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Estudo de caso 2

Joaquim, um paciente de 65 anos, profissional de educação física aposentado, deu entrada no hospital
com um quadro de Acidente Vascular Cerebral. O paciente morava com sua segunda esposa Joana e
tinha dois filhos adultos, Júlio e Maria Rita.

Ao dar entrada no hospital, a equipe médica foi informada que Joaquim tinha histórico de Alzheimer,
hipertensão e doença pulmonar. Naquela manhã, o paciente tinha se queixado de tontura, náusea e
perda visual e culpou seus óculos, concluindo que precisaria visitar o oftalmologista novamente.

Joaquim foi submetido a uma cirurgia de emergência. Sua família estava aflita e sua esposa muito
abalada. Como é comum em neurocirurgias, os médicos não tinham certeza das consequências do
procedimento na cognição e no comportamento do paciente.

Explique:

1. Em quais situações o psicólogo hospitalar poderia atuar?

No auxílio ao diagnóstico médico e prognóstico para identificação da natureza da doença e/ou sintomas;
através de testes para identificação de quais danos cognitivos o AVC deixou, bem como analisar se as já
presentes deficiências cognitivas como o Alzheimer se agravaram ou não. O psicólogo poderia atuar
também com uma avaliação psicológica, e uma psico educação envolvendo os familiares adaptando
assim as formas de tratamento; na ambientação física e contexto social pós procedimentos

2. Quais os procedimentos que deveriam ser realizados em cada uma das situações?

No momento da chegada do paciente realizar uma entrevista clínica para a coleta de informações com
os familiares, entendendo as dimensões biológicas, psicológicas e sociais do paciente e suas relações
que auxiliem na compreensão das queixas de tontura, náusea e perda visual, que podem ir além dos
óculos. Juntamente a isso poderia ser implantado diários ou autorrelatos para acompanhar a evolução
ou estabilização desses, e outros sintomas e comportamentos, tanto evidentes (p. ex., vômitos, tiques,
nível de atividade, frequência de micção, uso de medicamentos) quanto encobertos (p. ex.,
pensamentos, sentimentos, lembranças, intensidade da dor). Por fim, estabelecer um genograma ou
genetograma para contemplar histórico de doenças familiares, hospitalizações, cirurgias e mortes na
família a fim de estruturar a melhor forma de tratamento que também podem ser feitos por meio
Intervenção Psicoeducativa.

3. Durante a hospitalização, como seriam seus atendimentos às partes e quais temas seriam
conversados?

Os atendimentos seriam estabelecidos com cautela devido as condições da hipertensão e doença


pulmonar que não suportam grandes estímulos. Por isso alguns questionamentos seriam direcionados
aos familiares acerca de questões mais específicas, como por exemplo, o Alzheimer (realizar a leitura do
laudo que diagnosticou), a fim de coletar dados sobre o comportamento e personalidade do paciente
entendendo como as relações interpessoais acontecem, e como ambas se sentem sobre a situação de
Joaquim. Realizar a leitura dos laudos multiprofissionais para compreender demais doenças como a
hipertensão e a doença pulmonar.

Na intervenção psicológica, o tema seria em volta da psicoeducação sobre a doença para todas as
partes e as consequências no comportamento que estimulam a qualidade de vida através de cuidado
com a saúde mental e física que são importantes no retardo e avanço de Alzheimer, além de
maneiras de enfrentar e lidar com a situação e, com a equipe médica, os impactos da cirurgia nos
aspectos cognitivo e comportamental do paciente.

Por fim, na devolutiva para o paciente o encaminhamento para um neuropsicólogo a fim de


investigar mais a fundo o Alzheimer e outras questões neurológicas.

4. Como Psicólogo responsável pelo caso, quais orientações e encaminhamentos você daria ao
paciente ao receber alta?

Orientaria acompanhar de que forma se daria a retomada as atividades cotidianas e suas rotinas,
observadas em conjunto com a família as possíveis melhorias ou pioras do paciente para compreender o
quanto suas habilidades ficaram preservadas ou se foram prejudicadas de alguma forma.

Orientaria ao paciente manter um diário ou autorrelato para que pudesse acompanhar o


progresso/regresso da sua saúde.

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