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As obrigações quanto ao modo de execução podem ser classificadas em três categorias: obri-

gações de execução específica, obrigações de execução por equivalência e obrigações de execu-


ção facultativa. As obrigações de execução específica são aquelas em que o devedor deve cum-
prir a prestação exatamente da forma como foi estabelecida no contrato. Por exemplo, se um con-
trato estabelece que o devedor deve entregar um objeto específico, ele deve entregar exatamente
esse objeto e não outro similar. As obrigações de execução por equivalência são aquelas em que
o devedor pode cumprir a prestação de forma diferente da estabelecida no contrato, desde que es-
sa forma de cumprimento seja equivalente à prestação originalmente acordada. Por exemplo, se
um contrato estabelece que o devedor deve entregar um objeto específico, mas esse objeto não
está mais disponível, o devedor pode cumprir a obrigação entregando outro objeto de igual valor e
qualidade. Por fim, as obrigações de execução facultativa são aquelas em que o devedor tem
mais de uma opção para cumprir a prestação. Em outras palavras, o devedor pode escolher qual
prestação irá realizar para cumprir a obrigação. Por exemplo, se um contrato estabelece que o de-
vedor deve entregar um objeto específico ou pagar uma quantia em dinheiro, o devedor pode es-
colher entre entregar o objeto ou pagar a quantia em dinheiro para cumprir a obrigação

Vamos supor que uma pessoa A contrate um pintor B para pintar uma parede de sua casa. No
contrato firmado entre eles, ficou estipulado que a pintura deverá ser realizada em até 15 dias
úteis após a assinatura do contrato. No entanto, o pintor B tem a faculdade de escolher o momen-
to em que vai realizar a pintura dentro desse prazo.

Nesse caso, estamos diante de uma obrigação de fazer classificada como facultativa, pois o pin-
tor tem a liberdade de escolher o momento em que irá executar a pintura dentro do prazo acorda-
do.

O Código Civil Brasileiro dispõe sobre esse tema em seu artigo 247, que assim dispõe: "As obri-
gações de fazer ou não fazer podem ser voluntariamente convertidas em perdas e danos, caso o
autor o requeira, e o executado se torne inadimplente." Ou seja, caso o pintor B não cumpra a
obrigação assumida de fazer a pintura dentro do prazo estabelecido, a pessoa A poderá converter
essa obrigação em perdas e danos, ou seja, pedir uma indenização pelo não cumprimento da obri-
gação.

Além disso, o artigo 249 do Código Civil prevê que, nas obrigações de fazer, o devedor pode es-
colher a forma de executá-la, salvo se o contrário resultar do contrato, da lei ou das circunstân-
cias. Assim, caso o contrato firmado entre a pessoa A e o pintor B estabeleça que a pintura deverá
ser realizada de uma forma específica, o pintor não terá a faculdade de escolher a forma de exe-
cução da obrigação.
Por fim, é importante destacar que a obrigação de fazer facultativa é uma obrigação imperfeita, ou
seja, o credor não tem direito a exigir o cumprimento imediato da obrigação, apenas o direito de
exigir que a obrigação seja cumprida dentro do prazo estipulado.

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