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Podcast
Disciplina: ERGONOMIA
Título do tema: Ergonomia: conceitos e aplicações
Autoria: Renan Primo
Leitura crítica: Joubert Rodrigues dos Santos Júnior

Abertura:

Olá, ouvinte! No podcast de hoje vamos conversar sobre ergonomia cognitiva!


Mais especificamente, sobre os esforços cognitivos que o trabalhador mobiliza
para trabalhar!
Bem diferente do que muitos imaginam, a ergonomia não é uma ciência que
estuda somente postura corporal ou maneira de se alocar os objetos em um
posto de trabalho. Muito além disso, a ergonomia desenvolve campos
complexos da atividade laborativa.
Vocês sabiam que existem as ergonomias cognitiva, física e organizacional?
Estas buscam entender como o ser humano interage com os sistemas e
elementos do trabalho, a fim de modificar esse ambiente, para o aumento do
conforto, saúde, segurança e desempenho do trabalhador e consequentemente
da organização.
Mas o que é Ergonomia Cognitiva? Qual seu foco de estudo? Bom, essa parte
da ergonomia tem o objetivo de estudar os esforços mentais do trabalhador
quando em atividade, quer dizer, quanto de sua carga mental é utilizada para
solucionar ou realizar as tarefas prescritas pela empresa. Esse esforço
demanda do trabalhador esforços de atenção, percepção e memorização.
Vamos pensar sobre a pandemia do Covid-19 durante a qual, tivemos que
mudar o nosso jeito de nos relacionar com as pessoas e com máquinas.
Começamos a nos habituar mais com trabalho remoto, aulas online e reuniões
de trabalho por aplicativos e isso fez com que estivéssemos constantemente
em contato com alguma tecnologia, como smartphone, notebook e outros.
Mas, para entender melhor essa relação, vamos voltar ao passado onde essas
tecnologias não existiam: imaginem os pais de vocês quando saiam para
trabalhar, chegavam ao posto de trabalho, assinavam o ponto, trabalhavam por
8 horas, lidavam com as máquinas, mas, após o término do expediente, iam
para casa descansar.
Incrível, não é mesmo?
Hoje, com as tecnologias que nós temos, o trabalhador não para de trabalhar
quando chega em casa. Os aplicativos de mensagens trouxeram várias
facilidades, mas também essa possibilidade de cobrança ainda quando
estamos no horário de descanso.
Isso implica em uma maior carga mental/cognitiva para realizar as atividades,
porque o trabalhador está em constante atenção.
Por mais que o seu colega, ao enviar uma mensagem para você às 11horas da
noite pense: “é só uma dúvida”!
Aquilo traz uma série de sentimentos e gatilhos em você para poder tirar “só
essa pequena dúvida”.
Podemos pensar, ainda em relação ao exemplo, que aquela dúvida demande a
você, que já estava deitado, que se levante, ligue o computador, procure nas
pastas os documentos necessários, e, após mobilizar todos esses esforços,
envie o e-mail para o colega.
E você decide então, por já ter ligado o notebook, realizar determinada
atividade que deixou para amanhã, mas aproveitou o ensejo para realizar hoje.
É claro que no mundo pré pandemia situações como essa já existiam.
Entretanto, pós pandemia, isso se tornou mais recorrente e esse pequeno
exemplo mostra como estamos em constante atenção em relação ao trabalho,
mobilizando carga mental que, se não impormos limites, pode ser
extremamente prejudicial.
Essa relação homem-máquina é o foco do estudo da Ergonomia Cognitiva, ela
avaliará se essa relação está trazendo excessos para o trabalhador, se há
estresse, cansaço mental e se esses transtornos têm gerado impactos
negativos, como desconforto, síndromes e transtornos ao trabalhador.
É possível verificar que um trabalho exaustivo, que demanda um grande
esforço mental pode causar a fadiga desse profissional. Por essa razão, é
extremamente importante, em tempos de pandemia, e pós pandemia, impor
limites às tecnologias e pensar mais na própria saúde!

Este foi nosso podcast de hoje! Até a próxima!

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