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INTRODUÇÃO
A substância a ser estudada, o quinino, é uma substância derivada de uma planta e que
serve para tratamento de doenças. Além disso, foi o primeiro fluoróforo a ser estudado e
responsável por estimular o desenvolvimento dos primeiros espectrofluorímetros que
surgiram na década de 1950. Sua capacidade luminescente é proveniente do seu sistema
cíclico acoplado, a quinolina, assim como seus grupos com capacidade de liberação de
prótons no meio. A presente prática teve como objetivo analisar a fluorescência do
quinino, assim como fatores que podem alterar a força da emissão, como pH e presença
de íons.
OBJETIVOS
Os objetivos dessa aula prática foram:
- Visualizar a ocorrência de fluorescência em amostra de água tônica;
- Comparar a intensidade da fluorescência da amostra em diferentes condições;
- Relacionar os efeitos estudados em aula sobre a fluorescência com o observado na
prática.
MATERIAIS E MÉTODOS
A primeira parte do experimento visou visualizar a mudança de fluorescência na amostra
de água tônica de acordo com a mudança de pH. Para isso, foram adicionados H2SO4
0,5M e NaOH 0,5M em diferentes concentrações, atingindo pH 1, 4, 6 e 9. Já a segunda
parte do experimento visou visualizar a mudança de fluorescência da amostra adicionando
um grupamento que retira elétrons no meio, o íon Cl. As quantidades de amostra, de
solução ácida ou básica ou do sal foram adicionadas diretamente no vidro de relógio
utilizado para visualização, e estão quantificadas na tabela a seguir.
Branco 1 mL -
RESULTADOS e DISCUSSÃO
Os resultados observados acima, no que tange nas amostras com diferentes pH’s,
são provavelmente devidos a protonação e desprotonação de grupos funcionais presentes
na molécula de quinina. Esse recebimento e liberação de prótons altera a disponibilidade
e distribuição de elétrons capazes de saírem de serem excitados (passarem ao estado
singlete), e portanto, ocasionarem o fenômeno de fluorescência quando retornam aos
seus níveis de energia fundamentais. Essa protonação e desprotonação ocorre
usualmente nos nitrogênios (nas cadeias heterocíclicas) da quinina. Em especial, o
nitrogênio presente na porção dos dois anéis aromáticos pode ser considerado o
responsável por essa alteração na fluorescência, já que possui pKa próximo de 4
(SCHULMAN et al., 1974), o tornando sensível a alterações no pH nessa faixa. A
protonação dessas porções da molécula faz com que seus elétrons, antes livre e
possibilitados de serem excitados e posteriormente retornarem ao seu estado
fundamental, agora tenham menos liberdade para fazê-lo.
REFERÊNCIAS
National Center for Biotechnology Information. PubChem Compound Summary for CID
3034034, Quinine. https://pubchem.ncbi.nlm.nih.gov/compound/Quinine. Accessed Mar.
25, 2022.