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(“GC”) celebraram uma convenção coletiva da qual consta uma cláusula de paz social. Pode
João, trabalhador da GC, aderir uma greve?
Sim, o trabalhador pode aderir à greve que entender mesmo sendo filiado no SCCA, a cláusula
de paz social é uma clausula que pode ser inserida nas convenções coletivas de trabalho nos
termos do art 492º e 542 CC, a clausula de paz social impede apenas as partes celebrantes
tendo meros efeitos obrigacionais, não podendo assim o sindicato SCCA declarar greve nos
termos do art 542º ct com excepção dos casos previstos no art 542 nº2 CT no entanto, não
limita a possibilidade de qualquer trabalhador aderir a greve.
7. Como pode um trabalhador aderir à greve? Pode um trabalhador aderir à greve tendo, em
momento anterior, manifestado a sua intenção de não o fazer?
1. Existe uma presunção de greve quando este não comparece sem ter feito aviso prévio ao
empregador mas pode sempre ilidida através da justificação de faltas
Assim, tendo sido decretada greve, desde que a atividade exercida pelo trabalhador se
encontre abrangida pelo âmbito da greve, este pode aderir.
Esta adesão é sempre livremente revogável. O trabalhador pode aderir à greve no próprio dia
marcado para a paralisação. s. ou mesmo antes do dia marcado para a greve. Tem-se
entendido que. em qualquer dos casos. o trabalhador pode revogar estas declarações. A
adesão à greve só produz efeitos a partir do momento em que o trabalhador. no próprio dia da
greve. não comparece no local de trabalho: é. pois. necessário um comportamento de
abstenção. As declarações anteriores que o trabalhador tenha feito não o vinculam. na medida
em que. até ao momento de iniciar o trabalho. ele pode mudar de opinião. Em tais casos,
deve entender-se que se o comportamento do trabalhador com respeito a aderir ou não à
greve for contrdrio à sua declaração de vontade poder-se-á estar perante um vellire
comrafactum proprium2• Não há dúvida que tal actuação corresponde a um comportamento
contrário a uma declaração de vontade. O problema está em saber se esta contradição mplica
uma responsabilização do trabalhador. Toma-se difícil responsabilizar o trabalhador pela sua
mudança de posição. Admitindo-se que o trabalhador pode ponderar a sua adesão até ao dia
da greve. em princípio. o seu comportamento contraditório não tem em vista prejudicar
outrem (empregador ou colegas de trabalho) e. deste modo. não se justifica que seja
penalizado. apenas porque mudou de opinião.
Da mesma forma. se o trabalhador comunicou que não aderia e. posteriormente. persuadido
pelos seus colega c; de trabalho. acabou por aderir à greve. não parece aceitável que o
empregador possa pedir uma indemnização por esta actuação contraditória.
A adesão à greve é um direito a exercer pelo trabalhador. na base de uma total liberdade e sem
vinculação a qualquer declaração prévia. Assim. qualquer declaração que o trabalhador faça
previamente não o vincula A sua liberdade de aderir ou não à greve manter-se-á até ao dia
desta. É evidente que poderá haver situações limite em que um trabalhador
propositadamente emite uma declaração. sabendo que. dessa forma. vai atingir determinado
objectivo e. depois. revoga a sua declaração. prejudicando terceiros. Esta situação limite pode
acarretar responsabilidade civil por culpa ;11 colllrahelldo.
10. O que entende por “serviços mínimos”? Os serviços mínimos não pretendem assegurar o
regular funcionamento da atividade, pois isso colocaria em causa o próprio sentido da greve
mas sim apenas e só as necessidades especiais. É em determinados setores bastante difícil de
determinar aquilo que é uma necessidade especial e isto pode mesmo determinar o
funcionamento regular se for uma área de elevada necessidade, sendo um conceito
indeterminado, os serviços mínimos apenas poderão ser definido em concreto, tendo em conta
a indispensabilidade da atividade em causa, nos termos do art 538 nº1 CT, os serviços mínimos
são defindios por acordo entre os representantes dos trabalhadores e a associação ou o
empregador, caso inexista deve então o servilo competente do ministério em causa convocar
as entidades referidas, caso mesmo assim não se consiga o conenso cumpre aplicar o disposto
do art 538 nº4 CT tendo em conta o disposto do art 538 nº5CT.
Caso 43
1. Neste caso, a greve foi decretada pela associação sindical sendo esta competente para o
efeito nos termos do art 531 nº1 CT, P pode aderir à greve mesmo não sendo filiado, o direito à
greve é um direito de todos nos termos do art 56º CRP e 530 nº1 CT, no caso P realiza atividade
que se encontra abrangida pelo âmbito da greve pelo que não se verifica qualquer problema
nos termos do art 530 nº2 CT.
2. Neste caso, a greve não foi decretada por associação sindical e nem por comissão de
trabalhadores nos termos do art 531 nº1 e nº2 CT pelo que não se considera a greve
licitamente convocada,
4.
6. Carlos não tem que fazer nenhum aviso prévio de greve, a adesão à greve não depende de
qualquer forma escrita, no entanto faltando ao trabalho e não prestando a sua prestação existe
uma presunção de que este aderiu à greve, não obsytante esta realidade, pode o trabalhador
ilidiar a presunção e justificar as respetivas faltas nos termos do art 255º CT.
7.
8. Neste caso, estamos perante uma cláusula de paz social que pode ser inserida na convenção
coletiva tendo em conta o disposto do art 492º e 542º CT, a associação sindical fica assim
proibida de decretar greve, no entanto, os trabalhadores podem aderir a qualquer outra greve.
Refere que a greve diz respeito aos salários, podemos indagae a plicavilisade do art 542 nº2 al
a) CT, neste sentido, teria sido necessário existir uma alteração de fundo na matéria salarial
que coloque em causa de foram insuportavek a subsitência da relação contratual estabelecida.
Caso 44