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FACOT

 Análise e avaliação do movimento baseado na estrutura e função do corpo


 Finalidade: promover a saúde e prevenção de doenças
 Previne perturbações músculo-esqueléticas, cardiovasculares, respiratórias, e da saúde
mental
 Intervenção de acordo com a perspetiva BIO-PSICO-SOCIAL (obtenção máxima de
funcionalidade do utente)

Etapas do processo:

Avaliação Diagnóstico Intervençao


em em /
Fisioterapia Fisioterapia Tratamento

• Avaliação em Fisioterapia:

Exame subjetivo Exame objetivo

RACIOCÍNIO CLÍNICO

DIAGNÓSTICO EM FISIOTERAPIA

TRATAMENTO EM FISIOTERAPIA

Exame subjetivo = historia + medicação + sintomatologia + exames complementares de


diagnóstico
Exame objetivo = avaliação postural + analise da marcha + palpação + movimentos (Teste
muscular, teste neurológico, teste de despiste…)

Exame Exame sinais e Diagnóstico


subjetivo objetivo sintomas funcional em
Fisioterapia

AVALIAR, PLANEAR e TRATAR


Lesões tecidos moles:

ESTRUTURAS CONTRATEIS = musculo, tendão, inserção mio-tendinosa e osteo-tendinosa

Dor revelado em: movimento resistido (+++) quando: descontinuidade + inflamação + processos
degenerativos

ESTRUTURAS NÃO CONTRATEIS = não tem capacidade de se contrair

Dor revelado: estiramento (+++)

Mecanismos de lesão músculo-esquelética:

Macrotrauma
VS microtrauma
direto VS indireto

3 FASES APÓS LESÃO DOS TECIDOS MOLES

Fase inflamatória (48 a 72 horas):

- Rutura vascular; hemorragia; extravasamento de exsudados; formação de coágulos de


fibrina; presença de macrófagos

Objetivos de tratamento:

- Controlar a resposta inflamatória; melhorar a nutrição tecidular e drenagem; reduzir a dor e


o edema; rice (ou price) e evitar o harm

Fase de reparação (até 2/6 semanas):

- Deposição das fibras de colagénio; fragmentos celulares são removidos pelos macrófagos; há
formação de neo-capilares; a disposição das fibras é influenciada pelas linhas de stress

Objetivos de tratamento:

- promover a deposição normal de colagénio; promover as capacidades normais dos tecidos


lesados

Fase de remodelação (3/6 semanas ate 3/6 meses):

- completa a fase anterior

- remodelação completa da estrutura, mantendo a força, a elasticidade e extensibilidade,


respeitando a orientação das linhas de stress

Objetivos de tratamento:

- consolidar o processo de reparação; evitar aderências e fibroses; normalizar elasticidade e


extensibilidade do tecido
Classificação das lesões dos tecidos moles:

- Grau I = ligeira

Sinais: perda mínima na integridade estrutural; sem mobilidade


anormal; sem edema ou com ligeiro; dor localizada à palpação

Implicações: perda mínima da função; regresso precoce à atividade

- Grau II = moderada

Sinais: fraqueza estrutural; alguma mobilidade anormal; alterações dos


padrões “end-feel”; edema moderado ou intenso; associado a hemartrose
/hidrartrose

Implicações: maior risco de recidiva; necessita proteção para minimizar


risco; necessário o uso de formas de imobilização seletiva

- Grau III – completa

Sinais: perda da integridade estrutural; hipermobilidade;


hemartrose grave e edema intensos

Implicações: necessita proteção mais prolongada;


necessita de ser aspirado; pode haver indicação cirúrgica;
maior risco de instabilidade funcional a longo prazo

Patologias musculares:

Fatores de prognostico das lesões musculares


POSITIVOS NEGATIVOS
LOCAL Ventre muscular, contusão Junção musculo-tendinosa, contusões
intermuscular intramusculares
SEVERIDADE 1ª lesão; lesão parcial (grau I, II) Rotura completa; recidiva de lesão anterior
SINAIS CLINICOS Derrame mínimo, dor mínima, Derrame moderado e intenso, dor acentuada,
perda de função mínima perda de mobilidade
COMPLICAÇÕES Função normalmente Maior risco de síndromes compartimentais,
preservada, baixo risco de tendência para recidivas
complicações
PROGNOSTICO RESOLUÇÃO RÁPIDA E INCAPACIDADE PROLONGADA
COMPLETA
Patologias musculares SEM lesão anatómica: cãibra, contratura, SRDM

Patologias musculares COM lesão anatómica: rutura, desinserção, contusão, dilaceração,


hérnia, hematoma

- Cãibra: contração involuntária, brutal, intensa, dolorosa, transitória, acompanhada de


um deslocamento segmentar incontrolável

* Cãibras ligadas ao esforço: aparecem durante as contrações musculares


longas e repetidas

* Cãibras durante a noite sobre músculos em repouso

- Contratura: estado de contração involuntária, dolorosa, localizada num musculo ou


parte dele

* Contraturas de overuse do musculo durante atividades intensas

* Contraturas de defesa acompanhando uma lesão osteo-ligamentar

- Sensação Retardada de Desconforto Muscular (SRDM): dores musculares difusas a


vários grupos musculares; acompanhadas (ou não) de um aumento de volume do segmento;
24 a 48 horas apos um esforço anormal longo e intenso; desaparece em 5 a 7 dias

* é uma dor espontânea, provocada por palpação ou por movimento

* é acompanhada de: sensação de rigidez; fraqueza; fadiga; cãibras musculares

* Etiologia: como base as consequências da exagerada atividade muscular:

- aumento da tensão muscular

- aumento do metabolismo e acumulação de resíduos metabólicos

- aumento da temperatura do musculo

- alterações no controlo neuronal (espasmos)

* Causas da SRDM:

- lesão de fibras musculares e/ ou tecido intramuscular

- edema e aumento da pressão hidrostática intramuscular

- espasmo muscular e isquémia por alterações do controlo neuronal

* Objetivos de tratamento:

- quebra de aderências musculares criadas pela lesão

- retorno à atividade de vida diária e atividade desportiva

- remoção de metabolitos acumulados no musculo pelo aumento do


fluxo sanguíneo e da temperatura

= outras estratégias: MTM, alongamentos, crioterapia,


farmacoterapia, TENS

* Prevenção: aquecimento e alongamentos antes do exercício, …


Anamnese Cãibra SRDM Contratura
Mecanismo Cãibra de esforço, Híper-solicitação Híper-solicitação
cãibra de repouso mecânica global mecânica de um
musculo, espasmo
muscular de defesa
Dor espontânea Intensa, paroxística e Global aparecendo Localizada num
insuportável ao mínimo musculo ou feixe
movimento
Impotência funcional Total nesse instante moderada Não existe

Inspeção Cãibra SRDM Contratura


Aumento de volume Global nesse Possível, mas Não
segmentar instante moderado
Equimose Não Não Não

Avaliação articular Cãibra SRDM Contratura


Dor ao estiramento,
Mobilização passiva deslocamento Dores à mobilização Possibilidade de dor
segmentar mínima
incontrolável
Mobilização ativa Dores +++ Dores ++ Dores +

Avaliação muscular Cãibra SRDM Contratura


Teste isométrico Difícil de realizar no Desperta dor Aumenta pouco a
momento dor

Estiramento Doloroso no inicio, Desperta dor e Dor ao estiramento


alivia progressiva e difusa especifico, dor
desaparece localizada

Recuperação Cãibra SRDM Contratura


Alguns minutos 5 a 7 dias 5 a 7 dias na
(pode recidivar) ausência de lesões
associadas

REEDUCAÇÃO das patologias musculares SEM lesão anatómica:

Fase I – com sintomatologia dolorosa

MTM: pressões com intensidade e profundidade crescentes; “petrissage” superficial e


profunda; técnicas de deslizamento de planos + estiramento manual

TECNICAS DE DRENAGEM E CIRCULAÇAO MUSCULAR: drenagem venosa, drenagem linfática,


colocação em declive noturno

AGENTES FÍSICOS: ultrassons, calor húmido, hidroterapia

TECNICAS QUE FAVORECEM O METABOLISMO MUSCULAR: exercícios sem resistência, num


ritmo lento de baixa intensidade, mas de longa duração; estiramentos controlados; natação

ELETROTERAPIA: TENS, EENM (electroestimulação neuromuscular)


Fase II – assintomática

TÉCNICAS DE PNF: estiramentos manuais com contrair / relaxar, isométrico/isotónico, trabalho


muscular progressivo

Combater os FATORES DE RISCO:

- inadaptação entre as possibilidades do sujeito e o nível desportivo que pratica

- retorno ao treino

- fadiga muscular (incidentes musculares: 3º ou 4º dia bem como o ultimo)

- insuficiência circulatória: isquémia transitória ligada a contrações isométricas de longa


duração

Patologias musculares COM lesão anatómica:

Rutura grau I: micro-ruturas das miofibrilas em resposta a uma solicitação excessiva do


musculo para alem das suas capacidades viscoelásticas

Rutura grau II: rutura parcial das fibras musculares em resposta a uma contração e/ou
estiramento que desenvolva uma tensão superior às possibilidades mecânicas intrínsecas do
musculo

Rutura grau III: solução de continuidade total do musculo em resposta a uma contração e/ou
estiramento ultrapassando a resistência biomecânica do tecido muscular

Desinserção: solução de continuidade parcial ou total do musculo numa das extremidades, por
arrancamento da zona de inserção, em resposta a uma contração e/ou estiramento
ultrapassando a resistência biomecânica das inserções

Contusão: acidente muscular resultante de um choque direto acompanhado de uma


incapacidade total muscular transitória

Dilaceração: acidente muscular devido a uma agressão externa por um objeto,


acompanhando-se de uma avulsão cutânea e de lesões musculares

Hérnia: rutura da aponevrose que envolve o musculo; relacionada com um mecanismo de


origem intrínseca ou extrínseca e é acompanhada de lesões musculares

Hematoma: acumulação sanguínea de volume variável, difuso (intermuscular ou


intramuscular) na sequencia de lesão muscular anatómica (rutura, desinserção, …)
A classificação das patologias musculares deve ter em conta o grau de gravidade da lesão
baseando-se em 2 critérios:

Critérios clínicos:

Permitem definir: a importância do traumatismo, a intensidade das dores, severidade da


impotência funcional e a existência de sinais locais (inspeção, avaliação articular/muscular…)

Critérios anatomopatológicos:

São vistos na imagiologia e têm em conta 3 elementos:

- Número de fibras musculares lesadas

- Importância da lesão do tecido de suporte

- Local e volume do hematoma

Classificação anátomo- Classificação clinica Duração da cicatrização


patológica
Rutura grau I, contusão
Estado 0, 1 e 2 simples, dilaceração com 5 a 10 dias
rutura grau I

Rutura grau II, contusão de


media gravidade, dilaceração
Estado 3 com rutura grau II, hérnia 21 a 30 dias
com rutura grau II

Rutura grau III, desinserção,


contusão grave, dilaceração 45 a 60 dias
Estado 4 com rutura grau III

Roturas Musculares:

Anamnese Rutura GRAU I Rutura GRAU II Rutura GRAU III


Intrínseco: contração Intrínseco: contração violenta
forte + estiramento + estiramento
Mecanismo Intrínseco: contração Extrínseco: contusão Extrínseco: “bloqueio da
forte + estiramento forte + choque contração violenta”
moderado
Dor violenta, paroxística em
Dor espontânea Difusa e moderada Dor viva e localizada todo o segmento

Moderada durante a Total, obrigando a Total acompanhando-se de


Impotência funcional atividade e aumenta paragem imediata da um fraquejar, marcha com
com a paragem atividade ajuda
atividade
Avaliação articular Rutura grau I Rutura grau II Rutura grau III
AA completas AA incompletas AA reduzidas
Mobilização passiva Dor no final do Dor em todo o arco Dor forte
movimento de movimento

Possível em toda AA Difícil, dolorosa e AA


Mobilização ativa Arco doloroso incompletas IMPOSSIVEL

AA-AMPLITUDE ARTICULAR

Objetivos e princípios da reabilitação:

- encarado como um tratamento funcional

- colocação em carga precoce e solicitação muscular constante

- favorece uma melhor regeneração muscular e cicatrização quando comparado à imobilização

Lesões musculares – ruturas musculares:

a evolução da lesão comporta 3 FASES:

FASE VÁSCULO- EXSUDATIVA:

- aparece precocemente e dura 2-3 dias

- vasodilatação dos capilares intactos

- formação de hematoma resultante da destruição capilar

- edema intersticial

REABILITAÇÃO TEM POR OBJETIVO LIMITAR O HEMATOMA E O EDEMA PERI-LESIONAL


FASE CELULAR:

- dura cerca de 10 dias

- linfócitos e macrófagos intervêm a fim de destruírem os tecidos necrosados

- fenómenos de fixação e de regularização das plaquetas colmatam as lesões vasculares

REABILITAÇÃO DEVE FAVORECER A REABSORÇÃO HEMÁTICA

FASE DE CICATRIZAÇÃO E REPARAÇÃO:

- dura 3 a 4 semanas e pode evoluir de 3 formas:

1. cicatrização “perfeita”

2. cicatrização fibrosa

* regeneração muscular não se efetua integralmente e a inflamação persiste

* fibroblastos fabricam fibras de colagénio dando origem a uma cicatriz fibrosa

3. persistência do hematoma

* pode levar a complicações como sepsia, enquistamento ou ossificação

REABILITAÇÃO DEVE:

Utilizar técnicas que devolvam ao musculo as suas qualidades mecânicas e funcionais

Lutar contra a produção em excesso de colagénio

Tratamento das ruturas musculares:

FASE I : comum a todos os graus; enquanto o diagnóstico não é conclusivo; prevenção de


fenómenos inflamatórios
Grau I
Abordagem no terreno e DIA 1: Grau II
* paragem temporária da atividade Grau III

* avaliação clinica imediata da lesão: dor, impotência funcional, inspeção,


avaliação articular e muscular, palpação

* RICE

* compressão do segmento prevenindo a extensão do hematoma

* diminuir a tensão do musculo lesado (encurtamento)

* elevação do segmento favorecendo a circulação de retorno

* frio

AUSÊNCIA DE SINAIS DE GRAVIDADE: RETORNO À ATIVIDADE

PRESENÇA DE SINAIS DE GRAVIDADE: STOP ATIVIDADE


Conduta do DIA 2 ao DIA 4:

* paragem temporária da atividade


* avaliação clinica das lesões permitindo pôr em evidência os sinais não
visíveis inicialmente: hematoma, equimose, etc..
* PRICE
- Compressão do segmento com ligaduras elásticas
- Aplicação de ligadura funcional para Repouso seletivo e Proteger a
estrutura lesada
- manter o segmento Elevado durante o dia e a noite
- Ice: aplicação de gelo 4 a 6x /dia

FASE II: Grau I


Dia 4 ao dia 10

MTM:
Pressões com intensidade e profundidade crescentes
“petrissages”
Deslizamento de planos, associadas a estiramento manual progressivo

TECNICAS DE DRENAGEM:
Drenagem linfática e venosa; declive noturno
Termoterapia
Técnicas que favorecem o metabolismo muscular
Exercícios suaves sem resistência, baixa intensidade e longa duração
Estiramentos controlados (sem dor)
TENS e EENM (baixa intensidade)
Técnicas de recuperação mental
Duração e qualidade do sono; relaxamento

FASE III:
Assintomática DIA 10 AO DIA 15 Grau I
Estiramentos manuais, trabalho muscular progressivo
Reeducação ao esforço
Retorno à atividade desportiva, insistir:
Duração e adequação do aquecimento
Dosagem do treino e hidratação
Qualidade de recuperação física e mental

FASE II:
Fase inflamatória com edema DIA 4 AO DIA 10 Grau II
Paragem temporária da atividade desportiva
Ligaduras funcionais
Crioterapia (4 a 6x /dia)
DLM; EENM e TENS; Exercícios musculares

FASE III:
Grau II
Fase de regeneração e cicatrização DIA 10 AO DIA 21
TENS; contenção compressiva; crioterapia
Estiramentos manuais progressivos
Função muscular
Músculo atingido: baixas resistências em amplitude interna
Outros músculos: fortalecimento adaptado à pratica desportiva
Readaptação ao esforço
FASE IV:
Fase de cicatrização e consolidação muscular APÓS DIA 21 Grau II
TENS; MTP; crioterapia após cada tratamento; Estiramentos musculares
Função muscular:
Reforço isocinético a diferentes velocidades
Readaptação ao esforço em carga com exercícios pliométricos

FASE II
DIA 4 AO DIA 30 pós-operatório Grau III
Imobilização completa em amplitude interna

FASE III
DIA 30 AO DIA 50 pós-operatório
Imobilização relativa em curso interno e intermedio
Inicio de colocação em tensão ativa progressiva

FASE IV
APÓS O DIA 50
Colocação em tensão ativa e passiva progressivas

TENDINOPATIAS
Lesão de sobrecarga ou por esforço repetitivo, que afeta um ou mais tendões,
provocando dor, inflamação e até deformações ósseas

Formados por:

- células

- matriz extracelular: fibras de colagénio + substancia fundamental

- colagénio, agua, muito pouca elastina, pouco vascularizado

Funções do tendão:

A força exercida pelos músculos converge para o tendão e através deste é gerada tensão no
osso (transmite a força para o osso);

Armazenar energia (propulsão);

Volume muscular longe das zonas de movimento articular;

Dissipar energia;

Resistir a forças tensivas

Estrutura do tendão:

Fibrilha de colagénio + fibra de colagénio + subfascículo de colagénio + fasciculo de colagénio +


endotendão

2 camadas: epitendão (+ interna) e paratendão (+ externa)

Tendinopatia = termo que descreve todas as lesões do tendão


Tendinite = inflamação do tendão

Tendinose = degeneração do tendão

Paratendinite = inflamação da camada externa do tendão

Tenossinovite = afeção da camada aureolar que cobre o tendão

Alterações do tendão em função ao exercício físico: atividade física altera a estrutura, a


composição química e as propriedades mecânicas do tendão; aumento da capacidade de
suportar forças compressivas e tensivas

Tendinopatias:

Patogenia:

- mecanismo intrínseco de degenerescência do tendão dado que se trata de um tecido


pouco vascularizado;

- mecanismo extrínseco de sobre-solicitação mecânica em tensão ou ainda por fricção


contra estrutura osteofibrosa;

- resulta de uma desproporção entre forças impostas no tendão e a resistência


biomecânica

= TRÍADE TENDINOSA:
Teste resistido positivo realizado de uma forma isométrica em diferentes
posições articulares
Teste passivo positivo por alongamento
Dor à palpação efetuada em 3 direções: longitudinal, transversal, profundidade

CICLO DA TENDINOSE

Reparação adequada Aumento da


(adaptação) solicitação do tendão

Predisposição para Reparação inadequada


novas lesões (produção inadequada de
colagénio e matriz)

Nova redução na produção Morte dos tenócitos


de colagénio e de matriz
Tratamento de acordo com o tipo de tendinopatia e estrutura lesada

Eliminação dos fatores de risco

Repouso seletivo

Eliminação das forças mecânicas (??)

Imobilizaçao seletiva / ligaduras funcionais

Eletroterapia, crioterapia, MTP, MTM, restituição da função muscular

Trabalho propriocetivo, Fortalecimento muscular progressivo (excêntrico +++), ……

Bursites

 Inflamação dolorosa da bursa


 As bursas diminuem o atrito no movimento entre ossos, tendões, e músculos, junto
das articulações
 A bursite é causada pelo movimento repetitivo (overuse) ou por trauma associado

Existem 2 tipos de bursite:

- Bursite irritativa: causada por compressão excessiva ou por fricção; há


uma pequena reação inflamatória da parede da bursa que causa um
aumento do liquido sinovial da articulação

- Bursite infeciosa: inflamação aguda originada por um microrganismo ou


por uma inflamação cronica

Avaliação:

- evolução gradual dos sintomas, dor intensa, dor noturna, limitação dos movimentos por dor,
confusão de sinais e sintomas, testes resistidos: positivos por compressão; testes passivos: dor
por estiramento

AVALIAR MOVIMENTO COM COMPRESSÃO E COM DISTRAÇÃO

Tratamento: Redução da carga + crioterapia + eletroterapia + mobilização fisiológica e


acessória com distração + fortalecimento muscular progressivo, apos controlo da dor e sinais
inflamatórios

Prevenção: redução carga, medidas de proteção articular (almofadas..), fortalecimento


muscular

Bursite no ombro:

- como resultado de processos degenerativos

- bursa sub-acromial, sub-deltoideia, sub-coracoide e sub-escapular

- bursite subacromial mais frequente

- arco doloroso presente e dor sob compressão

Bursite do cotovelo:

+++ bursite retro-olecrâneo; bursite traumática também frequente “cotovelo de estudante”


Bursite trocantérica

- associada a trauma

- palpação logo abaixo do grande trocânter

Bursite isquiática e iliopsoas

- processo de overuse, fricção ou degenerativo

- teste de compressão em flexão e adução coxo-femural

Bursite no Joelho

- Bursite pré-patelar
- bursa da pata de ganso: overuse dos músculos da pata de ganso (semitendinoso, gracil e
sartório)

Bursite retrocalcaneana

- atras do calcanhar entre a tuberosidade do calcâneo e a pele

- desportos de impacto no solo

- calçado inadequado

LESÕES ARTICULARES E CAPSULO-LIGAMENTARES

Articulações:

- IMÓVEL (sinartroses)

Suturas ex.: crânio

- SEMIMÓVEL (anfiartroses)

Fibrocartilagem entre as superfícies articulares ex.: coluna e pélvis

- MÓVEL (diartroses ou sinoviais)

2 superfícies articulares definidas, + mobilidade, constituintes específicos


articulares ex.: articulação dos membros inferiores e superiores

Articulações sinoviais:
Cartilagem articular: facilita o deslizamento, nutrição através do liquido sinovial

Membrana sinovial: produção do liquido sinovial; defesa

Liquido sinovial: viscosidade; lubrificação; nutrição da cartilagem

Cápsula articular: manter as superfícies articulares em contacto; proteger a articulação

Ligamentos: estabilidade /limitação articular

Recetores articulares:

- propriocetivos
Mecanorecetores; posição articular e movimentos; aceleração e sentido do
movimento
- nociceptores
Terminações nervosas livres; dor

Outros: meniscos + debruns (fibrocartilagens) + bolsas serosas

Funções: congruência, amortecimento, facilitar o deslize

Critérios de estabilidade articular:

1. A congruência articular das superfícies ósseas


2. A contenção estática (++ capsula e ligamentos)
3. A contenção dinâmica (++ músculos)

Instabilidade articular:

- hipermobilidade articular não controlada

- perda de um “travão” de movimento

Classificação das lesões traumáticas articulares:

CONTUSÃO:

- derrame sanguíneo nos tecidos mais superficiais originando uma reação


inflamatória (edema);

- extra-articular;

- o edema pode atingir os tecidos intra-articulares:

* lesão da membrana sinovial;

* aumento da produção do liquido sinovial pela presença da inflamação,


aumentando a pressão intra-articular

BURSITE:
- irritação das bolsas serosas que diminuem o atrito e facilitam o movimento
articular
DERRAME ARTICULAR

- agressão traumática da sinovial

* derrame seroso (hidrartrose) : produção excessiva de liquido sinovial


* derrame hemático : hemorragia para a cavidade articular (hemartrose)
surge ao fim de alguns minutos ou horas

FRATURA OSTEOCONDRAL

- micro-fraturas ao nível da cartilagem ou superfície articular que originam no


interior da articulação um fragmento

- “corpo livre” intra-articular – fragmento ósseo que pode bloquear a articulação


e criar desgaste articular

LESÃO LIGAMENTAR

- grau I : lesão de algumas fibras mas sem


lesão macroscópica

Avaliação: Reação inflamatória +


incapacitante com o tempo

- grau II : parte do ligamento rompe


macroscopicamente

Avaliação: Reação inflamatória extensa + dor e incapacidade presentes

- grau III : rutura completa do ligamento

Avaliação: Reação inflamatória extensa e imediata + dor violenta +


incapacidade funcional imediata

LESÃO CAPSULAR

- lesão das fibras da capsula articular;

- associada a lesão de outros componentes ex.: ligamentos

- capsulite aguda; capsulite retrátil (cronica)

LUXAÇÃO

- perda do contacto entre as superfícies articulares por desaparecimento


total da congruência

SUBLUXAÇÃO

- mais comum em articulações planas

- pode resultar de instabilidades prolongadas

ENTORSE
- deslocamento ou torção anormal de uma articulação que resulta em
estiramento ou laceração dos ligamentos, tendões e tecidos
Classificação das entorses:

Entorses de grau I ou entorse benigno – distensão ligamentar

Entorses de grau II ou entorse de média gravidade – lesão de fibras do ligamento + lesão


capsular

Entorses de grau III ou entorse grave – secção do ligamento + lesão capsular extensa + lesões
osteocondrais + lesões musculo-tendinosas

LESÕES DO TECIDO ÓSSEO:

O método de tratamento depende de alguns fatores:

- severidade da fratura

- ossos que estão envolvidos

- localização da fratura e potencial de recuperação

- idade e grau de atividade

Fases de reeducação funcional:

I- FASE DE IMOBILIZAÇÃO RESTRITA


II- FASE DE IMOBILIZAÇAO RELATIVA
III- FASE PÓS-IMOBILIZAÇÃO

Objetivos gerais:

- favorecer processo de consolidação

- minimizar consequências do traumatismo

- manutenção funcional de outras estruturas

Objetivos específicos:

- diminuição do edema

- diminuição da atrofia e aderências musculo-cutâneas

- manutenção de padrões propriocetivos e posturais

Reeducação Funcional das Fraturas:

3 FASES

I- Fase de imobilização restrita

Objetivos de reeducação:

- diminuir os sinais inflamatórios

- manter as amplitudes articulares

- manter força muscular e evitar a perda dos esquemas motores e propriocetivos

IMPORTANTE: evitar forças de deslizamento, tração ou torção no foco da fratura


- domínio antálgico, anti-inflamatório e vascular: Crioterapia + MTM + técnicas de drenagem
/retorno venoso + TENS
- domínio articular: Mobilização passiva, ativa e ativa-assistida das articulações distais ao foco
da fratura
- domínio muscular: EENM + contrações isométricas dos grupos musculares não envolvidos +
contrações isométricas

- domínio neuromuscular: Reeducação propriocetiva e postural + treino de atividade de vida


diárias

II- Fase de imobilização relativa

Objetivos de reeducação:

- diminuir os sinais inflamatórios

- melhorar amplitudes articulares

- fortalecimento muscular (distal para proximal)

IMPORTANTE: a reeducação deve ser progressiva e respeitar contraindicações desta fase; as


cargas permitidas são apenas, as representadas pelo peso do segmento do membro

- domínio antálgico, anti-inflamatório e vascular: Crioterapia – MTM – TENS + técnicas de


drenagem/retorno venoso

- domínio articular: Mobilização passiva + ativa-assistida + técnicas para aumento das


amplitudes articulares + hidroterapia

- domínio muscular: correntes excito-motoras + contrações isométricas contra resistência


muscular dos grupos musculares não envolvidos

- domínio neuromuscular: Reeducação propriocetiva e postural

III- Fase pós-imobilização

Objetivos de reeducação:

- eliminar os sinais inflamatórios

- adquirir o final das amplitudes articulares

- fortalecimento muscular de todo o segmento

- restaurar a função normal de todo o segmento fraturado

- domínio articular: Mobilização ativa-assistida, progredindo para ativa + técnicas para


aumento das amplitudes articulares + hidroterapia + termoterapia

- domínio muscular: técnicas de fortalecimento muscular + exercícios resistidos

- domínio neuromuscular: Reeducação propriocetiva e postural + PNF

TODO O PROCESSO DE REABILITAÇÃO DEVE TER EM ATENÇAO O DESPISTE DE EVENTUAIS


COMPLICAÇÕES DAS FRATURAS
De acordo com o membro inferior:

Princípios gerais de reeducação no membro inferior:

- intervenção terapêutica deve ser imediata;

FASE I – REEDUCAÇÃO PÓS-TRAUMÁTICA IMEDIATA (1-10 dias)

- nesta fase, o tratamento visa diminuir a dor, diminuir o edema, a rigidez articular

- domínio trófico e antálgico: Crioterapia + TENS + DLM – MTM


- domínio articular: Mobilização passiva das articulações acima e abaixo da região da fratura +
artromotor

- domínio muscular e neuromuscular: contrações musculares contra resistência moderada +


EENM

FASE II – FASE DE VERTICALIZAÇÃO SEM APOIO (10-45 dias)

- diminuição do edema e do hematoma

- marcha realizada com 2 canadianas sem apoio do membro lesado

- domínio trófico e antálgico: elevação dos membros inferiores + crioterapia + MTM

- domínio articular: Mobilização passiva das articulações acima e abaixo da fratura +


artromotor

- domínio muscular e neuromuscular: estirar e massajar os diferentes planos de deslizamento


cutâneo e musculo-tendinoso; treino propriocetivo sem descarga; treino de marcha com
canadianas (sem apoio); EENM

FASE III – FASE DE COLOCAÇÃO EM CARGA (após 45-60 dias)

A progressividade da carga pode ser feita segundo:

- % de peso de acordo com a inclinação do plano inclinado, de


acordo com o níveo de imersão (hidroterapia), em função do
tipo de apoio bipodal e unipodal e em função do auxiliar de
marcha e do tipo de marcha realizado

- domínio trófico e antálgico: TENS + MTM


- domínio articular: Mobilização passiva + mobilização acessória,
ativa-assistida, ativa e resistida

- domínio muscular e neuromuscular: técnicas de estiramento + de fortalecimento muscular +


PNF + treino de marcha + treino de equilíbrio + correção postural + treino propriocetivo
LESÕES DO JOELHO

Lesões da articulação femuro-patelar

Avaliação: avaliação postural


Medição do ângulo Q: medição ortostática com apoio no membro e
contração máxima do quadricípite; pontos de referencia: EIAS+ ponto medio da rotula +
tuberosidade anterior da tíbia

Ângulo Q aumentado: tendência para


um desvio lateral da rotula

Ângulo Q diminuído: tendência para


um desvio medial da rotula

Medição valgo/Varo: pontos de referencia: linha media do fémur +


ponto medio da rotula + tuberosidade anterior da tíbia

Orientação da rótula:

- rotula alta: tendão rotuliano é mais comprido que a rotula

- rotula baixa: tendão rotuliano mais curto que a rotula

- glide (deslize) medial: linha media da rotula está para o lado medial da linha media do fémur

- glide (deslize) lateral: linha média da rotula está para o lado lateral da linha media do fémur

- tilt (inclinação) lateral: bordo lateral está mais baixo (posterior) que o bordo medial

- tilt (inclinação) medial: bordo medial está mais baixo (posterior) que o bordo lateral

- tilt PA: inclinação anterior do polo inferior

- Tilt AP inclinação anterior do polo superior

Avaliação da articulação femuro-patelar: mobilidade patelar + mobilidade femuro-tibial +


crepitação + avaliação muscular + avaliação funcional

Desalinhamentos patelo-femurais + frequentes: GLIDE LATERAL + TILT LATERAL + ROTAÇAO


LATERAL + TILT AP

SÍNDROME ROTULIANO:

- resultam da conjugação de fatores intrínsecos congénitos ou adquiridos (laxidez ligamentar,


desequilíbrios musculares) e de fatores extrínsecos (overuse, lesões mecânicas)

Fatores intrínsecos:

- anomalias ósseas em torção, desequilíbrios articulares em rotação, assimetrias de tensão de


tecidos moles no plano horizontal
- outros: anomalias rotatórias vindas da anca responsáveis por uma híper rotação medial do
fémur; anomalias rotatórias próximo-distais vindas do pé

Fatores extrínsecos:

- overuse mecânico da rotula;

- alterações biomecânicas;

- pratica intensiva; mecanismos de lesão

Sem deslocamento: síndrome de hipertensão lateral + condromalacia + rotula bipartida

Com deslocamento: formas estáveis: luxação permanente + sub-luxação permanente

Formas instáveis: luxações recidivantes + sub-luxações recidivantes

Sintomas da dor femuro-patelar

- dor difusa na face anterior do joelho

- dor aumenta na transposição de escadas

- sindrome do joelho de cinema + crepitação + instabilidade/hipermobilidade


- bloqueio + “falência” súbita + edema

A estabilidade da articulação femuro-patelar depende:

Congruência articular

Equilíbrio entre tecidos moles particularmente nos primeiros 20º de flexão


É nos primeiros 20º de flexão que a rotula “entra” na tróclea femural, assumindo a arquitetura
óssea responsabilidade pela estabilidade articular

ESTABILIDADE LATERAL: ESTABILIDADE MEDIAL:

Vasto
medial:

Trato iliotibial vasto medial


longo

+ +

Vasto lateral vasto medial


obliquo (origem no adutor magno)

Responsável pela
centralização da
rotula na tróclea

PRINCIPAIS CAUSAS SEGUNDO MCCONNELL:

Alterações posturais

Angulo Q aumentado + rotação interna fémur + excessiva pronação do pé + alteração da


posição da rotula

Alterações tecidos moles

Tensão excessiva das estruturas laterais + fraqueza vasto medial (+++insuficiência do vasto medial
obliquo)

Testes específicos segundo Mcconnell:

- teste de coordenação do vasto medial

- teste de apreensão patelar (flexão joelho com glide lateral da


rotula)

- teste de Waldron (compressão da rotula)

- teste de Clarke (long caudal com contração)

- teste do degrau em contração excêntrica


Reeducação dos síndromes rotulianos não operados:

- domínio antálgico: TENS + crioterapia + ultra-sonoterapia

- domínio articular: técnicas manuais para ganho


de amplitude da anca e pé + mobilização da rotula
+ mobilização tecidos moles profundos

Contenção adesiva de recentragem da


rotula (ligaduras de McConnell)

- domínio muscular: técnicas de estiramento +


técnicas de fortalecimento muscular: vasto medial,
pata de ganso e poplíteo + EENM

- domínio neuromuscular: trabalho postural em


cadeira cinética fechada + técnicas de stretching +
reeducação funcional

Tipos de cirurgias: recessão da asa lateral + sutura asa medial + ligamentoplastia da asa medial
+ retenção de planos fibrosos e musculares + maquet (osteotomia + suturas)

Reeducação dos síndromes rotulianos operados:

Objetivos da reeducação: combater as consequências diretas da intervenção e completar o


objetivo do gesto cirúrgico por técnicas de reeducação

Fase I – Fase pós-operatória imediata: 1 a 21 dias

- Não colocar tensão excessiva no aparelho locomotor, sobretudo tuberosidade anterior da


tíbia e músculos suturados

- Não ultrapassar 60º de flexão do joelho nesta fase

- domínio antálgico e trófico: terapia linfática descongestiva + crioterapia + TENS + MTM

- domínio articular: mobilização sub-quadricipital e rotula + técnicas para aumento de


amplitudes articulares + técnicas manuais de estiramento

- domínio muscular: contrações isométricas do vasto medial e dos músculos pata de ganso +
EENM

- domínio neuromuscular e funcional: treino propriocetivo estático em cadeia cinética fechada


+ treino de marcha com canadianas e tala posterior

Fase II – Fase pós-operatória imediata: 21 a 45 dias

- adquirir o controle da extensão do joelho, retirando a tala, adquirindo os 90º de flexão e


eliminado o flexo ativo

- domínio antálgico e trófico: terapia linfática descongestiva + crioterapia + TENS + MTM

- domínio articular: mobilização sub-quadricipital e rotula + técnicas para aumento de


amplitudes articulares + técnicas manuais de estiramento + artromotor
- domínio muscular: técnicas de recentragem da rotula + fortalecimento muscular manual +
fortalecimento do membro (não sobrecarregar tendão rotuliano) + EENM
- domínio neuromuscular e funcional: hidroterapia + treino propriocetivo + treino de marcha e
correção

Fase III – Fase pós-operatória tardia: após 45 dias

- fase de recuperação total das amplitudes articulares, atingindo os 120º aos 60 dias

- não subir nem descer escadas antes dos 60 dias

- domínio articular: recuperação das amplitudes tanto extensão como flexão + mobilização da
rotula

- domínio muscular: reforço muscular com resistência progressivamente máxima

- domínio neuromuscular e funcional: treino propriocetivo dinâmico em planos instáveis +


técnicas de stretching + preparação física + retorno à atividade a partir dos 90 dias

Lesões do joelho:
- luxação da rotula: sai do sulco femuro-patelar, rompendo as inserções capsulares e
musculares

- luxação recidivante: incidentes repetidos de luxação lateral da rotula e sub-luxações


frequentes com degeneração da superfície articular da rotula

- sub-luxação: deslocamentos laterais parciais da rotula que provocam traumatismos repetidos


às superfícies articulares levando a artrite degenerativa

Sintomas: falências súbitas + bloqueio instantâneo + dor e hipersensibilidade + derrame


articular + alterações na mobilidade do joelho + diminuição da funcionalidade

Objetivos de tratamento: aliviar a dor + diminuir os sinais inflamatórios + aumentar amplitudes


articulares + fortalecimento muscular + aumentar a capacidade propriocetiva + melhorar a
biomecânica e a funcionalidade
Tratamento: baseia-se no fortalecimento muscular do quadricípite, equilíbrio muscular e
sinergia entre agonistas e antagonistas e correção biomecânica do membro

DEFORMIDADES ANGULARES DO JOELHO:

- Joelho varo: origem tibial + joelho afasta-se da linha da gravidade +


estiramento do LCL

- Joelho valgo: origem femural + joelho afasta-se da linha da gravidade +


pode resultar de um pé plano ou em pronação
- Joelho em flexo: flexão mais ou menos acentuada do joelho por limitação articular +
resultante das forças passa pelo compartimento posterior

- Joelho em hiperextensão

Tratamento conservador:

Objetivos: descarga do compartimento lesado (utilização de tala de correção para descarga e


aberta do compartimento em maior compressão ) + economia articular (reduzir a carga, diminuir
períodos de marcha, calçado…) + manter a função articular + evitar o desequilíbrio muscular +
diminuir a instabilidade e claudicação + corrigir postura + melhorar padrão de marcha

Técnicas:

Alterações em vias de instalação: posturas de correção + fortalecimento muscular e


alongamento + técnicas manuais + PNF contrair-relaxar + técnicas para aumento das
amplitudes articulares + treino propriocetivo + ligaduras de correção

Alterações instaladas: mobilização passiva, ativa-assistida + trabalho muscular + treino de


marcha
numa fase aguda se necessário utilizar técnicas anti-inflamatórias:

Crioterapia + TENS + ultra-sons

Tratamento cirúrgico:

- osteotomias: permitem restabelecer o eixo mecânico do joelho com equilíbrio das forças,
evitando a degeneração articular e os desvios angulares
- em caso de grande deformidade associada a degeneração articular e impotência funcional
marcada

Joelho varo: osteotomia tibial de valgização sobre a extremidade superior da tíbia

Ou osteotomia femural supra condiliana

Joelho valgo: osteotomia tibial

Ou osteotomia femural supra condiliana

Reeducação das osteotomias:

Objetivos: diminuir a dor + diminuir a amiotrofia + melhorar a funcionalidade do membro

Princípios: inicia-se precocemente mesmo no dia da intervenção + utilizar terapia analgésica e


anti-inflamatória

Carga: a carga total é autorizada por volta dos 3 meses

Reeducação das osteotomias – técnicas de tratamento:

Após cirurgia: posicionamento correto do membro + exercícios respiratórios + crioterapia +


terapia linfática descongestiva + elevação dos membros com meia elástica de compressão

Após 48 h: mobilização da rotula + mobilizar o joelho + artromotor + contrações isométricas +


mobilização da anca e pé + treino atividade de vida diária
Apos alta hospitalar: recuperação da extensão ativa do joelho + recuperação da flexão +
reforço muscular + hidroterapia + iniciar a reeducação postural, articular e muscular do joelho

Fase de reeducação funcional : técnicas para ganho de amplitudes articulares + reeducação


motora + treino propriocetivo + correção postural + treino de marcha + treino atividade de
vida diária

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