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PROPÓSITO
Preparar os profissionais da área de segurança para que orientem os trabalhadores sobre as atitudes
que podem implicar danos para a saúde e deixá-los expostos a riscos de incidentes ou acidentes de
trabalhos em seus postos de trabalho.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Identificar comportamentos e atitudes dentro de uma organização capazes de evitar danos ao
trabalhador
MÓDULO 2
MÓDULO 3
INTRODUÇÃO
Neste módulo, apresentaremos as fases que ajudaram na construção do entendimento mais atual sobre
a ergonomia. Salientaremos, com isso, como certos comportamentos e atitudes devem ser adotados
para se evitar danos à saúde e à segurança aos trabalhadores.
LIGANDO OS PONTOS
Você conhece as fases que resultaram na construção do entendimento mais atual sobre ergonomia?
Sabe identificar alguns dos comportamentos ou das atitudes que expõem trabalhadores a eventos de
riscos e que podem causar danos ou afastamentos de seus ambientes laborais? Em caso de acidentes
no trabalho, conseguiria dizer qual é o procedimento?
Por meio da leitura do case denominado “Comportamentos e atitudes de risco de colaboradores dentro
de uma indústria”, poderemos construir conhecimentos que nos levem a responder tais
questionamentos.
Foto: Shutterstock.com
No momento em que ocorre algum tipo de incidente ou acidente de trabalho (acontecimento mais sério)
dentro de um ambiente laboral, é fato que toda uma realidade operacional sofre algum tipo de impacto.
Imagine um funcionário que presencia um dano físico de um colega no ambiente de trabalho e que não
apresenta condições para continuar executando as suas funções por um longo período. Geralmente, por
razões psicológicas, uma pessoa fica bastante impressionada com determinados acontecimentos que
implicam consequências sérias que acometem sua integridade física ou a de outro indivíduo que seja
(ou não) próximo dela.
A questão é que todos os dias são elaborados relatórios por supervisores de áreas produtivas em que
certas atitudes ou comportamentos de recursos humanos não deveriam ser tomados como exemplos.
Os mais variados possíveis, os motivos de tais ações serão registrados pelas áreas de segurança e
saúde.
Posteriormente, em caso de acidentes de trabalhos, uma série de etapas terá de ser cumprida pela
empresa. Assim, caso um colaborador sofra algum acidente, o principal procedimento a ser tomado
imediatamente pela empresa é a comunicação do acidente do trabalho à Previdência Social até o
primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência, detalhando o acidente ocorrido e o colaborador que foi
lesionado.
Caso a organização não faça essa comunicação, ela sofrerá severas autuações do Ministério do
Trabalho (MTE) conforme estipulam os artigos 286 e 336 do Decreto nº 3.048/1999. Entretanto, com o
endurecimento das leis trabalhistas, a responsabilidade passou a ser definitivamente compartilhada
entre empregador e empregados nas situações abordadas neste texto.
Evidentemente, isso não aconteceu da noite para o dia. Na verdade, houve várias fases (ou períodos)
para que o pensamento mais coerente a respeito da relevância da ergonomia fosse incorporada de vez
dentro dos sistemas de gestão das organizações produtivas.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
A) ergonomia tradicional.
B) ergonomia cognitiva.
D) macroergonomia.
E) microergonomia.
2. DENTRO DAS ROTINAS DAS FÁBRICAS, DEVE-SE TER MUITA PRECAUÇÃO
QUANDO SE DESEMPENHA QUALQUER TIPO DE ATIVIDADE, MESMO AQUELAS
CONSIDERADAS MAIS SIMPLES. QUALQUER DISTRAÇÃO, ATITUDE OU
COMPORTAMENTO QUE DESRESPEITE UMA NORMA, UM PROCEDIMENTO OU
UMA INSTRUÇÃO PODE CAUSAR SÉRIAS CONSEQUÊNCIAS TANTO PARA
AQUELE ENVOLVIDO NO ATO COMO PARA QUEM O CONTRATOU. ESSE
PENSAMENTO DEVERÁ ACOMPANHAR O GESTOR E OS TRABALHADORES
SEMPRE QUE FOR POSSÍVEL. ASSINALE A ÚNICA OPÇÃO QUE PODE
APONTAR UM COMPORTAMENTO DE RISCO DE UM TRABALHADOR.
E) Seguir as instruções de trabalho recomendadas pela sua área e não tomar decisões complexas
sozinho.
GABARITO
A ergonomia cognitiva ou de software avalia os processos mentais utilizados pelo indivíduo quando
realiza as suas atividades, investigando se elas causam impactos em suas interações com outros
elementos do sistema.
2. Dentro das rotinas das fábricas, deve-se ter muita precaução quando se desempenha qualquer
tipo de atividade, mesmo aquelas consideradas mais simples. Qualquer distração, atitude ou
comportamento que desrespeite uma norma, um procedimento ou uma instrução pode causar
sérias consequências tanto para aquele envolvido no ato como para quem o contratou. Esse
pensamento deverá acompanhar o gestor e os trabalhadores sempre que for possível. Assinale a
única opção que pode apontar um comportamento de risco de um trabalhador.
A alternativa "A " está correta.
Quando um trabalhador for realizar determinada tarefa que exija um instrumento ou qualquer outro tipo
de recurso, o ideal é que ele tenha sido treinado ou capacitado no seu manuseio – até mesmo para a
maneira de tratar os detalhes técnicos inerentes àquela tarefa.
RESPOSTA
O aluno pode responder que o responsável pela área deve procurar decidir pelo processo que compreende
as seguintes etapas: atender imediatamente o empregado acidentado; isolar a área onde ocorreu o acidente;
comunicar internamente sobre o acidente; emitir o comunicado de acidente de trabalho (CAT); iniciar uma
análise das causas que provocaram o acidente; prestar a assistência médica conforme a necessidade do
acidentado; e cumprir os direitos previstos aos colaboradores acidentados.
A EVOLUÇÃO DA ERGONOMIA
Comportamentos e atitudes notados dentro das empresas são consequências de um processo de
amadurecimento em relação ao pensamento e às ações ergonômicas. Isso fica muito evidente quando
se estuda a evolução da ergonomia, que é traduzida pelas fases que ajudaram a compreender todos os
fatos que se sucederam nessa área ao longo do tempo.
Isso se deve sobretudo ao momento que ela passou a ser considerada não somente a ciência que se
preocupa em adequar os postos de trabalhos para receber os trabalhadores empenhados em realizar
suas diversas tarefas em um ambiente produtivo, mas também pelo caráter essencial de seu estudo, já
que ele é realizado com o próprio contexto organizacional, psicossocial e político do sistema.
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Aplicado a partir dos anos 1980, tal entendimento foi direcionado para uma abordagem sociotécnica, a
qual, por sua vez, passou a ser incorporada nas discussões acadêmicas e – posteriormente e de forma
muito natural – nos meios corporativos. Isso acabou fortalecendo a contribuição da ergonomia sob
vários ângulos, uma vez que ela passou a ampliar as suas esferas de influência.
Essa influência sempre se deu com a finalidade de propor objetivos que se aproximassem da seguinte
necessidade:
Conforme postulou Hendrick (1993) a respeito dos temas que resultaram na construção do
entendimento mais atual sobre ergonomia, podemos percorrer cada uma de suas fases, procurando
apresentar respectivamente os principais assuntos tratados por ela. Desse modo, estudaremos cada
uma delas a partir de agora.
Esta fase foi iniciada durante a Segunda Guerra Mundial, ou seja, nos meios militares, cujos estudos
estavam totalmente voltados para a análise das características físicas do ser humano, das suas
capacidades e das suas limitações. Era preciso tornar as aeronaves mais velozes e aprimorar radares e
quaisquer outros artefatos que pudessem conferir algum tipo de vantagem competitiva em situações de
batalhas.
RESUMINDO
Estudou-se o projeto das interfaces homem-máquina, o que incluiu uma investigação detalhada de
diversos temas de interesse das práticas militares.
Por exemplo: Projetos de painéis de comandos e controles para máquinas e equipamentos, além de
mostradores.
Nesta fase, percebeu-se que uma série de interferências incidia sobre o trabalhador. Era necessário,
portanto, adequar o ambiente laboral às próprias dimensões dos recursos humanos que dedicavam uma
grande quantidade de horas realizando tarefas.
Nesse caso, era primordial existir um tratamento (ou isolamento) das áreas cujos fatores ambientais
artificiais e naturais provocavam impactos nos trabalhadores inseridos em seus ambientes de trabalho.
Por exemplo: Temperatura, nível de ruído, vibrações, calor, frio, vapores, gases e quantidade de
luminosidade disponível.
Esta fase procurou tratar do processamento de informações. Muito disso se deve ao avanço da
informatização dentro dos sistemas produtivos a partir dos anos 1980.
Seus estudos estavam voltados para as análises da interação entre humanos e máquina realizadas por
intermédio da interface do usuário, a qual, por sua vez, é formada por software e hardware.
SAIBA MAIS
Podemos dizer que a interface entre homem e máquina é o canal de comunicação existente entre ele e
o computador.
Graças ao computador, são estabelecidas as interações que procuram alcançar um objetivo comum, ou
seja, realizar a tarefa designada com exatidão, conforto e segurança.
Em tal fase, as pesquisas científicas avançaram na busca da compreensão dos aspectos cognitivos,
testando os sistemas de transmissão de informações que fossem mais associados à capacidade mental
humana.
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A tecnologia de informação foi vista como uma extensão do cérebro; por isso, as interfaces para a
operação deviam necessariamente utilizar fatores cognitivos para facilitar o comando.
4ª FASE: MACROERGONOMIA
Abordamos, enfim, uma visão maior da ergonomia. Esta fase não mais limita o trabalhador e sua
interação com a máquina empregada, bem como sua atividade e o ambiente em que atua.
SAIBA MAIS
O enfoque em nível macro considera todos os fatores que intervêm no posto de trabalho, assim como a
avaliação de toda a estrutura organizacional, de forma holística e participativa.
Maximizar a motivação.
Empregar esforços para minimizar falhas ou erros na execução de tarefas que podem provocar danos
em relação à saúde e à segurança de todos.
A vantagem da macroergonomia é que ela reconhece o grupo ou a equipe de trabalho – e não somente
um indivíduo como unidade de trabalho. Por fim, seu objetivo geral reside no alcance dos melhores
resultados possíveis para a organização.
COMPORTAMENTOS E ATITUDES
PARA EVITAR DANOS AO TRABALHADOR
Em seus ambientes de trabalho, muitos trabalhadores são treinados ou capacitados pelas organizações
que os contrataram para exercer as suas funções. Geralmente, eles precisam seguir uma série de
normas e instruções com as orientações para desempenhar o conjunto de tarefas necessárias dentro
das atividades que compõem os processos inerentes às áreas que integram a estrutura organizacional.
Tendo em vista exatamente tal contexto, pontuaremos quais comportamentos e atitudes todos devem
adotar para que a tríade básica da ergonomia (segurança, saúde e conforto) seja a referência a fim de
evitar danos capazes de promover afastamentos temporários ou definitivos dos postos de trabalho.
VOCÊ SABIA
Mesmo sendo possível evitá-lo em muitas circunstâncias, é comum o trabalhador ter algum
comportamento de risco dento de seu espaço laboral.
Isso pode estar associado à falta de percepção sobre o evento de risco ou de adaptação àquelas
situações de riscos que, mesmo com toda a formação recebida previamente, consideramos mais
comuns.
SAIBA MAIS
Alguns comportamentos são fáceis de se perceber, mas outros não o são pela segurança e pelos
gestores.
Todavia, não podemos deixar de mencionar o outro lado, ou seja, a responsabilidade da gestão da
empresa nesse caso. Isso pode ser justificado quando não se nota medidas de controle que sejam mais
efetivas em relação à proteção em incidentes ou acidentes de trabalho.
VOCÊ SABIA
Segundo estatísticas, a maioria dos acidentes que ocorre dentro dos locais de trabalho está relacionada
a falhas ou erros humanos.
Por assim dizer, basta que único indivíduo cometa algum tipo de atitude para que toda a sua equipe
fique exposta aos níveis de severidade de tais consequências.
MATRIZ DE RISCO
Uma metodologia muito utilizada para avaliar os níveis de risco é a matriz de risco. Basicamente uma
ferramenta para a gestão de riscos ocupacionais, ela também pode ser chamada de matriz de
probabilidade. Sua funcionalidade consiste em exibir as chances para os eventos de risco.
VOCÊ SABIA
Tal matriz é muito empregada para encontrar o nível de risco em acidentes de trabalho, além de possuir
outras aplicações.
Com a matriz de risco, é possível conhecer a magnitude do risco e iniciar o seu monitoramento e
controle. Isso pode ser feito utilizando gráficos que permitem o acompanhamento de processos com
seus respectivos eventos de riscos, bem como o desenvolvimento de projetos cujos objetivos são deixar
os ambientes de trabalhos mais seguros, uma vez que essa matriz nos possibilita elaborar todo um
conjunto de estratégias possíveis.
ATENÇÃO
O ideal é que a análise preliminar de riscos seja feita por um profissional com conhecimentos teóricos e
práticos.
O propósito é o reconhecimento dos riscos, bem como da proposição de ações que permitem o controle
e a neutralização deles. Existem diferentes modelos de matriz de riscos à disposição dos especialistas
em segurança do trabalho.
EXEMPLO
Recomenda-se que esses modelos atendam às necessidades de controle dentro da empresa. Por isso,
uma matriz de risco precisa possuir três elementos essenciais com cinco gradações específicas:
SEVERIDADE
EXPOSIÇÃO
PROBABILIDADE
Os níveis de probabilidade estão, por exemplo, relacionados à chance de um acidente ou uma lesão
ocorrer. A lógica utilizada com a matriz de risco é basicamente a de analisar o cruzamento probabilidade
versus severidade. O resultado final desse cruzamento será o nível do risco identificado.
Tal medida pode contribuir diretamente para minimizar situações capazes de, entre outros efeitos,
provocar:
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INCIDENTES.
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ACIDENTES.
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DOENÇAS OCUPACIONAIS.
Daremos agora alguns exemplos de comportamentos de risco identificados mais vezes dentro dos
ambientes de trabalho de empresas:
FALTA DE ATENÇÃO E AUMENTO DA CARGA DE
TRABALHO
Cada vez mais as empresas têm procurado aperfeiçoar os seus processos produtivos, redefinindo
indicadores de performance operacional, por exemplo: Produtividade, lucratividade, custos e velocidade
de entrega.
Normalmente, com o aumento do nível de exigência dentro do ambiente profissional, vem o incremento
da carga de trabalho. Isso acaba tendo um impacto maior sobre o trabalhador, principalmente quando
existem cobranças pelo alcance de metas.
Todavia, o problema não ocorre exclusivamente quando a quantidade de trabalho é aumentada, e sim
quando o trabalhador não dá a devida atenção à forma de desempenhar a sua tarefa, o que tem gerado
comportamentos de risco que causam ansiedade, fadiga, perda de concentração e falta de interesse,
entre outros problemas.
Além disso, o excesso de confiança sobre o uso de máquinas, equipamentos e instrumentos de trabalho
também não pode existir. Quando apenas um desses casos acontece, é comum haver o aparecimento
de cenários de riscos.
Por conta disso, é extremamente recomendado que, antes de efetivá-lo, sejam realizados treinamentos
(caso ele não possua experiência ou desconheça o método de trabalho) ou capacitações
(aprimoramento do método de trabalho). Com isso, os gestores podem ter uma maior certeza de que o
colaborador está pronto para realizar o conjunto de tarefas que lhe será atribuído.
DISTRAÇÕES NO LOCAL DE TRABALHO
Dentro da administração, é saudável que haja dois tipos de ambiente dentro de uma firma:
Entretanto, quando se direciona o foco para a análise estrita de comportamentos e de atitudes dentro de
um ambiente interno, talvez seja desnecessário dizer que tal ambiente precisa ser encarado com
seriedade para o corpo funcional de uma firma, algo que poderia evitar a exposição aos incidentes e
acidentes de trabalho.
Contudo, é fundamental que haja limites e atenção contínua pelos trabalhadores durante a execução de
tarefas para que sejam reduzidos os comportamentos de risco.
Exemplo
Esses EPIs, além disso, devem estar em bom estado de conservação e de funcionamento. Os
comportamentos de risco surgem quando o trabalhador opta por não os utilizar ou, quando usa,
simplesmente não faz isso de maneira correta.
Tal atitude pode aumentar a exposição a riscos de incidentes e de acidentes, além de provocar
interrupções no trabalho. Por outro lado, cabe frisar que, conforme a legislação, o funcionário é obrigado
a seguir as normas de segurança, bem como todas as instruções transmitidas pelo seu líder, podendo
incorrer em “ato faltoso” quando ele se recusa a usar os EPIs de forma injustificada.
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Iniciar uma análise das causas que provocaram o acidente.
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VERIFICANDO O APRENDIZADO
D) Perda do foco dentro do trabalho que pode implicar incidentes e acidentes de trabalho.
E) Domínio amplo do conhecimento pelo trabalhador sobre o uso de recursos de produção, tornando-o
muito capaz quanto às escolhas que devem ser feitas.
GABARITO
2. A área de ergonomia tem assumido uma série de atribuições dentro das empresas – entre elas,
a de monitorar comportamentos e atitudes inadequadas de trabalhadores capazes de colocar
suas vidas em risco. Assinale a única alternativa que representa um dos comportamentos ou das
atitudes de risco que pode cometer os trabalhadores:
MÓDULO 2
Neste módulo, falaremos sobre alguns pontos que vão permitir um melhor entendimento a respeito de
certos cuidados ergonômicos que devem estar presentes nas firmas. Para isso, abordaremos a
existência do risco ergonômico e da possibilidade de impactos dentro dos ambientes de trabalho.
LIGANDO OS PONTOS
Você sabe quais são os cuidados ergonômicos que devem existir dentro de ambientes de trabalho?
Consegue exemplificar alguns riscos ergonômicos que podem causar impactos sobre as organizações
produtivas? Após a leitura do estudo de caso “Cuidados ergonômicos: obrigação de todos os
trabalhadores”, esperamos que você reflita e obtenha as respostas corretas para tais questionamentos.
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A partir do instante em que um candidato com um perfil compatível é selecionado por uma área de
recursos humanos para ocupar um cargo dentro de uma instituição, ele deve estar ciente de que terá de
atender a uma série de instruções de trabalho, normas regulamentadoras (NRs), procedimentos
operacionais padrão (POP), legislações trabalhistas e orientações de chefia, entre outras
recomendações, que vão nortear as suas atribuições dentro do trabalho a ser realizado.
Logo, desde muito cedo, o empregado terá de assimilar tudo aquilo que seja construído em termos de
saber, principalmente aquele relacionado aos aspectos ergonômicos, para que consiga executar
corretamente o seu conjunto de tarefas e saiba se comportar ou assumir atitudes de um profissional com
o perfil esperado para ocupar determinada vaga. Nessa relação de trabalho, a empresa deposita toda
confiança sobre ele e aguarda uma contrapartida sob a forma de resultados a serem acompanhados em
momentos de avaliação de desempenho.
A atenção será ainda maior se o ofício desempenhado envolver atividades consideradas insalubres ou
perigosas. Nesse caso, não existirá benevolência por parte do empregador no caso de hesitações ou de
um ato inseguro provocado pelo trabalhador.
O empregador, afinal, sabe que os atos inseguros são maneiras ou atitudes tomadas por pessoas que
se colocam consciente ou inconscientemente em riscos de acidentes. Portanto, todo trabalhador deverá
ter muita atenção quando estiver em seu expediente normal de trabalho.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
C) Informar aos trabalhadores sobre a necessidade de eles estarem sempre motivados em todos os
momentos dentro do trabalho.
E) Planejar e implementar ações para manter a integridade física do trabalhador durante o seu turno de
trabalho.
E) Conceder períodos maiores de descanso para os trabalhadores, aguardando até que eles recuperem
as condições ideais para o trabalho.
GABARITO
1. Em referência ao texto acima, assinale a única opção que indica como a ergonomia pode
contribuir com os cuidados que devem existir dentro de ambientes de trabalho.
Os trabalhadores sentem que são valorizados pela empresa quando notam que existe a preocupação
ergonômica no que tange aos cuidados necessários dentro dos ambientes laborais. Tal ciência deve
auxiliar na elaboração de planos e de ações que visem essencialmente à manutenção da integridade
física de cada trabalhador enquanto ele permanecer à disposição da sua empresa.
2. Conforme o entendimento do estudo de caso e supondo que o chefe de uma área de produção
de uma empresa leia, no seu intervalo de descanso, a seguinte reportagem na página do jornal:
“De 2012 a 2020, foram registrados ainda 5,6 milhões de doenças e acidentes do trabalho que
vitimaram trabalhadores e trabalhadoras no Brasil, com um gasto previdenciário que, desde
2012, ultrapassa os R$100 bilhões somente com despesas acidentárias, implicando a perda de
430 milhões de dias de trabalho. O total de auxílios-doença por depressão, ansiedade, estresse e
outros transtornos mentais e comportamentais (acidentários e não acidentários) passou de 224
mil em 2019 para 289 mil afastamentos em 2020, um aumento de 30% no ano da pandemia da
covid-19”.
Fonte: OIT BRASÍLIA. Série SmartLab de trabalho decente: gastos com doenças e acidentes do
trabalho chegam a R$100 bi desde 2012. Publicado em: 26 abr. 2021.
Entre os cuidados de ergonomia que o chefe da área pode ter em relação à redução de acidentes, é
possível propor uma discussão dentro da empresa sobre como o trabalho é atualmente distribuído
dentro do ambiente laboral. Isso vai permitir que sejam identificadas as sobrecargas de trabalho em
cada área analisada que podem constituir os motivos de acidentes registrados nos tempos mais
recentes.
RESPOSTA
b) Excesso de tarefas repetitivas – o correto, do ponto de vista ergonômico, é acionar o responsável pela
engenharia de métodos para que seja revisto o método de trabalho, realizando um estudo de tempos e de
movimentos para eliminar a duplicidade de tarefas. Em seguida, pode-se treinar ou capacitar o trabalhador
para o domínio desse método, o que vai contribuir para que ele não seja afastado por alterações psicológicas
acompanhadas de quadros de depressão, ansiedade e de angústia.
ATENÇÃO
É possível notar uma série de benefícios que os cuidados com a ergonomia podem trazer não somente
para os empregados, mas também para as empresas, cuja mentalidade preventiva passa a ser uma
prerrogativa imprescindível como cultura organizacional. É sempre bom destacar que a existência de
condições adequadas dentro do trabalho se reflete diretamente em melhores indicadores de
desempenho operacionais.
Devemos sempre enfatizar que a análise ergonômica do trabalho procura deixar a relação entre o
homem e a máquina muito mais harmoniosa, pois é clara a preocupação em ajustar os ambientes
produtivos (insalubres ou perigosos) para receber aquele trabalhador que dedicará uma boa parte do
seu tempo diário a cumprir a sua jornada programada.
A GESTÃO DO TRABALHO DE UMA EMPRESA DEVE
SEMPRE PENSAR EM PROTEGER A SAÚDE PSICOFÍSICA
DO RECURSO HUMANO, ESTIMULANDO MELHORIAS
DENTRO DOS POSTOS DE TRABALHO DE MANEIRA QUE
QUAISQUER PROBLEMAS PSICOLÓGICOS, FÍSICOS E
SOCIAIS SEJAM MINIMIZADOS.
Existem até mesmo aquelas mais perigosas, cuja natureza ou método de trabalho os condiciona a
manter um contato permanente com eletricidade, materiais ionizantes e inflamáveis ou substâncias
radioativas, ou seja, a atuar em condições de risco elevado. No entanto, a ideia é que a saúde do
colaborador não fosse afetada em momento algum.
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O ergonomista deve sempre planejar e implementar ações para manter a integridade física do
trabalhador desde o momento da sua chegada até a saída do posto de trabalho. A depender do contexto
em que o profissional atua, é importante observar ainda se a estação de trabalho, por exemplo, possui:
Assentos ergonômicos.
Iluminação adequada.
Isolamento acústico.
Todos esses aspectos mencionados representam elementos que precisam ser incorporados para reduzir
ao máximo possível a repetição de movimentos e aumentar o nível de concentração de quem está
executando determinada tarefa.
A justificativa que serve de respaldo para tal reside na existência de pontos críticos que podem
representar riscos ergonômicos. Esses riscos, por sua vez, aumentam as chances de haver incidentes e
acidentes de trabalho que resultam em afastamentos temporários ou permanentes dos trabalhadores.
Seria prudente, portanto, considerá-los dentro do nosso estudo.
ATENÇÃO
Todos os trabalhadores devem estar informados a respeito dos riscos ergonômicos enquanto
desempenham as suas funções, assumindo, assim, a responsabilidade de comunicá-los a suas
lideranças caso tenham conhecimento deles.
De acordo com a NR-17, a duração das jornadas de trabalho só pode ser prolongada fora do limite
previsto nos termos da lei em alguns casos, como por exemplo: realização ou conclusão de serviços
inadiáveis e por motivo de força maior.
O risco ergonômico pode surgir de diversas maneiras. Uma delas ocorre quando existem locais de
trabalho não adequados. Outra se dá quando se ultrapassa tal limite de horas pelo trabalhador, ou seja,
quando se configura uma jornada exaustiva que inclui pessoas que trabalham dentro de uma grande
quantidade de horas.
Esse cenário tende a reduzir a qualidade de vida dos funcionários e pode provocar danos à saúde física
e mental, os quais, por sua vez, são decorrentes da situação de sujeição forçada contra a vontade do
trabalhador – principalmente nos casos em que existe um ritmo excessivo de trabalho.
VOCÊ SABIA
O fator “estresse” é considerado um dos maiores motivos de pedidos de afastamento ao INSS. Segundo
a Confederação Nacional das Instituições Financeiras, houve, nos últimos anos, um crescimento no
percentual de afastamentos, índice que superou a alta nas concessões decorrentes de problemas
classificados como osteomusculares e do sistema conjuntivo, como dores na coluna, artroses, lesão por
esforço repetitivo (LER) e gota.
Desde os tempos mais remotos até os mais atuais, a repetição de tarefas sempre foi alvo de discussões
acirradas ou de questionamentos, na maioria das vezes pertinentes, entre empregados e empregadores.
O próprio método de trabalho, quando é padronizado, normalmente reúne tarefas realizadas da mesma
maneira dentro dos mesmos intervalos de tempos definidos.
Perde a concentração.
POSTURA INADEQUADA
Especialistas são categóricos em afirmar que a postura e os movimentos corporais são muito
importantes nas rotinas diárias das pessoas independentemente de elas estarem (ou não) em ambientes
laborais. Nesse caso em particular, recomenda-se que seus movimentos sejam feitos mantendo uma
postura firme, já que, para isso, são acionados segmentos corporais, como músculos, ligamentos e
articulações.
VOCÊ SABIA
Contudo, quando tais condições não estão presentes, os riscos de danos à saúde do trabalhador ficam
mais elevados. Consequentemente, tal realidade provoca um número maior de lesões, fadiga e
enfraquecimento de certas regiões dos corpos dos empregados, como os pulsos, os ombros e a coluna
lombar. Nesses casos, é possível ocorrer um comprometimento do sistema osteomuscular, aumentando
as chances de distúrbio osteomuscular relacionado ao trabalho (DORT).
MONOTONIA DE ATIVIDADES
Muitos métodos de trabalhos são projetados para seguir determinado padrão, com repetições de
movimentos e programações de tempos bem rígidas. Todavia, a dificuldade surge para o recurso
humano quando:
Isso pode comprometer a sua saúde psicológica, causando problemas, como depressão ou ansiedade,
perda de motivação e absenteísmo, entre outros danos para a saúde. Se tal risco, porém, estiver
associado à repetição e ao ritmo intenso de trabalho, as consequências para o trabalhador poderão ser
ainda maiores.
Muitas tarefas são desempenhadas pelo trabalhador por meio do levantamento manual de cargas.
Porém, quando essa movimentação não é feita de maneira correta, as chances de lesões no sistema
musculoesquelético aumentam, como a ocorrência de dores na região lombar, na coluna e nos braços,
entre outras partes do corpo humano.
Com o tempo, o trabalhador pode apresentar um quadro mais sério de comprometimento, implicando,
assim, afastamentos por tempo indeterminado ou, em último caso, em definitivo.
ATENÇÃO
O ergonomista sempre deve orientar o recurso humano que executar um trabalho dessa natureza a
jamais levantar um peso maior que a capacidade suportada por ele ou capaz de comprometer a saúde
dele.
ILUMINAÇÃO INCORRETA
No interior de qualquer ambiente de trabalho, é preciso haver, por critério ergonômico, um nível de
iluminação adequado para aquele espaço a fim de que seja possível o trabalhador realizar suas tarefas
com acuidade visual e sem perturbações. Nunca é demais pontuar quão importante é saber quais são
os elementos do ambiente capazes de provocar estímulos sensoriais.
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É preciso planejar ou controlar a reflexão da luz em paredes, móveis, mesas de trabalho e piso. Em
ambientes com excesso de luminosidade, pode haver um nível de radiação ultravioleta intenso, mas os
com pouca luminosidade tendem a ser insalubres.
Por conta disso, é preciso seguir os parâmetros recomendados na NR-17. De acordo com essa norma,
os locais de trabalho devem possuir iluminação:
Geral ou suplementar, evitando ofuscamento, reflexos que possam incomodar e, por fim, excessos de
sombra e contrastes.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
D) Jornada de trabalho inferior a oito horas de trabalho com pausas para descanso.
A) Deve ser adequada e buscar as melhores condições de visão associadas à orientação em áreas
produtivas, mas não necessariamente para todas as atividades laborativas.
B) Deve haver um nível de iluminação adequado no espaço para a realização de tarefas com acuidade
visual e sem perturbações.
D) A ausência de luz pode causar apenas dor de cabeça, não existindo relação com estresse ou fadiga.
O risco ergonômico ocorre quando, entre outros fatores, se ultrapassa o limite pelo trabalhador. No caso,
a questão apresenta apenas um exemplo de risco do tipo: quando há uma repetição de movimentos
dentro do trabalho. A postura correta, o levantamento de cargas consideradas leves, as jornadas de
trabalho inferiores a oito horas com intervalos de descanso e o período de férias inferior a 30 dias não
representam necessariamente riscos ergonômicos que podem trazer impactos para os trabalhadores.
Qualquer espaço deve ter um nível de iluminação para que o trabalhador execute suas tarefas sem que
haja danos à sua saúde. A iluminação deve ser adequada e proporcionar as melhores condições de
visão associadas à segurança e à orientação em qualquer espaço, inclusive contribuindo diretamente
para a realização de atividades laborativas e produtivas. A iluminação é um fator determinante para a
ergonomia. A ausência de luz pode causar uma série de danos à saúde de um colaborador, como dores
de cabeça, estresse e fadiga. Geralmente, ambientes que possuem pouca luminosidade tendem a ser
insalubres.
MÓDULO 3
Ao longo deste módulo, destacaremos algumas ações relacionadas às boas práticas de ergonomia que
as organizações podem adotar com o propósito de tornar os ambientes de trabalho mais seguros. Além
disso, forneceremos algumas orientações para que as lesões dos trabalhadores sejam evitadas – ou
minimizadas.
LIGANDO OS PONTOS
Você sabe quais são as boas práticas de ergonomia que auxiliam no aumento da segurança dentro do
trabalho? Conhece algum tipo de orientação que pode evitar lesões enquanto realiza alguma atividade
produtiva? Essas perguntas consideram alguns pontos importantes abordados na disciplina. Além disso,
o case intitulado “Boas práticas em ergonomia e os benefícios para o trabalho em uma área de
manutenção”, que será apresentado a seguir, pode ser útil para aumentar a sua aprendizagem.
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Durante duas semanas seguidas, metade da equipe de trabalho daquela área foi afastada, sendo que o
número de queixas de dores no pescoço foi muito alto. Cabe destacar que uma área de manutenção é
muito importante para a garantia da qualidade e o controle de custos de uma empresa.
Recursos produtivos sem as condições normais de operação podem causar uma instabilidade e
interromper parcial ou completamente determinada produção. Adicionalmente, máquinas com mau
funcionamento ou sem acompanhamentos periódicos podem constituir um processo oneroso para
muitas empresas.
Voltando ao problema inicial, o cenário ficou ainda pior quando esse especialista foi informado que dois
terços da equipe de trabalho afastada foi acometida pelo agravamento dos danos anteriores relatados.
Intrigado com mais essa notícia, o profissional se apressou em elaborar um conjunto de práticas
ergonômicas que foi incorporado no programa de ergonomia, estando em consonância com as regras
estabelecidas pela NR-17.
O interesse, nesse caso, está voltado para o alcance da melhoria da qualidade de vida dos
trabalhadores ao mesmo tempo que busca reverter ou ao menos causar a diminuição significativa das
doenças provocadas pelo trabalho. Por isso, o especialista teve o entendimento de que um ambiente
controlado também pode influenciar positivamente na execução das tarefas dos empregados.
Dessa maneira, ele introduziu várias modificações na área de manutenção. Daremos alguns exemplos
adiante:
Abrir canais de comunicação de eventos de riscos que podem causar danos aos trabalhadores.
Adotar uma rotina de capacitação permanente das equipes de trabalho sobre os principais
assuntos de interesse da ergonomia.
Com todas essas práticas aplicadas, o número de ocorrências envolvendo trabalhadores foi reduzido
consideravelmente no período seguinte, algo que fortaleceu a concepção de uma cultura ainda mais
preventiva e que acabou sendo disseminado para todas as demais áreas da empresa.
Após a leitura do case, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos?
A) Controlar riscos que causam problemas de doenças ocupacionais e monitorar aqueles que afastam
os trabalhadores temporariamente de suas atividades.
C) Registrar as soluções que os colaboradores trazem para resolver dificuldades surgidas na realização
de atividades.
D) Advertir os trabalhadores que expõem outros colegas a riscos ergonômicos.
E) Avaliar o contexto de trabalho para promover ajustes em pontos considerados críticos nos ambientes
laborais.
A) Trabalhadores sempre motivados para cumprir horas além das programadas para o turno.
C) Aumento de premiação por meta cumprida mesmo sem o conhecimento do método de trabalho.
D) Aumento de pedidos por indenizações feitos na justiça pelos trabalhadores que se envolveram em
incidentes, mesmo que eles tenham usado equipamentos de proteção individual.
E) Diminuição dos pedidos de férias para os trabalhadores permanecerem mais tempo produzindo
dentro do seu trabalho.
GABARITO
Das muitas práticas que podem ser utilizadas pelos gestores, pode-se destacar que a avaliação do
contexto de trabalho abre o caminho para ajustes em pontos críticos inseridos nos ambientes em que os
trabalhadores desempenham as suas atividades.
Analise cada opção a seguir e marque a única que pode ser considerada um benefício alcançado
pela prática de ergonomia.
O especialista decidiu elaborar um conjunto de práticas ergonômicas que foi incorporado no programa de
ergonomia, estando em consonância com as regras estabelecidas pela NR-17.
Considerando uma postura mais preventiva que apenas corretiva, é importante que os profissionais que
lidam com a gestão do trabalho adotem as regras estabelecidas pela NR-17. Por outro lado, tal missão
não deve partir apenas dos líderes, mas também dos próprios trabalhadores, que precisam estar cientes
de suas obrigações e responsabilidades enquanto realizam as suas tarefas.
Todavia, não é nada trivial identificar todos os problemas existentes em cada posto de trabalho e muito
menos ainda empregar as ações necessárias para resolvê-los em um horizonte de tempo curto.
Do lado dos trabalhadores, é razoável crer que eles possuem o direito de cobrar da empresa melhores
condições de trabalho que visem a seu bem-estar, incorporando, com isso, os conhecimentos de
ergonomia que podem ser úteis para evitar que os eventos de riscos causem danos ou os prejudiquem
em algum momento durante o trabalho.
Apesar disso, um conjunto de boas práticas ergonômicas pode ser de grande utilidade para a prevenção
de enfermidades, bem como para o alcance de níveis de produtividade maiores, entre outros indicadores
de performance, dentro das operações a serem realizadas no cotidiano das empresas.
RESUMINDO
A ergonomia configura uma preocupação geral de todos os setores profissionais e deve ser tratada
como prioridade por parte dos gestores.
Salientaremos a seguir algumas das boas práticas que são recomendadas em qualquer programa de
ergonomia dentro uma organização produtiva e que podem contribuir para:
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Quando se fala em lesões causadas sobre os recursos humanos, primeiramente cabe citar alguns dos
fatores responsáveis por isso e que são observados com frequência nas rotinas de trabalho:
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Postura errada.
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Repetição de movimentos.
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A postura incorreta surge como uma das principais causas de problemas sobre os indivíduos,
provocando dores no pescoço, na coluna, nos ombros e nos punhos. Já a combinação de força e
movimentos com repetição afeta mais os cotovelos, os punhos e as mãos do trabalhador.
Muitas organizações têm entendido que é preciso cuidar do bem-estar de seus funcionários, porque eles
são, na verdade, o principal ativo delas. No entanto, de nada valerá alocar recursos para melhorar sua
qualidade de vida se eles não pensarem em colaborar.
Esses momentos são excelentes oportunidades para que os funcionários sejam estimulados a
reconhecer a sua parcela de responsabilidade perante as decisões tomadas e a caminhar no sentido de
internalizar uma cultura mais voltada para a prevenção.
INCENTIVAR O REPORTE DE RISCOS ERGONÔMICOS
Ainda considerando como a gestão em ergonomia pode ser um diferencial para fortalecer a sensação de
segurança dentro de uma empresa, podemos dizer que ela possui um olhar multidisciplinar. Em outras
palavras, a gestão é capaz de promover o envolvimento entre áreas e departamentos de:
Recursos humanos.
Jurídico.
Nunca é demais ressaltar que eventos de riscos podem aumentar as chances de trazer algum tipo de
impacto para o colaborador. Quando se tem a consciência de que se deve ter um cuidado com a
ergonomia no ambiente de trabalho, existe uma tendência de diminuir as ausências registradas por
motivos de saúde, bem como de incidentes e acidentes entre colaboradores.
O fato é que, quando uma empresa tem uma postura mais despreocupada ou não atenta às questões
ergonômicas, uma ocorrência que implique um dano mais sério envolvendo algum trabalhador pode
levá-la a sofrer algum tipo de penalização legal e que seja acionada para possíveis indenizações. O
outro lado; isto é, o trabalhador, também tem uma responsabilidade solidária quanto a isso.
ATENÇÃO
O colaborador deve ter responsabilidade e cumprir normas quando está realizando suas tarefas dentro
do ambiente laboral. Caso contrário, ele pode sofrer algum tipo de advertência ou, em último caso, ser
demitido da empresa.
Atualmente, as empresas têm adotado as boas práticas de ergonomia para preservar a saúde do
trabalhador em todas as situações possíveis, monitorando e controlando os riscos que podem afetá-lo.
Para que isso seja possível, entre outras medidas necessárias, cabe:
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O esforço ergonômico feito por iniciativa da gestão da empresa compreende inicialmente o atendimento
das condições de trabalho nas quais os colaboradores estão inseridos e exercem continuamente as
suas tarefas, devendo, para isso, estar saudáveis e protegidos. Assim, quando uma condição do tipo
(colaborador cansado ou sem motivação por algum motivo) não é atendida por um aspecto ergonômico,
muito provavelmente isso pode ter uma implicação na realização do próprio trabalho.
Vem daí a justificativa para se avaliar o contexto de trabalho. Contudo, não basta apenas implementar
as práticas ergonômicas. É fundamental que se monitore e controle cada elemento que pode interferir na
realização do trabalho para saber se o programa de ergonomia realmente vai alcançar os objetivos e as
metas planejados.
Na literatura, encontramos três tipos de controle que podem auxiliar aqueles gestores preocupados em
melhorar os ambientes de trabalho:
CONTROLES DE ENGENHARIA
EPI
Sua utilidade está voltada para reduzir a exposição aos riscos de incidentes e acidentes.
Recomenda-se também que os pés estejam firmados no piso. Isso permite que a postura seja correta.
Caso eles estejam diante de computadores, o que, atualmente, representa um grande quantitativo de
trabalhadores nessa condição, além do que já foi dito anteriormente, os braços também precisam estar
em um ângulo de 90 graus em relação à mesa.
Já a tela de computador deve estar na altura dos olhos para evitar fadiga visual. Os objetos, por sua vez,
têm de estar ao alcance dos braços, enquanto os punhos precisam ser protegidos para evitar tendinites.
Evidentemente, tudo aquilo mencionado acima deve ser feito de forma assistida e de acordo com um
bom planejamento de gestão. Uma vez implementada, uma rotina de alongamentos nos ambientes de
trabalho possivelmente acarretará com o tempo menos trabalhadores com doenças ocupacionais.
Afinal, a prática ergonômica pode trazer benefícios para todos os trabalhadores. Elencaremos alguns
deles a seguir:
Mais trabalhadores vão estar motivados para cumprir as horas de trabalho, mesmo estando à frente de
tarefas que exigem mais esforços mentais ou físicos.
A quantidade de atendimentos médicos por motivo de lesões corporais pode ser diminuída com o tempo.
Há uma tendência de queda em pedidos por indenizações feitos na Justiça a serem pagos pela empresa
por causa de incidentes ou acidentes.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
B) a tomada de decisão parta da alta gestão, como a implantação de planos que considerem princípios
ergonômicos.
C) os clientes indiquem quais devem ser as suas necessidades ergonômicas para que elas sejam
atendidas pelas empresas.
E) os fornecedores determinem como a ergonomia deve ser aplicada dentro das empresas.
A) 1ª orientação - ter cuidado frequente com a postura; 2ª orientação - adotar uma prática de
alongamento em períodos programados.
B) 1ª orientação - chegar mais cedo ao trabalho; 2ª orientação - descansar na parte da tarde quando
não houver tarefas a serem realizadas.
C) 1ª orientação - conversar com a liderança da área para que a quantidade de tarefas seja reduzida de
forma gradual ao longo do período semanal; 2ª orientação - solicitar na semana seguinte o aumento da
carga de trabalho para compensar o que deixou de ser feito.
D) 1ª orientação - atingir a meta estabelecida o mais rápido possível; 2ª orientação - aproveitar o tempo
livre para atividades informais dentro da empresa.
E) 1ª orientação - realizar exercícios físicos sempre no primeiro turno de trabalho; 2ª orientação - sair
mais tarde no último turno somente após o término da última tarefa realizada.
GABARITO
1. Em momentos nos quais são exigidas providências para adequar os ambientes de trabalho,
minimizando os riscos inerentes às atividades e conferindo uma maior segurança para todos os
profissionais, é fundamental que
É fundamental que alta gestão esteja comprometida com a ergonomia. Aliás, deve partir dela a
responsabilidade de implantação e implementação de ações ou de medidas para corrigir postos de
trabalho que estejam mais seguros para os trabalhadores. O nível operacional tem de seguir as
orientações que vêm do nível estratégico. Clientes, acionistas e fornecedores normalmente não
interferem em decisões a respeito de ergonomia dentro das empresas.
2. As ações ergonômicas são conduzidas com o objetivo de encontrar problemas (ou pontos
passíveis de intervenções) em estações de trabalho que reúnam processos já padronizados,
ainda que porventura possam estar obsoletos ou gerar não conformidades que acabem
conferindo uma vulnerabilidade maior ao trabalhador dentro do seu trabalho. Desse modo, a
preocupação com a ergonomia também desperta a necessidade de melhorar continuamente os
processos produtivos para que sejam reduzidas as lesões sobre aqueles que dedicam grande
parte de suas vidas a prestar serviços ou fabricar produtos em ambientes muitas vezes não
saudáveis.
Supondo um trabalho com dois turnos, indique nas alternativas a seguir duas orientações para
que as lesões sejam evitadas pelos trabalhadores:
É bastante recomendado que todo trabalhador tenha muita atenção com a sua postura enquanto realiza
as atribuições dele em sua estação de trabalho. A empresa deve atuar de forma colaborativa, orientando
sempre sobre a maneira mais correta de se realizar cada tarefa necessária dentro do trabalho. De nada
adiantará para a saúde do trabalhador chegar mais cedo ao trabalho e descansar em seguida se não
forem tomados os devidos cuidados ergonômicos. Dificilmente, um líder de área de empresa vai permitir
a redução gradual da quantidade de tarefas em uma semana e decidir aumentá-la na subsequente, pois
é preciso balancear sempre a carga de trabalho conforme o perfil do trabalhador. Novamente por conta
dessa carga, acelerar o trabalho para atingir metas mais rapidamente não parece ser uma estratégia
correta, pois cada tarefa exige um conjunto de métodos de trabalho que compreende tempo e
movimentos padronizados. É razoável que um gestor de trabalho, seguindo as orientações de
ergonomia, promova um equilíbrio entre trabalho e qualidade de vida, o que serve de contraponto para
que, em uma jornada de dois turnos, um deles seja dedicado a atividades físicas e o outro, somente à
atividade laboral com tempo indeterminado para ser finalizada.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como estudamos ao longo de cada módulo deste conteúdo, toda empresa deve procurar identificar os
riscos ergonômicos que podem expor de alguma forma os seus trabalhadores a lesões enquanto eles
realizam um conjunto de tarefas dentro de suas jornadas de trabalho. Frisamos, portanto, que é
necessário dar atenção ao mapeamento de riscos e à analise tanto da severidade quanto dos impactos
potencialmente causados por eles.
Pontuamos ainda que toda empresa, independentemente do seu tamanho, tem que adotar as boas
práticas em ergonomia para que os seus empregados se sintam mais seguros, atentos, confortados e
motivados em seus postos de trabalho. Salientamos inclusive que, em tais condições de trabalho, os
afastamentos dos colaboradores possivelmente serão reduzidos, enquanto melhorias poderão ser
alcançadas em indicadores de desempenho operacional.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
BRASIL. Decreto-Lei 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho.
Brasília, DF: Diário Oficial da União, 1943.
DUL, J.; WEERDMEESTER, B. Ergonomia prática. 2. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2004.
HENDRICK, H. W. Macroergonomics: a new approach for improving productivity, safety and quality of
work life. In: GONTIJO, L. A.; SOUZA, R. J. (Eds.). Anais do II Congresso Latino-Americano e VI
Seminário Brasileiro de Ergonomia. Florianópolis: Abergo/Fundacentro, 1993. p. 39-58.
SOC. Cerca de 27 milhões de brasileiros sofrem com dores na coluna. Publicado em: 7 maio 2015.
EXPLORE+
Por fim, leia o artigo de 2017 denominado Práticas ergonômicas em um grupo de indústrias da
região metropolitana de Campinas: natureza, gestão e atores envolvidos, de Andréa Gonçalves
Pinto e demais autores, e saiba como o uso de práticas ergonômicas dentro de uma indústria pode
resultar em melhorias para as questões ligadas à saúde, à segurança, à produtividade e à
qualidade no trabalho.
CONTEUDISTA
Fernando Medina