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Diversidade cultural
Desafios da interculturalidade
A identidade brasileira não pode ser tratada como algo homogêneo, já que ela foi “estruturada
a partir de uma multiplicidade de culturas”: 2
As heranças da “colonialidade” (Maldonado, 2007) ainda persistem nos dias de hoje, quando
muitos dos estereótipos continuam a ser atribuídos sobre aqueles grupos vulneráveis,
fragilizados, marginalizados por esse processo de exclusão social que visa a dominação e
exercício de poder, preservando assim a desigualdade social que marcou o surgimento e
formação de nosso país.
Assumir um diálogo entre dois tipos de ética: uma contextual e outra universal, concebendo as
especificidades de cada cultura a partir de uma perspectiva universalista, já que grupos
divergentes acabam entrando em contato com a globalização.
Como reduzir ou conviver apesar das contradições de valores, ética e moral entre os diversos
grupos? (Ramos & Knapp, 2013)
Acredito que a alternativa seja buscar os pontos em comum, e tornar invisíveis essas
divergências
Por que os estereótipos são criados? Quais os obstáculos que está se buscando desviar para
que os estereótipos sejam reproduzidos?
[CONTEXTUALIZAÇÃO]
O clássico aforismo kantiano, “age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, através
da tua vontade, uma lei universal”, representa muito bem essas questões, já que o europeu
reproduz essa tendência de universalizar a sua cultura amplamente
A identidade coletiva
Sobre a etnografia, busca-se uma simetria entre o pesquisador com os membros do grupo
pesquisado, para que possa haver um diálogo entre “iguais”, a partir da abertura para a
escuta, o “ouvir”, segundo Cardoso de Oliveira (1996)
Uma das estratégias de investigação pode ser a “pesquisa documental”, com base em Oliveira
(2010), que concebe os documentos como algo atravessado por relações e interesses contidos
nas entrelinhas daquilo que se percebe à primeira vista.
Esses setores são desumanizados, mediante uma série de estereótipos preconceituoso que se
enraízam no imaginário social, o que acaba exercendo um papel de legitimação e conformação
de sua não inclusão social.
É construir pontes onde os pontos não se tocam, estabelecer continuidades entre as fronteiras
do inter-dito, ou seja, aquilo que não é dito, os tabus que garantem a não homogeneidade que
os limites culturais delineiam às diferentes cosmovisões. Fazer falar o silêncio, para que a
comunicação possa de fato acontecer.