumidor
para os fornecedores e maiores forem os custos de mudança de fornecedor, maior será o
potencial de impacto negativo no desempenho. Por outro lado, se a importância dos
produtos fornecidos para os clientes for baixa, ou se existirem produtos substitutos para os
27
fornecedores, o sector receberá um menor impacto dessa força. Uma possível estratégia
para lidar com o poder de negociação dos fornecedores seria implementar ao promover
uma ameaça de integração para trás pelas empresas no sector.
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A ameaça de serviços substitutos é a principal variável que define preço no mercado e
activa a concorrência. No entanto, a qualidade dos produtos ou serviços, será a estratégia
que determinará a opção final do consumidor.
Quanto maior for a pressão dos produtos substitutos, menor é a atractividade de um dado
sector. Os substitutos reduzem os retornos potenciais limitando os preços e,
consequentemente, a realidade. Essa ameaça é tanto maior quanto maior for o desempenho
relativo dos preços dos substitutos, ou seja, a diferença da razão preço/qualidade dos
produtos em um determinado sector de mercado em relação aos serviços substitutos. A
ameaça também ocorre quando as empresas que produzem substitutos apresentam taxas de
rentabilidades elevadas, o que poderá se tornar uma vantagem competitiva, já que permite
redução dos preços sem afectar a qualidade. Estratégias eficazes para lidar com essa
ameaça, estão normalmente relacionadas a acções que impõem custo de mudança
(switchingcost) para os consumidores ou que, de alguma outra forma, diminuem sua
atracção pela mudança.
1.2 - Falência
Segundo Fábio Ulhoa Coelho (2005), diz que: o processo judicial de execução concursal
do património do devedor empresário, que, normalmente, é uma pessoa jurídica revestida
da forma de sociedade por quotas de responsabilidade ou anónima. Para os não
empresários sem meios de honrar a totalidade de suas obrigações, o direito destina um
processo diferente de execução concursal, que é a insolvência civil disciplinada no Código
de Processo Civil (arts. 47 e seguintes)
29
estado da existência das pessoas (empresário ou sociedade empresária), deve-se
compreendê-la igualmente como um processo judiciário que é, o que o legislador deixou
claro logo na abertura do tratamento legislativo do instituto, prevendo que o processo de
falência atenderá aos princípios da celeridade e da economia processual.
Diversos autores das mais variadas áreas e em diversos lugares do mundo já realizaram
pesquisas sobre as taxas e causas da mortalidade de empresas. No entanto, destaca-se que
os factores causadores do fracasso de pequenas e médias empresas têm elevada relevância
em virtude da importância dessas nas economias locais e regionais, estimulando vários
estudos importantes nesse sentido.
Nesse contexto, Liu (2009) definiu em seu estudo sobre desempenho económico e
mortalidade de empresas que factores macroeconómicos são grandes impactantes na causa
de falência de pequenos e médios empreendimentos, ressaltando nessa linha o modo como
é conduzida a política económica nacional, evidenciando uma forte correlação entre a
soma de acções negativas ocorridas no agregado económico nacional (como estímulos à
política de importação, elevação da taxa de juros e aumento na tributação) e o aumento na
mortalidade de pequenos e médios negócios.
30
• Falta de experiência administrativa (pouco conhecimentos nas áreas de gestão,
economia, contabilidade, marketing, etc.);
• Baixo poder de competição das empresas (ligado às cinco forças de Potter, 2013)
• Limitações ou carência no crédito para suprimento e manutenção das actividades da
empresa.
Ao averiguar empreendedores quanto às dificuldades mais ocultas durante uma pesquisa
realizada na cidade de Passo Fundo, Pandolfo e Veloso (2002) verificaram que as
principais dificuldades são semelhantes entre os dois grupos pesquisados (pequenos e
médios empresários), salientando problemas associados à elevada carga tributária, forte
concorrência, falta de capital de giro e maus pagadores. Nesse estudo, observou-se ainda
que uma parcela significativa dos empresários que se encontram em actividade atribuiu à
crise económica a principal dificuldade vivida na época de fechamento das actividades de
negócio. Em linhas gerais, pode-se dizer que a política recessiva implantada pelo governo,
com elevadas taxas de juros, altos encargos trabalhistas e impostos, tem-se constituído em
dificuldade adicional a esse segmento de empresas. Os autores ainda salientam que, dentre
os empresários analisados, o factor que poderia contribuir altamente para a sobrevivência
da empresa é o acesso a linhas especiais de crédito. Esse factor deveria ser destacado
levando-se em consideração que as dificuldades são de ordem prática, ou seja, excesso de
burocracia e de ordem económica, em razão das elevadas taxas cobradas.
31
1.3.2 - Factores de falência: categoria “empresa”
Grande parte dos apoios do Governo está virado simplesmente para a cidade capital-
Luanda, deixando as outras províncias sem acção nem reacção. Em função desta realidade
Luanda tornou-se a província mais rica de Angola, “concentrando quase 71% de todo o
rendimento gerado no país, contém 90% de todas as actividades financeiras, 75% da
actividade de imobiliária, 81,3% da prestação de serviço prestados de educação, 63,3% dos
serviços privados de saúde, 68% da actividade de transportes, 55,1% do comércio a grosso
e a retalho, 47,3% da actividade industrial e 70,4% da indústria extractiva” (ROCHA,
2011, pág. 138).
Segundo Rocha (2011), as empresas operam com capitais próprios e alheios. Portanto, se o
capital dos terceiros for superior ao próprio, a empresa passa ter maior dependência de
terceiros, ou seja, perde a autonomia financeira. Quando tal facto ocorre, certamente a
empresa perderá o poder de decisão sobre seus negócios e isso, evidentemente causa
problemas graves de gestão, uma vez que para que haja tendências de investimento, os
gestores terão de aguardar o ponto de vista dos terceiros. Na formação do capital
permanente da entidade, o correcto é quando o capital próprio é superior ao capital de
terceiros, de modos a facultar maior liberdade de decisões tanto operacionais, de
investimento ou de financiamento.
32
1.3.6 - Falta de recursos materiais qualificados
Segundo Lewis (1983) diz que: Seja no escritório, seja no trabalho remotamente, a falta de
recursos materiais qualificados prejudica a produção da empresa. Quando a empresa não
conta com materiais adequados para exercer o seu trabalho, acaba gerando um dispêndio
enorme de dinheiro, ter que depender de materiais de terceiros ou importados muitas vezes
necessita de muitos custos e isso acaba sendo prejudicial para a empresa, pois afecta o seu
lado financeiro. E quando não são encontrados produtos de qualidade para a produção de
um determinado bem a produção da empresa é afectada negativamente pois os produtos
oferecidos para os clientes serão de baixa qualidade, o que deixa os clientes insatisfeitos.
Vários são os motivos pelos quais as MPE’s possuem dificuldades de acesso ao crédito.
Um desses motivos se concerne ao fato de que as mesmas utilizam poucas ferramentas de
gestão financeiras, além de apresentar carência de um sistema de informações gerenciais
que possibilite aos seus proprietários tomada de decisão mais segura (SILVA, 1988).
Gonçalves e Koprowski (1995) indicam que nas MPE’s o balanço contabilístico tem uma
função gerencial praticamente nula, pois o seu maior objectivo é apenas servir de
instrumento fiscal. O reflexo concreto dessas informações repercute e vai de encontro com
estatísticas comummente encontradas na literatura, que dão conta de um índice de
mortalidade de pequenas empresas em torno de 35% a 70% até o final do primeiro ano,
chegando a mais de 95% no quinto ano de existência, dependendo da região de localização
das empresas.
Outro factor preponderante, conforme pesquisa realizada por Rego (1999) em doze
Unidades da Federação, é que a grande maioria das MPE’s recorrerem, principalmente, ao
contador para conduzir ou gerenciar as seus negócios financeiros.
33
restrições financeiras e o nível de endividamento. Outras informações também são
levantadas, tais como facturamento anual, ramo de actividade, produtos e serviços
vendidos e informações de fornecedores passados quanto a atrasos ou inadimplência. A
partir dessas informações mede-se o quanto e o como do crédito, ou seja, o valor a ser
concedido e a forma de pagamento.
Conforme Soares (2001), muitos dos gestores das pequenas empresas não possuem
formação que permita compreender a importância de um planeamento estratégico e de
sistemas de medição. Estão acostumados a utilizar suas experiências para resolver os
problemas que surgem, acreditando que isso seja suficiente. Segundo Figueiredo (2001), os
motivos que provocam dificuldades no acesso das empresas de menor porte aos
financiamentos e fontes de investimentos são:
1. As grandes empresas têm a preferência dos Bancos por representarem menor relação
risco/retorno;
2. Os Bancos não dispõem de instrumentos eficientes para avaliar as condições das
empresas de menor porte e para entender as características do sector;
3. Para minimizar o risco de crédito os Bancos adoptam uma linha de corte que exclui,
em função do porte, muitas pequenas empresas que teriam condições de obter
financiamentos.
1.3.8-Má localização
Quando a empresa está mal localizada, dificulta a sua rotina de trabalho, os seus
consumidores tendem a não conhecer o local ou a terem dificuldade de encontra ou chegar
no estabelecimento, os consumidores não manterão contacto com a empresa, quando isso
acontece todos os envolvidos saem perdendo, tanto a empresa como os consumidores, mas
o maior afectado será a empresa. Haverá aumento nos custos de para a locomoção,
marketing, etc. GUNASEKARANET AL (2011)
Não é novidade para os empreendedores que a carga tributária em Angola é alta, já que é
uma despesa que consome grande parte das receitas das empresas. Muitos negócios deixam
de se desenvolver ou até mesmo fecham suas portas em razão dos impostos, mas oque
muitos não sabem é que é possível reduzi-las de forma Legal.
34
A elevada carga tributária, afectam significativamente as contas das empresas: conforme
publicado pelo Ecommerce News (2008), 64,8% dos lucros são destinados aos cofres
públicos. Isso impede o desenvolvimento da empresa e encarece os produtos vendidos, o
que afasta consumidores.
Actualmente é comum ouvirmos falar das empresas que são melhores para se trabalhar e
quais são mais remuneradas, das melhores escolas para se estudar, com maior índice de
aprovação, tudo isso se deve a participação humana, ou seja, de pessoas capacitadas e
competentes para exercer com excelência sua profissão. Para a empresa se tornar mais
produtiva, é necessário funcionários comprometidos, empenhados, responsáveis e
capacitados, para exercer a sua actividade com muita eficiência.
As pessoas devem ser visualizadas como parceiras das organizações, como tais, elas são
fornecedoras de conhecimentos, habilidades, competências e, sobretudo, o mais importante
aporte para as organizações: a inteligência que proporciona decisões racionais e que
imprime significado e rumo aos objectivos globais. E é neste ambiente, que os
colaboradores partilham conhecimentos e desenvolvem as suas competências.
(CHIAVENATTO, 2004, p.8)
Nesta senda, pode se dizer que: quando a empresa não valoriza os seus colaboradores e o
seu potencial, raramente conseguem alcançar resultados produtivos, positivos e eficazes.
35
consistam na necessidade do Estado em criar mecanismo e políticas que possam ajudar a
melhorar o ambiente económico e social das PME’s. Na generalidade dos casos os apoios
às instituições variam em função do sistema político, económico e do tipo de mercado de
cada país.
A política de incentivos fiscais consiste basicamente em abrir mão de parte das receitas
obtidas com impostos e taxas, para promover a facilidade na abertura de empreendimentos
e atracção de novos negócios para uma determinada região. A principal atracção de uma
política de incentivos fiscais virada às PME’s deve consistir na diminuição da incidência
de taxas e cargas tributárias que afectam as pequenas e médias empresas. Cabe ao governo
criar e desenvolver acções de incentivos fiscais e de apoio ao crédito que favoreça os
pequenos negócios e expandir os já existentes (SEBRAE, 2005: 53).
São apoios concedidos pelo governo central ou local com a finalidade de valorizar e
potencializar os recursos internos de cada região. O “Desenvolvimento Local e Regional
pode passar também por aglomerados de empresas localizadas em um mesmo território,
que apresentem especialização produtiva e mantenham algum vínculo de articulação,
interacção, cooperação e aprendizagem entre si e com outros atores locais tais como
governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa” (SEBRAE,
2005: 75)
36
1.4.5- Promoção da Competitividade
1.4.6- Microcrédito
37
crédito destinado à produção (capital de giro e investimento) e é concedido com uso de
metodologia específica”.
38
CAPÍTULO II- APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS
Cabinda é uma das 18 (dezoito) províncias da República de Angola situada mais a norte do
país, limitado ao norte pela República do Congo, a leste e ao sul pela República
Democrática do Congo e a oeste pelo Oceano Atlântico. A sua superfície é de 7 283 Km 2 e
sua população estima-se em 265 000 habitantes.
Indústria e Comércio
39
2.2- Análise de dados e interpretação de resultados
Empresas Total
Descrição
Pequenas Médias
Fr % Fr % Fr %
Ensino Básico 2 10 0 0 2 10
Ensino Médio 3 15 0 0 3 15
Licenciatura 7 35 2 10 9 45
Mestrado ou Doutoramento 2 10 4 20 6 30
Total 14 70 6 30 20 100
A tabela acima demonstra que 10% dos empresários inquiridos em diferentes instituições
terminaram o ensino básico. 15% dos inquiridos atingiram o grau de ensino médio. 45%
destes atingiram a licenciatura, e 30% dos empresários inquiridos atingiram o grau de
mestrado ou doutoramento. Como vemos, as maiores percentagens demonstram que os
empresários têm um nível escolar elevado o que é benéfico para as empresas pois os
empresários têm conhecimentos sobre a matéria e o mercado em que estão inseridos,
conhecem os seus clientes alvos, a sua cultura, habitos e costumes, tendo maior visão neste
ângulo empresarial, eles poderão ter noção dos factores que influenciam a falência das
PME’s e saberão como contornar os possíveis obstáculos que poderão encontrar ao longo
de suas jornadas.
40
Tabela nº 2 - Principais razões que levaram a iniciar o seu negócio
Empresas
Fr % Fr % Fr %
Necessidade de sobrevivência 3 0 0 3 15
Total 14 70 6 30 20 100
41
Tabela nº 3 - Financiamento da sua actividade comercial
Empresas
Total
Descrição Pequenas Médias
Fr % Fr % Fr %
Recurso ao crédito 1 5 0 0 1 5
Poupança familiar/amigos 0 0 0 0 0 0
Capital misto 7 35 2 10 9 45
Capital próprio 6 30 4 20 10 50
Apoio do Governo 0 0 0 0 0 0
Total 14 70 6 30 20 100
42
Tabela nº 4 - Principais obstáculos que limitam o desenvolvimento das PME’s em Cabinda.
Empresas
Total
Descrição Pequenas Médias
Fr % Fr % Fr %
Má localização da empresa 0 0 1 5 1 5
Total 14 70 6 30 20 100
Relactivamente aos principais obstáculos que limitam as PME’s, verificou-se que 30% dos
empresários apontam que escassez de recursos financeiros próprios; 15% dos empresários
apontam para a dificuldade no acesso ao crédito; 5% apontam a falta de recursos materiais
qualificados; 30% apontam para a desvalorização dos funcionários; 5% apontam o fraco
incentivo à produção nacional; 10% apontam para falta de instituições de apoio técnico e
de gestão aos empresários, enquanto que 5% dos empresários inquiridos apontam a má
localização da empresa um dos principais obstáculos que limitam o desenvolvimento das
PME’s em Cabinda. Dentre os vários factores apontados na tabela que limita o
desenvolvimento das PME’s, destacam-se a escassez de recursos financeiros próprios e a
desvalorização dos funcionários como os principais factores que limitam o
desenvolvimento das PME’s em Cabinda. No entanto é imprescindível que as PME’s
disponham de fundos próprios para financiamento de suas actividades e, valorizem os seus
funcionários pois o sucesso ou insucesso de uma empresa depende muito destes.
43
Tabela nº 5 - Apoio por parte do governo.
Empresas
Total
Descrição Pequenas Médias
Fr % Fr % Fr %
Institucionais 1 5 0 0 1 5
Fiscais e de crédito 0 0 1 5 1 5
Promoção a competitividade 0 0 0 0 0 0
Microcrédito 2 10 0 0 2 10
Nenhum 10 50 4 20 14 70
Total 14 70 6 30 20 100
44
Tabela nº 6 - Principais factores que influenciam na falência das PME’s em Cabinda.
Empresas Total
Fr % Fr % Fr %
Catástrofes naturais 1 5 0 0 1 5
Total 14 70 6 30 20 100
45
CONCLUSÕES
Após a análise e interpretação dos aspectos levantados em torno do tema, tendo em conta
os objectivos inicialmente traçados, eis que chegou-se as seguintes conclusões:
Desta forma, pode-se dizer que a hipótese foi comprovada ao longo da fundamentação
teórica e confirmada a partir das opiniões recolhidas dos empresários inquiridos.
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SUGESTÕES
• Maior atenção na gestão dos seus recursos tanto faz, materiais, humanos bem como
financeiros, e que o governo local possa prestar mais apoios por parte das pequenas e
médias empresasm, e na questão de financiamento das intituições financeiras que haja
menor burocracia.
47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
XLVIII
NEWS; GreeningOrganizations. AcademyofManagement; BestPaperProceedings;
2008.
XLIX
MELO, Marcela; Falência-Legitimidade da Fazenda Pública para Requerê-La;
Fortaleza; 2007.
PINTO, Bruno; O Papel das Micro, Pequenas e Médias Empresas, dos Arranjos
Produtivos Locais e Seus Potenciais Impactos Para a Economia;Três Rios, RJ; 2012.
L
SEBRAE, Serviço Brasileiro de Apoio as Micro e Pequenas Empresas; Factores
Condicionantes e Taxas de mortalidade das MPE, Brasil; 2005.
LI
APÊNDICES
LII
COMPLEXO ESCOLAR E INSTITUTO POLITÉCNICO PRIVADO JERMA
C.E.I.P.P.J
Apêndice 1
e) Apoio do governo __
4. Na sua opinião, quais são os principais obstáculos que limitam o desenvolvimento das
PME’s em Cabinda?
a) Escassez de recursos financeiros próprios __
b) Dificuldade no acesso ao crédito __
c) Falta de recursos materiais qualificados __
LIII
d) Desvalorização dos funcionários __
e) Fraco incentivo a produção Nacional __
f) Falta de instituições de apoios técnicos e de gestão aos empresários __
g) Má localização da empresa __
5. Que tipo de apoio tem recebido por parte do Governo?
a) Institucionais __
b) Fiscais e de Crédito __
c) Desenvolvimento Local e regional __
d) Formação de recursos humanos __
e) Promoção a competitividade __
f) Microcrédito __
g) Nenhum __
6. No seu parecer, quais são os principais factores que influenciam a falência das PME’s
em Cabinda?
a) Falta de melhoria do modelo de governação e gestão estratégica __
b) Ausência de apoios directos ou indirectos do Governo __
c) Catástrofes naturais __
d) Elevadas cargas tributárias __
e) Falta de valorização dos funcionários __
f) Carência de conhecimento do mercado __
LIV