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Rua Dom Pedro II, 244, Centro - Governador Valadares/MG. CEP 35.020-270
Foi cientificado ao paciente na delegacia que teria sido arbitrado uma fiança no valor
de R$ 300,00 (trezentos reais) para a sua soltura, quantia esta que o mesmo não possui
condições para pagar, razão pela qual sua prisão foi mantida (fl.07 dos anexo).
Em audiência de custódia que fora realizada no dia 19/09/2016 fora negada pelo
Douto Magistrado a quo o pedido de liberdade provisória, ocorrendo também, a conversão
da prisão em flagrante em prisão preventiva (fl.14 do anexo).
DOS FUNDAMENTOS
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coatora.
É com base nessa garantia suprema que o paciente almeja ser retomada a sua
liberdade de locomoção, amparado pelo princípio da Presunção de Inocência e da Dignidade
da Pessoa Humana, será demonstrado por meio dos fatos a necessidade da sua liberdade
bem como a ilegalidade da prisão.
Além do mesmo negar a imputação do crime, não fora juntado aos autos o laudo de
exame de corpo delito, para que fosse comprovada a materialidade da suposta agressão,
uma vez que a lesão corporal é crime que deixa vestígios, configurando uma ilegalidade a
ausência do referido laudo, que é de suma importância probatória.
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Data Vênia Excelência, diante do exposto é visível que a suposta vítima agiu com má
fé, estava munida pela raiva e pelo sentimento de vingança, ao imputar falsamente o crime
de agressão ao paciente, o que ocasionou sérias consequências para o mesmo, dentre elas o
cárcere.
Tal decisão do magistrado a quo não merece prosperar, pois a mesma carece de
legalidade e de fundamentos específicos de fato e de direito para justificar a manutenção do
paciente na prisão, uma vez que a prisão é a ultima ratio, devendo ser a exceção e não a
regra.
Há de salientar que, a própria vítima se pronunciara de forma diversa da pretendida
inicialmente, onde manifestou claramente que o objeto que ensejou a ação penal não
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passou de mero desentendimento do casal. Optou também por deixar claro o desejo de
reatar o relacionamento com o paciente e de com este conviver maritalmente, não
restando mais motivos para a manutenção da custódia cautelar.
II – DO CONSTRANGIMENTO ILEGAL
Por todo exposto, houve sim mudança fática e hábil suficiente para a modificação dos
fundamentos da prisão preventiva, uma vez que motivo para a manutenção do paciente no
cárcere restou prejudicado com o surgimento de fato novo, pois a suposta vítima por livre e
espontânea vontade procurou reatar o relacionamento e retirar os fatos imputados pela
mesma ao paciente.
o Representante do Ministério Público e confessou a falsidade das suas declarações
prestadas perante a autoridade policial, tendo o parquet opinado favoravelmente à
revogação da prisão.
Há de se dizer também que, quanto ao caso em questão, não se verificam os
presentes pressupostos do Art. 312 do CPP, visto que a liberdade do Paciente não oferece
risco à garantia da ordem púbica ou econômica, assim como não gera perigo à aplicação da
lei penal, pois este possui trabalho lícito e residência fixa.
Data vênia excelência, como manter o paciente custodiado cautelarmente diante
dessa prova trazida aos autos? Como ignorar fato de suma relevância para a liberdade do
acusado que alega em seu depoimento a negativa da autoria, tendo ainda a vítima
confessado a inocência do mesmo?
Ínclito julgador, consoante se pode perceber pela análise das peças contidas no
anexo, não se verifica a materialidade do crime previsto no Art. 129, § 9º, do CP, pelas
razões abaixo:
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Cabe ressaltar num comparativo, uma eventual condenação o paciente não seria
recolhido ao cárcere podendo fazer jus ao benefício do regime aberto, logo, tal prisão no
caso em tela cristalinamente mostra-se desnecessária e desproporcional.
IV – DO PEDIDO
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Fernanda Barroso Andrade
OAB/MG 116.741
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