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muito Bem pessoal vamos dar continuidade no estudo do conceito de relação de

trabalho e relação de emprego iniciando a aula de hoje pela questão da subordinação


lá na CLT o vocábulo utilizado não é subordinação tá lá no artigo 3º que é
dependência e isso gente levou a muita discussão Em décadas de discussão Até nós
pacificarmos o que que seria essa dependência da relação de emprego porque porque a
ideia toda parte de que o trabalho humano Nesse contexto da relação de emprego que
é sobre produto da Revolução Industrial não vamos esquecer disso também ele é visto
como um dos fatores da produção Ou seja é uma das coisas necessárias para que o
capitalista que organiza o empreendimento possa desenvolver a sua atividade sua
atividade econômica A ideia é essa a ideia é que ele consiga em vários fatores
necessários para desenvolver a sua atividade os fatores necessários sei lá a
matéria-prima máquinas equipamentos e energia de trabalho humano então é aí que
entra o direito do trabalho né nessa necessidade que o capitalista que organiza
atividade econômica tem de receber energia de trabalho humano para poder
desenvolver a sua atividade o papel portanto do direito trabalha fazer essa
regulação dessa necessidade de contratação de mão de obra humana Beleza então olha
só que interessante como o trabalho ele é adquirido como fator de produção é
natural que o tomador de serviços que a gente chama de empregador ele queira fazer
a manipulação dessa energia e trabalho ele recebe Essa energia de trabalho como
parte do processo dele para atingir o objetivo necessário ele não quer energia de
trabalho aí como resultado final já de produto pronto não ele quer energia de
trabalho como um dos elementos que ele vai gerenciar que ele vai comandar para
chegar o resultado que ele deseja por isso que a gente fala que essa forma de
prestar o trabalho sobre a dependência do empregador vai fazer nascer um elemento
que é extremamente importante para compreensão do fenômeno que é o poder de comando
o chamado poder diretivo do empregador o poder diretivo então é a consequência
natural da forma de trabalho sobre dependência da CLT por isso que a gente diz que
essa forma de trabalho sobre dependência da CLT é uma forma de trabalho quem que é
um trabalho subordinado um trabalho subordinado não é aquele trabalho onde você não
tem Liberdade como ser humano como se fosse um escravo não é um vassalo não Você
não tem ali uma sujeição da sua liberdade individual Mas você concorda aceita
quando você celebra o contrato de trabalho em se colocar à disposição do empregador
para ele te dar ordens no contexto da relação de emprego Essa é a subordinação Essa
é a dependência que existe na relação de emprego por isso que a gente classifica
essa subordinação como uma subordinação jurídica ela vem do contrato da
manifestação de vontade que é feita por empregado empregador para estabelecer esse
vínculo jurídico Esse é o desejo de ambos o empregado quer se colocar à disposição
para receber ordens e o empregador por sua vez que é justamente dar essas ordens
ele quer justamente fazer essa manipulação daí a ideia da dependência que está lá
no artigo 3º da CLT eu tô frisando aqui ó que a gente interpreta como subordinação
jurídica essa interpretação sempre foi a interpretação clássica mas hoje no nosso
no nosso país Ela está na verdade já positivada também quando em 2011 a gente fez o
artigo 6º da CLT para resolver aquele problema entre trabalho clássico no
estabelecimento do próprio empregado ou Realizado a distância com os pressupostos
da relação de emprego vejam que legislador no parágrafo único fala expressamente em
subordinação jurídica dizendo que os meios telemáticos e informatizados de comando
controle e supervisão se equiparam para fins de subordinação jurídica aos meios
pessoais e diretos de comando controle supervisão do trabalho alheio então onde que
eu quero chegar aqui nesse ponto da aula que a gente não só já tinha pacificado na
doutrina mas agora é lei da positivado que a nossa subordinação característica da
relação de emprego é subordinação jurídica e isso é afasta Como já estava afastado
qualquer tentativa da gente dizer que essa subordinação seria Econômica seria uma
dependência Econômica porque o empregado é pobre o empregador é rico claro que a
dependência Econômica é um dado importantíssimo mas não foi a escolha do legislador
aliás no mundo ocidental como um todo a configuração da relação de emprego no mundo
ocidental não teve por base a dependência Econômica mas a jurídica a subordinação
jurídica a dependência Econômica ela seduz e ela às vezes confunde a gente porque
porque boa parte do problema trabalhista é a fragilidade do Trabalhador por conta
desse traço de dependência Econômica no sentido de que ele necessita dessa relação
jurídica para sobreviver dignamente Essa é a grande fragilidade prática que gera a
relação de emprego como sendo algo a ser tutelado porque porque o empregado
normalmente ele tá numa posição frágil porque ele necessita dessa relação jurídica
para sobreviver dignamente Ok mas a gente fez uma configuração dessa relação
jurídica que não tomou por base essa dependência Econômica tanto que há diversos
casos de seres humanos que não tem dependência Econômica mas que também trabalham e
recebem ordens e tem esses meter ao poder diretivo mandar um exemplo simples gente
você deve conhecer alguém que seja juiz alguém que seja procurador do trabalho e dá
aula em faculdade um advogado dono do escritório bem sucedido e que dá aula em
faculdade infelizmente algo em faculdade a gente sabe não traz uma remuneração
substancial muito juízes e Procuradores e advogados bem sucedidos não aula não só
pelo dinheiro que entra o menos pelo dinheiro que ele entra e mais pela vocação
pela compartilhando ensinamento ou então por status por fazer uma carreira
acadêmica também por isso ajudar também na carreira profissional que a pessoa fica
mais respeitada mais famosa Sei lá são milhões de motivos mas o fato é que
dificilmente é esse profissional que economicamente já está resolvido vai ter um
traço de dependência Econômica para dar aula numa faculdade todo dinheirinho a mais
faz falta mas você não vai dizer que é o salário da faculdade que vai gerar a
sobrevivência de sobrevivência digna já está atendida pela profissão principal
então É nesse sentido que a gente tem que lembrar aqui um trabalhador ele pode
estar sim sobre o comando de um empregador mesmo que ele não tenha dependência
Econômica porque porque ele pactua vendo o contrato daí a subordinação ser jurídica
e a gente tem que tomar muito cuidado com a discussão atual das novas formas de
trabalho porque porque as novas formas de trabalho elas acabam sendo muito
perversas em razão de estarmos no momento em que a crise econômica gravíssima leva
muitas pessoas já estarem num grau de dependência Econômica de necessidade E aí
como consequência você vai ver pessoas se lançando nesses trabalhos por aplicativos
sub-humanas simplesmente porque precisam sobreviver agora daí a configurar a
relação de emprego por causa disso é um outro passe eu sei que é duro falar isso né
mas são coisas diferentes vou por exemplo dizer que um casos reais de motoristas de
aplicativo você tem um sujeito que trabalha 14 15 horas por dia e tem muita gente
fazendo isso para poder sobreviver como o motorista de aplicativo E aí você olha
para esse cara você fala caramba esse cara tá parecendo o velho escravo é uma
escravidão moderna Ok mas no mesmo aplicativo você vai ter como eu já vi tá na
prática a gente caso real uma pessoa que tem que era psicólogo que tem o seu
consultório de psicologia e o que que ele fazia ele ligava o aplicativo para
dirigir como Uber só na hora de ir para o consultório dele então ele pegava algumas
corridinhas para chegar no caminho e ir até o seu consultório fazer uma rendazinha
por fora e a mesma coisa ele fazia no retorno de casa e às vezes final de semana
para ter uma renda extra Então esse sujeito é diferente do primeiro concordo e os
dois estão no mesmo aplicativo porque dessa diferença porque eles têm situações
pessoais muito distintas um tá na miséria não tem outra oportunidade de trabalho e
colocou aquele trabalho aplicativo ali como Sobrevivência para ele ele tá no traço
ali de dependência Econômica Sem dúvida o outro não o outro já tem o seu lastro
econômico e usa aquilo por um reforço de renda já vi um motorista de Uber também
isso também caso real gente e simplesmente era aposentado e falava falou assim olha
eu não aguentava mais ficar em casa sem fazer nada então eu comecei a dirigir para
o Uber para ter uma distração enquanto isso eu converso com as pessoas faço uma
renda extra aí cansei vou para casa Então olha só outra situação bem diferente não
podemos é confundir pessoas que estão com necessidade Econômica com subordinação
jurídica são duas coisas distintas a necessidade Econômica dependência Econômica
ela é perversa para trabalhista porque porque ela fomenta condições precárias de
trabalho já que as pessoas tocam tudo para sobreviver e obviamente Temos que estar
Alerta isso mas o que a gente não pode esquecer é que não existe resposta única
para os problemas trabalhistas e talvez seja um grande dilema da atualidade a gente
tem a cultura tradicional que quer que a resposta para todos esses problemas seja o
vínculo de emprego tradicional ou seja pegar todos esses trabalhadores de
aplicativo e colocar dentro da CLT por exemplo e a gente tem outra possibilidade de
resposta não espera lá esse fenômeno aqui é um fenômeno que pode ser um fenômeno
trabalhista vamos discutir isso ainda que precisa assim de uma proteção adequada
Não há dúvida o estado vai ter que fazer uma intervenção aqui porque nós temos
aquele cara que tá lá 14 15 horas por dia isso aí inaceitável nesse patamar
civilizatório que nós já alcançamos mas isso não necessariamente é um uma questão
para vínculo de emprego é uma questão
nova e de repente pede um tratamento novo uma legislação nova adequada para isso é
um debate que a gente tem hoje e eu acho que é interessante a gente lembrar nesse
ponto exatamente essa questão nós não podemos confundir dependência Econômica que
acaba levando o próprio trabalhador sempre analisar com a subordinação jurídica da
relação de emprego porque a subordinação jurídica da relação de emprego não é mais
uma opção teórica tá positivada como você viu lá no parágrafo único do artigo 6º
Então é isso que marca relação de emprego e quando a gente for na sequência da aula
continuar falando sobre subordinação a gente vai discutir se a gente pode ver nesse
trabalho por aplicativo a subordinação jurídica que muitos estão chamando de
subordinação algoritmica mas para a gente fechar esse bloco é só fixarmos que a
subordinação então é jurídica não é econômica também não é moral ninguém tá
trabalhando ali por vocação e nem técnica porque muitas vezes o empregado depende
da técnica empregador não muitas vezes tá com o próprio empregado e não com o
empregador E isso também não configura a subordinação beleza intervalo para a gente
dar sequência no próximo bloco até daqui a pouco Vamos lá gente vamos dar sequência
então Ó a questão da subordinação tem uma uma um ponto que eu gosto sempre de
frisar tá é fácil a gente falar em subordinação jurídica como aquelas circunstância
do empregado estará à disposição do empregador pro empregador dar ordens manipular
energia de trabalho dele porque porque isso vem lá da visão tradicional também do
direito trabalho 1.0 que aquela visão do Peão de fábrica né aquele cara que recebe
ordens que tem um Capataz dando ordens diretas comandando dizendo como deve ser
feito e por aí vai tá isso é a visão clássica só que assim gente muita coisa já
mudou a gente ainda tem esse problema clássico e a gente tem novas novas formas né
de isso se apresentar no campo das relações de emprego a gente tem por exemplo o
trabalho subordinado mas um trabalho que é intelectual um trabalho de mais alto
nível um trabalho onde o empregado tem um normal empregada que tem um conhecimento
e não empregador e isso faz com que a subordinação ela continua existindo mas ela
se manifeste de uma forma diferente é que o nosso querido José Augusto Rodrigues
Pinto sempre falou na obra dele a gente tem que tomar cuidado com os grau de
subordinação daquela clássica tradicional que é a ordem direta traz subordinação
que vai ficando mais rarefeita conforme o empregado vai ficando num grau maior
dentro da hierarquia da empresa principalmente nessa temática de trabalho
intelectual de dirigentes né diretores e por aí vai eu me lembro de um caso que eu
julguei que era um alto diretor de um banco pedindo reconhecimento de vínculo de
emprego que depois eu descobri que na verdade era para tentar reduzir a
responsabilidade criminal dele porque teve fraude o banco quebrou e ele era uma das
pessoas que estava respondendo lá na criminal e foi condenado lá então acho que ele
tentou na trabalhista ter esse reconhecimento de que era empregado para diminuir a
responsabilidade de alguma forma mas não conseguiu mas o que me marcou foram foi a
instrução com dois advogados assim de altíssimo nível altíssimo mesmo assim um
deles que tava pela empresa era o próprio Amauri mais caro Nascimento eu falei
caramba né e eu tava recém engraçado na magistratura e pelo reclamante veio o dono
do escritório no escritório mais famosa aqui do Rio de Janeiro e eu não vivia ali
falei caramba que é briga de cachorro grande eu ali isso deve ter sido em 98 deve
ter sido eu tava ali com 1º ano de mais fratura primeiro segundo ano mais fratura
em meus de 25 26 anos de idade encarando essa Feras do Direito de Trabalho foi
marcante para mim mas achei interessante porque a expressão correu muito bem né e
eu me lembro que uma das perguntas do advogado reclamante era se O reclamante para
entrar na sala do presidente do banco tinha que se anunciar antes batendo na porta
e se anunciar ou se ele tinha livre acesso aí eu parei Doutor isso não tem nada a
ver com subordinação treinador não ninguém sai entrando na sala de outro não sei se
anunciar antes sem bater na porta né Isso é educação isso eu faço dentro de casa
com meus filhos meus filhos não podem entrar no meu quarto e sem bater na porta né
Então aí todo mundo riu e fomos para outra pergunta mas para você ver a dificuldade
até de buscar os elementos né um diretorzão como é que você demonstra subordinação
de um diretorzão né é difícil mas pode ter a questão é essa sensibilidade de que
vai ficando rarefeito tudo bem beleza e também vamos lembrar que não podemos
confundir subordinação com simples fiscalização Porque qualquer contrato de
natureza civil você vai ter um poder de fiscalizar o cumprimento das obrigações da
outra parte se você contrata um autônomo você vai verificar se ele tá cumprindo um
serviço já fez obra na sua casa se você não acompanhar a sua obra meu amigo um
abraço você tem que ir lá ver o que tá acontecendo você tá toda dando certo não sei
o que lá você tá cumprindo os padrões que que foram pactuados então fiscalização de
cumprimento de contrato não é subordinação subordinação é dirigir o gasto pessoal
de energia de trabalho isso que é subordinação quer dizer como ainda que isso seja
de uma forma mas você tem que dizer como Você dirige a prestação pessoal do serviço
você é o responsável pelo resultado porque você que dirige isso tem que ficar bem
claro tudo bem muito bem feito isso gente vamos ver agora as tentativas que nós
tivemos de reinterpretar subordinação e a tentativa mais recente a tal da
subordinação algoritmica vamos lá primeira tentativa para reinterpretar
subordinação foi tentar deslocar a ideia de subordinação da ideia de comando direto
de ordens fazendo com que a subordinação passasse a ser objetivo ou seja o simples
fato de você integrar a estrutura da empresa que faz com que você preste serviços e
essa energia de trabalho venha em prol do tomador de serviço já seria suficiente
para configurar ao vivo de emprego pouco importa se o empregador tá te dando ordens
diretas ou não está comandando seu serviço diretamente ou não o que importa é você
integrar essa estrutura Empresarial isso seria um corte objetivo não é o
entendimento majoritário nunca foi entendimento majoritário a subordinação ela tem
algo de subjetivo de comando de direção tanto que a fiscalização do empregador a
punição do empregador o empregador ele acompanha o gasto de energia Tudo bem então
a subordinação não é objetiva mas dessa ideia Surgiu uma outra um outro esforço
interpretativo para tentar dar resposta não só a terceirização mas talvez até além
disso a descentralização produtiva como um todo porque o que que acontece hoje as
empresas Elas têm a tendência de fazer uma organização da seguinte forma a minha
empresa tem um lucro essencial e o resto eu contrato outras empresas para me
fornecer produtos e serviços é a descentralização produtiva que é hoje uma
realidade instaurada no mundo inteiro e o que que acontece com a centralização
produtiva a energia de trabalho humano ela tende a ficar nas pontas e não Eu por
exemplo posso criar uma editora eu faço a minha PJ que é uma editora sabe uma
editora não tem nada eu simplesmente quando eu quero publicar um livro eu contrato
uma empresa que faz diagramação que faz revisão que faz a parte gráfica e por aí
vai então o trabalho humano tá lá nas pontas não tá na minha Editora tudo bem E aí
Houve essa tentativa de religar as contas de pegar o trabalho lá na porta e religar
ao centro da empresa mãe da empresa que tá usando desse modelo de gestão através da
subordinação estrutural que alguns tentaram chamar de integrativa ou de reticular é
a ideia de subordina o fato de você trabalhar inserido dentro da estrutura da
empresa retornando o trabalho ao próprio beneficiário que criou essa estrutura Ou
seja é um conceito meio circular onde basicamente seria todo mundo que trabalha
dentro desse dessa cadeia de centralizada tem subordinação com a empresa principal
com a empresa mãe tá esse conceito foi muito divulgado pelo Ministro Maurício
Godinho Delgado na obra dele e chegou a ter julgados na justiça do trabalho
principalmente em Minas né que é o campo lá de origem do Godinho e a gente teve
muita gente julgando com subordinação estrutural o TST chegou a julgar também
bastante com subordinação estrutural mas hoje em dia essa tese gente o STF já disse
que não pode ser aplicada quando o STF foi julgar as questões e que envolviam
terceirização o STF reconheceu que a terceirização no Brasil ela é livre pode
acontecer na atividade física na atividade meio tá dentro da Liberdade econômica e
da livre iniciativa a empresa tem que ter essa autodeterminação de como ela quer
gerir a sua atividade econômica e não existe nenhuma lei impedindo que isso
aconteça ou seja não é ilegal no nosso país você ter uma empresa que adota um
modelo de Centralizado logo não há como a gente fazer essa vinculação do
Trabalhador lá na ponta ao a empresa mãe ou seja a subordinação estrutural seria
contrária a livre iniciativa e liberdade econômica e a terceirização como
regulamentada do nosso país o STF já decidiu isso então essa tese hoje eu entendo
que a matéria que não tem mais como ser aplicado porque o STF já decidiu sobre esse
tema que sempre Foi questionado por que ela sempre foi questionável porque ela não
resolveu o problema na verdade ela só conseguiu resolver o problema quando é essa
de centralização acontecia dentro do nosso país aí era fácil porque porque tava
todo mundo submetido a nossa Justiça do Trabalho você pegava então por exemplo uma
editora brasileira que contratava uma gráfica brasileira você falava subordinação
estrutural e os trabalhadores da gráfica São empregados da editora isso você
poderia funcionar dentro do Brasil mas quando você coloca a empresa fora do país
essa rede internacional isso já
já dá furo porque assim um trabalhador chinês produzindo lá a gráfica chinesa por
uma editora brasileira a editora brasileira é responsável pelas condições de
trabalho do trabalhador chinês o trabalhador chinês sofre um acidente quem é que
responde o brasileiro Ou seja já era quebrada essa teoria porque ela não dava
resposta para esse fenômeno Internacional e mais nunca deu resposta também por um
fenômeno que poderia até ser aqui dentro do Brasil que é o seguinte editor e
gráfica Às vezes a gráfica gente é uma empresa Mega potente que tem 10 mil editoras
como clientes Então essa gráfica faz livros para 10 mil editoras aí um trabalhador
sofre um acidente de trabalho lá na gráfica as 10 mil editoras vão responder ou
responder editora do livro que ele tava no momento ajudando a imprimir é isso então
assim é uma loteria se o cara morre lá a loteria dos 10 mil aqui é para ele não tá
apertando o botão que ia fazer o meu livro aí eu não respondo se tivesse apertando
o botão que ia fazer o meu lindo aí eu respondo tipo assim essa teoria nunca levou
em circunstância essa questão de que o trabalho em rede ele não é necessariamente
precarizante ele pode ser um trabalho Digno o trabalhador da gráfica se bobear Tá
mais protegido do que o trabalhador daí Editora que pode ser uma editorazinha
pequenininha e uma gráfica que presta serviço para o mundo inteiro então isso nunca
fez muita lógica essa circunstância porque esse trabalhador ele pode estar
trabalhando para graça que pulveriza o trabalho dela para 10 mil pessoas para 10
mil editoras diferentes então nunca houve uma resposta adequada para isso então
acabava só funcionando quando a gente tinha uma uma descentralização aqui cheirava
mal tipo A empresa ela contrata uma outra essa outra só trabalha para ela essa
outra só faz serviços para a empresa mãe aí Começa a cheirar aí você começa a ver
que a empresa mãe é quem diz qual é o preço que vai pagar e aí o que que faz a
empresa satélite ela começa a a precarizar a mão de obra para poder atender ao
preço aí nesse caso específico a gente pode ver um traço de fraude ver um traço em
que essa empresa satélite tá parecendo mais uma testa de ferro da empresa mãe ou
seja na fraude tudo bem a gente não pode pegar fraude generalizar por isso que eu
falo que essa subordinação Estrutural para mim ela morreu mas a gente pode no campo
da descentralização produtiva fraudulenta precarizante testa de ferro chamar
responsabilidade mas a gente vai estudar isso quando formos analisar a
terceirização é descentralização produtiva aí eu vou explicar isso melhor que a
Inclusive a Minha tese de doutorado tá beleza mas não acabou não tá gente ainda
temos aqui que falar da subordinação algoritmica né falaremos disso depois de mais
esse intervalo até daqui a pouco Vamos lá gente então vamos na sequência então para
a gente finalizar o conceito de subordinação vamos lembrar né que subordinação é se
colocar à disposição para ter o seu trabalho manipulado obviamente isso é
incompatível com trabalhar autônomo né porque o trabalho autônomo é aquele onde o
trabalhador não recebe ordens o trabalhador é que diz como o serviço vai ser feito
é o trabalhador tem essa liberdade tá pra gente chegar então no conceito de
subordinação algoritmica que é o problema da urbanização que é verdade é errado de
falar em hurberização porque esse fenômeno do trabalho digital ele é muito amplo né
são cerca de 100 formas diferentes de trabalhar através de plataformas digitais E
aí se você quiser se aprofundar no assunto eu nem sei se meu livro tá aqui que eu
tava lendo ele outro dia tá aqui ó é um livro que eu recomendo para vocês é isso
aqui ó a intermediação de trabalho via plataforma digitais do meu querido amigo
André Gonçalves zíper advogado lá de Curitiba esse aqui tem inclusive dedicatória
né coisa de chique e ela é uma principal obra eu acho uma das mais é completas uma
que dá a visão Ampla desse assunto e eu recomendo que Você estude por essa obra
esse essa questão específica do por plataformas digitais tem várias outras né Eu
gosto muito da obra do André e o que que acontece gente nós temos uma tentativa
hoje de colocar nesse fenômeno do trabalho por plataformas digitais dentro da CLT
para que isso seja possível você necessariamente vai ter que ampliar o conceito de
subordinação você vai ter que repaginar o conceito subordinação porque porque a
subordinação clássica de dar ordens não existe na plataforma digital plataforma
digital normalmente você se loga lá você se cadastra como um usuário da plataforma
digital e ela permite que você preste o seu serviço e vamos lembrar são quase 100
modelos diferentes de plataforma digital no mundo afora lembrando que também a
gente pode se locar a plataforma de tarde mundo afora também porque a internet
permite tudo né quando a gente fala da Uber especificamente que é o caso mais em
moda aqui no Brasil né que tá levando essa grande discussão nos tribunais uma
verdadeira Guerra Santa nos tribunais Parece que quem reconhece dentro de emprego é
a pessoa do bem quem é contra o vínculo de emprego uma pessoa do mal é aquela
manipulação de polarização que a gente vive em tudo no nosso país é só um corte é
uma questãozinha dentro desse mundo de plataforma digital porque porque a
característica do trabalho na Uber é a necessidade do ser humano estará ali
gastando energia de trabalho o motorista precisa ir lá apanhar o cliente levar o
cliente não sei o quê para receber o pagamento sendo que esse pagamento fica um
percentual para empresa de plataforma digital e um plataforma para o motorista uma
um percentual para o motorista não é assim coisa de 70% do motorista algo assim e o
que que ocorre gente para que você tenha a subordinação reconhecida você tem que
fazer aquela aquele esforço interpretativo para passar a entender que o papel
clássico do dar ordens do empregador hoje acontece pelo próprio aplicativo que
criou que que comanda essa forma de trabalhar então basicamente seria através do
algoritmo existe a fiscalização o controle o comando as ordens que naturalmente
antes o empregado recebeu do seu próprio chefe do seu gestor E aí fica esse Grande
Debate Porque não houve perícia não algoritmo da Uber de forma correta porque isso
seria muito invasivo no Segredo da empresa sendo que ele tem outros meios né de
chegar a essa conclusão e a gente fica por conta dos depoimentos né testemunhas E
aí você vai encontrar de tudo há depoimento testemunhas de que não existe nenhum
tipo de comando nenhum tipo de cobrança já vi depoimento no sentido de que jamais
percebeu qualquer e-mail dizendo que tá trabalhando pouco que recusou viagens ou
qualquer coisa assim existe em depoimento e sentido contrário aí quem tá falando a
verdade quem tá mentindo é tarefa do cotidiano aí da Justiça do Trabalho quem se
impressiona com a dependência Econômica olhando aquela situação de pessoas que
estão trabalhando horas seguidas logados no aplicativo que ela precisam sobreviver
e também impressiona muito quem está trabalhando em certos aplicativos que assim
tem remuneração muito baixa né que tem condições de trabalho assim muito perigosas
o pessoal que entrega de bicicleta por exemplo os motociclistas também né pessoal
de bicicleta para mim ainda é pior porque eu vejo né Eu Sou ciclista Então eu fico
nervoso é o pessoal sem capacete a bicicletinha não tem luz você vê que a bicicleta
não tem não tem retrovisor né para quem tá ali no trânsito eles não tem noção de
trânsito é bicicleta na contramão no meio dos carros enfim é complicado e o próprio
código de trânsito estabelece várias regras para você andar de bicicleta na rua e
não são observados então assim não há dúvida ele que aquilo aí é uma circunstância
que gera uma aflição né para quem é do mundo trabalhista como nós e tá vendo que a
coisa é perigosa que não tá legal e a remuneração é muito baixa r$ 3 por entrega
sabe tá legal mas a gente não quer dizer que a resposta seja o vínculo de emprego
aquilo que eu já comentei na aula de hoje depende né Depende da visão de mundo essa
subordinação algorítmica portanto é algo que está sendo discutido na justiça do
trabalho se ela existe ou se ela não existe ainda não temos uma resposta final quem
usa subordinação algoritmo liga com um artigo 6º da CLT que fala dos meios
telematizados para controle comando supervisão que configuração jurídica Então usa
o artigo 6 e quem não concorda passou abordinação algoritmica basicamente fala o
seguinte que ainda não há prova ou pelo menos não é uma prova contundente de que
nenhum trabalhador é obrigado a ficar tantas horas trabalhando por dia e aí vem a
discussão gente maior desse problema todo né que são as consequências das duas
teorias se eu reconheço o vínculo de emprego o que que vai acontecer com a operação
desses trabalhos por plataforma ninguém sabe se vai ser simplesmente extinto esse
trabalho se o trabalho vai modificar quando reconhecer carteira assinada como é que
isso vai acontecer a minha opinião é de que provavelmente vai ver um achatamento
salarial porque não dá para pegar o que hoje o motorista ganha reconhecer o vinho
em cima disso pagar todos os encargos a operação provavelmente não vai fechar a
conta então vai ver uma chata mesmo salarial salário mínimo e se não for essa opção
uma regulamentação própria eu sinceramente acho que é o melhor representação
adequada para essa nova forma de trabalho humano que já tem vários projetos de lei
aí vamos aguardar Gente ninguém precisa se matar por causa disso quem tem opinião
diferente não é uma pessoa má necessariamente o que vai acontecer mas esse é o
debate agora o debate principal por trás disso para mim é o seguinte essa pessoa
que está gastando energia através de aplicativo é um trabalhador para mim sim esse
é meu grande medo gente meu grande medo dessa discussão e levar para um caminho que
seja tão radical que de repente o STF quando for analisar a questão vai falar a
mesma coisa
que falou para o motor para o transportadora autônomo de carga tá ou por
representante comercial Vai falar o quê que relação ali não é trabalhista Esse é
meu grande medo porque se você pegar todo mundo que os aplicativos fala que a
relação de é uma relação civil que não é uma relação trabalhista porque a pessoa
usa o aplicativo se quiser e contratou o aplicativo nessa modalidade a gente tira
toda essa discussão do campo das relações trabalhistas impedindo que a gente
desenvolva uma proteção adequada para o ser humano trabalhador Então para mim o
mais importante tudo é não tirar de mente de que são trabalhadores por isso que é
importante esse conceito de relação de trabalho como a gente já vai chegar Tudo bem
então ainda há dúvida existe ou não existe a subordinação o fim da discussão Beleza
então tá aí terminamos aqui a subordinação clássica da relação de emprego tá então
a espécie de relação de emprego necessita da subordinação e o gênero relação de
trabalho o gênero em relação ao trabalho precisa da subordinação não subordinação
não é elemento do gênero de relação de trabalho pode surgir ou não se tiver relação
de emprego tá dentro do gênero em relação ao trabalho se for um trabalho autônomo
até dentro do gênero em relação de trabalho então a subordinação não é elemento
essencial do gênero relação de trabalho então até aqui o que que nós temos relação
de emprego pessoa física né o ser humano com pessoalidade onerosidade habitualidade
e subordinação relação de trabalho pessoa física né o ser humano com a pessoalidade
em regra onerosidade e tanto faz habitualidade subordinação pode estar presente
termina por aqui não não termina por aqui existe uma sexto elemento que eu gosto de
fazer a parte que é justamente para você compreender o problema para mim central do
gênero em relação de trabalho e complementar o conceito de relação de emprego que é
a alteridade ou aliabilidade muita gente fala que é alteridade ela já está embutida
na subordinação isso é quase verdade para mim porque porque todo trabalho
subordinado necessariamente terá alteridade mas nem sempre o trabalho com
alteridade tem subordinação a recíproca não é verdadeiro tudo bem que que é então a
alteridade a alteridade é a circunstância de você não trabalhar por conta própria
essa circunstância de você trabalhar por conta alheia você trabalha para outra no
caso da relação de emprego você não trabalha por conta própria você trabalha para
outra o empregador o empregador ele adquire a sua energia de trabalho por isso que
a gente fala gente e tá na CLT que o empregador é quem assume o risco da atividade
ele assumir os riscos do trabalho o empregado Ele só tem que ir lá cumpre resolve
fazer a parte dele agora se vai dar lucro prejuízo problema do empregador você vai
dar certo vai dar errado o problema do empregador o empregado não corre em risco o
empregado gasta energia de trabalho dele conforme o comando empregador e recebe a
sua compra prestação salarial ponto também por isso tudo que o empregado produz não
é dele empregado é do empregador o empregador tá adquirindo energia de trabalho
justamente para isso para que todos os frutos do trabalho sejam dele Daí a gente
falar que o empregador faz uma aquisição originária dos frutos do trabalho isso é
muito importante gente porque isso faz toda a discussão da luta de classes ter
sentido é o que muita gente indica como uma perversão do capitalismo porque porque
o próprio trabalhador não consegue ser dono daquilo que Ele produz ele está
alienado não só dos fatores da produção mas os próprios frutos do trabalho se você
quiser entender autoridade alteridade veja aquela música música muito bonita né
Muito emocionante que fala sobre essa questão que é a música Cidadão né eu conheci
e fiquei é muito Caxias do Zé Geraldo Se não me engano né mas eu conheci na voz do
Zé Ramalho é uma música muito legal que eu acho que dá pra gente eu vou tentar
tocar aqui vamos ver se vai dar certo para gente marcar o final desse bloco de
falar um pouquinho diferente e compreendendo essa circunstância eu não sei se vocês
vão conseguir ouvir o vídeo Espero que sim mas se não conseguir gente veja uma
letra deixa eu pegar a letra aqui Eita não vai dar certo tô inventando aqui gente
não sei se vocês vão conseguir ouvir a letra aí mas eu acho que a letra que não tem
então Espera aí deixa eu dar um pause aqui deixa eu pegar a letra da música porque
essa letra é a marca aí da autoridade tá vendo aquele Ed dá um tempo de aflição
Eram quatro condução duas para ir duas para voltar hoje depois dele pronto olho
para cima e fico tonto mais me chega um cidadão e medir desconfiado Tu tá aí
admirado ou tu tá querendo roubar Meu domingo tá perdido vou para casa entristecido
dá vontade de beber e para aumentar o meu tédio eu nem posso olhar para o prédio
porque eu ajudei a fazer olha só alienação tá vendo aquele Colégio Moço eu também
trabalhei lá lá eu quase me arrebento pus a massa aqui cimento ajudei a rebocar
minha filha inocente vem para mim toda contente pai vou me matricular mas me diz o
cidadão criança de pé no chão aqui não pode estudar essa dor doeu mais forte porque
que eu deixei o norte eu depois a me dizer lá a seca castigava mas o pouco que eu
plantava tinha direito a comer ou seja era meu mesmo fruto era meu tá vendo aquela
igreja moço onde o padre diz Amém pois o Senhor Badalo enchi minha mão de calo lá
eu trabalhei também lá sim valeu a pena tem quermesse tem novena e o padre que me
deixa entrar foi lá que Cristo me disse rapaz deixa eu tô nisso não se deixa a
minha não entrar fui eu quem criou a terra não deixei nada faltar hoje um homem
criou asas e na maioria das casas Eu também não posso entrar fui eu quem criou a
terra enchi e fiz a terra não deixei nada Fantástico e na maioria das casas Eu
também não posso entrar então é sensacional né essa letra ela traduz esse
sentimento da alienação dos frutos do seu trabalho então a música Cidadão aí para
mim explica ajuda a gente a entender essa circunstância da alteridade Tá mas não
acabou não vamos fazer mais um intervalo e a gente já volta daqui a pouco muito bem
pessoal depois da minha tentativa frustrada né de cantar a música Cidadão mas que
você vai depois ouvir em casa com essa cabeça de alteridade de alienação do
trabalho humano é que você vai entender o seguinte que essa é a grande marca da
exploração humana do trabalho no mundo capitalista Essa é a grande marca é você
estar alienado dos frutos do seu trabalho quando acontece isso é que surge aquele
elemento que é o que a gente trabalha é o que a gente vive o conflito capital
trabalho é isso que dá todo sentido a um ramo autônomo do direito do trabalho que é
o direito de trabalho dá sentido a uma Justiça autônoma que a justiça do trabalho
Ministério Público do Trabalho autônomo né que é o Ministério Público do Trabalho e
por aí vai um ministério do trabalho Previdência Social nós temos todo uma
estrutura social para lidar com esse fenômeno que é o conflito capital trabalho
humano Essa é a marca então que para mim justifica de e coroa o conceito do gênero
em relação de trabalho a existência da alteridade a existência dessa circunstância
de não trabalharmos por conta própria de trabalharmos por conta alheia e isso gente
faz com que seja natural então que a gente não possa trazer o campo das relações
trabalhistas qualquer outro tipo de relação onde não é essa marca a relação de
emprego tem sempre alteridade sim tem sempre autoridade o trabalho subordinada por
si só ele já vai ter autoridade porque eu não trabalho por conta própria eu
trabalho por conta dele isso faz com que o empregador assume os riscos da atividade
econômica Quando é que eu vou trabalhar sem alteridade quando eu assumo o risco do
negócio quando eu estou gastando energia de trabalho eu mesmo assumo o risco do
negócio aí eu quebro autoridade beleza porque eu tô trabalhando por conta própria a
professor então trabalhadora autônomo trabalha por conta própria não
necessariamente aliás diria eu que na maioria das vezes não para mim é essa é uma
circunstância hoje da realidade do trabalho autônomo mundo afora porque eu trabalho
autônomo gente você trabalha com liberdade no sentido de não ter subordinação você
não recebe o comando Mas isso não quer dizer que você não esteja trabalhando por
conta alheia por exemplo a gente tem aqui no curso jurídico professores que são
autônomos trabalham sem subordinação eu não tenho subordinação jurídica ao certo
Ninguém me dá ordem do que eu devo fazer o que eu não devo fazer eu tenho um pacto
onde eu assumo um compromisso de gravar uma quantidade de aulas por mês recebendo
uma remuneração X por mês né E a gente mês a mês estabelece faz aulas que eu vou
dar agora eu tenho Total Liberdade se eu vou botar uma música no ar se eu não vou o
que que eu vou falar aqui Isso faz parte da minha liberdade como professor como um
trabalhador autônomo Ninguém me dá ordem agora eu tenho um contrato para cumprir
Óbvio e o certo pode fiscalizar Esse contrato para ver se eu tô gravando as minhas
aulas ou não e puxar minha orelha Olha tá atrasado não sei que normal é a
fiscalização do cumprimento de um contrato agora sem ordem sem Comando sem dizer
como eu devo fazer como eu devo fazer sem nada eu não sou nem obrigado mas com
alteridade porque com alteridade porque de qualquer forma eu não estou trabalhando
por conta própria eu estou trabalhando por conta alheia quem é que corre o risco
dessa atividade aqui que estamos fazendo Não sou eu é o certo eu simplesmente
recebo a minha remuneração e dou minha aula ponto final agora se vai dar sucesso ou
não se vai dar lucro ou prejuízo realmente não é problema meu é problema do tomador
de serviço Então veja eu sou um trabalhador autônomo que não tá correndo risco da
atividade econômica Eu sou um dos insumos dessa atividade econômica mas o certo
quero um sumo sem nenhum interesse de comandar a energia de trabalho ele quer
resultado ele quer que eu seja um professor bom que dê o resultado esperado ponto
final entendeu vai perceber agora olha só também para você fechar autoridade quando
eu trabalho por conta Leia necessariamente eu tô sendo explorado por que que eu tô
sendo explorado porque o certo me paga um valor fixo por hora independentemente do
resultado final do curso veja o curso pode ter 100 mil alunos e aí vai dar sim uma
dinâmica que vai ficar todo esse lucro com o certo o certo vai pagar todas as
despesas professor não sei o quê não sei o que lá e vai ficar com um lucro disso
concorda já eu né tô seguro porque se tiver só 10 alunos vai ser o maior prejuízo
mas eu também não tem não tô estressado com isso eu recebo meu valor ponto final
Então olha só que interessante né quando você trabalha por conta alheia você tem
malefício de não estar recebendo tudo o que a sua energia de trabalho produziu
porque sei lá vai que 100 mil alunos porque adora as aulas do Professor Otávio show
mas eu não vou receber esse excesso né porque vou receber uma hora fixa por exemplo
por outro lado eu tô seguro porque se não vier ninguém eu recebo meu pagamento vira
as costas e vou embora então quando eu trabalho por conta alheia eu nunca vou
conseguir receber exatamente para o bem e para o mal aquilo que eu valho no mercado
para eu conseguir receber exatamente o meu valor de mercado só tem um jeito é eu me
arriscar como é que eu quebro a autoridade eu ao invés de dar aulas através de uma
empresa que me contrata eu eu mesmo grava minhas aulas e coloco na internet por
conta própria e hoje é facinho de fazer isso não é tá cheio de aplicativo aí para
você fazer isso hoje Você grava a sua aula e bota na internet porque você não faz
isso você é um professor maravilhoso não sei que lá porque gente primeiro que não é
tão simples assim né você não é só botar aula na internet tem milhões de pessoas
botando aula na internet você tem que fazer tudo uma divulgação você tem que cuidar
desses alunos aí você tem que ter um corpo para cuidar da parte financeira você tem
que ter alguém para fazer atendimento Você tem uma série de serviços ali que você
vai ter que investir isso Opa tempo né No meu caso pessoa juiz eu não tenho tempo
para fazer isso uma série de circunstâncias né e muitas vezes a escolha pessoal eu
não quero estresse Eu gosto da minhas aulas eu fico feliz de passar meus
conhecimentos Fico feliz de receber uma remuneração digna por isso a sua felicidade
já Renato Saraiva por exemplo ele é empreendedor Nato ele tem isso na veia é o que
faz de paixão e meu Deus do céu aplauda a cada dia e torço para o Renato cada vez
tem mais sucesso e a empresa dele mais para frente porque eu vou junto esse essa é
a grande cabeça que eu acho que falta no mercado de trabalho brasileiro é a gente
sair da zona de conflito e entrar na zona de parceria porque se a empresa não vai
para frente o trabalhador também não vai é tão simples isso é tão óbvio né a
empresa é com lucro a empresa que cada vez está mais forte tende a contratar mais
gente a dar uma remuneração mais dívida mais benefícios e assim por dia tudo bem
então ficou claro isso gente para eu quebrar a alteridade só eu correndo risco do
negócio eu mesmo me lançando no mercado e aí que a gente entra naquela temática da
relação de consumo porque porque o conceito de consumidor a meu ver passa por essa
circunstância de relação de consumo né passa por essa circunstância são dois
elementos que a gente retira do artigo segundo e terceiro do qual a defesa do
consumidor que para mim ajudam a entender essa questão e separar os conceitos olha
lá o que que fala o qual a Defesa do Consumidor Artigo segundo consumidor é toda
pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como
destinatário final ou seja a relação é direto prestador de serviço gasta energia
diretamente ao destinatário final não é o que acontece comigo aqui eu não tô
gastando energia diretamente para você eu gasto energia processo e o certo coloca o
produto para vender no mercado e entra você como aluno consumidor Olha uma relação
aí triangular o certo é o explorador da minha mão de obra como trabalhador autônomo
e você e na ponta é o consumidor da relação com sexo entendeu como é que funciona e
aí vem a segunda elemento quem é fornecedor ou prestador de serviço no parágrafo
segundo para ficar mais claro para gente serviço é qualquer atividade fornecida no
mercado de consumo mediante remuneração em outras palavras eu para ser para mim
enquadrar não pode Defesa do Consumidor eu como prestador de serviço o que que eu
precisaria Eu precisaria estar fornecendo no mercado de consumo as minhas aulas eu
mesmo gravo eu mesmo coloco na internet eu mesmo faço a venda E aí massificando meu
serviço jogando no mercado de consumo e aí você aluno que comprasse as minhas aulas
Aí sim estaríamos numa relação direta eu prestador de serviço diretamente para você
aluno consumidor e tudo que você pagasse entraria para o meu bolso sem um
atravessador sem explorador da minha mão de obra aí eu quebraria a relação de
trabalho agora se eu trabalho através do sexo e o Sérgio joga no mercado de consumo
mas os cursos tudo certo produz com seus diversos professores aí quebrou Aí você tá
numa relação de consumo e eu sou um trabalhador do sexo o certo é o explorador
capitalista da minha mão de obra e eu não recebo tudo que o Vale do mercado porque
o que você paga pelas minhas aulas vai para o sexo O César vai pagar tecnologia
serviço de apoio remuneração do Professor Otávio e o que sobrar no bolso é a mais
valia é o lucro Esse é um esquema bem simplificado dessa ideia de exploração
capitalista do trabalho humano que é o que marca a relação as relações trabalhistas
como tudo é o que marca Nossa área por isso gente que a alteridade para mim é
elemento natural da relação de emprego porque todo trabalho subordinado é também um
trabalho com alteridade então é um elemento essencial que vai estar na relação do
emprego necessariamente e na relação de trabalho também é um elemento essencial só
quando a gente tem essa circunstância da exploração capitalista do trabalho humano
é que a gente vai ter para mim em relação de trabalho porque aí eu vou ter todos os
elementos necessários para justificar todo esse ramo autônomo também o trabalhador
que é explorado pelo capitalista Ele deve estar potencialmente fragilizado ah
Professor Mas você ganha bem e tal não sei quê Sim mas olha só se eu vacilar e vai
me fazer falta se remuneração vai fazer falta será que eu consigo Não sei então
existe um traço ali de fragilidade existe é aquela fragilidade inerente ao
trabalhador perante quem o remunera beleza e né quando eu não tenho essa alteridade
eu não tenho essa fragilidade porque é o próprio trabalhador que se auto explora
que se coloca no mercado e alfere os lucros próprios por isso e correndo risco da
própria atividade Beleza então quem adota corrente restritiva como eu tem sempre
alteridade quem não adota corrente restritiva não exige alteridade E aí eu acho que
se perde por isso porque perde esse elemento essencial que é inerente ao conflito
capital trabalho é a autoridade para mim que faz essa marca tudo bem E aí para
finalizarmos então conceito de relação de emprego pessoa física pessoalidade
oleosidade habitualidade subordinação e alteridade que vai estar sempre lá porque
eu trabalhasse bom demais relação de trabalho e gênero pessoa física né o ser
humano com pessoalidade regra com nenerosidade e alteridade pode ter habitualidade
ou não pode ter subordinação não mas a autoridade tem que estar lá no meu conceito
tente tá lá e aí quando eu coloco por exemplo os trabalhadores por aplicativo nessa
fórmula eu consigo concluir que eles estão no gênero em relação de trabalho para
mim é um ser humano que gasta energia com pessoalidade ainda que mais cada efeito
com onerosidade com habitualidade ou não vai depender de cada trabalhador com
subordinação ou não que aquela discussão que a gente fez mas com alteridade porque
porque o cliente da Uber paga o dinheiro para empresa Uber a empresa Uber fica com
uma parte Repassa a outra ou seja a empresa hubitar fazendo a exploração
capitalista do trabalho humano uma nova modalidade com uma nova tecnologia é isso
então para mim é gênero relação de trabalho beleza vamos fechando por aqui até a
próxima forte abraço

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