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Vários autores que mostraram a importância das relações do bebé desde que nasce:

John Bowlby (1907-1990)


Harry Harlow (1905-1981)
Mary Ainsworth (1913-1990)

A imaturidade do bebé humano


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predisposição para o desenvolvimento de competências relacionais
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VINCULAÇÃO

JOHN BOWLBY

Vinculação

Necessidade de proximidade física

VINCULAÇÃO - designa a necessidade inata,básica, de ligação do bebé à mãe e da mãe


ao bebé e que se expressa num conjunto de comportamentos caraterísticos da espécie.
-base das ligações precoces e socio-afetivas da criança
-fundamentos da personalidade do adulto
-o sentimento de confiança desenvolve-se com base nas ligações afetivas que se
constroem durante a infância

HARRY HARLOW

Privação maternal e social


(experiência macacos rhesus)

- realizou experiências sobre a privação maternal e social em macacos Rhesus


- demonstrou a importância dos cuidados, do conforto e do amor nas primeiras etapas do
desenvolvimento
- pôs em causa as teorias que defendiam que a vinculação afetiva da criança à
mãe/cuidadores dependia apenas das necessidades fisiológicas

MARY AINSWORTH

Vinculação:
-Necessidade humana universal
-Desenvolvimento de ligações afetivas de proximidade ao longo da vida
-Segurança, confiança – explorar a si próprio, os outros e o meio.

“Experiência da Situação Estranha” - avaliação da qualidade da


vinculação: criança - um ano de idade (aproximadamente);ambiente não familiar;mãe; e um
estranho; várias situações - alternadamente a presença/ausência da mãe.
Padrões de resposta - diferentes tipos de vinculação:
-vinculação segura (choram com a ausência da mãe)
-vinculação insegura/evitante (indiferentes à saída e regresso da mãe)
-vinculação ambivalente/resistente (se o bebé demonstrar ansiedade e perturbação antes
da mãe sair e hesitar aproximar-se e afastar-se quando ela regressar)

As relações precoces são:


-estruturantes da nossa identidade
-organizadoras da nossa saúde mental
-fundamentais para o nosso bem-estar e personalidade.
-A vinculação é o laço afetivo que se estabelece entre a criança e uma figura específica
(figura de vinculação)
-Une ambos – criança e adulto - num mesmo espaço e perdura no tempo (relação de
vinculação)
-Expressa-se através da necessidade inata de manter a proximidade (comportamento de
vinculação)
-Permite a construção da sensação de conforto e de segurança, sendo, portanto, essencial
ao desenvolvimento pessoal e social do indivíduo.

HOSPITALISMO
Trata-se de um conjunto de perturbações físicas e psíquicas que as crianças podem sofrer
em consequência de um internamento prolongado em instituições como hospitais ou asilos,
onde estão privadas do afeto materno. Foi descrito, em 1946, pelo psiquiatra René Spitz, o
qual estudou o desenvolvimento psicoafetivo de cem crianças que viviam num orfanato
perto de Nova Iorque, durante a Segunda Guerra Mundial. Apesar de serem bem tratados,
os meninos entravam num estado de letargia e torpor que podia conduzi-los à morte.
Curiosamente, voltavam ao seu estado normal quando viam as mães. Por isso, atualmente,
os médicos têm muito em conta o contacto das crianças com os seus mais próximos.

Resiliência
A resiliência é um conceito psicológico emprestado da física, definido como a capacidade
de o indivíduo lidar com problemas, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações
adversas - choque, stresse etc. - sem entrar em surto psicológico. No entanto, Job (2003),
que estudou a resiliência em organizações, argumenta que a ela se trata de uma tomada de
decisão quando alguém depara com um contexto entre a tensão do ambiente e a vontade
de vencer. Essas decisões propiciam forças na pessoa para enfrentar a adversidade. Assim
entendido, em 2006, Barbosa propôs que se pode considerar a resiliência como uma
combinação de fatores que propiciam ao ser humano condições para enfrentar e
superar problemas e adversidades.

CONCEITO DE PERCEÇÃO
- Função cerebral
- Atribuição de significado a estímulos sensoriais a partir de histórico de vivências passadas
- Organização e interpretação de impressões sensoriais
- Atribuição de significado ao seu meio.
- Aquisição, interpretação, seleção e organização de informações
- Dimensão biológica ou fisiológica,
- Dimensão psicológica ou cognitiva

ESTUDO DA PERCEÇÃO
- Psicologia – estudo da perceção como processo ou resultado de se tornar consciente de
objetos, e eventos por meio dos sentidos; estudo de atividades de discriminação,
organização e interpretação de estímulos

PERCEÇÃO E REALIDADE
- O estudo da perceção - compreensão do comportamento das pessoas enquanto baseado
na interpretação que da realidade e não da realidade em si.
- Perceção do mundo é diferente para cada indivíduo - cada pessoa percebe um objeto ou
uma situação de acordo com os aspetos que têm especial importância para si própria.
- À medida que adquirimos novas informações, a nossa perceção altera-se, muda, evolui.

FATORES QUE INFLUENCIAM A PERCEÇÃO


– FACTORES INTERNOS
- Motivação - prestamos muito mais atenção ao que nos motiva, nos agrada ou nos
interessa
- Experiência Anterior - a força do hábito faz com que prestemos mais atenção ao que já
conhecemos e entendemos
- Contexto - a nossa natureza social faz com que pessoas de contextos sociais diferentes
não
prestem igual atenção aos mesmos objetos
– FACTORES EXTERNOS
- Intensidade - a atenção é particularmente despertada por estímulos intensos
- Contraste - a atenção é muito mais despertada quanto mais contraste existir entre os
estímulos
- Movimento - elemento principal no despertar da atenção
- Incongruência - prestamos mais atenção às coisas absurdas e bizarras do que às normais
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
- PRINCÍPIOS DA PERCEÇÃO
Segundo o gestaltismo, existem quatro princípios a ter em conta para a perceção de objetos
e formas: a tendência à estruturação, a segregação figura-fundo, a pregnância ou boa
forma e a constância percetiva.

1- Tendência à estruturação ou Princípio do fechamento - tendemos a


organizar elementos que se encontram próximos uns dos outros ou que sejam
semelhantes;
2- Segregação figura-fundo - explica que percebemos mais facilmente as
figuras bem definidas e salientes que se inscrevem em fundos indefinidos e mal
contornados
3- Pregnância das formas ou Boa Forma - qualidade que
determina a facilidade com que percebemos figuras bem formadas. Percebemos mais
facilmente as formas simples, regulares, simétricas e equilibradas;
4- Constância percetiva - traduz-se na estabilidade da perceção; os seres humanos
possuem uma resistência acentuada à mudança.

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