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FACULDADE DE ECONOMIA
MESTRADO EM GESTÃO DE EMPRESAS
INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 1
III
IV
INTRODUÇÃO
SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA
§ Grande parte dos funcionários não tem acesso a pacotes formativos disponiblizado
pela instituição;
§ O não investimento da instituição na constante actualização de conhecimentos dos
funcionários;
§ O conformismo dos funcionários;
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§ A dependênia total dos funcionários a instituição para realização de alguma
formação;
Objectivo geral:
Objectivos específicos:
TIPOS DE PESQUISA
• Pesquisa Bibliográfica
Segundo Lakatos e Marconi (2001: pág. 66), consiste na etapa inicial de todo o trabalho
científico ou acadêmico, com o objetivo de reunir as informações e dados que servirão de
base para a construção da investigação proposta a partir de determinado tema. Trata do
levantamento, seleção e documentação de todas as bibliografias já publicadas sobre o
assunto que será pesquisado.
Para este trabalho este tipo de pesquisa foi usado como base para a fundamentação teórica,
recorrendo a utilização de livros, teses, artigos e todas outras publicações feitas sobre o tema
em estudo.
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• Pesquisa Exploratória
De acordo Gil (2008: pág. 27), este tipo de pesquisa proporciona maior familiaridade com o
problema. Pode envolver levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas experientes
no problema pesquisado.
Para este trabalho foi usado este tipo de pesquisa para ter maior familiaridade com o tema
em estudo e ajudou a ter maior contacto com a população a ser estudada explorando a
realidade e buscando maior conhecimento sobre as condições de vida.
• Pesquisa Descritiva
Para o presente trabalho, este tipo de pesquisa ajudou na compressão das características da
população em analise e na determinação dos problemas por eles vivenciados.
• Questionário
De acordo com Zanella (2013: pág. 110), o questionário é um instrumento de coleta de dados
constituído por uma serie ordenada de perguntas descritivas (perfis socioeconômicos, como
renda, idade, escolaridade, profissão e outros), comportamentos (padrões de consumo, de
comportamento social, econômico e pessoal, dentre outros) e preferenciais (opinião e
avaliação de alguma condição ou circunstância).
Para o presente trabalho, está técnica foi utilizada para a coleta de dados fazendo o uso de
questões dirigidas aos funcionários do ISSFAA.
POPULAÇÃO E AMOSTRA
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estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população, (GIL, 2008,
pág.90).
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CAPÍTULO 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
De acordo com Davenport (2001 apud DELGADO, 2015: 9), a expressão do Capital
Humano surgiu pela primeira vez em 1961, num artigo de American Economic Reviewin,
titulado “Investment in Human Capital” da autoria de Theodore W. Schultz, um nobel da
Economia.
Para Schultz (1961 apud DELGADO, 2015: 9), economista americano, o capital humano é
um fator indispensável para o crescimento económico nas organizações. Este é composto
pelas habilidades, pelo conhecimento e pelas características do ser humano, nomeadamente
as suas capacidades para produzir que podem resultar também da educação/formação que
adquiriram. Os fatores decisivos de produção na melhoria das pessoas não são o espaço, as
terras e/ou cultivo, nem a energia; verdadeiramente são a melhoria de qualidade e avanço no
conhecimento da população, que muitas vezes são completadas por investimentos ligados
ao capital humano (Schultz, 1981 apud DELGADO, 2015: 9).
Segundo Edivinsson e Malone (1998: 10), o capital humano pode ser entendido como "o
conhecimento, a experiência, o poder de inovação e a habilidade dos empregados de urna
companhia para realizar as tarefas do dia-a-dia. Inclui também os valores, a cultura e a
filosofia da empresa. O capital humano não pode ser de propriedade da empresa."
De acordo com Stewart (1998: 77), o principal objetivo do capital humano: a inovação —
seja sob a forma de novos produtos e serviços ou de melhorias nos processos de negócios -,
então o capital humano é formado e empregado quando uma parte maior de tempo e do
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talento das pessoas que trabalham em uma empresa é dedicada a atividades que resultam em
inovação.
As organizações vêm apostando em uma nova forma de gestão, que visa manter seus
colaboradores competitivos no mercado e melhorar o seu desempenho. Isso vem sendo
realizado através das oportunidades que são geradas para os profissionais da empresa, com
o intuito de melhorar os resultados e aumentar seu crescimento (COUTINHO ET AL, 2009).
Como poderemos observar, no quadro abaixo, cada integrante da organização tem seu
objetivo específico para o alcance de um objetivo final da organização. Na verdade, observa-
se uma rede de relações buscando uma satisfação de todas as partes.
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Fonte: Coelho (2014).
O parceiro mais íntimo da organização é o empregado: é ele que está dentro da organização,
que lhe dá vida e dinamismo, que faz as coisas acontecerem. Não adianta a organização ter
recursos financeiros, clientes para utilizar os serviços ou produtos, se não existir os
empregados para fazer, como dito anteriormente, as coisas acontecerem.
As pessoas dependem das organizações nas quais trabalham para atingir seus objetivos
individuais. De outro lado, as organizações também dependem diretamente das pessoas para
operar, produzir seus bens e serviços, atender seus clientes, competir nos mercados e atingir
seus objetivos globais e estratégicos. Como podemos exemplificar no gráfico abaixo:
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Fonte: Chiavenato (2008)
Podemos então afirmar que existe uma relação de dependência mútua entre as pessoas e as
organizações. As organizações recrutam e selecionam seus recursos humanos para, com eles
e por meio deles, alcançarem objetivos organizacionais. Por outro lado, os indivíduos, uma
vez recrutados e selecionados, têm objetivos pessoais que lutam para atingir e, muitas vezes,
servem-se da organização para consegui-los.
Uma organização em busca da excelência deve fazer com as pessoas que nela trabalham
sejam administradores, ou seja, além de executar as tarefas, cada pessoa deve conscientizar-
se de que ela deve ser o elemento de diagnóstico e de solução de problemas para obter uma
melhoria contínua de seu trabalho dentro da organização.
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1.5. Talento Humano
O sucesso das organizações depende, em grande parte, dos talentos humanos que nelas
trabalham. Para uma pessoa ser um talento é necessário ter algum diferencial, ou seja, deve
possuir algo que o diferencia dos demais.
Segundo Chiavenato (2010), o talento envolve acima de tudo quatro aspectos essenciais para
a competência individual.
1. Conhecimento (C): É o saber. É o que pode ser aprendido nas escolas, nas universidades,
nos livros, entre outras formas de adquirir conhecimentos.
2. Habilidade (H): É o saber fazer. É tudo que é possível ser utilizado dos conhecimentos
adquiridos no dia-a-dia.
E esses pilares também podem ser divididos entre competências técnicas e comportamentais.
As competências técnicas podem ser caracterizadas por todo o conhecimento que é
necessário saber para desempenhar uma determinada função. É tudo que o profissional
precisa para ser um especialista. Enquanto as competências comportamentais representam
tudo o que o profissional precisa demonstrar como seu diferencial competitivo, causando
assim impacto nos resultados alcançados. Vejamos a figura a seguir:
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Fonte: Coelho (2014)
Uma pessoa para ser considerada um Talento é necessário que ela possua esses pilares,
formando assim a sua competência. Não adianta uma pessoa “saber”, se não “sabe fazer”.
Não adianta uma pessoa “saber fazer”, se não “sabe fazer acontecer”, ou seja, se não tem
atitude para fazer. E, assim, podemos fazer várias suposições, mas qualquer uma que faça,
sempre vai nos levar a necessidade de haver numa mesma pessoa esses pilares.
Segundo Leme (2005), muitas empresas fazem seus processos de avaliação de desempenho
baseados no “C H” e deixam de lado o “A” da Competência. Isso leva a uma avaliação
incompleta e errônea, afinal um profissional pode ser excelente tecnicamente e péssimo no
relacionamento interpessoal (um exemplo de atitude – competência comportamental).
Consequentemente, os resultados, tanto dele quanto de sua equipe, serão afetados.
Outra perspetiva tem Davenport (2007 apud DELGADO, 2015: 21) ao afirmar que, o Capital
Humano depende da relação de várias componentes: capacidade, conhecimento, técnica e
talento, sendo estas desenvolvidas por subcomponentes onde se distinguem o
comportamento, o esforço e o tempo.
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Fonte: Delgado (2015: 11)
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O modelo, denominado Navegador Skandia, contém certos fatores críticos de sucesso,
identificados pela equipa da empresa em estudo, que deveriam ser maximizados e
incorporados à estratégia organizacional.
Segundo Antunes (2000) estes fatores são agrupados em cinco áreas distintas de foco: 1)
financeira, 2) de clientes, 3) de processos, 4) de renovação e 5) de desenvolvimento humano,
que estão representadas na figura seguinte.
Edvinsson e Malone (1998 apud DELGADO, 2015: 16) consideram que os focos
apresentados no modelo representam as áreas nas quais uma empresa focaliza a sua máxima
atenção, e de onde provém o valor de seu capital intelectual. Esclarecem, também, que o
formato do navegador (uma casa) trata-se de uma metáfora, eleita pela Skandia, para a
própria organização.
Edvinsson e Malone (1998 apud DELGADO, 2015: 16) afirmam que o triângulo é o sótão,
constituído pelo foco financeiro, que representa o passado da empresa por meio das
Demonstrações Contabilísticas. O foco no cliente e no processo consistem no presente. A
base do retângulo é voltada para o futuro, representada pelo foco na renovação e
desenvolvimento. Por fim, o foco humano encontra-se no centro da casa, pois constitui o
coração, a inteligência e a alma da organização, ou seja, a única força ativa da organização.
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CAPITULO II- DESENVOLVIMENTO DO CAPITAL HUMANO DENTRO DO
ISSFAA
O ISSFAA, é uma instituição pública, presente nas 18 provinías de Angola com a sua sede
em Luanda, e na repartissão da provincía de Cabinda o seu quadro de pessoal é formado por
20 funcionário tem a seguinte constituição:
Fez-se também uma grelha dos funcionários que não exercem cargos de chefia:
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Quadro nº3- Nº de Funcionários sem cargos de Chefia
Sem cargos de Chefia Nº de funcionários
Secretária 1
Motorista 1
recursos humanos 1
Fiscalidade 1
Finanças 1
Aréa administriva 3
Guiche 2
Relações Públicas 0
Repartição de S.S 3
TOTAL 13
Elaboração propría com base dados obtidos, 2023.
Tal como ja foi frizado trata-se uma instituição pública onde para uma melhor recolha dos
dados foi aplicado um questionário aos funcionários que não exercem cargos de chefias e
apurou os seguintes resultados:
Funcionários
Faixa Etária
Fr. %
18-25 1 7,69
26-35 4 30,77
36-45 4 30,77
46-55 3 23,08
Mais de 55 1 7,69
Total 13 100
Fonte: Pesquisa de campo, 2023.
A lei angolana é bastante clara em afirmar que fazem parte da idade economicamente activa
todas as pessoas com idade compreendida entre os 15 aos 64 anos. A presente tabela
apresentou-nos que 100% dos funcioná da empresa são pessoas em idade activa e esse dado
pressupõe que os que desenvolvem actividades laborais nessas empresa detêm capacidade
física e emocional para realizar actividades económicas.
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Gráfico nº 1: Habilitações Literárias dos Inqueridos
15%
46%
Técnicos Médios
Baixarel
39%
Licenciados
Esta tabela apresenta-nos que, quanto ao tempo que exerce a sua função na empresa,
observou-se que a maioria dos inquiridos, ou seja, 53,85% realizam esta actividade de mais
de 5 anos, 30,77% de 2 a 5 anos e uma fatia de 15,38% menos de 2 anos.
15%
15
Gráfico nº 3: Funcionários com acesso a formações
15%
sim
não
85%
O gráfico a cima aprenta os funfionários dentro da empresa que ja tiveram accesso a uma
formação custiada pela empresa, e como os dados nos mostram 85% dos funcionários ainda
não tiveram acesso a uma formação disponiblizada pela empresa e isso tem desmotivado os
mesmos pois sem formação não tem como os mesmos ascenderem de catégoria, é de ressaltar
que o investimento no desenvolvimento do capital humano não trará só deneficios de forma
particular aos funcionários mas a organização como um todo.
0%
sim
Não
100%
16
“Mas vale um passaro na mão do que dois a voar”, frase sitada pela maioria dos funcionários
inqueridos, querendo dizer que apesar de não estarem total totalmente satisfeitos pior seria
se não tivessem um emprego, para alguns term um plano de carreira deixou de ser primordial,
deixou de ser o alvo, pois ter um salário no fim do mês tornou-se o seu principal objectivo,
ainda que com o mesmo venha a estagnação das suas carreiras.
77% dos funcionários não estão satisfeitos com o quadro evolutivo das suas carreiras, e o
que lhes detém é a remuneração e por conta da mesma, por ser “segura” não estão dispostos
a abrir mão da mesma e ir em busca de algo que lhes oferece um melhor plano de carreira,
não estão dispostos a recomeçar.
15%
sim
não
85%
17
Gráfico nº6- Plano de Carreira Claro e Definido na Empresa
15%
Sim
85% Não
18
Conclusões
• A uma grande insatisfação por parte dos funcionários no que toca o rumo das susas
carreiras, a não actualização constante dos seus conhecimentos a falta de experiêcias
a não inovação das suas habilidades e o não envolvimento da instituição empregadora
no que toca as suas carreiras e desenvolvimento de talentos tem sido motivo de
insatisfação.
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SUGESTÕES
Um estudo contribui de forma significativa para a sociedade se o mesmo for aplicado. Desta
feita para a aplicação bem sucedida dos contributos apresentados nesta pesquisa sugere-se o
seguinte:
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas
organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª Edição. São Paulo: Atlas, 2008.
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APÊNDICES
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Ao
Funcionário do ISSFAA
I – Informação pessoal
1. Género
a) Masculino b) Feminino
2. Faixa Etária:
3. Habilitações Literárias
b) Ensino Superiorm
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3- Encontra-se satisfeito com o curso da sua carreira proficional dentro da
organização?
a) Sim b) Não
4- Você acredita que a empresa valoriza e investe no seu desenvolvimento proficional?
a) Sim b) Não
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