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PROSPOSTA DE TRABALHO PEDAGÓGICO E

FISIOLÓGICO PARA ACOMPANHAMENTO


ESPECIALIZADO DE ALUNOS C0M TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA(TEA).

A inclusão do autismo em sala de aula ainda é um desafio para


todos, mesmo sendo um direito da criança garantido por lei, que
também assegura apoio aos professores.

No entanto, muitas escolas alegam não estarem preparadas para a


inclusão, o que demanda trazer o assunto para a discussão e
propagar informações sobre o TEA — Transtorno do Espectro
Autista. 

A inclusão do autismo em sala de aula requer adaptações e


estratégias diferenciadas, mas é muito positiva para todos,
professores, alunos em geral e família. Nós só temos a aprender
com a diversidade e não devemos nos paralisar frente aos desafios
que a inclusão apresenta.

Fatores como diagnóstico precoce do autismo, contato próximo


com a família, apoio dos profissionais especializados que atendem
a criança, sensibilização dos funcionários da escola e a constante
troca entre os professores favorecem a realização da inclusão.

A inclusão do autismo em sala de aula


Quando falamos em inclusão, logo pensamos nas crianças com
necessidades especiais. No entanto, temos que praticá-la com
todos os alunos, visto que toda criança tem necessidades e tempos
de aprendizagem diferentes.

A inclusão do autismo promove novos desafios, pois o espectro é


amplo — os sintomas, a gravidade e as características das
crianças também são distintas. Por isso, é fundamental conhecer
cada aluno, mantendo uma comunicação aberta com a família e
com os profissionais que o atendam fora da escola.
Crie e mantenha uma rotina
As crianças com autismo se sentem mais seguras quando têm uma
rotina previsível. Além disso, podem reagir mal a mudanças e
adaptações no ambiente. A repetição de processos e atividades em
sala de aula é muito benéfica para elas.

Busque entender se o seu aluno responde melhor a estímulos


visuais ou auditivos, como ele interage melhor com você e com os
colegas, mantenha o tratamento todos os dias, criando um padrão
na forma de cumprimentar e se dirigir a ele, o que ajuda a evitar a
ansiedade.
Promova uma adaptação ao ambiente

Antes de iniciar as aulas, pedirei, aos familiares da criança com


autismo que a leve para conhecer os ambientes da escola. Isso vai
deixá-la mais tranquila e familiarizada com o espaço quando as
aulas começarem.
Evite ruídos altos em sala de aula

Algumas crianças com autismo têm hipersensibilidade a ruídos


altos e alguns barulhos podem incomodá-la. O ideal é pedir aos
pais da criança para levá-la para a escola um pouco antes das
outras crianças chegarem, assim ela poderá ir se acostumando
com os ruídos do ambiente, gradualmente.
Use os interesses da criança nas atividades

As crianças com autismo podem ter interesses em temas


específicos e demonstrar verdadeiro fascínio por tudo que se
relaciona a ele. Aproveite isso e insira esses temas em suas
atividades em sala de aula para atrair a atenção do aluno com
autismo e conseguir com que ele se concentre nas tarefas por mais
tempo.
Não faça diferenciações de conteúdo

Todos os alunos precisam aprender o mesmo conteúdo em sala da


aula, ainda que seja necessário fazer algumas adaptações na forma
como ele será apresentado e trabalhado por cada um. 
Fazer diferenciações de conteúdo não ajuda na inclusão do
autismo em sala de aula, mas atrapalha a interação com as outras
crianças e prejudica a motivação do aluno com autismo para a
aprendizagem. 
Dê orientações claras e use recursos visuais

Ao dar orientações para o aluno em sala, falarei de forma clara e


objetiva para facilitar a compreensão do que deve ser feito. Isso é
benéfico para todas as crianças, não só para o aluno com autismo.
Da mesma forma, usarei recursos visuais e concretos para ilustrar
o que você está pedindo.

Imagens, símbolos e fotos podem ser usados para mostrar aos


alunos como será a rotina, ou demonstrar o caminho que irão
percorrer para chegar a outro ambiente. Os recursos visuais e
concretos ajudam o aluno com autismo a compreender o que se
espera que ele faça.  
Promova atividades coletivas

As atividades coletivas são muito importantes para a interação dos


alunos. Sempre que puder, realizarei tarefas, atividades, jogos e
brincadeiras em grupo, incluindo o aluno com autismo. Ficarei
atenta a como ele rege nesses momentos e focarei naquelas
atividades onde ele se sinta mais integrado.

Ainda que a inclusão do autismo seja um desafio para nós


professores, devemos sempre buscar soluções e conhecimento
para superá-lo.

A inclusão do autismo em sala de aula ainda é um desafio para


todos, mesmo sendo um direito da criança garantido por lei, que
também assegura apoio aos professores.

No entanto, muitas escolas alegam não estarem preparadas para a


inclusão, o que demanda trazer o assunto para a discussão e
propagar informações sobre o TEA — Transtorno do Espectro
Autista. 
A inclusão do autismo em sala de aula requer adaptações e
estratégias diferenciadas, mas é muito positiva para todos,
professores, alunos em geral e família. Nós só temos a aprender
com a diversidade e não devemos nos paralisar frente aos desafios
que a inclusão apresenta.

Fatores como diagnóstico precoce do autismo, contato próximo


com a família, apoio dos profissionais especializados que atendem
a criança, sensibilização dos funcionários da escola e a constante
troca entre os professores favorecem a realização da inclusão.

Neste artigo, vamos falar sobre como trabalhar a inclusão do


autismo em sala de aula.

A inclusão do autismo em sala de aula


Quando falamos em inclusão, logo pensamos nas crianças com
necessidades especiais. No entanto, temos que praticá-la com
todos os alunos, visto que toda criança tem necessidades e tempos
de aprendizagem diferentes.

A inclusão do autismo promove novos desafios, pois o espectro é


amplo — os sintomas, a gravidade e as características das
crianças também são distintas. Por isso, é fundamental conhecer
cada aluno, mantendo uma comunicação aberta com a família e
com os profissionais que o atendam fora da escola.

Veja algumas orientações que preparamos para você para


trabalhar a inclusão do autismo em sala de aula. 
Crie e mantenha uma rotina

As crianças com autismo se sentem mais seguras quando têm uma


rotina previsível. Além disso, podem reagir mal a mudanças e
adaptações no ambiente. A repetição de processos e atividades em
sala de aula é muito benéfica para elas.

Busque entender se o seu aluno responde melhor a estímulos


visuais ou auditivos, como ele interage melhor com você e com os
colegas, mantenha o tratamento todos os dias, criando um padrão
na forma de cumprimentar e se dirigir a ele, o que ajuda a evitar a
ansiedade.
Promova uma adaptação ao ambiente

Antes de iniciar as aulas, peça aos familiares da criança com


autismo que a leve para conhecer os ambientes da escola. Isso vai
deixá-la mais tranquila e familiarizada com o espaço quando as
aulas começarem.
Evite ruídos altos em sala de aula

Algumas crianças com autismo têm hipersensibilidade a ruídos


altos e alguns barulhos podem incomodá-la. O ideal é pedir aos
pais da criança para levá-la para a escola um pouco antes das
outras crianças chegarem, assim ela poderá ir se acostumando
com os ruídos do ambiente, gradualmente.
Use os interesses da criança nas atividades

As crianças com autismo podem ter interesses em temas


específicos e demonstrar verdadeiro fascínio por tudo que se
relaciona a ele. Aproveite isso e insira esses temas em suas
atividades em sala de aula para atrair a atenção do aluno com
autismo e conseguir com que ele se concentre nas tarefas por mais
tempo.
Não faça diferenciações de conteúdo

Todos os alunos precisam aprender o mesmo conteúdo em sala da


aula, ainda que seja necessário fazer algumas adaptações na forma
como ele será apresentado e trabalhado por cada um. 

Fazer diferenciações de conteúdo não ajuda na inclusão do


autismo em sala de aula, mas atrapalha a interação com as outras
crianças e prejudica a motivação do aluno com autismo para a
aprendizagem. 
Dê orientações claras e use recursos visuais
Ao dar orientações para os alunos em sala, fale de forma clara e
objetiva para facilitar a compreensão do que deve ser feito. Isso é
benéfico para todas as crianças, não só para o aluno com autismo.
Da mesma forma, use recursos visuais e concretos para ilustrar o
que você está pedindo.

Imagens, símbolos e fotos podem ser usados para mostrar aos


alunos como será a rotina, ou demonstrar o caminho que irão
percorrer para chegar a outro ambiente. Os recursos visuais e
concretos ajudam o aluno com autismo a compreender o que se
espera que ele faça.  
Promova atividades coletivas

As atividades coletivas são muito importantes para a interação dos


alunos. Sempre que puder, realize tarefas, atividades, jogos e
brincadeiras em grupo, incluindo o aluno com autismo. Fique
atenta a como ele rege nesses momentos e foque naquelas
atividades onde ele se sinta mais integrado. Alteração curricular
tornou-se um termo geral para todas as mudanças feitas com o objetivo
de atender as necessidades particulares de um estudante. No entanto, é
importante entender a diferença entre modificação do currículo e
adaptação. Modificação implica alterar o conteúdo ensinado com base
nas necessidades e limitações do aluno, mesmo que isso signifique
mudar os padrões de avaliação. Já a adaptação curricular, mantem-se a
integridade do conteúdo repassado e a forma padrão de avaliação
curricular. Porém, considerando as necessidades e limitações do aluno,
pode-se apresentar a ementa curricular em um formato diferente ou
modificar as estratégias no qual o aluno aprende. Em outras palavras,
modificação altera o que é ensinado e como o progresso é medido,
enquanto a adaptação muda a forma como o conteúdo é apresentado
e/ou acessado, mas não como o progresso é avaliado.

Precisamos compreender que pessoas com Transtorno do Espectro


Autista (TEA), muitas vezes, não aprendem como uma criança
neurotípica. Durante o desenvolvimento típico geralmente a criança
não necessita de intervenções específicas ou mediação para o
aprendizado. Por outro lado, no TEA o processo de aprendizagem é
diferente porque “há uma relação diferente entre o cérebro e os
sentidos, então as informações nem sempre geram conhecimento”
(Cunha, 2009). Portanto, para que uma criança atípica se desenvolva
no ambiente escolar, torna-se necessário que o professor manipule
diferentes recursos na aprendizagem, pois cada educando aprenderá de
forma diferente.

Alunos com TEA, em muitos casos, irão precisar ter alguma alteração
acadêmica, uma vez que problemas como déficits motores (por
exemplo, segurar um lápis para escrever) e motivação (realização de
determinadas atividades, participação em algumas aulas) podem exigir
modificações. Assim sendo, as instituições e os educadores precisam
ser adequadamente treinados para realizar a inclusão que esses alunos
necessitam. Por esse motivo, é importante que as instituições
educacionais tenham conhecimento sobre abordagens baseadas em
evidências, que explanam adequadamente as necessidades dos alunos
com autismo, tracem diretrizes para a identificação de práticas de
ensino eficazes e destaquem recursos específicos para o ambiente
escolar.

Ao implementar intervenções e estratégias de ensino baseadas em


evidências cientificas, os professores precisam de ferramentas para
avaliar e apoiar as estratégias a serem implementadas. Uma avaliação
baseada em investigação é imprescindível para que haja sucesso nos
ambientes educacionais inclusivos e o primeiro passo a ser dado é a
realização de uma avaliação que informe as competências atuais do
aluno para criar metas mensuráveis. Assim sendo, o programa
educacional para um indivíduo com autismo deve ser baseado nas
necessidades únicas daquela pessoa, para ajudar a determinar que tipo
de ambiente de aprendizagem será melhor para ela.
O segundo passo nesse processo é a construção de um Plano Educação
Individualizado (PEI), que é um instrumento que propõe planejar e
acompanhar o desenvolvimento de estudantes com dificuldades de
aprendizagem com base nas diretrizes escolares, o PEI tem como
objetivo orientar o trabalho da escola nas prioridades a serem
ensinadas para seu aluno que necessita de adaptações curriculares
(Taranto, 2015). Nele, todas as áreas de desenvolvimento do aluno
devem ser abordadas, incluindo objetivos acadêmicos, sociais e
comportamentais.

Uma vez que o PEI foi estabelecido, o professor deve modificar as


atividades e materiais para atender às necessidades dos alunos com
TEA, realizando as modificações necessárias para as pessoas com
dificuldades de aprendizagem. Por exemplo, essas crianças,
geralmente, necessitam da previsibilidade a fim de diminuir a
ansiedade. Ser capaz de antecipar as transições e mudanças, tendo um
suporte visual que indique quais atividades será realizada durante o
dia, pode ser um apoio poderoso para esses alunos. Logo, a introdução
de um apoio visual a ser usado na sala de aula, como fotografias,
desenhos ou palavras é um recurso particularmente útil para alunos
com autismo porque indicam claramente o que foi concluído e o que
deve ser feito em seguida. Outro exemplo, é o brincar por meio de
pistas visuais, sequencias de imagens que indicam qual será a próxima
etapa que a pessoa deverá realizar, esses roteiros auxiliam em
brincadeiras como: montar uma estrutura (uma casa), montar um
trilho de trem, brincar com blocos e várias outras estruturas do
brincar. Através desse modelo, fica evidente que alunos com TEA
podem utilizar brinquedos durante o lazer.

Em alguns casos, receber um Acompanhante Terapêutico (AT) é uma


estratégia que trará muitos benefícios para o aluno. O AT “é sem
dúvida um agente facilitador deste processo de escolarização, para
mediar o processo de aprendizagem na instituição” (Gavioli, Ranoya e
Abbamonte, 2013), outra consideração importante para o sucesso do
aprendizado é a modificação do ambiente do aluno. Desse modo, o
professor pode projetar a sala de aula e todos os materiais de instrução
para conter suportes e pistas visuais individualizados, fundamentais
para minimizar muitos problemas de comportamento.

A utilização de um sistema de comunicação alternativo, como por troca


de figuras (PECS) é uma estratégia importante para promover a
comunicação dos alunos com TEA. O PECS é especialmente útil
quando usado com crianças com TEA que tem habilidades de
comunicação limitada. Através da troca de imagens, as crianças
aprendem como comunicar suas necessidades e desejos (Hughes,
Katsiyannis, McDaniel, Ryan & Polvilhe 2011).

A seguir estão listados outros exemplos de estratégias que, quando


individualmente analisadas e planejadas, são potencialmente
facilitadoras para o processo de aprendizado em sala de aula:
• Ensinar novas tarefas fornecendo exemplos ou modelos de modo que
o aluno tenha uma visão clara dos passos necessários para cumprir
determinada tarefa e o desempenho esperado;
• Introduzir atividades adequadas ao nível de dificuldade do aluno
envolvido;
• Fornecer instruções ou pistas visuais para tornar a informação mais
compreensível para a pessoa;
• Dar previsibilidade para os alunos das atividades que eles irão
realizar. Por exemplo, se a classe ciência discutirá as estrelas durante o
horário de aula, os pais podem observar um céu noturno com o seu
filho/filha. Isto proporciona um processo de familiarização, no qual
pode haver uma aceitação do indivíduo a atender às tarefas em uma
situação variada;
• Atribuir modelos específicos para que a criança observe e imite diante
de atividades em grupo, como tempo na roda ou exercícios em grupo.
Em situações de grupo mais fluidas ajudar o indivíduo a selecionar
uma função específica que ele ou ela poderá realizar;
• Estruturar sequências de evento em que a atividade menos preferida
será seguida pela mais preferida (Primeira __X___, Depois,
__X___.).
• Quebrar/fragmentar tarefas em pequenos passos e ensinar casa passo
em sequência e de forma estruturada.

Há também intervenções comportamentais específicas que ajudam


consideravelmente o processo de inclusão nas instituições escolares
regulares. Uma dessas intervenções é a Análise Aplicada do
Comportamento (ABA) que é uma prática educativa que envolve o
processo de aplicação sistemática de intervenções embasadas nos
princípios derivados do comportamento para melhorar condutas
socialmente significativos. Ela inclui o ensino de novas habilidades, tais
como a vida funcional, comunicação e habilidades sociais;
generalização do comportamento de uma situação para outra, como a
transferência de habilidades sociais para ambientes naturais; redução
da interferência de comportamentos e restrição das condições nas
quais os comportamentos inadequados de interferência ocorrem.

Em conclusão, para que uma pessoa com TEA seja inserida no contexto
da educação regular, é necessário que se tenha instrumentos que a
deixem equiparada às outras pessoas, ferramentas que vão desde a
metodologia utilizada até em saber lidar com os diferentes tipos de
comportamento que uma pessoa com TEA pode apresentar, como
adaptações de currículo, materiais, avaliações, dispensa de disciplinas e
substituição por aulas individuais. A educação não é apenas um direito
garantido por lei. Mais do que isso, ela é vital para todas as crianças,
incluindo aquelas com dificuldade no desenvolvimento. Às instituições,
cabe o dever legal e ético de oferecer bases educacionais sólidas e
consolidar a equidade como princípio para a criação de ambientes de
aprendizagem propícios para que crianças e adolescentes alcancem seu
potencial.
BIBLIOGRAFIA

CUNHA, Eugênio. Autismo e Inclusão – psicopedagogia e práticas


educativas na escola e na família. Rio de Janeiro – Wak, 2009
Interpretare, Você sabe o que é o plano de educação individual, pei?.
Disponível em: <http://interpretare.com.br/prd/v2/2015/04/10/voce-
sabe-o-que-e-o-plano-de-educacao-individual-pei/> acesso em 24 de
Janeiro de 2017
Movimento Dawn, O Acompanhamento Terapêutico na Inclusão
Escolar. Disponível em:
<http://www.movimentodown.org.br/2013/01/o-acompanhamento-
terapeutico-na-inclusao-escolar-2/> Acesso em 23 de janeiro de 2017
Hughes, E.M., Katsiyannis, A., McDaniel, M., Ryan, J.B., Sprinkle, C.
(2011). Council for Exceptional Children, 43(3), 56-64
PROSPOSTA DE
TRABALHO
PEDAGÓGICO E
FISIOLÓGICO PARA
ACOMPANHAMENTO
ESPECIALIZADO DE
ALUNOS C0M
TRANSTORNO DO
ESPECTRO
AUTISTA(TEA).
JABORANDI, JANEIRO,
2023

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