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1º Teste - Direito Comercial Da Empresa
1º Teste - Direito Comercial Da Empresa
O recurso é o modo de reação contra uma decisão judicial tida como errada e que se traduz na
intervenção de um tribunal superior (Tribunal da Relação ou Supremo Tribunal de Justiça).
Ordinários – são aqueles que são interpostos de decisões que não transitaram em
julgado.
Extraordinários – que podem comportar duas modalidades:
Recursos de ficção e uniformização de jurisprudência – art.437º a 448º CPP;
Recursos de revisão – art.449º a 467º CPP.
Sujeitos do recurso:
Os recursos ordinários são interpostos de um tribunal (a quo) para outro tribunal superior (ad
quem).
Já os recursos extraordinários podem ser dirigidos ao mesmo tribunal que proferiu a decisão,
embora não seja sempre assim e na sua decisão possam intervir mais do que um tribunal –
art.437º e 451º).
Objeto:
Se o que se pretende com o recurso é decidir de novo a questão que estava posta, em regra pode
atender-se neste novo julgamento a factos novos. Pelo contrário, se o objeto do recurso é a
decisão proferida, apreciar se é inválida ou injusta, então não interessa comparar a decisão com
os dados que o juiz, o tribunal a quo possuía. O nosso sistema penal português inclina-se para a
segunda solução – o objeto do recurso é a decisão.
Sendo assim, não se pode juntar nas alegações de recurso ordinário novos elementos de prova
que não tiverem sido considerados na decisão recorrida. Novos elementos de prova podem ser
relevantes para efeito do recurso extraordinário de revisão, mas não par o recurso ordinário.
Então o objeto do recurso é uma decisão judicial. Todavia, nem todas as decisões judiciais
podem ser objeto de recurso. A regra é que as decisões judiciais são recorríveis, salvo a
exclusão da lei. Os casos de irrecorribilidade são excecionais, embora muito frequentes. A
irrecorribilidade de uma decisão judicial é sempre estabelecida por lei.
Princípios do recurso:
É permitido recorrer dos acórdãos, das sentenças e dos despachos cuja irrecorribilidade não
estiver prevista na lei. A regra é da admissibilidade do recurso.
Esta regra não é uma regra absoluta, é uma regra feral que comporta exceções. Existem 3
formas que a lei utiliza para declarar uma decisão irrecorrível:
Sendo o direito ao recurso do arguido uma garantia de defesa, sendo um direito fundamental, é
natural que este direito não fique satisfeito nem devidamente consagrado pela lei sem que esta
determine mecanismos que permitam a concretização e o exercício efetivo deste, sem qualquer
tipo de inibições.
O art.409º diz-nos que se o recurso foi interposto pelo arguido ou pelo MP no exclusivo
interesse do arguido, o tribunal superior não poderá agravar a sanção aplicada na instância
recorrida. A lei proíbe de forma absoluta (não comporta exceções) que por força de um
recurso interposto no exclusivo interesse do arguido se aumente a pena de prisão, e proíbe
de forma relativa a pena de multa (existe a possibilidade de agravamento do quantitativo da
pena, no caso de haver uma alteração significativa e superveniente da situação económica
do arguido).
A previsão do art.409º só abrange a sentença condenatória porque só este é que fixa e aplica
sanções, pelo que se justifica que esta proibição vincule a sentença condenatória.
Recurso ordinário:
É um recurso jurisdicional, em processo penal é um meio pelo qual se pode impugnar decisões
jurídicas.