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Tribunal da relação de Coimbra

Acórdão nº 984/12.6TBTNV.C1

http://www.dgsi.pt/jtrc.nsf/c3fb530030ea1c61802568d9005cd5bb/7c8f01b67c50b2ec80257b40003d2a2e?
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“Com efeito: - A contra-ordenação está classificada como leve; - A arguida agiu com negligência
inconsciente, pelo que é reduzido o seu grau de culpa e de gravidade da sua actuação; - Os VFV já não
tinham motor, nem pneus, nem fluidos, estando já descontaminados. Daqui resulta que (conforme o alegado)
não se vislumbram quaisquer consequências negativas da omissão da arguida, designadamente, não resultou
qualquer prejuízo ou impacto ambiental negativo; - A arguida não retirou qualquer benefício económico com
o sucedido, nem qualquer outro; - A arguida é infractora primária, sendo, por isso, reduzidas as necessidades
de prevenção especial.

10) Em face do exposto, justifica-se plenamente a substituição da coima aplicada à contra-ordenação leve
pela sanção de admoestação.”

Tribunal da Relação de Coimbra Acordão 2223/08-1

Dando parcial provimento ao recurso do arguido, revogam a sentença recorrida na parte em que o condenou
na pena única de 160 dias de multa, à taxa diária de € 4,50, pela prática em concurso efectivo de dois crimes
de ofensa à integridade física por negligência, p. e p. pelo artº 148º, nº 1, do Cód. Penal, e, em sua
substituição, condenam-no pela prática de um único crime de ofensa à integridade física por negligência, p. e
p. pelo artº 148º, nº 1, do Cód. Penal, na pena de 130 (cento e trinta) dias de multa, à taxa diária de 4,50
euros (quatro euros e cinquenta cêntimos), e a que corresponderão, se for caso disso, 86 [oitenta e seis] dias
de prisão subsidiária.

Acórdão nº 34/09.0PTSTR.E1 de Tribunal da Relação de Évora

http://www.dgsi.pt/jtre.nsf/-/6B8C44DE4F2BC83580257DE10056FB9E

A aplicação ao arguido da preconizada pena de 3 anos de prisão tem subjacente que se tivesse entendido que
a negligência grosseira se verificou.

Tendo o tribunal optado, e bem, pela aplicação de pena privativa da liberdade, corresponderia ao limite
máximo previsto para o crime por que foi condenado, o que, desde logo, suscitaria o reparo do seu excesso,
perante os critérios de determinação da pena concreta.
Ponderando todo o circunstancialismo e com os parâmetros em presença, entende-se que a aplicação de pena
em medida equivalente à média dos limites legais é proporcional à culpa do arguido e às finalidades da
punição, pelo que a pena cominada é alterada para 2 anos de prisão, por mais justa.

*Numa lógica de que, se a negligencia grosseira é apta a uma atenuação de pena, também a negligência
inconsciente o será*
Acordão de 2003-10-14 (Processo nº 00253/03), de 14 de outubro Tribunal Central Administrativo Sul

https://dre.pt/dre/detalhe/acordao/00253-2003-90621675

“Dito de outra forma , se cremos indiscutível ser de qualificar a conduta da recorrente , como negligente ,
cremos igualmente que ela se consubstancia na sua forma mais ténue , ou seja , como negligência
inconsciente , o que , não eximindo a censura sancionatória ético-jurídica , impõe , no entanto , a sua
ponderação na determinação da medida concreta da pena a aplicar.

E , tratando-se de uma pena pecuniária , crê-se que a pena cominada , cifrando-se em montante superior a
1/4 do montante total da dívida de imposto em que se constituiu para com o Estado e cerca de 1/7 do
montante máximo abstracto, se revela exagerada atendo o circunstancialismo fáctico acima referenciado
crendo-se que uma pena de € 750 (cerca de 150.000$00) , correspondente a cerca de 1/9 e 1/16,5 daqueles
mesmos quantitativos, se revela como mais adequada. Nestes termos acordam os Juizes da Secção de
Contencioso Tributário do TCAdministrativo em conceder parcial provimento ao recurso, no que concerne à
medida da pena , que se fixa na coima de € 750 , mantendo-se , no mais , a decisão recorrida na ordem
jurídica.”

Acórdão nº 984/12.6TBTNV.C1 de Court of Appeal of Coimbra (Portugal)

http://www.dgsi.pt/jtrc.nsf/c3fb530030ea1c61802568d9005cd5bb/7c8f01b67c50b2ec80257b40003d2a2e?
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Com efeito: - A contra-ordenação está classificada como leve; - A arguida agiu com negligência
inconsciente, pelo que é reduzido o seu grau de culpa e de gravidade da sua actuação; - Os VFV já não
tinham motor, nem pneus, nem fluidos, estando já descontaminados. Daqui resulta que (conforme o alegado)
não se vislumbram quaisquer consequências negativas da omissão da arguida, designadamente, não resultou
qualquer prejuízo ou impacto ambiental negativo; - A arguida não retirou qualquer benefício económico com
o sucedido, nem qualquer outro; - A arguida é infractora primária, sendo, por isso, reduzidas as necessidades
de prevenção especial.

10) Em face do exposto, justifica-se plenamente a substituição da coima aplicada à contra-ordenação leve
pela sanção de admoestação.

) No que diz respeito à culpa, a arguida agiu com negligência inconsciente: 3) A gravidade da sua actuação é
reduzida.

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