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Modelos e Métodos de Foca-se, então, em diminuir sintomas,

transformar patologias e distúrbios mas


Intervenção Psicológica não só! É importante notar que a
Intervenção Psicológica não serve só para
Etapas da Intervenção Psicológica: resolver algo não normativo no cliente,
mas também para melhorar e potenciar
1. Pedido de Apoio Psicológico
certas capacidades e competências para
2. Avaliação Psicológica
então melhorar a qualidade de vida do
a. procedimentos e técnicas
cliente.
diversas
b. acordo do cliente Para o fazer são utilizadas técnicas e
3. Resultados da avaliação que modelos ajustados para determinadas
indicarão: situações. A ação por parte de um
a. não haver necessidade ou psicólogo é lidar com as questões e
b. encaminhamento para problemas de um cliente. A seleção da
outros profissionais ou intervenção é guiada pela natureza do
c. necessidade de intervenção problema, a orientação do psicólogo, o
psicológica. ambiente e a disposição e capacidade do
cliente para prosseguir com a
É muito importante ter uma Avaliação
intervenção psicológica.
Psicológica rigorosa e cuidada devido ao
facto de poder anteceder uma Intervenção Estrutura Geral do Role Play
Psicológica! Se não há problemas não é
relevante prosseguir para uma Intervenção 1. Fase de Abertura
Psicológica porque ao fazê-lo pode surgir a. Cumprimento e trato
algo não normativo que não estava antes b. Socialização inicial
presente no cliente por se ter aplicado c. Sumarização da outra
diferentes instrumentos desnecessários. sessão para esta
d. Apresentação da agenda de
O que é a Intervenção Psicológica?
trabalho
O momento onde há um processo e. Pedir o acordo do cliente
(conjunto de etapas - instrumentos 2. Fase Intermédia
fornecidos para atingir o objetivo do a. Aplicação da técnica:
cliente) que vá provocar mudança. racional e exercício da
Qualquer ação destinada a interferir e técnica
interromper ou modificar um processo, b. Pedir feedback ao cliente
como no tratamento realizado para 3. Fase Final
interromper, controlar ou alterar o curso a. Sumarização da sessão
do processo patológico de uma doença ou b. Trabalho de casa e/ou ponte
distúrbio. para a sessão seguinte
c. Agendamento da seguinte
sessão
um sintoma ou manifestação externa que
★ Competências Verbais indica que a pessoa tem problemas por
○ Mum..mum; pois; estou a resolver (psicopatologia)
ver; compreendo
○ Silêncios;
○ Clarificar;
○ Reformular;
○ Sumarizar;
○ Linguagem colaborativa
(nós...);
○ Humor;
★ Competências Não Verbais
○ Postura corporal;
○ Gestos;
○ Expressão facial;
○ Sorriso;
○ Olhar intermitente;
○ Movimentos faciais
afirmativos

Funcionamento psíquico segundo Freud


A psicopatologia revela, então,
Proposta integrada pelos psicanalistas conteúdos do inconsciente
mais atuais propõe que a mente está ★ objeto de crítica a Freud
organizada em 3 níveis ○ Freud salienta que muitas
★ consciente (à superfície) das perturbações têm a sua
★ pré-consciente (entre os 2 níveis) origem nas primeiras
○ conhecimento armazenado experiências de vida do
★ inconsciente (mais profundo) indivíduo (ex: sexualidade,
complexo de édipo); Uma
Pressupõe-se que no ser humano há uma situação traumática não
tendência para evitar a dor e o ocorre só na infância
sofrimento e que muitas vezes usamos (momentos de fase oral,
mecanismos (na maioria das vezes anal, fálica)
disfuncionais) para tentar diluí-la - ○ Problema nos estágios ⇔
relação objetal. problemas no
desenvolvimento adulto
Nem todos os mecanismos de defesa são
■ lado determinado
maus, usamo-los para nos proteger de
do Freud
forma imediata. Acontece que quando a
★ Bowlby informa-nos que o tipo de
dor não é vivida vai ficar armazenada no
vinculação nos fornecida vai-nos
inconsciente. Segundo este modelo, mais
dar os primeiros modelos internos!
tarde ou mais cedo o conteúdo vai gerar
= alicerce inicial que vai ser o estilo Para se ser psicólogo terapeuta tem que se
intra e inter pessoal ao longo da fazer uma formação específica - uma delas
vida é o modelo psicanalítico. Psicólogo tem
que se sujeitar a uma psicanálise para
Estrutura da personalidade segundo
assim ser psicoterapeuta.
Freud
★ importância dos conflitos Objetivos da terapia (o que pretendemos
psicossexuais atingir e mudar na pessoa) (permite-nos
★ Importância das primeiras saber quando é que o cliente chegou ao
experiências vida objetivo)
★ Princípio do prazer - ★ trazer à consciência os conteúdos
Determinismo e ponto de vista inconscientes
genético - Alguns conteúdos são ○ todas as memórias,
mantidos fora da consciência pensamentos, sentimentos,
(repressão) - Mecanismos de acontecimentos que estão
defesa/ Defense process armazenados no nosso
inconsciente (pelos
★ Id
mecanismos de defesa)
○ ligada aos conteúdos
■ importante porque a
inconscientes
pessoa vai poder
○ vontades sexuais agressivas
elaborar e aliviar os
○ regem-nos pelo princípio
sintomas que tem
do prazer individual
na “raiz”
★ Super-Ego
○ Fortalecer o ego
○ funcionamento moral
■ o indivíduo tem que
○ educação, formação que
ser capaz de gerir
vamos tendo para funcionar
bem os impulsos,
em sociedade
vontades e desejos
○ capacidade de aprender
que vêm do id + as
normas, respeitarmos o
moralizações, por
outro, normas sociais, etc
vezes, rígidas do
★ Ego
superego + ego forte
○ parte da nossa
para que haja
personalidade que gere o
equilíbrio
nosso Id e Super-Ego de
○ Desenvolvimento e
forma a conseguir
resolução da transferência -
adaptar-me à minha
■ processo relacional
realidade mas também à
que vai ocorrer
realidade que é a sociedade
entre o cliente e o
em que estou inserido
psicoterapeuta
Psicanálise ■ fundamental que
exista e se resolva
para poder capaz de reviver as
transformar os memórias anteriores
modelos internos ○ analista tem postura mais
objetais neutra, não pode ser muito
○ Transformar os modelos expressivo (atenção
internos objetais flutuante - de vez em
■ cliente transfere quando fazer algum
submissão ao incentivo, observação, etc)
psicoterapeuta
■ modelo de relação Indicações Clínicas (quando é que o
que deve ser modelo pode ser utilizado para a
utilizado: intervenção
interpessoal
★ ego minimamente estruturado e
corretivo (numa
com alguma capacidade de insight
relação terapêutica
★ Neuroses (angústia; fobias,
tem que haver
Obssessivas)
incentivo à
★ Contra-indicações para ausência
autonomia
de um ego integrado
rejeitando a
submissão do Fases do processo terapêutico (momentos
cliente) - voto de que podem ocorrer em intervenção)
confiança,
autonomia e ★ Fase de abertura
autodeterminação. ○ perceber se somos a pessoa
Se o cliente errar ideal para ajudarmos o
lembrar que se cliente, etc
aprende com erros, ★ Desenvolvimento da transferência
não tem que haver ★ Trabalho analítico
uma submissão ○ com técnicas
★ Resolução da transferência
Estrutura da Terapia (individual) ○ quando se resolvem os
conflitos internos com a
★ 50 minutos; 4 vezes por semana (o
resolução da própria
mais prático e normalizado é 1x
transferência
por semana)
○ elaborar e ressignificar as
★ Paciente no divã
causas e responder ao para
○ Terapeuta fora da visão do
quê esta experiência
paciente
○ conseguir perceber o que
★ Analista com atitude neutral e
sentimos, de onde vieram
atenção flutuante
as dificuldades,
○ mais livre, sem ver as
tornarmo-nos mais
expressões do terapeuta, ser
consciente de nós mesmos ★ Psict. Breve Provocadora de
e das nossas vidas, Ansiedade (Sifneos, 1987)
autoconhecimento muito ★ Psict. De Tempo Limitado (Mann,
maior que nos permite 1973)
olhar para o que vem a ★ Psict. Dinâmica de Tempo
seguir de forma mais Limitado (Strupp e Binder, 1984)
esperançosa e mais ★ Psict. Breve de Orientação
preparada para as Dinâmica (Davanloo, 1980)
adversidades
Características
Técnicas Terapêuticas ★ Origem na psicanálise clássica
★ Base teórica e métodos centrais
★ Associação livre de ideias
psicanalíticos
○ + utilizado
★ Influência dos processos
○ para deixar fluir livremente
psicológicos internos
os seus pensamentos sem
★ Processos psicológicos
receio de o fazer (sem
inconscientes
autocrítica)
★ Exploração
■ libertar afetos,
reflexiva/auto-consciência
pensamentos =
★ Significado da experiência
conteúdos
★ Transferência
inconscientes
○ como processo relacional
★ Transferência
para a mudança no
○ técnica/método/processo
contexto terapêutico
terapêutica que induz a
★ processos internos e inconscientes,
mudança na pessoa
se não os trouxermos à consciência
○ desejos do inconsciente se
vai formar a psicopatologia
atualizam sobre
★ relevância aos 1ºs anos de vida tal
determinados objetos no
como o modelo básico
quadro da relação analítica
com o terapeuta Objetivos
★ Hipnose melhorar e remover os sintomas,
★ Análise e Interpretação dos sonhos mudanças de algumas características da
personalidade, resolver conflitos internos,
Terapias dinâmicas breves
exploração das dificuldades (origem),
Também são psicodinâmicas mas têm empenhar o paciente no processo de
características diferentes. São várias as mudança e estabelecer objetivos muito
terapias dinâmicas breves: específicos enquanto que num processo
★ Psicoterapia Focal (Balint e col, analítico clássico o trabalho vai sendo
1972) elaborado à medida que o trabalho vai ser
★ Psicoterapia Breve (Malan, 1963, feito, aqui vai-se ter objetivos + específicos
1976 e Worberg, 1980)
Por ser uma terapia mais breve não está Contra-indicações
indicada para todo o tipo de problemas, é ★ Psicoses, depressões graves
um tipo de psicoterapia que está ★ Perts. graves de personalidade e
recomendada para estes 3 cenários dependência
possíveis ★ Comp. destrutivo e autodestrutivo
★ Conflitos internos ou intrapessoais ★ Uso de substâncias e perts.
○ angústias internas dos somáticas
vários tipos; “estou ★ Baixa tolerância frustração
perdido”, “não sei para ★ Falta de motivação
onde ir”, sem
Ter em atenção que é uma terapia muito
estabelecimento de
diretiva e muito causadora de desconforto
objetivos
nas consultas porque vamos tentar
★ Crises de desenvolvimento (luto,
desbloquear ou evocar acontecimentos
separação)
internalizados no inconsciente
○ num processo de
desenvolvimento do ciclo Critérios de Prognóstico
vital normativo vamos ter ★ Identificação queixa principal
sempre crises, perdas (não ★ Hist. relação significativa
tem que ser um objeto ★ Interação flexível / preocupação
físico; ex: sonho/fantasia - outros
acontece muito na crise de ★ Capacidade reflexão e insight
meia idade), rejeições que ★ Motivação mudança e
têm que ser vistas como responsabilidade
normativas no ★ Humor e rede de suporte
desenvolvimento da vida
pelo cliente Preparação para Terapia
○ para não passarem a ser ★ Avaliação 1 ou mais sessões
disfuncionais e patológicas ○ queixa principal
na vida deste temos que as ○ história de vida (relações
processar e as integrar passadas significativas)
★ Pert. pós-traumáticas sem ○ modelo psicodinâmico é
complicações fundamental conhecer a
○ situações onde a pessoa história passada da pessoa!
viveu um trauma que não ○ marcos afetivos e
tenha no presente grandes desenvolvimentais mais
complicações relevantes
○ que não implique ★ Início após identificação foco
desrealização, flashbacks, ○ foco dinâmico é o que o
etc quando é muito intensa psicoterapêuta identifica,
e isto acontece não vamos elabora e devolve à pessoa
utilizar esta terapia ★ Estabelecimento tempo limite
○ máximo de 12 sessões aquilo que precisa de
★ Consulta inicial pode ser manter contacto (algo do
terapêutica passado)
○ a própria consulta em si já
Considerações Gerais
pode ser terapêutica, ou
★ Tolerância emoções fortes:
seja pode permitir a
terapeuta e paciente
mudança na pessoa
★ Desafio a defesas bem
Porque se fez estas terapias? Para se dar estabelecidas
uma resposta mais rápida a um maior ★ Sentimentos negativos dirigidos
número de pessoas, o que significa que terapeuta
pode não ser aplicável a todo o tipo de ★ Contraste com exploração analítica
casos como já foi dito antes. clássica
○ normal ter rupturas e
Foco dinâmico
descontinuidades por isso o
★ Não é o mesmo que a queixa do
psicólogo tem que estar
paciente mas sim uma hipótese
atento a isto
psicodinâmica que o terapeuta
○ paciente pode transferir
levanta
sentimentos negativos ao
○ o paciente pega na queixa e
terapeuta devido aos
vai explicar à pessoa a
conteúdos fortes na
origem (hipótese
consulta (necessário aliança
psicodinâmica: está-se a
terapêutica para isto não
sentir assim porque x no
ocorrer)
seu passado x e vai fazê-lo
sentir dessa maneira) Contrato Terapêutico
○ tem que ser circunscrito e ★ Estabelecido durante a avaliação
mantido ao longo das ★ Salienta o foco dinâmico: terapeuta
sessões (máx. 12) expressa a sua compreensão
★ Hipótese psicodinâmica dinâmica e é devolvido ao cliente
(relaciona experiência atual com ★ Limite de tempo
experiências passadas) ★ Sessões semanais
★ Tem de ser circunscrito ★ Total 12 sessões
★ Mantido durante o tratamento ★ Identificação última sessão
★ Estabelecido entre terapeuta e ★ Setting: face a face
paciente
○ essencial o terapeuta não Só vamos começar a fazer o desafio das
perder “o fio à meada” e defesas se a aliança estiver bem definida
focar-se e manter este foco (paciente confortável e confiante no
○ propor um limite e fazer contexto terapêutico). Para tratar da ferida
com que o cliente vai se necessário doer primeiro.
mantenha contacto com
Aliança Terapêutica ○ Padrões de relações
★ Pré-requisito para o trabalho manifestam-se na
★ A força da aliança será testada transferência
★ Terapeuta defronta das defesas ○ Triângulos: diagramas dos
★ Transferência dá corpo a processos inconscientes
sentimentos negativos que fixam e mantêm o
★ Base segura conflito através dos anos
★ Paciente explora ansiedade e ■ Triângulo do
conflitos interno Conflito
★ Recomendações ao terapeuta Conflito dinâmico associado a um
sentimento escondido cuja expressão gera
Técnicas
ansiedade relativa às consequências
★ 1. Desafio das defesas (pode gerar
fantasiadas que as defesas operam de
muito desconforto e ansiedade no
modo a tornar o conflito inconsciente.
cliente porque vai obrigar a pessoa
Conflito dinâmico que está ligado a um
a direcionar-se para as suas
objeto escondido que vai causar ansiedade
fragilidades)
ligado às fantasias
○ Técnica de Sifneos
■ confronto repetido
por parte do
terapeuta sem fazer
interpretação nem
explicação de
fatores
■ Triângulo da
inconscientes
Pessoa
■ apenas perguntas
Representa a interação entre a perceção do
que o terapeuta vai
paciente em relação a figuras
fazer que tem como
significativas da vida passada, e atual,
finalidade libertar
incluindo o terapeuta como figura de
memórias e
transferência.
sentimentos para
haver uma maior
exploração
○ Técnica Davanloo
■ terapeuta já
interpreta
★ 2. Análise Reconstrutiva
○ Compreensão do paciente
■ Triângulos
dos conflitos internos
Combinados
○ Relação do conflito com as
Representa uma ligação do aspeto
suas relações actuais e
conflitual ao aspecto relacional
passadas
1. “Representa a tendência inerente
do organismo para desenvolver
Modelos Humanistas
todas as suas capacidades de modo
a que a pessoa se mantém em
ideias chave destes modelos humanistas
crescimento” (Rogers, ‘59)
1. Comportamento pode ser
2. a pessoa tem sempre potencial de
compreendido apenas em termos
crescimento mesmo em situações
subjetivos;
dolorosas
2. Apreensão subjetiva da realidade
(realidade não existe); Supremacia da Experiência Subjetiva
3. Pessoas têm a capacidade de 1. O comportamento de uma pessoa
determinar seu próprio destino; para ser compreendido tem que ser
4. Pessoas são livres - feita referência à interpretação
autodeterminação subjetiva que a pessoa faz dos
5. Pessoas são inerentemente boas e acontecimentos
procuram a perfeição 2. A pessoa reage de acordo com a
sua impressão do que está a
terapia centrada no cliente acontecer
Carl Rogers e a Natureza Humana 3. cada pessoa para ser entendida tem
Ser humano tem capacidade de decisão, é que haver interpretação subjetiva
livre da sua situação
1. capaz de decidir como reagir a a. terapeuta põe-se no lugar
certos acontecimentos do cliente [empatia]
Tem um movimento instintivo em direção
Auto-Conceito
a uma realização construtiva
auto-conceito é diferente de auto-estima
2. aprendizagem contínua de
1. auto-conceito: fruto das nossas
desenvolvimento
experiências sociais (de
O indivíduo é percebido como único:
interação/socialização: depende da
complexidade que não se compreende com
atitude das pessoas significativas
sistemas de diagnósticos
para a pessoa); ideia que tenho de
O Self está disponível à consciência da
mim
pessoa
a. temos um maior
3. não se usa o termo ego, mas sim
auto-conceito quanto mais
Self
nos conhecermos (mesmo
Pessoa naturalmente boa
aspetos negativos)
Natureza humana não tem limites para o
2. auto-estima: valor que atribuímos
desenvolvimento
àquilo que somos
Conceitos Fundamentais b. Elementos fundamentais
no desenvolvimento do
Tendência para a Auto-Atualização
auto-conceito:
i. Necessidade de 1. ...porém sublinha situações onde
atenção positiva pode ocorrer a perturbação
ii. Aprovação da parte Psicopatologia ocorre quando o self está
dos outros incapaz de se defender contra experiências
iii. Apoio incondicional ameaçadoras (situações externas) e de de
3. passamos a ter grande insight e mobilizar recursos para se defender e agir
consciência dos nossos pontos a. A manutenção de uma
fortes+fracos baixa auto-estima e de uma
a. auto-estima já não é assim baixo auto-conceito
tão relevante, pois se tiver geralmente é sinal de
uma grande auto-estima já alguma perturbação
pode ser sinal de b. como já visto, o
psicopatologia auto-conceito>auto-estima;
b. então.. auto-conceito > o próprio auto-conceito vai
auto-estima permitir ter uma maior
i. auto-conceito auto-estima mais
significa equilibrada
conhecer-me 2. Ocorre quando existe um grau
melhor, um maior elevado de incongruência entre o
insight e self e a experiência
corresponde à iii. há uma dissonância
realidade iv. acontece quando
ii. auto-estima algo que fazemos
significa que pode não vai de acordo
não corresponder à com os nossos
realidade e pode ser valores
indicadora de
dissonância
psicopatologia
-> aquilo que esperamos o outro ⇎ aquilo
Como o auto-conceito depende muito da que o outro faz: existe uma incongruência
interação, podemos podemos construir que vai resultar em sofrimento
inicialmente uma imagem de nós mesmos -> são experiências desenvolvimentais! -
consoante a opinião dos outros, porém ao “quando nós nos desiludimos com alguém
conhecermo-nos melhor (insight) já vamos temos que nos alegrar porque estamos
conhecendo os nosso próprios pontos mais iluminados e mais perto da verdade”;
fortes e fracos. vai-nos ajudar a saber lidar com situações
futuras ou com a própria pessoa
Conceptualização da Perturbação
4. Dificuldade em contactar com o
neste tipo de terapia não há diagnóstico!
seu real EU (self), por necessidade
há um abandono da nosografia
de ganhar aprovação dos outros,
acabando por deixar de escutar a ii. confiar na intuição,
experiência do seu organismo ouvir e dar espaço
a. A pessoa continua a àquilo que o nosso
depender do julgamento organismo vai
dos outros formulando; os
chamados “sinais”
↳ Isto resume a razão pela qual esta
d. Liberdade
terapia vai gerar sofrimento na pessoa!
i. Sentido de
Porém é um sofrimento necessário.
responsabilidade
Conceito de Pessoa Totalmente das suas decisões
Funcionante ii. tem livre-arbitrio
mais o sentido de
conceito criado por Carl Rogers, um dos responsabilidade
pais da psicologia positiva das nossas decisões,
1. sublinha o que querem atingir na não culpando o
terapia com a pessoa lopus externo
5. uma pessoa para atingir o seu e. Criatividade
potencial tem que… i. Capaz de se adaptar
a. Abertura à experiência e produzir ideias
i. Ouvir a si mesmos e ii. muito valorizado
aos outros nesta terapia
ii. receber cada iii. importante utilizar
experiência com todo o potencial
ensinamento, criativo
integrando as
experiências Características globais da Terapia
negativas e positivas
1. Confiar no cliente para escolher a
b. Capacidade de viver
direção do processo // terapeuta
completamente
muito pouco diretivo
i. Aproveitar cada
2. Afastamento do diagnóstico e
momento da
interpretação; opção pela escuta
existência na sua
3. O cliente tem recursos para se
sua totalidade
auto-compreender, num clima de
ii. todos os momentos
atitudes facilitadoras
são transições
4. Ênfase na relação, baseada na
c. Confiança no organismo
aceitação e clarificação
i. Não deixa que as
5. Ênfase no mundo interno do
decisões sejam
cliente e na relação com o
conduzidas
terapeuta
externamente
a. Termo cliente: ser humano c. Clientes que parecem beneficiar
responsável e não objeto a com esta terapia:
ser tratado i. Fortemente motivados,
6. Valorização modo ser terapeuta para enfrentar sentimentos
dolorosos
Objetivos da Terapia
ii. Comprometidos com a
1. Estabelecer uma relação – para a mudança
pessoa possa enfrentar o desafio iii. Que querem confiar
que o autoconceito é sujeito. iv. Que são mais flexíveis, com
Através da relação terapêutica perspetiva de
ilumina-se o cliente (que vai guiar auto-desenvolvimento
o processo) d. Ao selecionar clientes perguntar:
a. Terapeuta não se foca nos i. Cliente quer a mudança?
problemas e sua solução, 1. importante, pois, o
mas na relação cliente tem que
b. Envolvimento completo do estar disposto a
terapeuta – se necessário fazer alterações no
revelar as suas fraquezas e seu funcionamento
forças para atingir o seu
c. O terapeuta deve ter como objetivo
primeiro objectivo sentir e ii. Está preparado para
experienciar o mundo como partilhar e trabalhar em
o cliente o vê conjunto?
d. Objectivo final da terapia: iii. Deseja entrar em contacto
pessoa se torne totalmente com os seus sentimentos?
funcionante
Qualidades de um terapeuta
Critérios de seleção de clientes
Este modelo propõe que o próprio
a. Eficaz com clientes com diferentes terapeuta procure tornar-se de uma
características/dificuldades determinada forma para que o processo de
b. Clientes com menos probabilidade intervenção flua da melhor maneira
de serem ajudados nesta terapia: 1. Não recorrer a rótulos e
i. indivíduos com atitude diagnósticos
rígida, que procuram a. subjetividade
certezas e terapeutas que 2. Não conquistar a confiança
dirijam demonstrando a sua perícia
ii. Indivíduos extremamente psicológica
racionais, com dificuldade a. evitar atitude arrogante
em enfrentar sentimentos b. somos uma pessoa com
iii. Indivíduos que recorrem ao determinadas
lopus externo características e que vamos
disponibilizarmo-nos de O processo terapêutico
forma genuína para ajudar
estratégias e técnicas
o indivíduo
1. não há técnicas nem estratégias
c. Ser ele próprio – genuíno
a. há quem diga que a própria
3. Grande aceitação de si mesmo
relação terapêutica é a
a. ter uma boa base de
técnica/motor de mudança
autoconhecimento para
b. abordagem totalmente
depois poder ser genuíno
baseada na comunicação
(verdadeiro, congruente,
momentos da terapia
etc)
1. Estabelecimento do “Rapport”
4. Ser congruente
a. relação de trabalho, relação
a. implica que o nosso
terapêutica
discurso verbal está em
b. apenas quando o cliente
sintonia com a
vivencia no nível mínimo
comunicação não verbal
este Rapport - porto seguro,
5. Empático
onde sabe que não vai ser
a. compreensão sem
julgada
julgamento, colocarmo-nos
2. Expressão livre de sentimentos da
no lugar do outro
parte do cliente
6. Ter perceção do seu próprio
3. Reconhecimento e aceitação do
desenvolvimento
cliente do seu self espontâneo
A relação terapêutica a. quando a pessoa está capaz
de forma aberta, sem
a base, o porto seguro, que vai permitir
julgamento, sem crítica, de
que a própria mudança no cliente ocorra,
se aceitar a si própria no
para ser realmente terapêutica tem que ser
seu todo
construída entre 1 profissional e 1 cliente
4. Processo de tomada de decisão e
+ 1 contexto de trabalho (setting)
escolhas responsáveis
1. Autenticidade, congruência e
5. Aquisição do insight
genuinidade
a. 3+4+5 podem ocorrer ao
2. Aceitação incondicional positiva:
mesmo tempo
aceitar a forma como o cliente se
vê no presente
insight: consciência dos meus próprios
3. Compreensão empática: o mais
problemas, etc que tenho de resolver;
possível de como o cliente de vê a
depois sou capaz de agir
si mesmo e ao mundo
4. Atitudes demonstradas através de 6. Desenvolvimento da
verbalizações, postura, expressão independência
facial, sorriso a. necessário
a. sempre com uma atitude de obrigatoriamente ter
não julgamento!
insight para se estar neste 6. Abandonar imagens sociais e
nível papéis em que o sujeito se refugia
7. Comunicação profunda e autêntica
Condições necessárias à mudança
8. Mudança de cada um e na relação
1. Duas pessoas estarem em contacto
com o outro
psicológico
9. Promove a evolução pessoal
a. terapeuta e cliente
10. Abandonar imagens sociais e
estabelecem relação
papéis em que o sujeito se refugia
genuína
11. Comunicação profunda e autêntica
2. A primeira pessoa, o cliente, estar
12. Mudança de cada um e na relação
em estado de incongruência,
com o outro
ansiedade
13. Promove a evolução pessoal -
3. A segunda pessoa, o terapeuta,
Grupos constituídos por 10 a 20
estar congruente e integrado na
pessoas
relação e ouvir a pessoa
14. Expressão livre de sentimentos,
4. O terapeuta deverá proporcionar
emoções e reações em relação aos
atenção positiva incondicional ao
outros
cliente
15. Trabalho no “Aqui e Agora”
5. O terapeuta deverá experienciar
16. Dois terapeutas – com papel de
uma compreensão empática do
facilitadores que se implicam na
mundo interno do cliente
vida de grupo
6. O cliente deverá perceber esta
compreensão empática e atenção o próprio grupo passa por fases (não
positiva num nível mínimo necessário saber as fases)

mudança ocorre quando a pessoa percebe


terapia da Gestalt
o seu valor e “faz a sua própria terapia”,
É uma terapia humanista com influências
não ser crítica, aceitar-se, ser empática,
da terapia centrada no cliente (C. Rogers).
aceitar as suas dimensões
Trata aquilo que é subjetivamente
grupos de encontro sentido no presente, também aquilo que
é diretamente observado, ou seja, uma
1. começaram a ser implementados maior preocupação com processo: com o
nos EUA pela filha de Carl Rogers que está a ser vivido e a forma como os
- Natalie Rogers. fenómenos se vivenciam no presente.
2. O terapeuta não orienta a evolução 1. Teoria de Campo
do grupo Relevância dos diferentes campos onde os
3. O terapeuta facilita a expressão e fenómenos se manifestam - ex: como é que
comunicação, oferece a esta experiência se manifesta no presente?
compreensão empática sem a. Descreve o campo no qual o
interpretação acontecimento é
4. Clima tolerante e acolhedor vulgarmente uma parte
5. Expressão de dificuldades
b. Campo: todo no qual as d. Assim, justifica-se o uso do
partes estão relacionadas e diálogo na terapia da
reagem umas às outras gestalt
c. A pessoa no seu espaço de 4. Teoria da Mudança
vida constituiu um campo Incentiva a genuidade de forma a manter
d. Aqui e agora inclui contacto genuíno com as nossas situações
resíduos do passado: não resolvidas para vivermos de forma
postura corporal, hábitos, genuína também.
crenças a. Mudança não ocorre
e. Não podemos compreender quando se tenta fazer de
o comportamento forma coerciva, mas
individual fora do seu quando a pessoa no devido
contexto tempo se torna no que
2. Perspetiva Existencial realmente é.
Muito forte na terapia de Rogers: dá b. É a consciência e o
significado à nossa existência. Não há contacto que levam à
realidades estáveis ou objetivas - toda a mudança espontânea e não
gente experiência subjetivamente os uma mudança forçada
acontecimentos
Objetivos da Terapia
a. Foca-se na existência das
➔ Promover no cliente a consciência:
pessoas, nas relações que
das suas competências e
mantêm e nos
necessidades, conhecimento do
prazeres/sofrimentos
meio, responsabilidade nas
experienciados
escolhas...
b. Não há realidades
➔ Ênfase na experiência direta e na
exteriores estáveis: cada
experimentação (fenomenologia)
indivíduo cria o seu
➔ Uso do contacto direto e da
significado
experiência pessoal
3. Diálogo
(existencialismo) – o terapeuta
Enquanto na perspetiva psicodinâmica
pretende que os clientes explorem
utiliza-se o termo “transferência”, na
e observem diretamente os seus
teoria de Gestalt utiliza-se o termo
bloqueios
“contacto” = aceder à sua própria
➔ Ênfase nos conceitos do campo: O
existência de forma mais genuína possível.
Quê e Como e Aqui e Agora –
a. Relação entre terapeuta e
terapeuta tenta resolver o campo
cliente: muito importante
mal organizado e a figura
b. Contacto: experiência entre
emergente (quer chorar agora?)
o eu e o não eu
➔ “O passado já não é, e o futuro
c. O eu só tem significado na
ainda não é. Somente o agora
relação com os outros
existe” Pearls
➔ Pretende-se que os clientes pessoais, só responde às
adquiram ferramentas para imposições sociais, vontades
resolverem os problemas, externas dos seus significativos, etc
aumentando a sua auto-regulação 2. é o mecanismo neurótico pelo
A razão pela qual temos assuntos qual incorporamos em nós mesmos
inacabados é porque mesmo já tendo normas, atitudes, modos de agir e
passado x tempo, continuamos a olhar pensar, que não são
para o problema como se ainda verdadeiramente nossos. Na
tivéssemos no contexto onde ocorreu -> introjeção colocamos a barreira
esquecemo-nos que agora temos novas entre nós e o resto do mundo tão
capacidades, maturidade e novos dentro de nós mesmos que pouco
contextos. sobra de nós
Projeção
Saúde psicológica VS patologia
1. inverso da introjeção, onde o
Dificuldade em relacionar-se consigo
sujeito atribui ao meio externo a
mesmo ou com o meio => intervenção
responsabilidade daquilo que é de
psicológica. A patologia ou disfunção
origem interna
ocorre quando o processo “emergência da
2. pessoa que está a projetar não pode
necessidade-satisfação da necessidade” é
distinguir satisfatoriamente entre
interrompido, que acontece por falta
os mundos interior e exterior
da tomada de consciência
3. visualiza no mundo exterior
➔ a percepção do sujeito que se
aquelas partes de sua própria
encontra com impedimentos,
personalidade com as quais se
bloqueios e certas dificuldades em
recusa identificar = projeta no
relacionar-se consigo e de
outro
interação com o meio, ocorrendo o
4. coloca no meio dimensões internas
processo de repetição e
que não quer aceitar
cristalização
Retroflexão
1. pratica em si ações que gostaria
Mecanismos de interrupção (não
que os outros lhe fizessem ou ações
necessário saber de cor para a freq)
que gostaria de realizar aos outros
bloqueiam a tomada de consciência e
Egotismo
impedem o contato com o ambiente e com
1. o sujeito volta a atenção para si
a satisfação da necessidade; semelhantes a
mesmo, promovendo uma
mec. de defesa (psicanalítico- indivíduo
autonomia, valorizando-se e
utiliza consigo próprio na sua consciência
criando resistências para evitar de
ou inconsciência)
entrar em contato com o meio.
Introjeção:
Deflexão
1. o mundo exterior invade a pessoa
1. o sujeito passa a evitar o contato
de tal forma que deixa de
ou a própria “awareness”, ou seja,
identificar, de ter consciência e de
praticando a fuga e a esquiva do
poder responder às necessidades
processo contínuo de ➔ Terapeuta partilha as suas
conscientização observações, reflexões-
2. evitamento da ação que tem que self-disclosure
fazer = muito prejudicial porque ➔ Avaliação Clínica
evita contacto com meio externo e ◆ o que se observa
fica limitado no que toca ao ◆ o que sentem em termos
potencial afetivos e corporais
3. ex: medos ◆ feedback do que os outros
Proflexão possam observar do
1. fazer pelo outro só por um ganho paciente
secundário (aproveitar-se do outro) ➔ Valorização do presente
2. acontece uma forma mista da ◆ situações inacabadas e
própria resistência, ou seja, há uma problemas não resolvidos
junção de dois mecanismos, a do passado emergem no
projeção e a retroflexão, significa presente, podendo assim
que o sujeito faz ao outro o que ser completadas e
gostaria que o outro fizesse ao assimiladas
sujeito. ➔ Finalização do processo
Conflitos entre polaridades e Assuntos ◆ aumento da auto-estima e
por resolver (unfinished business) do auto-conceito
1. Também são considerados ◆ aumento do insight e
processos importantes, que consciência
bloqueiam a tomada de ◆ bom contacto com o meio
consciência e a satisfação das envolvente
necessidades e produzem
Técnicas Terapêuticas (para aumento da
disfunção Ou seja existem
consciência)
diferentes partes da pessoa que
Muito recomendadas para todo o tipo de
+precisam de ser integradas e a
problemas intrapessoais e interpessoais; é
disfunção emerge precisamente na
preciso ter em atenção que às vezes são
ausência dessa integração.
aplicadas simultaneamente:
Processo terapêutico 1. Focalização:
Valoriza-se a observação clínica - a. Toda a sua atenção no aqui
movimentos corporais do cliente trazem à e agora - imaginar a
deriva como ele se está a sentir no situação no momento
momento presente. presente (objetivo -
➔ Tratamentos podem ser longos – efervescência emocional)
vai além do alívio sintomas – há b. Focar atenção em algo;
intervenções mais breves c. O que está a experienciar
➔ Consultas com periodicidade neste momento em relação
semanal; 45m sessão a...?
2. Representação:
a. Por sentimentos e 4. Fantasia Guiada
pensamento em ação a. Experiência do passado no
b. Cadeira vazia aqui e agora, visualizando-a
i. utilizado em
Técnicas Terapêuticas (de Integração)
conflitos
1. Toda a nossa existência é feita de
interpessoais em
irregularidades, temos que integrar
situação não
os 2 lados - o bom e o mau -, temos
resolvidas
que convidar a pessoa a imaginar a
c. Duas cadeiras
situação numa diferente ótica
i. trazer ao momento
daquela que a pessoa vê
presente a pessoa
2. Imaginar o contrário de tudo
que teve um conflito
aquilo que acredita que é verdade
e perguntar “o que
3. Expressar sentimentos positivos e
gostava de lhe
negativos sobre a mesma pessoa
dizer? de lhe
4. Objetivo de flexibilizar a pessoa
questionar? o que
acha que acha que Técnicas Corporais
responderia? 1. Trazer à consciência o
ii. objetivo é para o funcionamento do corpo
cliente perceber que 2. Ouvir o nosso corpo é uma das
num momento melhores formas para descobrir o
presente é uma que está de errado
pessoa diferente do 3. Consciencializar o funcionamento
que antes do corpo de forma a interpretar
iii. para encerrar o como nos sentirmos!
assunto/ treinar o
discurso / ter um Aplicações
confronto direto Intervenção em grupo, terapia familiar,
(pode não acontecer) casal
d. podem ser visadas para 1. Clientes + indicados
situações rotineiras Mais abertos ao trabalho da
também, como espécie de autoconsciência
roleplay para situações a. Competência intelectual
como chatices com o chefe, para se descobrir a si
colegas, etc mesmo
3. Exagero b. Facilidade de contacto
a. Pede-se à pessoa que interpessoal
exagere determinado c. Motivação para a terapia
sentimento, pensamento 2. Variáveis do Terapeuta
para fechar assunto a. Deve aceitar e cuidar
emocional
b. Ser auto-consciente, 3. Considera que as emoções são a
transparente, autêntico base da cognição, comportamento
c. Treinar competências de e ação
diálogo e exploração
d. Poderá também fazer A emoção dá-nos informação de nós e
terapia daquilo que estamos a viver.
e. Ter atenção em não deixar Greenberg: “só há uma forma de modificar
o cliente sair da consulta uma emoção, é com outra emoção”
dissociado (devido à Foco vai ser sobretudo emocional; para
efervescência das emoções) isso temos que conhecer os diferentes
- p. ex: perguntar como vai tipos de emoções!
para casa, conversar sobre Primárias adaptativas
rotina para perceber se não 1. Reações diretas naturais, sendo
está dissociado da respostas adequadas à situação que
realidade! estamos a viver(ex: reagir a uma
vitória com alegria)
Análise Crítica
2. Grupo das Reações Primárias
➔ Cuidado com técnicas expressivas
Adaptativas/Construtivas/Funciona
e confrontativas: estar sensível à
is
experiência do cliente
3. ex: morre alguém -> reações
➔ Grande treino, experiência e
primárias adaptativas como a
perícia do terapeuta
tristeza
➔ Cuidado com clientes mais
Primárias desadaptativas
perturbados
1. Reações diretas e aprendidas. Já
foram adequadas, mas tornaram-se
terapia focada nas emoções desadequadas pois são
Leslie Greenberg manifestadas como se de uma
mesma situação anterior se
Modelo neo-humanista recente que tratasse (ex. abuso sexual, em que a
integra princípios compreensivos e pessoa reage de forma negativa à
práticos das 2 terapias anteriores. O foco proximidade de outra, sem a
aqui é a emoção! existência de ameaça real).
1. Inicialmente designada de terapia 2. foram aprendidas no passado, tem
processo-experiência; atualmente é uma reação emocional que se
uma terapia que tem como adequou no passado mas
designação Teoria Focada nas manifesta-se no presente como se
Emoções ainda estivesse a lidar com a
2. Psicoterapia com base humanista e situação e, portanto, é
experiencial + existencial desadaptativa
(neo-humanista) Secundárias
1. mais complexas e geram mais b. a expressão de tristeza para
patologia e sofrimento na pessoa - obtenção de atenção e
podem acontecer em situações de cuidado dos outros
bullying por exemplo c. a zanga como forma de
2. Respostas emocionais às emoções intimidação, controlo
primárias. Reações de defesa a uma autoproteção
emoção primária sentida como
dolorosa ou como respostas a Como se faz a Intervenção?
racionalizações do pensamento 1. Aceder às emoções
a. perante uma situação de Tem que se convidar a pessoa, numa
perigo, a pessoa fica com relação empática, a aceder aos estados
medo – emoção primária emocionais inconscientes de forma a
adaptativa – e reage com torná-los conscientes - é necessário
raiva – emoção secundária consciencializá-los para os processar
– por ter tido medo e se ter “Nunca vamos conseguir sair de um sítio de
sentido fragilizado; onde nunca estivemos”, ou seja é necessário
b. a expressão de zanga que experienciar a dor para a aliviar.
pode ocorrer como reação a A emoção não está relacionada com uma
uma perda, origina o verdade conclusiva. Proporciona antes,
afastamento interpessoal, informação acerca dos nossos valores e
em vez de proporcionar um dos nossos juízos em relação ao efeito que
apoio e suporte as coisas têm sobre o nosso bem-estar (…)
Instrumentais As emoções não determinam, informam.
1. mais manipulativas, onde a pessoa 2. Traduzir por palavras as emoções
manifesta uma emoção para um Dar nome às emoções é o primeiro passo
ganho secundário - ex: vitimizar-se para as regular, permitindo reprocessar a
para ter apoio e suporte; zangar-se emoção. !Temos que falar das emoções
com a vítima de forma a para as reprocessar!
manipulá-la; criança faz asneira A superação de traumas também é
mas chora para não ser castigada. adquirida com a ajuda da linguagem, na
2. usamos as emoções de forma construção de uma narrativa do
instrumental para um ganho acontecimento que proporciona um
secundário processo reconstrutivo do trauma.
3. As emoções expressas têm por Unimos a parte verbal com a não verbal a
objetivo a satisfação de uma nível cerebral, criando uma experiência
necessidade. Reações com o integrada que nos permite sentir e pensar.
objetivo deliberado/consciente ou 3. Identificação e análise das
inconsciente de controlar o outro: experiências primárias
a. após ter partido um objeto O terapeuta orienta o percurso duro que o
de valor para o outro, chora cliente tem que fazer, de forma a ajudá-lo
para não ser punido;
a processar as emoções primárias d. split interruptivo
adaptativas. Reprime e/ou interrompe a expressão
emocional com a resignação aparente.
Emoções Primárias Adaptativas:
Existe uma bloqueio, com dificuldade em
emoções genuínas/verdadeiras - não
exprimir afeto ou zanga.
significa que a emoção verdadeira seja
“Aconteceu-me isto, mas pronto…”, “Isto
menos causadora de sofrimento (ex: pode
passa”, “Isto não é nada!” -> desvalorização
aparentar estar feliz e está triste / pode
para com o que sente (comportamento
aparentar estar triste mas está zangado /
desadaptativo, pois não se aceitam as
etc.)
emoções e, então, não as processam)
Deve-se então: Identificar o tipo de e. assuntos inacabados
emoções primárias e subsequentes que O indivíduo mantém significados
estão envolvidas, as que são desadaptativas emocionais negativos relativos a situações
e pensamentos associados às mesmas. ou pessoas do seu passado (e.g. não
Após este trabalho é possível encontrar conseguir perdoar os pais)
emoções e necessidades adaptativas Situações Interpessoais não resolvidas.
alternativas que transformem as Pode-se criar condições em nós próprios
destrutivas/desadaptativas existentes para as acabar/resolver - não é necessário
4. Identificação e análise das confronto.
experiências primárias - utilizar os 5. Técnicas
marcadores emocionais a. Desdobramento sistemático
É o psicoterapeuta que tem que identificar Evoca-se novamente a experiência que
as seguintes reações: provocou emoções que não são
a. reações problemáticas compreendidas, de modo a chegar-se ao
reações emocionais fortes =/= realidade significado da mesma.
Descrição de reações emocionais fortes, Ou seja… convida-se a pessoa a evocar
sem explicação aparente, em novamente as experiências de forma a
resposta a situações criar um novo significado (UMA NOVA
b. sensações pouco claras NARRATIVA) - objetivo: passar do
O indivíduo sente-se confuso ou “porquê que isto me aconteceu?”
preocupado, sem identificar de forma (vitimação) para “para quê que isto
clara o porquê e o como. aconteceu?” (maturação)
“Não sei o que se passa comigo” -> foco de b. Focagem
intervenção O terapeuta conduz o paciente para tomar
c. split de conflito (interno) consciência das sensações no
Divisão interna acerca de uma decisão a corpo, de modo a conseguir
tomar, ou autocrítica (e.g. ambivalência experienciá-las e atribuir palavras e
face a manter-se numa relação afetiva, significado às mesmas.
iniciar um tratamento) Orienta-se o cliente quando este
ex: caso da Glória com a filha (!mas com demonstra emoções pouco claras ou
um diferente tipo de intervenção!) confusas, vendo os sinais do corpo.
c. Diálogo de cadeiras procura ajuda individual! Se o “tratarmos”
(idêntico ao da terapia de gestalt) vão haver elementos do sistema familiar
Estabelece-se um diálogo experiencial que vão ficar doentes.
entre as várias partes do self, ou ➔ como? ao eliminar-se o problema
seja, entre uma parte do self e a do indivíduo, vamos desequilibrar
representação interna do outro o equilíbrio (homeostasia
significativo, ou então entre partes do self patológica) do sistema => vamos
em conflito. contaminar o resto do sistema ao
O terapeuta conduz o paciente a curar o indivíduo
experienciar os estados emocionais não
adaptativos, reconhecendo necessidades 2 exemplos que explicam esta temática:
emergentes, amplificando 1. uma mãe é extremamente
emoções subdominantes e promovendo a controladora da filha que acontece
sua expressão, o que origina ser anorética; a anorexia nesta
mudanças experienciais. situação tem uma função de
equilibrar o sistema (mesmo que
terapias familiares/sistémicas seja ele próprio desequilibrado), se
ela deixar de ter anorexia, deixa de
Nesta terapia, as famílias são vistas como ter um espaço que ela própria só
sistemas pode gerir e controlar a sua vida.
➔ sistemas são um conjunto de 2. uma mãe só “vive” para tomar
elementos conectados entre si; conta do filho (já adolescente),
todos os sistemas estão em relação visto que só tem essa única
com outros sistemas, tendo a responsabilidade; o pai morre e o
tendência de manter a sua filho começa a ter ataques de
homeostasia (equilíbrio). pânico graves. Isto acontece
➔ a homeostasia tem na sua origem a porque este filho dependente da
compreensão dos problemas mãe, e a mãe co-dependente do
familiares: “habituam-se” aos filho, sente que tem que ser ele
problemas e às patologias dos agora o cuidador da família. Estes
sistemas...pq? ataques de pânico são o sintoma
◆ a homeostasia para muitos com a função de equilíbrio do
sistemas é patológica, mas sistema que exteriorizam que ele
os elementos habituam-se próprio ainda é muito dependente
a ela da mãe para que consiga ser aquilo
que sente que deve ser
a. para fazer desaparecer estes
sintomas, tem que se fazer
O indivíduo mudanças, ou seja,
sintomático do desequilibrar a homeostasia
sistema é o que (já desequilibrada) e,
consequentemente, ◆ Educação e crescimento
“infetar” os outros dos filhos
elementos ◆ Adolescência e saída de
b. se estes dois filhos são casa dos filhos
“curados” => as mães ficam ◆ Casal de novo só (“ninho
“sintomáticas” vazio”)
◆ Velhice e morte
O que é uma família? Conjunto de Há um maior aumento do stress quando
elementos emocionalmente ligados, há transição de ciclos, devido ao facto de
compreendendo pelo ser imposto uma adaptação contínua.
menos três gerações:
● Família nuclear tradicional – pais e O terapeuta familiar trabalha em 2 eixos:
filhos 1. eixo vertical (ou transgeracional):
● Família extensa adaptação e atualização dos mitos,
● Elementos significativos papéis, funções característicos da
família, e autonomia e
É importante perceber a diferenciação de cada elemento -
interdependência, tal como é importante pode originar conflitos
haver uma barreira significativa entre uns 2. eixo horizontal (aqui e agora):
elementos familiares, de forma a não estudo na sessão dos padrões de
perturbar outros (ex: pais chateiam-se de interação da família em terapia,
forma a não perturbar os filhos) bem como o modo como o grupo
lida com as suas dificuldades (ex:
Terapia familiar é um método “elefante na sala”)
psicoterapêutico que utiliza como meio de
intervenção sessões conjuntas com os Organização e duração das sessões
elementos de uma família 1. Pré-Sessão:
➔ a família é um sistema, ou seja um 2. Sessão (90 a 120 minutos)
conjunto de elementos ligados por 3. Intervalo (ao fim de 45/50 minutos)
um conjunto de relações, em 4. Comentários e/ou prescrições
contínua relação com o exterior e 5. Pós-sessão
mantendo o seu equilíbrio ao longo 6. Fase inicial: Avaliação Familiar e
do processo de desenvolvimento Diagnóstico (1 a 2 sessões;
➔ antes de fazer terapia familiar, é espaçamento quinzenal)
importante situar o ponto do ciclo 7. Fase Intermédia da Terapia (5 a 6
vital da família; estes são as fases sessões; intervalos de 3 semanas a
de uma família ocidental 8. um mês)
tradicional: 9. Fase Final da Terapia
◆ União de 2 elementos para 10. Fase do Seguimento (6 meses
constituir uma nova família depois)
◆ Nascimento dos filhos
o essencial é avaliar o sintoma e ➔ Perguntas reflexivas
conceptualiza-lo (hipótese sistémica) = ◆ perguntas orientadas para o
porque existe? porque mantém a futuro: “Que planos tem em
homeostase do sistema? mente para a sua filha?”;
“De que imaginas que os
Aspectos processuais da intervenção teus pais têm mais medo?”;
➔ Interrogatório Circular permite: “Se a vossa filha alterar o
identificar os problemas, comportamento, quem será
hierarquizá-los, identificar o 1º a notar e com base em
atribuições ou explicações, quê? E quem seria o 1º a
perceber a organização sequencial dizer-lho?”
das dificuldades ou problemas e ◆ perguntas que convertem o
identificar alianças, coligações e interrogado em observador:
redundâncias “O que imaginas que eles
➔ IC tem também uma função pensam nessa situação?”;
interventiva (o terapeuta perturba a “Quando a tua mãe começa
epistemologia familiar, abrindo a discutir contigo, o que é
possibilidades numa determinada que o teu pai faz
área ou sugerindo diferentes habitualmente?”
conexões entre os dados obtidos ◆ perguntas de mudança
➔ Estratégias: elaboração de inesperada do contexto:
questões que visam desencadear “Quem experimentará
respostas na família que permitam maior vazio se os
aos terapeutas “acoplarem-se” a problemas desaparecem de
ela, estabelecer distinções repente?”; “Quem seria o 1º
relevantes acerca das experiências a reconhecer que a vossa
comportamentais dos seus filha age desta forma
membros e gerar explicações porque se preocupa muito
clínicas úteis com vocês e não o
➔ Perguntas lineares “Qual é o contrário?”
problema?”, “Desde quando ◆ perguntas com uma
acontece o que nos estão a dizer?”, sugestão implícita: “Se em
“Passou-se algo que possa explicar vez de pensarem que ela
o seu aparecimento? tem problemas, pensarem
➔ Perguntas circulares “Como é que que simplesmente ela está
o pai/mãe acha que a sua filha vê o confusa, tão confusa que
problema?”, “Como é que achas não entende o que querem
que os teus pais vêm o problema?” dela, como reagiriam com
➔ Perguntas estratégicas “Porque ela?”
não fala com a sua filha sobre a ◆ perguntas de comparação
adoção?” normativa: “Crêem que têm
mais ou menos dificuldades 4. Estudo das relações familiares: em
que a maioria das famílias três gerações
com filhos adolescentes?”; 5. Genograma: diagrama visual da
“Achas que os teus pais são árvore genealógica familiar
mais ou menos a. nestas 3 gerações, como
controladores que a maioria estão as relações com os
dos pais dos teus colegas?” membros da família
◆ perguntas que clarificam b. identificar padrões que se
atribuições ou explicações: repetem de geração a
“Quando o pai/mãe reage geração, como mitos,
desta forma, achas que o preconceitos e valores que
fazem porque não gosta de podem fazer colapsar as
ti, porque não sabem fazer relações porque podem não
diferente ou porque estão estar ao mesmo nível que a
preocupados contigo?” família presente
◆ perguntas que 6. Foco temporal
interrompem a sequência a. Passado e presente
sintomática na sessão: 7. Foco da Mudança Terapêutica
“Quando vocês estão em a. Dinâmicas intrapsíquicas e
casa, discutem tanto como interpessoais
aqui?” 8. Estrutura da Terapia
a. Pouco estruturada; Sem
ex: qual é o problema? (p. linear) -> pai, o limite de tempo
que acha que a mãe disse? (p. circular) b. Sessões com toda a família
e/ou outros membros de
Perspetiva Simbólico-Vivencial de Carl suporte social
Whitaker 9. Objetivos da Terapia
Introduziu na psicoterapia em famílias as a. Aumentar a coesão dos
“batacas”, uma espécie de tacos de esponja membros da família
que podem ser utilizados na própria b. Facilitar a individualização
sessão - expressar alguma zanga contida -, de cada membro
mas também podem levá-las para casa c. Promover a espontaneidade
(descarregar as energias) e criatividade da família
Aspetos Gerais 10. Técnicas
1. Influência da Psicanálise a. Batalha pela estrutura:
2. Perturbação: não apenas no decisão de como trabalhar
problema apresentado, mas com b. Batalha pela iniciativa:
raiz em factos passados levar a família a definir a
3. Análise da transmissão da cultura sua vontade e mudar
familiar, de uma geração para c. Brincar com a família
outra
d. Definição de sintomas b. Sessões com todos os
como esforços de membros que interagem
crescimento diariamente
e. Transformar receios 6. Objetivos da Terapia
intrapessoais em fantasias a. Resolução do problema
interpessoais presente da família
f. Aumentar as relações da reestruturando a união
família com o exterior familiar
b. Promoção de padrões novos
Perspetiva Estrutural de Salvador de interacção
Minuchin c. Mudança na visão da
+ Focada nos sistemas, nas barreiras família da realidade,
1. Posição do Terapeuta incluindo o seu problema
a. Sugere mas não provoca presente
mudanças diretas 7. Técnicas
b. Partilha os seus processos Desafio ao sintoma – reenquadramento
internos, mas mantendo (explicitar uma nova visão das
sempre a distância questões que passa pelo envolvimento e
suficiente responsabilidade de todos os elementos
2. Aspetos Gerais da família):
a. Abandona a psicanálise, Demonstração (terapeutas
mais focada na estrutura da observam as interações espontâneas da
própria família família e decidem que aspetos do padrão
b. Estrutura da família: disfuncional observado irão alterar; pedem
conjunto invisível de depois aos elementos do sistema familiar
necessidades funcionais que representem uma determinada
que organiza o modo como sequência na sua presença e intervêm
os elementos interagem aumentando a sua intensidade e/ou
c. Através de transações duração; finalmente propõem modalidades
repetidas ao longo dos de interação diferentes com o objetivo
anos, estabelecem-se de obter informação preditiva sobre a
padrões de interação que se flexibilidade da estrutura familiar para a
tornam verdadeiras leis mudança e com o objetivo de alterar os
3. Foco Temporal padrões disfuncionais)
a. Presente Focalização (implica prestar
4. Foco da Mudança Terapêutica atenção a uma informação e ignorar outra,
a. Interpessoal de forma que durante a sessão ressalta um
5. Estrutura da Terapia tema sobre o qual se vai trabalhar)
a. Intervenção breve Intensificação (a mensagem dos
terapeutas tem que ter intensidade
suficiente para ser algo novo e distinto,
evitando que seja absorvida pelas regras da utilização da posição de saber-poder
do sistema familiar, pelo que se deve dos terapeutas)
recorrer ao humor, ao exagero e à Intervenções paradoxais
mudança dentro da própria sessão) (terapeutas põem em relação ao
comportamento sintomático com o seu
Desafio à estrutura – reestruturação contexto relacional, enumerando as
(recursos técnicos que procuram mudar a consequências negativas que teria para o
estrutura da família): sistema a eliminação do sintoma e,
Fixação de limites (alteração dos finalmente, recomendam à família que
limites pode ser promovida através do continue a recorrer a ele para as evitar) –
aumento da proximidade e contacto entre redefinição (ao redefinir-se o sintoma
dois indivíduos e/ou sub-sistemas ou do como positivo ele deixa de ser um
aumento da distância entre os mesmos e elemento exterior ao sistema e converte se
que tanto pode ser física como relativa ao numa parte essencial dele), prescrição da
grau de implicação entre os membros da sequência sintomática (quando a
família sequência sintomática se demonstra de
Desequilíbrio (os terapeutas maneira consciente, obedecendo à
podem-se aliar a membros da família, prescrição terapêutica, perde o poder que
ignorar determinados elementos do tinha para produzir o sintoma porque
sistema ou coligar com um sub-sistema implica a possibilidade de um controlo
contra outro subsistema, com o objetivo voluntário) e restrição (terapeutas pedem à
de alterar a hierarquia familiar) família que para já não mudem, com a
Aprendizagem da intenção de que o faça)
complementaridade (questiona-se a Facetas fortes (terapeutas devem
definição familiar do problema e a sua ativar as áreas ou facetas adormecidas –
crença numa causalidade linear do enfatizando a fortaleza familiar – para que
sintoma, apresentando informação, dados, os seus membros se impliquem na
de que o comportamento sintomático só se resolução do problema; o objetivo é obter
pode produzir no contexto de outros o melhor que cada família pode dar e não
comportamentos para os quais a família que os seus membros se ajustem a uma
global contribui) família “ideal”
Perspetivas Estratégicas Mental
Desafio à realidade – mudança de visão Research Institute (Palo Alto)
(afetar a perceção que os elementos da 1. Aspetos Gerais
família têm em relação ao sintoma, para a a. Nova forma de
qual é necessário configurar novas conceptualização dos
modalidades de interação entre os problemas humanos
elementos do sistema familiar): b. Abandono da psicanálise
Modificação de construtos c. Unidade de análise: ação
cognitivos (intervenção cognitiva tendente entre os indivíduos –
a alterar a epistemologia familiar através interação e interacional
d. Teoria do Double Bind - 2. Foco Temporal
Esquizofrenia a. presente: centrado em
i. existe uma forma fenómenos observáveis na
prototípica de sessão
comunicar nas 3. Foco da Mudança Terapêutica
famílias em que a. Interpessoal
esteja presente a 4. Posição do Terapeuta
esquizofrenia a. Muito poderoso, orienta a
ii. esta forma família a seguir as suas
paradoxal, ocorre diretrizes
quando o emissor da 5. Estrutura da Terapia
mensagem envia a. Muito estruturada
com duas ideias que b. Intervenções breves
são contraditórias e c. As sessões podem incluir a
opostas família toda ou alguns
1. quando membros
chega ao 6. Objetivos da Terapia
receptor, a. Resolução dos problemas
este fica presentes da família
confuso e alterando as sequências de
encurralado interação que mantêm o
(se reagir à problema
1º. falha na 7. Técnicas
2º e vice a. Paradoxo: diretivas ou
versa) sugestões para que os
iii. esquizofrenia tem membros continuem o seu
uma grande origem comportamento
genética, mas o sintomático – Ex. -
ambiente externo Prescrição do sintoma (para
vai aumentar ou não perder o seu valor, o mau
a probabilidade de comportamento tinha como
desenvolver ou não objetivo atenção; a criança
a patologia (muito já sabe que vai ter a atenção
provavelmente uma dos pais, logo o seu
pessoa com comportamento vai deixar
esquizofrenia tem de ter valor)
um familiar que b. Comunicação Metafórica
comunica de forma (comunicar através de
paradoxal com ela) metáforas, fazer sugestões
iv. comunicação muito através de metáforas -
angustiante
linguagem significativa a. Definidos pela família,
para a família) desde que não ponham em
c. Coro Grego (1/2 terapeutas risco a mesma
observam a família, 7. Técnicas
enquanto que outros estão a. Conotação Positiva
na sala e acontece um b. Rituais e Tarefas
feedback entre eles) i. ex: todos os dias vão
jantar juntos, etc
Perspetivas Estratégicas Escola de Milão c. Declaração da Impotência
1. Aspetos Gerais terapêutica
a. Influência do grupo de Palo d. Prescrição da terapia
Alto interminável
b. Desenvolveu a ideia do
double-bind terapêutico –
contra paradoxo
i. se cliente não
aderir, podemos
fazer de conta que
não somos capazes
de o ajudar e sugerir
o término das
consultas -> cliente
pode repensar
(“ah...se calhar eu
também não me
empenhei muito”)
c. Mais sistémicos
2. Foco Temporal
a. Presente
3. Foco da Mudança Terapêutica
a. Interpessoal
4. Posição do Terapeuta
a. Neutro e não reactivo
b. Família é responsável pela
mudança
5. Estrutura da Terapia
a. Relativamente estruturada
b. Sessões mensais (de 3 a 20
sessões)
6. Objetivos da Terapia

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