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MATRIZES ROMÂNTICAS E

PÓS-ROMÂNTICAS

Matriz Vitalista e Naturista

Tudo que foi excluído pelas matrizes cientificistas é recolhido pelas matrizes
românticas:
o qualitativo, o indeterminado, o espiritual, etc.

Os vitalistas, são a favor da vida e contra a razão – ideia de um certo fluxo vital
do qual o homem faz parte e o constitui.

Surge o interesse estético no


lugar do interesse tecnológico.

Anulam-se as diferenças entre sujeito e objeto, entre ser e conhecer.

Esta matriz está profundamente enraizada no senso comum da prática psi e nas
representações sociais da
Psicologia .

Henri Bergson (1859-1941) é seu principal expoente e embora não citado é o


precursor de inúmeras supostas psicologias contemporâneas. (A psicologia positiva,
as auto ajudas, etc)

É responsável por instaurar a mística da fluidez e da indeterminação –


metacientífica – a ciência da vida. (adaptacionista)

A institucionalização da profissão de psicólogo não é compatível com a noção


bergsoniana de psicologia, que supõe uma prática mais semelhante à dos grandes
inspirados – artistas, santos, heróis, mago, guru, etc.

O trabalho é o de levar o homem a se unir em comunhão com as forças do universo –


elã vital. (muitos dos humanistas se encontram nesta perspectiva)

Uma contracultura de senso comum – eliminando toda virulência crítica, de toda


negatividade constitutiva do humano.

MATRIZES COMPREENSIVAS

Existem três grandes linhas compreensivas:


o historicismo idiográfico, o estruturalismo e a fenomenologia.

O historicismo idiográfico busca a captação da experiência como se constitui na


imediata vivência do sujeito.

Propõe que se decifre e interprete as manifestações vitais, culturais e


psicológicas como uma tarefa hermenêutica.

Como resolver o problema da verdade?


Como escolher entre interpretações conflitantes?

Uma das soluções para o problema da compreensão foi proporcionada pelos


estruturalismos.
No estruturalismo o trabalho de interpretação tenta modelar-se pela hipotetização,
pelo cálculo e teste de hipóteses, característica das ciências da natureza. A
intenção é reconstruir as estruturas geradoras de mensagens, as regras que
controlam inconscientemente a organização das formas simbólicas e os discursos.

Mas é na fenomenologia que vamos encontrar uma tentativa de superação, do


cientificismo, ao qual os estruturalistas sucumbem, assim como do historicismo. Os
objetos, então, não são os eventos naturais, mas os fenômenos, aquilo que aparece à
consciência.

Assim os eventos psi não são coisas no mundo, mas, constitutivos do mundo.

*MATRIZ FENOMENOLÓGICA E
EXISTENCIALISTA

As ciências da compreensão e da interpretação, com dificuldades enfrentam o


problema da verdade.

Como produzir, identificar, fundamentar, uma interpretação verdadeira?

Os estruturalismos e a fenomenologia representam respostas alternativas para o


referido problema.

Os estruturalismos concebem o rigor em termos metodológicos, prioritariamente.


Assim sendo exigem empenho máximo na formalização dos conceitos das hipóteses dos
procedimentos analíticos.

A fenomenologia, no entanto, preocupa-se essencialmente com o rigor epistemológico


e promove a radicalização do projeto de análise critica, dos fundamentos e das
condições de possibilidade do conhecimento.

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