A indústria farmacêutica (IF) exerce uma grande influência no meio
econômico e social. Embora o mercado se estruture dentro de uma dinâmica competitiva, essa indústria se mostra satisfatória a atrair atenção do governo, que age através de políticas públicas, oferecendo acesso a medicamentos e promovendo uma melhor qualidade de vida para a população. (CRISTINA; CALIARI, 2016 apud PALMEIRA FILHO et al., 2012).
A ciência é a principal base da Indústria Farmacêutica, destacando-se com
um dos setores mais lucrativos e inovadores dentro do âmbito econômico. Embora seja um setor lucrativo, o processo para elaboração de um novo medicamento é complexo, caro e longo, podendo demorar até 12 anos para que um medicamento chegue à comercialização, tempo necessário para comprovações de eficácia e segurança. (MARIA; OHAYON, 2006)
Pesquisas e desenvolvimentos
Os elevados investimentos necessários para pesquisas e desenvolvimentos
(P&D) de novos medicamentos são os principais causadores de competitividade, que ocorre pela diferenciação e inovações dos produtos. O processo de P&D de novos fármacos abrange etapas complexas de pesquisas básicas até testes em humanos (PIERONI; XAVIER; REIS; OSWALDO; GOMES, 2009, p.5).
Cada etapa no processo de P&D de um medicamento possui
especificidades, dinâmica própria e competências distintas. Esse processo pode ser dividido em quatro grupos: pesquisa básica, desenvolvimento, registro e pós- comercialização. A pesquisa básica é a etapa em que se busca detectar novos compostos que se mostrem favoráveis a terapêutica de alguma doença. (PIERONI; XAVIER; REIS; OSWALDO; GOMES, 2009, p.5).
Os compostos que se mostram favoráveis na primeira etapa continuam a
ser examinados. O desenvolvimento do medicamento com inicio aos testes pré- clínicos, ocorre assim que a molécula é isolada. É nessa fase em que começa a realização de testes em laboratórios ( in vitro) e em animais (in vivo). Para a verificação de segurança, testes de toxicidade são realizados para analisar possíveis efeitos nocivos da droga no sistema orgânicos. É através dos testes pré- clínicos, em animais, que mostram a margem de segurança para que então seja possível iniciar testes em humanos, que são chamados de testes clínicos. Os ensaios clínicos constituem-se em submeter o fármaco aprovado na fase pré-clínica a testes com eficácia e segurança em seres humanos. Os testes clínicos podem ser subdivididos em três etapas:
Fase I: Conhecer a tolerância e segurança da droga em um número
reduzido de voluntários.
Fase II: Avaliação da eficácia terapêutica do novo composto em voluntário
portadores da patologia.
Fase III: Ampliar os estudos terapêuticos para um maior número de
portadores de patologia, para que se analise e determine o fator de risco-beneficio do tratamento.
Após a analise dos testes clínicos, dependendo no resultado, e possível
encaminhar o fármaco para a terceira etapa do processo: registro do novo composto. Em seguida ao processo de registro, inicia-se a última etapa: a farmacovigilância. (PIERONI; XAVIER; REIS; OSWALDO; GOMES, 2009, p.7).
Motivos para Participação em Pesquisa Clínica: análise retrospectiva dos motivos relatados por pacientes enfermos para participação em pesquisa clínica