Você está na página 1de 3

DOENÇA DE CROHN

• Há liberação de citocinas pró-inflamatórias > terapia biológica (medicamento - infliximabe) = é


uma citocina anti-inflamatória
• Medicamentos: sulfassalazina (reduz absorção de folato), corticosteróides (reduz absorção de
cálcio, aumenta perda de magnésio na urina e perda nitrogenada), imunossupressores,
antibióticos (reduz síntese de vitamina K), terapia biológica, colestiramina (esteatorréia e reduz vit
lipossolúvel), azatioprina (náusea, vômito, alteração de paladar, anemia)
• Inflamação transmural (pega todas as camadas da mucosa intestinal)
• Presença de fístulas intestinais > aparecem no pós operatório em pacientes desnutridos, DM ou
que já fizeram outras cirurgias
• SINTOMAS: Dor/Cólica, diarreia (deficiência de magnésio), emagrecimento (medo de comer por
dor e diarreia/redução da absorção), febre, mal estar frequente, manifestações extra-intestinais:
desordem ocular (uveíte, irite, episclerite); litiase biliar, colangite esclerosante; litiase renal,
amiloidose; estomatite aftose.
• CONSEQUÊNCIAS: desnutrição, deficiência de ferro, mal absorção de lactose, deficiência de
vitamina D, doença óssea, atraso no crescimento.
• Se acometimento do íleo: def. B12
Anemia por:
Perda crônica de sangue (def. ferro), ingestão inadequada, uso de sulfa, falha na absorção de
ferro/b12/b9 dependendo da área afetada no intestino, redução na eritropoiese (doença crônica >
citocinas).
• Avaliar muito bem as intolerâncias alimentares
• Avaliar distúrbios hidroeletrolíticos
25 a 30 kcal/kg
1,2 a 1,5g proteínas/kg/dia (corticóides aumentam a perda de proteína)
 
> dieta de exclusão e FODMAPs não deve ser recomendado para Crohn (apenas para SII)
> orientação deve ser individualizada, de acordo com grau de inflamação, seguimento do intestino
afetado, terapia medicamentosa
 
• Reduzir gordura, sacarose, lactose e fibras insolúveis
• No inicio restringir lactose e sacarose, depois restringir lactose apenas para quem for
intolerante.
• Banana, arroz e iogurte costuma melhorar os sintomas
• Salgadinhos, leite, café puro, frutas e verduras, alimentos gordurosos costumam piorar,
canela/gengibre/pimenta/alho
> fase de remissão: dieta liberada! (saudável)
> incluir suplemento oral na fase ativa da doença se não atingir as necessidades energéticas
Modulen (TGF B2) - citocina presente no leite materno (simula a terapia biológica) melhora a imunidade,
propriedades anti-inflamatórias
 
• DIARRÉIA - como evitar desidratação:
• Não ingerir líquidos hipertônicos, por exemplo, suco de frutas.
• Sucos de frutas são bebidas ricas em carboidratos e não são balenceadas em sódio,
podendo promover retiradas de água e sódio da luz intestinal, piorando a diarréia.
• Não ingerir líquidos hipotônicos, por exemplo, água, cafeína e bebida alcóolica.
• Podem promover retirada de sódio.
• Ingerir líquidos isotônicos de maneira fracionada ao longo do dia, por exemplo, água de
coco, soro de reidratação, bebidas isotônicas.
GUIDELINE
• Dieta rica em frutas e vegetais, ômega 3 e baixa em ômega 6 está relacionada à prevenção das DII
• Fumar, uso de antibióticos e dieta são fatores de riscos potencialmente reversíveis para DII
• Aumento do risco de DC com: elevada ingestão de ômega 6 (carnes vermelhas, óleos de cozinha e
margarina), PUFAS e carnes
• Redução do risco de DC com: elevada ingestão de frutas e dieta rica em fibras (>22g/dia)
• Gorduras ajustadas não são associadas à risco de DII. Restringir trans.
• Obesos podem ter mais riscos de desnutrição por terem déficits ocultos de massa magra
• No geral, as necessidades energéticas são similares à população em geral, variando de acordo com
a atividade da doença.
• Pacientes com DII são vulneráveis ​a déficits de micronutrientes devido a perda intestinal por
diarreia e ingestão alimentar inadequada por anorexia
• Na inflamação: ferritina e cobre aumentam; folato, zinco e selênio diminuem.
• Ferro, zinco e vitamina D (função nos ossos e imunomoduladora): atenção especial
• Anemia é a manifestação extra intestinal mais comum
• Pacientes sem doença ativa: ferro <30 mg / L é um critério para anemia e com inflamação, ferritina
até 100 mg/L pode ser considerada anemia ferropriva.
• DOENÇA ATIVA:
• Não existe uma dieta para DII recomendada para remissão da doença
• Pacientes com diarreia grave ou uma jejunostomia ou ileostomia de alto débito devem ter a
produção de fluidos e sódio na urina monitorados e a entrada de fluidos adaptada de acordo
(diminuir o fluido hipotônico e aumentar as soluções salinas), levando em consideração as
intolerâncias alimentares que podem aumentar a saída de fluido.
• Pacientes em doença ativa ou em uso de esteróides devem ser monitorados e
suplementados com cálcio e vitamina D para evitar osteoporose e osteopenia.
• Pacientes com DC tratados com sequestrantes, como colestiramina, têm risco adicional
mínimo de má absorção de gordura, e, portanto, não precisa de diferenças na terapia
nutricional em comparação com outros pacientes com DC
• As dietas de exclusão não podem ser recomendadas para alcançar a remissão na DC ativa,
mesmo se o paciente sofre de
Intolerâncias. (A exclusão serve apenas para aliviar sintomas e não remissão)
• Probióticos não devem ser usados ​para tratamento de DC ativa
• Glutamina e ômega 3 não são recomendados
• Todo esforço deve ser feito para evitar a desidratação para minimizar o risco de
tromboembolismo.
• REMISSÃO:
• Nenhuma dieta específica precisa ser seguida durante a remissão
• Foco em prolongar a remissão
• Lactose e produtos lacteos, especiarias, ervas, frituras, produtos gaseificados e ricos em
fibras geralmente são mal tolerados.
• Ômega 3 (inefetivo) não deve ser estimulado para prolongar a remissão
• Probióticos não devem ser usados para remissão da doença
• Elevada ocorrência de def vit B12
• Pacientes selecionados com DII, e. g. aqueles tratados com sulfassalazina e metotrexato,
devem ser suplementados com
vitamina B9 / ácido fólico.
• Existem várias causas para a deficiência de folato na DII: baixa ingestão, má absorção, utilização excessiva
de folato devido à mucosa inflamação e medicamentos. Uma combinação desses fatores pode ser
responsável pela deficiência dessa vitamina. Drogas são mais responsável pela deficiência de folato pela
inibição da dihidrofolato redutase, uma enzima que catalisa a redução do ácido dihidrofólico em ácido
tetrahidrofólico (metotrexato) ou folato má absorção (sulfassalazina)
• Encorajar treinamento de força > aumento de massa muscular
• Obesos devem reduzir o peso na fase de remissão
 
 

Você também pode gostar