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CONCEITO: Obrigação de fazer consiste em uma atividade ou serviço, material ou imaterial, a que se obriga
o devedor.
Prestação
Fungível ou impessoal
quando as partes acordarem para que o devedor cumpra pessoalmente a prestação. Duas situações em
Prestação
que se opera a obrigação de fazer infungível. A convenção da obrigação infungível pode ser expressa
(explícita) ou tácita.
Expressa: Quando houver cláusula expressa, determinando que o devedor apenas se exonerará se ele
próprio cumprir a prestação – não há se falar em substituição por outra pessoa;
Exemplo:
Prestação
Obrigação de FAZER
INADIMPLEMENTO
Inadimplemento trata-se do descumprimento de uma determinada obrigação. A obrigação de fazer pode ser
inadimplida por alguns motivos,Prestação
mas geralmente são três situações específicas que levam o devedor a não
cumprir a obrigação a qual se comprometeu a fazer:
Obrigação de FAZER
IMPOSSIBILIDADE SEM CULPA DO DEVEDOR: Quando não houver culpa do devedor, afasta-se a sua
responsabilidade.
Prestação
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa
dele, responderá por perdas e danos.
Art. 248. Se a prestação do fato tornar-se impossível sem culpa do devedor, resolver-se-á a obrigação; se por culpa dele,
responderá por perdas e danos.
RECUSA DO DEVEDOR: se a obrigação for fungível, o credor possui a opção de fazer com que o serviço seja
prestado por terceiros a custa do devedor (art. 249) – art. 817, 820 do CPC.
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por
ele exeqüível.
Obrigação de FAZER
Art. 499 (CPC). A obrigação somente será convertida em perdas e danos se o autor o requerer ou se
impossível a tutela específica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente.
Art. 247. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só
imposta, ou só por ele exequível.
Impossibilidade de cumprimento: resta verificar se a obrigação se tornou impossível de ser cumprida com
culpa ou sem culpa do devedor.
Se não há culpa, resolve-se a obrigação (ninguém é obrigado a fazer o impossível) – impossibiia nemo
tenetur – cantor que perde a voz em virtude de acidente
Obrigação de FAZER
Art. 249. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do
devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.
Parágrafo único. Em caso de urgência, pode o credor, independentemente de autorização judicial, executar
ou mandar executar o fato, sendo depois ressarcido.
Obrigação de FAZER
Art. 501 CPC - Na ação que tenha por objeto a emissão de declaração de vontade, a sentença que julgar
procedente o pedido, uma vez transitada em julgado, produzirá todos os efeitos da declaração não emitida.
Contrato preliminar - Art. 463 CC. Concluído o contrato preliminar, com observância do disposto no artigo
antecedente, e desde que dele não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes terá o direito de
exigir a celebração do definitivo, assinando prazo à outra para que o efetive.
Obrigação de NÃO FAZER
Prestação
Prestação
Lei de Locações – Lei nº 8.245/91
VI - não modificar a forma interna ou externa do imóvel sem o consentimento prévio e por escrito do
locador;”
Obrigação de NÃO FAZER
Obrigação de não fazer decorrente de contrato
DO OBJETO DO CONTRATO
Cláusula 1ª. O presente contrato tem como OBJETO a locação1 do automóvel marca Renault, modelo XXXX, ano 2019, cor xxx,
placa xxxxxxx, RENAVAM, de propriedade do LOCADOR.
DO USO
Cláusula 2ª. O automóvel, objeto deste contrato, será utilizado exclusivamente pelo LOCATÁRIO para uso profissional nas
plataformas UBER e 99 POP (ou outras plataformas de transporte de passageiros), não sendo permitido, em nenhuma
hipótese, o seu uso por terceiros ou para fins diversos sob pena de rescisão contratual e o pagamento da multa prevista
na Cláusula 7ª.
Obrigação de NÃO FAZER
INADIMPLEMENTO
– pode ocorrer de o
Impossibilidade de abstençãoPrestação
descumprimento da obrigação de não fazer ocorrer
em virtude de fato alheio a vontade do devedor.
Prestação
Art. 822. Se o executado praticou ato a cuja abstenção estava obrigado por lei ou por contrato, o exequente
requererá ao juiz que assine prazo ao executado para desfazê-lo.
Art. 823. Havendo recusa ou mora do executado, o exequente requererá ao juiz que mande desfazer o ato
à custa daquele, que responderá por perdas e danos.
Parágrafo único. Não sendo possível desfazer-se o ato, a obrigação resolve-se em perdas e danos, caso
em que, após a liquidação, se observará o procedimento de execução por quantia certa.
Obrigação de NÃO FAZER
Prestação
A cláusula de confidencialidade impõe a obrigação à pessoa
contratada de não divulgar informações sobre as quais possui
conhecimento ou às quais terá acesso, salvo expressa
autorização.
Prestação
Sob a ótica contratual, a 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça, ao julgar a validade da cláusula de raio
constante na escritura declaratório de normas complementares ao contrato de locação de um shopping
center de Porto Alegre, entendeu que "a cláusula de raio inserta em contratos de locação de espaço em
shopping center ou normas gerais do empreendimento não é abusiva, pois o shopping center constitui uma
estrutura comercial híbrida e peculiar e as diversas cláusulas extravagantes insertas nos ajustes locatícios
servem para justificar e garantir o fim econômico do empreendimento". O STJ entendeu ainda que "o
controle judicial sobre eventuais cláusulas abusivas em contratos de cunho empresarial é restrito, face a
concretude do princípio da autonomia privada e, ainda, em decorrência da prevalência da livre iniciativa, do
pacta sunt servanda, da função social da empresa e da livre concorrência do mercado“
Superior Tribunal de Justiça, Quarta Turma, REsp 1535727/RS, relator: Ministro Marco Buzzi, data de
julgamento: 10/5/2016.