Você está na página 1de 5

Distinga delegação de poderes de delegação de poderes com substituição, delegação

de poderes de suplência. (Página 132/134/139)


A expressão delegação de poderes, ou delegação administrativa, descreve um fenómeno de
partilha do exercício de determinada competência entre dois órgãos: o titular originário da
competência (órgão delegante) e aquele que passa a poder exercer a competência delegada
(órgão delegado). Por outro lado, delegação de podes com a substituição, assim, nos casos em
que a lei habilita o órgão a suceder, temporária ou pontualmente, no exercício das
competência que normalmente, pertence a outro órgão, o órgão substituto exerce como
competência própria e exclusiva os poderes do órgão substituído, suspendendo-se a aplicação
da norma atributiva de competência deste ultimo, artigo 43º do CPA, em caso de omissão da
prática de um ato, pode o órgão para o qual se recorreu substituir-se ao órgão omisso, desde
que a competência não seja exclusiva deste. Por outro lado, a delegação de poderes com
suplência, prevista no art. 42º do CPA. Deste modo, nos casos de ausência, falta ou
impedimento do titular do órgão ou do agente, cabe ao suplente designado na lei, nos
estatutos ou no regimento, agir no exercício da competência desse órgão ou agente, artigo
42º, nº1 do CPA.

Distinga pessoa coletiva de órgão (Página 149)


As pessoas coletivas são dirigidas por órgãos, que tomam decisões em nome da pessoa
coletiva ou manifestam a vontade imputável à pessoa coletiva. As pessoas coletivas é, pois, o
sujeito de Direito, que estabelece relações com outos sujeitos de Direito. Por outro lado, os
órgãos são instituições, são centros institucionalizados (abstratos) de poderes funcionais, a
exercer pelos indivíduos (isoladamente ou reunidos em colégio- respetivamente, órgãos
singulares e colegiais), com o objetivo de expressar à vontade juridicamente imputável à
pessoa coletiva, artigo 20º do CPA.

Distinga competência absolutamente exclusiva de competência relativamente


exclusiva (Página 161/162)
A competência pode ser relativamente exclusiva, quando só esse órgão pode exercer a
competência, mas o superior hierárquico – ainda assim- pode anular, revogar ou suspender os
atos administrativos praticados. Posteriormente, a competência pode ser absolutamente
exclusiva, quando só esse órgão pode exercer, sendo que o superior hierárquico nada pode
fazer, a não ser ordenar ao subalterno que revogue, modifique ou suspenda o ato
administrativo. É de referir que a competência é definida por lei, não se pressupõem.

Distinga vício de incompetência de vício de desvio de poder e respetivas


consequências jurídica (Página 161/172)
A violação das atribuições origina o vicio da incompetência absoluta, cuja consequência é a
nulidade, artigo 161º CPA, ao passo que a violação das competências origina o vicio da
incompetência relativa cuja sanção é a anulabilidade. Por outro lado, o ato administrativo
praticado no exercício do poder discricionário pode padecer de vicio de desvio de poder, que
se trata do vicio típico e característico dos atos praticados no exercício do poder discricionário.
É de notar, que o desvio de poder se verifica quando: a AP não prossegue o interesse publico
legal ou o fim publico não é o motivo principal determinante da atuação da AP.

Distinga reclamação de recurso hierárquico (Página 175)


O recurso hierárquico consiste num modo de impugnação administrativa por via do qual os
interessados solicitam, junto de um órgão da Administração Pública, a revogação, anulação,
modificação ou substituição de um ato administrativo ou, em alternativa e sendo caso disso,
reagem contra a omissão ilegal de atos administrativos em incumprimento do dever de
decisão solicitando a emissão do ato pretendido, artigo 184º, nº1 do CPA. Posteriormente, a
reclamação dirige-se ao próprio autor do ato reclamado alínea a) do nº 1 do artigo 137º, isto
é, coloca-se com a reclamação, a mesma entidade que praticou o ato em condições de rever a
sua anterior decisão, tentando com os fundamentos da reclamação convencê-la de que as
razões que a levaram a decidir num certo sentido não eram as melhores ou as mais ajustadas
à lei. É, muitas vezes, a primeira das soluções que ocorre aos administrados quando
confrontados com um ato administrativo que lhes é desfavorável.

Distinga convocatória de ata uma reunião de um órgão colegial (Página 153/159)


A convocação é a notificação é a notificação deita a todos os membros acerca da reunião a
realizar, marcação, local e ordem do dia. Deste modo, as reuniões são encontros solenes e
formais dos membros do órgão colegial para deliberarem sobre matérias da sua competência.
Assim, as reuniões podem ser ordinárias ou extraordinárias, artigo 23º e 24º do CPA.
Posteriormente, uma vez que as deliberações dos órgãos colegiais a ata é lavrada, ou seja, as
atas são lavradas pelo secretario e submetidas à aprovação dos membros no final da respetiva
reunião ou no início da reunião seguinte, sendo assinadas, apos a aprovação, pelo presidente e
pelo secretario, artigo 34º nº2 do CPA.

Distinga associação de fundação (Página 146)


As associações são formadas por um grupo de pessoas, os seus membros, a quem dizem
respeito os interesses a prosseguir, as quais são chamadas a contribuir, diretamente através de
órgãos por elas eleitos, para a formação de vontade do ente, com vista a gerir o seu
património e a realizar fins públicos para os quais se constituíram. O elemento pessoal é, neste
caso, fundamental. Posteriormente, no que toca às fundações, temos um conjunto de bens
patrimoniais afetos à satisfação de uma necessidade coletiva, que são geridos por pessoas
alheias às que se encontram interessados na realização dos fins da fundação. O elemento
patrimonial é, aqui, fundamental.

*Distinga atribuição de competências e qual o valor do ato quando cada uma é


violada e respetiva consequência. (Página 160)
A atribuição é o fim da pessoa coletiva, sendo definida por lei e sendo de prossecução
obrigatória. As atribuições são, por conseguinte, os fins ou interesses que a lei incumbe as
pessoas coletivas publicas de prosseguir. As atribuições são de prossecução obrigatória.
Relativamente às competências, estas referem-se aos órgãos. As competências são o conjunto
de poderes / deveres ou poderes funcionais, que a lei confere ao órgão para a prossecução das
atribuições das pessoas coletivas publicas das quais fazem parte.

Distinga poder vinculado de poder discricionário (Página 168)


No poder de vinculação, o legislador refere a par e passo qual a atuação do órgão que exerce a
competência, adequando o seu comportamento á lei, pelo que a atuação do agente
administrativo se encontra completamente regulada. Por outro lado, na discricionariedade, o
legislador confere aos órgãos administrativos uma certa margem de manobra, isto é, uma
margem de liberdade de atuação. Neste caso, é dada ao órgão a possibilidade de escolher, de
entre uma serie limitada ou ilimitada de comportamentos, aquele que lhe pareça o mais
adequado, oportuno e conveniente à satisfação da necessidade publica especifica prevista na
lei.
Distinga poder hierárquico de superintendência (Página 166)
O poder hierárquico, diferente da tutela e da superintendência que só existe quando prevista
na lei, o poder hierárquico existe sempre que haja uma relação de hierarquia, e esta,
pressupõem a existência de um vínculo entre dois ou mais órgãos e agentes administrativos;
atribuições comuns e competências diferenciadas; e por fim, um vínculo jurídico constituído
pelo poder de direção do superior hierárquico e pelo dever de obediência do subalterno. Por
outro lado, a superintendência, está prevista no artigo 199º da CRP, trata-se do poder
conferido ao Estado ou a outra pessoa coletiva de fins múltiplo, no sentido de definir os
objetivos e guiar a atuação das pessoas coletivas publicas de fins específicos colocadas por lei
na sua dependência. É o poder de definir a orientação da atividade a desenvolver. A
superintendência não se presume. Os poderes que ela consubstancia são apenas aqueles que a
lei lhe conferir. Posteriormente, a tutela, é o corretivo da descentralização. Trata-se de um
conjunto de poderes de intervenção de uma pessoa coletiva pública na gestão de outra pessoa
coletiva, a fim de assegurar o mérito e a legalidade da sua atuação. A tutela corresponde, a um
poder de controlo da atividade da pessoa coletiva a ela sujeita. As tutelas pressupõem a
existência de duas pessoas coletivas, a tutelar e a tutelada. A entidade tutelar assegura que a
entidade tutelada cumpre as leis em vigor e quando for o caso, garante que sejam adotadas as
soluções convenientes para a persecução do interesse publico.

Como se processa ao desempate da votação num órgão colegial? E aprovação de


uma deliberação por um órgão colegial.
(Página 154)
Para se considerar ter sido tomada uma deliberação, a lei exige que nesse sentido tenha
votado a maioria, que corresponde a mais de metade dos votos. A maioria diz- se simples ou
absoluta, se corresponder a mais de metade dos votos; no caso de acontecer um empate da
votação num órgão colegial este pode ser resolvido de duas formas: pelo voto de qualidade,
trata-se de uma forma de resolver empates nas votações, em que o Presidente participa na
votação com os outros membros e, havendo empate, considera-se automaticamente
desempatada a votação, de acordo com o sentido de voto do Presidente. Ou, pelo voto de
desempate, sendo esta também a forma de resolver empates nas votações procede-se à
votação sem que o Presidente e, havendo empate, o Presidente vota, desempatando.

Caracterize devidamente as duas relações (orgânica e de serviço) que se podem


estabelecer entre os órgãos e os seus titulares. (Página164)
A relação de serviço é a que nasce de um ato jurídico em virtude do qual o agente deve prestar
uma atividade com carater continuado. Desta posição face à AP, ambos tem direitos e deveres
constituem o estatuto do agente, ou seja, é a relação de serviço que se estabelece entre a AP e
o seu agente e é constituída por um conjunto de direitos e deveres recíprocos. Por seu turno,
na relação orgânica verifica-se que, o individuo, uma vez designado, tem que tomar posse.
Após a tomada de posse, passa a ser membro/titular desse órgão. A relação orgânica é,
portanto, a que o agente estabelece com terceiros, ou seja, com outros sujeitos de Direito.

A delegação de poderes pressupõe uma relação de hierarquia entre delegante e


delegado? / “Entre delegante e delegado há sempre uma relação de hierarquia”
A afirmação é falsa. A lei atribui a um órgão a competência normal para a prática de
determinados atos permitindo que esse órgão delegue noutro uma parte dessa competência.
E, de facto, a delegação de poderes pode ocorrer entre dois órgãos da mesma pessoa coletiva,
quer se encontrem numa relação de hierarquia, quer não exista uma qualquer relação de
hierarquia, ou até entre órgãos de pessoas coletivas distintas. Em suma, as delegações de
poderes em algumas situações não pressupõem uma relação de hierarquia, por exemplo
quando a delegação é feita entre órgãos de pessoas coletivas diferentes . (Página 134)
Numa reunião extraordinária por maioria absoluta foi acrescentado um novo
assunto à ordem de trabalhos – comente esta afirmação (Página 156/157)
A afirmação proferida é falsa. A reunião extraordinária tem lugar quando razões de urgência
não permitam esperar pela próxima reunião ordinária. É de notar que apenas podem ser
tratados os assuntos que constam na convocatória, artigo 26º nº1 do CPA. Esta reunião tem
que ser convocadas com, no mínimo, 48 h de antecedência, artigo 24º, nº6. É de notar que
apenas podem ser tratados os assuntos que constam na convocatória, artigo 26º nº1 do CPA.
O presidente é obrigado a convocar reuniões extraordinárias sempre que 1/3 dos vogais o
solicite por escrito, indicando o assunto que desejam ver tratado, artigo 24º nº2; mas se o
presidente não proceder à convocação podem os requerentes efetuá-la diretamente, com
invocação de circunstancias, expedindo a convocatória para os endereços eletrónicos de todos
os membros do órgão, quando aqueles se encontrem registados nos termos estatutários ou
regimentais, ou publicitando-a mediante a publicação num jornal de circulação nacional ou
local e nos locais de estilo usados para a notificação edital, artigo 24º, nº5 do CPA.

“Os órgãos colegiais só podem deliberar quando esteja presente a maioria do


número legal dos seus membros com direito a voto” – será? Qual a razão da solução
legal? (Página 157)
Sim, os órgãos colegiais só podem deliberar quando esteja presente a maioria do número legal
dos seus membros com direito a voto, artigo 29º, n º1 do CPA. Quando não se verifique, na
primeira convocação, o quórum previsto no número anterior, deve ser convocada uma nova
reunião com o intervalo mínimo de 24 horas, artigo 29º, nº2 do CPA. Sempre que não
disponha de forma diferente, os órgãos colegial reunido em segunda convocatória pode
deliberar desde que esteja presente um terço dos seus membros com direito a voto, nº3 do
artigo 29º do CPA. Nos órgãos colegiais compostos por três membros, é de dois o quórum
necessário para deliberar, mesmo em segunda convocatória, nº4 do mesmo artigo do CPA. É
de referir que é proibida a abstenção de membros dos órgãos consultivos e aos membros dos
órgãos deliberativos, quando no exercício das suas funções consultivas, presentes na reunião e
que não se encontrem impedidos de intervir, artigos 20º, 31º nº4 e 69 e ss todos do CPA.

O órgão X, delegante, fez um ato de delegação, assinou-o e, de imediato, o órgão Y,


delegado, começou a praticar atos no âmbito dessa delegação. Além disso, o órgão y,
nunca fez qualquer referência nos atos que elaborou a que está a atuar ao abrigo de
uma delegação – aprecie o ato de delegação e os atos delegados e diga o que se lhe
oferece. (Página 135)
Para haver delegação de poderes, tem de existir um ato de delegação, que é o ato que
concretiza a delegação. O ato de delegação é, pois, o ato pelo qual o delegante permite ao
delegado praticar os seus atos sobre matéria que são da sua competência, sendo que os
requisitos do ato de delegação se encontram previstos no art. 47º CPA. É importante referir a
sua publicação que deve ser efetuada do DR, no Boletim autárquico, consoante o caso e
comutativamente na Internet, no sítio institucional da entidade em causa. É de notar que a
falta de publicação faz com que a delegação seja ineficaz, ou seja, o órgão delegado é
incompetente, ora a prática de atos no âmbito da delegação de poderes, sem que estes
estejam publicados, tais atos podem padecer do vicio de incompetência artigo 47º, nº2 e 159º
ambos do CPA.

Assim, o órgão Y, é incompetente para praticar atos no âmbito da matéria a ele delegado, pelo
órgão X, bem como a falta de referência nos atos que estava a atuar ao abrigo de uma
delegação de poderes feita pelo órgão Y. No enunciado não refere se o ato foi publicado ou
não, no caso de não ter sido publicado nos lugares a esse fim destinado, artigo 158º, nº2 e
artigo 159º do CPA.

Por fim, os atos praticados pelo órgão Y, padecem do vicio de incompetência se não foi
publicado nos termos do artigo 159º do CPA, o órgão em questão também deveria mencionar
que estava a praticar esses atos ao abrigo da delegação de poderes.

Qual a razão que levou o legislador a consagrar no artigo 31.º n.º 1 do CPA que o
presidente do órgão colegial vota em último lugar?
Falar do artigo 31 nº1 e 2º e referir que é para não se saber o sentido de voto do
presidente
Vício de incompetência absoluta de vício de incompetência relativa e respetiva consequência
jurídica. E desvio de poder a respetiva consequência jurídica. (Página 135/161/172)
A incompetência pode ser absoluta ou relativa. Deste modo, a incompetência absoluta advém
da violação de atribuições, pressupondo-se que os órgãos pertençam a pessoas coletivas
diferentes, o que gera, portanto, a nulidade – art. 161º, nº2 alínea b) do CPA. Posteriormente
a incompetência relativa advém da violação de atribuições, pressupondo-se que os órgãos
pertençam à mesma pessoa coletiva, e gera anualidade. Por outro lado, o ato administrativo
praticado no exercício do poder discricionário pode padecer de vicio de desvio de poder, que
se trata do vicio típico e característico dos atos praticados no exercício do poder discricionário.
É de notar, que o desvio de poder se verifica quando: a AP não prossegue o interesse publico
legal ou o fim publico não é o motivo principal determinante da atuação da AP. Então o ato
pode padecer de vicio de forma, vicio de procedimento, vicio de incompetência ou o vicio da
violação da lei.

Quórum de funcionamento de quórum deliberativo (Página 153)


Quórum de funcionamento, é a percentagem mínima de presenças em relação ao número
total do órgão. Por outro lado, o quórum deliberativo, que é o número mínimo de votos dos
membros presentes na reunião para que uma deliberação seja aprovada.

Você também pode gostar