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CONCEITOS:

Edifício- construção que limita o solo por todos os lados e incluindo o espaço aéreo,
unida ao solo através de alicerces, colunas ou outros meios.

Contrato-promessa- convenção pela qual alguém se obriga a celebrar novo contrato.


Deste modo, pode concluir-se que o CP é um contrato preliminar de um outro
contrato, o contrato definitivo. O CP caracteriza-se especificamente pelo seu objeto,
uma obrigação de contratar, a qual pode ser relativa a qualquer outro contrato. Apesar
de ter por objetivo a celebração do contrato prometido, o CP constitui, no entanto,
uma convenção autónoma deste, caracterizando-se normalmente por ter eficácia
meramente obrigacional mesmo que o contrato definitivo tenha eficácia real.

Tradição da coisa- Será quando o promitente alienante fizer a tradição simbólica, que
é acompanhada da intenção de antecipação – quando há aceitação por parte do
promitente vendedor de que o promitente adquirente pode usar aquele imóvel como
se fosse o real proprietário. A tradição da coisa é, normalmente, acompanhada de uma
acrescida expectativa de que o contrato definitivo se vai celebrar, devendo essa
expectativa ser, de algum modo, tutelada.

Execução específica- Consiste em o tribunal emitir uma sentença que produza os


efeitos da declaração negocial do faltoso (sempre que a isso não se oponha a natureza
da obrigação assumida) operando-se assim a constituição do contrato definitivo.

Sinal- cláusula acessória dos contratos onerosos mediante a qual uma das partes
entrega à outra, por ocasião da celebração do contrato, uma coisa fungível, que pode
ter natureza diversa da obrigação contraída ou a contrair. O sinal funciona então como
fixação das consequências do incumprimento.

Retenção- Direito de retenção significa, primeiramente, a faculdade que tem o


detentor de uma coisa de não a entregar a quem lha pode exigir enquanto este não
cumprir uma obrigação que tem para com aquele. Ora, segundo o professor Menezes
Leitão, este mecanismo é apenas possível no caso de se ter verificado tradição da coisa
e sinal. Com o direito de retenção não se pretende a celebração do contrato definitivo,
o fundamento é o pagamento do crédito resultante do art 442º/e, do sinal em dobro
ou aumento do valor da coisa. O art. 759/2 diz nos que o direito de retenção prevalece
sobre o direito do credor hipotecário, Menezes Leitão adotou a posição restritiva, diz
que só há direito de retenção quando se pede o aumento do valor da coisa.

Interpelação admonitória- intimação formal, do credor ao devedor moroso, para que


cumpra a obrigação dentro de prazo determinado, com a expressa advertência de se
considerar a obrigação como definitivamente incumprida.

Pacto de preferência- É a convenção pela qual alguém assume a obrigação de escolher


outrem como contraente, nas mesmas condições negociadas com terceiro, no caso de
decidir contratar. Estão excluídos os contratos onerosos intuitu personae (como a
doação). O pacto de preferência constitui, à semelhança do contrato-promessa, um
contrato preliminar de outro contrato. É um contrato unilateral, uma vez que apenas
uma das partes assume uma obrigação, ficando a outra parte (o titular da preferência)
livre de exercer ou não o seu direito.

Contrato a favor de terceiro- O contrato em que uma das partes (o promitente) se


compromete perante outra (o promissário) efetuar uma atribuição patrimonial em
benefício de outrem, estranho ao negócio (o terceiro). Essa atribuição patrimonial
consiste normalmente na realização de uma prestação- 443/1, mas pode igualmente
consistir na liberação de uma obrigação, ou na sessão de um crédito, bem como na
constituição, modificação, transmissão ou extinção de um direito real- 443/2. Essa
atribuição patrimonial a realizar pelo promitente é, no entanto, determinada pelo
promissário. Por desejo do promissário, verifica-se uma atribuição patrimonial indireta
deste ao terceiro, que é executada pelo promitente. O terceiro, no entanto, não é
interveniente no contrato, embora adquira um direito contra o promitente, em virtude
do compromisso deste para com o promissário.

Contrato de pessoa a nomear- Quando um dos intervenientes no contrato se reserva


a faculdade de designar outrem para adquirir os direitos ou assumir as obrigações
resultantes desse contrato (452/1). Trata-se de um caso em que se admite uma
dissociação subjetiva entre a pessoa que celebra o contrato e aquela onde vão
repercutir-se os efeitos jurídicos. Os efeitos jurídicos vão repercutir-se na esfera
jurídica do nomeado. Fenómeno de substituição entre contraentes, uma vez que, após
a nomeação, o contraente nomeado adquire os direitos e assume as obrigações
provenientes do contrato a partir do momento da celebração dele (art.455/1). A
nomeação tem assim eficácia retroativa.

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