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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DA CAÁLA

=CAÁLA=

DEPARTAMENTODE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E PUBLICAÇÕES

PROPOSTA DE CRIAÇÃO DE UMA BIBLIOTECA ESCOLAR PARA MITIGAR AS


DIFICULDADES NO DOMÍNIO DA LÍNGUA PORTUGUESA DOS ALUNOS DA 9.ª
CLASSE, COLÉGIO HENGUE - BAILUNDO

José Tomás Guilherme

Huambo, 2023

DEPARTAMENTO DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA E PUBLICAÇÕES


PROPOSTA DE CRIAÇÃO DE UMA BIBLIOTECA ESCOLAR PARA MITIGAR A
DIFICULDADE NO DOMÍNIO DA LÍNGUA PORTUGUESA DOS ALUNOS DA 9.ª
CLASSE, COLÉGIO HENGUE - BAILUNDO

José Tomás Guilherme

Monografia apresentada ao Departamento para


os Assuntos de Investigação Científica da
Faculdade de Direito do Instuto Politecnico da
Caála-Huambo, para obtenção do grau de
licenciatura em Direito, na especialidade
Jurídico-Políticas, sob orientação do Prof Lic.
Agostinho Sapalo
Orientador: Lic. Agostinho Sapalo

Huambo, 2023

PRINCIPAIS CAUSAS
Não se pode aprioristicamente dizer quais circunstâncias encontram-se na base do fraco
domínio da leitura da Língua Portuguesa a nível do Colégio Público do Hengue, do Bailundo, já
que as especificidades da região exigem um aprofundamento casuístico e particular sobre tais
circunstâncias. Para se chegar a uma conclusão consistente sobre quais são as principais razões
subjacentes ao fenómeno, o presente trabalho propõe-se, preliminarmente, realizar uma pesquisa
empírico-prática, de modo a fazer indagações concretas essencialmente coerentes com a realidade
específica dos estudantes do Colégio Público do Hengue, no Município Bailundo, porquanto não
se podem generalizar as causas do mesmo factor partindo de realidades estranhas à do Colégio.

Os meios metodológicos a serem empregues nesta pesquisa vêm descritos em sede


própria, no presente ante-projecto, e com os mesmos buscar-se-á conhecer com profundidade as
razões (quer sociológicas, culturais, económicas e outras) que sustentam este fraco domínio da
Língua Portuguesa.

CONSEQUÊNCIAS

Não obstante seja necessário – para se aferir concretamente quais as consequências do


fraco domínio da leitura da Língua Portuguesa – fazer uma pesquisa de campo (por aquelas serem
passíveis de variações de região para região), pode-se dizer, em geral, que elencam-se entre as
várias consequências, a dificuldade em assimilar conteúdos académicos, distúrbios de
desenvolvimento, como dislexia, disgrafia e discalculia.

POSSÍVEIS SOLUÇÕES

Num primeiro momento do presente estudo colocam-se, teoricamente, várias soluções


possíveis tendencialmente idóneas à solução do fenómeno do fraco domínio da leitura da Língua
Portuguesa por parte dos estudantes do Colégio Público do Hengue, dentre as quais destacamos:

a) Criar uma biblioteca escolar para permitir a leitura e pesquisa científicas;


b) Elaborar estratégias de capacitação familiar sobre a importância do acompanhamento dos
filhos no processo de ensino e fomentar a utilização do Português em histórias familiares
para desenvolver habilidades de expressão, escrita e leitura.
c) Realizar seminários de capacitação em metodologias para o ensino da caligrafia, redacção
e leitura.

Dentre as soluções propostas, o presente trabalho dá prevalência relativa à primeira, por


julgar-se ser ela o mecanismo mais apto a fomentar o hábito pela leitura e o conhecimento da
literatura portuguesa, fundamentais ao domínio da leitura da nossa Língua.
INTRODUÇÃO

O ensino da escrita constitui um dos principais requisitos para a aprendizagem e o


desenvolvimento de outras habilidades. Uma sociedade com homens habilitados em escrita
contribui para o crescimento científico do país, principalmente porque é através da escrita que se
registam acontecimentos que se vão desenvolvendo no plano nacional e internacional.

O conhecimento da Língua Portuguesa é, entre nós, factor estratégico para o


desenvolvimento académico-profissional, por aquela ser o principal meio de comunicação
nacional, e, por consequência, idioma oficial de Angola. A concepção integral desta disciplina
permite o desenvolvimento da comunicação a partir de outros elementos, do trabalho com os
níveis de compreensão que se deve alcançar como elemento indispensável para a assimilação de
conteúdos das demais disciplinas.

A redacção e a leitura são componentes essenciais do programa de Língua Portuguesa,


tanto pela sua função comunicativa, assim como pela sua qualidade de fonte de conhecimento,
pois visam aperfeiçoar as habilidades de escrita e compreensão, o que significa alcançar domínio
da correcção, incluindo a fluidez com ênfase no discurso oral e na expressividade.

A redacção é a capacidade de o aluno produzir textos a partir de um tema dado ou


sugerido. A sua correcção é o ponto fulcral deste exercício. A melhor forma de optimizar a
correcção consiste em estimular e habituar os alunos à autocrítica dos seus trabalhos e,
amigavelmente, dos seus companheiros.

No processo de escrita e compreensão de um texto antecipam-se possíveis interpretações


que são resultado das operações cognitivas de diversas índoles: os saberes e conceitos do autor e
que são resultado de sua experiência vital e da morfologia temática do texto.

Os alunos devem adquirir, desde as primeiras idades, um verdadeiro gosto, prazer e amor
pela escrita, hábitos estes que se pretendem duradoiros e, quem sabe, permanentes. A escrita e a
leitura devem converter-se em uma prática e uma experiência gratificantes e gostosas para eles,
estudantes, e é essencial para isso o trabalho dos professores, que se devem mostrar como
autênticos escritores e leitores, como exemplos a seguir e incentivando cada vez mais o amor pela
escrita e pela leitura.

O pensamento criador se caracteriza por sua flexibilidade; à escola é atribuída a tarefa de


formar indivíduos criadores e não deve deixar de empreender esforços para desenvolver
estudantes fortemente motivados.

A importância de desenvolver atitudes criativas no processo educacional desde o início da


educação básica até aos níveis mais elevados da educação superior é decorrente da necessidade
de se obter um aperfeiçoamento individual e social do ser humano. Segundo Torre (1993) a
riqueza de um país não está apenas nos recursos naturais, mas também na capacidade criativa dos
seus indivíduos.

Desta forma, cabe aos sistemas de ensino, especialmente à escola, a função de estimular o
desenvolvimento da criatividade, de modo a que a mesma (criatividade) se constitua em um dos
pilares curriculares que estruturam o processo formal de educação do País.

O desenvolvimento da criatividade pode estar presente no ensino de línguas, das ciências,


das tecnologias, etc.

O professor deve buscar o enriquecimento da sua base teórica e metodológica para


orientar um processo de ensino significativamente criativo. Actualmente é visível a falta de
participação criativa nas várias situações do contexto escolar. Um carácter motivador tem em
vista despertar o interesse do aluno e implica envolvê-lo em algo que tenha significado para si,
que se sinta seduzido pelo que lhe é apresentado.

Victor (1995), citado por Azevedo (2010, p. 6), diz-nos que a didáctica trabalha com
saberes ligados a um duplo sistema de referências: as ordens epistemológicas e as ordens
psicológicas. São aspectos a aprofundar mais adiante no presente estudo.
1.1 – PROBLEMA CIENTÍFICO
A falta de uma biblioteca propicia o fraco domínio da Língua Portuguesa dos alunos da
9.ª classe, Colégio Hengue – Bailundo?

1.2 – OBJECTIVOS
1.2.1 – GERAL
 Selecionar as estratégias metodológicas de ensino da Língua Portuguesa para
melhorar e facilitar a sua aprendizagem.

1.2.2 – Específicos
 Indicar as melhores estratégias para a criação de uma Biblioteca escolar a fim de
mitigar os problemas de aprendizagem da disciplina de Língua Portuguesa;
 Estudar as causas do fraco desempenho dos estudantes do Colégio Público Hengue
na disciplina de Língua Portuguesa.
 Identificar as principais consequências do fraco domínio da leitura em Língua
Portuguesa dos estudantes da escola referida.
 Propor vias metodológicas para a solução do problema de fraco domínio da leitura
em Língua Portuguesa dos estudantes da referida escola.

1.3 – Contribuição do trabalho


O presente estudo, de carácter actual, poderá trazer contribuições valiosas na sociedade,
porquanto as estratégias metodológicas para o ensino da Língua de Camões a serem propostas
neste trabalho poderão concorrer largamente para a melhoria e facilitação da aprendizagem desta
Língua, promovendo a criação de habilidades nos domínios da escrita, leitura, oralidade e
interpretação, traços fundamentais para a correcta assimilação dos conteúdos académicos
diversos.

1.4 – Justificativa
A aprendizagem da Língua Portuguesa é essencial ao aproveitamento satisfatório de
qualquer estudante inserido no sistema educacional angolano. Dificuldades no aprendizado geral
da Língua é susceptível de comprometer o desempenho global do aluno em todas as disciplinas.

É por esta razão que entendemos oportuno realizar este estudo, com vista a minimizar
vícios metodológicos ínsitos no processo de ensino da Língua Portuguesa e garantir um
acompanhamento constante deste processo.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

As metodologias de ensino, tanto das línguas quanto de outros domínios do saber, têm
sofrido uma vasta gama de modificações nas últimas décadas, sobretudo com o advento da actual
sociedade da informação, com o surgimento de novas tecnologias que, no geral, relegaram para o
terceiro plano os tradicionais sistemas educativos, hoje taxados de ineficientes.

O ensino das línguas levanta, porém, entre nós, problemas adicionais, que urge analisar.

Comece-se por dizer que “Angola é um país multilingue, onde além das línguas
vernáculas (línguas africanas locais) e suas variedades, a maior parte delas de origem Bantu, mas
algumas não Bantu, pertencentes à família das línguas «khoisan» e disseminadas na região sul do
país, surge o português como língua ofcial”1 (…), o que tem efeitos prejudiciais na assimilação
da Língua Portuguesa no contexto das crianças residentes sobretudo no interior do País.

Na região centro-sul do país predomina, quanto às línguas nacionais, o Umbundu, que é,


aliás, “é a língua veicular com maior número de falantes, concentrando-se no centro-sul de
Angola. Segue-se-lhe o kimbundu, que se espalha pelo eixo Luanda-Malanje e Kuanza-Sul, e
que, pelo facto de ser a língua tradicional da capital e do antigo reino dos N’gola, goza de um
certo prestígio”. Raramente nestes lugares a criança cresce tendo o Português como língua
materna, o que de certo modo não facilita o processo normal de ensino, que é feito 2, regra geral,
por meio do Português.

Constitui situação normal que “quando uma criança entra na escola, já tenha aprendido,
de forma espontânea e por mera imersão num determinado meio lingüístico, a língua da sua
comunidade (…). A responsável por esta aquisição espontânea e natural é a famosa competência
lingüística inata (…)”3. Ao menos esta é a situação ideal, e ela pouco se verifica a nível do
interior do País.

1
COSTA, Ana et al. Manual de Língua Portuguesa para Professores do Ensino Primário. Luanda: Ministério da
Educação, 2019. (Projecto Aprendizagem para Todos), p. 7.
2
Língua Materna, num contexto plurilingue como o angolano, é a língua ou as línguas do habitat em que a criança
vive e que utiliza nas suas interacções quotidianas. Ibidem, p. 7.
3
DUARTE, Isabel Margarida. Ensino da Língua Portuguesa em Portugal: O Texto, no Cruzamento dos Estudos
Linguísticos Literários… p. 2
Nestas regiões é muito comum que adolescentes – não se fale das crianças – façam um
uso deficiente da Língua Portuguesa, quando algum uso dela façam, sendo mais comum mesmo
serem estes essencialmente incapazes de se comunicarem por meio da Língua de Camões. E isso
parece explicar-se: os jovens estudantes não têm, naquelas localidades, o contacto directo e
contínuo com a Língua Portuguesa necessário para se atingir um nível minimamente aceitável de
domínio da língua, pois seus pais e superiores em geral preferem comunicar-se – no âmbito
familiar – por intermédio da Línguas nativas, sendo normal que eles próprios não sejam capazes
de falar o Português.

Parece que, nestas regiões, a forma mais fácil de propiciar um conhecimento aceitável da
Língua Portuguesa seria através do fomento do hábito pela leitura de livros escritos em
Português, o que propiciará uma relação direta entre os meninos e a Língua.

São louváveis as seguintes palavras: “A leitura deve ser considerada pelo leitor como um
importante recurso para o acréscimo de novas informações e experiências, que possibilitam a
reformulação de ideias já existentes e estimulam o contínuo processo de aprender e re-aprender”4.

Num sistema educativo moderno é correcto dizer, sem reservas, que “o professor não é
mais a fonte principal do saber, mas sim aquele que harmoniza o conhecimento, que auxilia o
jovem na procura de uma visão do mundo” (UNESCO,1975)
Uma dificuldade, porém, coloca-se imediatamente: se é exigível ler, para se alcançar o
necessário domínio da Língua, que livros ler? Por conta de quem?

O mesmo é dizer, quem disponibilizará os referidos textos a serem lidos? Está fora de
questão ponderar que as famílias locais se encarreguem por este encargo, porquanto é bem
conhecida a situação económica média da família rural, que absolutamente não possibilita mais
do que a garantia do sustento do agregado, quando para tal é bastante.

Daí a necessidade de institucionalizar uma biblioteca escolar, especificamente no Colégio


Público Hengue, para garantir acesso fácil dos meninos aos livros.

Pode-se dizer que a biblioteca é “um portal para o saber”, e que “ela representa uma fonte
de variedade, geradora de inovação e mudança que facilita e favorece o

4
SOARES, Sônia Ribeiro de Moura. A Importância da Biblioteca Escolar como um Espaço de Formação de Leitores
Letrados. Paraná: Governo do Estado, 2014. (Os Desafios da Escola Pública Paranaense na Perspectiva do Professor
PDE). p. 4.
surgimento de novas modalidades de acção educativa Intervenção da Biblioteca Escolar no
processo de ensino-aprendizagem”5.

É por meio da biblioteca que o simples aluno transforma-se em autêntico investigador, e


ela é, na escola moderna, “parte integrante e da mais alta relevância no
organismo escolar. Nas escolas mais modernas se veem livros por toda parte, tendo-os os
alunos com fartura à sua disposição, como acontece, por exemplo, nos Estados Unidos”.

Diga-se, enfim, que “as bibliotecas apresentam um importante papel na nossa sociedade,
tanto no que diz respeito à conservação de acervos quanto na possibilidade de apropriação de
conhecimentos através dos livros lá existentes”.

É, em parte, com fundamento nesta base teórica que o presente estudo será estruturado.

5
ALVES, Marta Paula Fernandes Mota. Intervenção da Biblioteca no Processo Ensino-Aprendizagem. Lisboa: 2000,
p. 1.
FUNDAMENTAÇÃO METODOLÓGICA

A Metodologia, por definição, é uma ciência que se traduz em estudar, compreender e


avaliar os vários métodos para a realização de uma pesquisa académica. Ela analisa, descreve e
avalia técnicas que facilitam a coleta e o processamento de informações (Freitas & Prodanov,
2013, citado por Salvador, 2019, p. 21).

3.1 Metodologia
3.1.1 Método de abordagem
Atendendo às especificidades do presente estudo, afigura-se-nos adequado adoptar o
método hipotético-dedutivo de acordo com o esquema de Popper 6. Partimos, pois, do seguinte:
expectativa ou conhecimento prévio, problema, conjectura ou hipótese a defender e tentativa de
corroboração da hipótese defendida, o que resultou na seguinte esquematização.

3.1.2 Método de procedimento


No presente trabalho servimo-nos simultaneamente dos métodos tipológico e método
estruturalista, em termos que a seguir se enunciam7:

 Método tipológico – partimos, na elaboração do presente trabalho, da consideração


segundo a qual para que sejam plenamente atingidos os fins visados pelo sistema
de ensino angolano, nomeadamente no domínio específico da Língua Portuguesa,
é fundamental que todas as unidades escolares contem com uma biblioteca, de
modo a fomentar o hábito pela leitura. Logo, o ideal, deste ponto de vista, é que a
instituição tenha uma biblioteca, diferente da situação real actual.
 Método estruturalista – as causas que sustentam a hipótese aqui defendida
resultam da observação de casos frequentes verificados na sociedade cujas notas
características, por processo de abstracção foram elevados a categoria de causas
dos resultados negativos do sistema actual de ensino da Língua portuguesa.

3.2 Meios técnicos de investigação


No presente trabalho, atendendo as especificidades impostas pela natureza do tema,
adoptou-se o modelo misto, nomeadamente qualitativo e quantitativo, na medida em que, de um
6
Eva Maria LAKATOS, Fundamentos de Metodologia Cientifica, 5. Edição, Atlas Editora, São Paulo 2003, pp. 95
e ss.
7
Eva Maria LAKATOS, Ob. Cit., pp. 106 e ss.
lado servimo-nos de fundamentos teóricos e empíricos para sustentar a hipótese com que
trabalhamos, e, por outra, tornou-se viável o recurso ao método estatístico com o objectivo de
corroborar a hipótese aqui sustentada.

3.3 Tipos de pesquisa


Quanto aos objectivos, esta pesquisa apresenta-se simultaneamente exploratória,
descritiva e explicativa.

Por um lado, para a sua concretização, houve a necessidade de se aprofundar


conhecimentos em sector cujo domínia seria fundamental para as predicações que se seguiriam,
razão que nos levou a assenhoriar-se da pesquisa exploratória; tornou-se, depois, necessário
proceder à descrição das características específicas dos estudantes do Colégio Público Huengue,
o que nos levou a recorrer à pesquisa descritiva para, em último lugar explicar os factos
subjacentes ao problema de que nos ocupamos, razão que justifica o recurso à pesquisa
explicativa.

Quanto aos procedimentos técnicos, este trabalho comporta simultaneamente uma parte
bibliográfica, outra documental e uma última relativa à pesquisa de campo.

3.4 População e Amostra


Sendo a população um grupo a ser estudado (grupo constituído de indivíduos que reúnem
certas características comuns), a pesquisa de campo a ser feita no presente estudo terá como
população o conjunto global de estudantes do Colégio Público Hengue – Bailundo.

A amostra é “o subconjunto do universo do qual se estabelecem ou se estimam as


características desse universo, quer dizer, é a parte representativa de todo o universo”.8

3.5 Critério de amostragem


Dentre a população referenciada, será selecionada uma amostra de 50 alunos, com base no
critério probabilístico, que “se baseia na escolha aleatória dos pesquisados, significando o
aleatório que a selecção se faz de forma que cada membro da população tinha a mesma
probabilidade de ser escolhido”9.

8
Fernando CANASTRA, Frans HAANSTRA e Martins VILANCULOS, Manual de Investigação Científica da
Universidade Católica de Moçambique, Beira - Janeiro de 2015, p. 19.
9
Eva Maria LAKATOS, Ob. Cit., p. 224.
3.6 Critério de inclusão
Para selecionarmos a população mostrada acima servimo-nos de um critério único, que é
pertencer ao Colégio Público Hengue – Bailundo, sem mais requisitos.

3.6 Expectativa ou conhecimento prévio


Parte-se da ideia segundo a qual a falta de uma biblioteca escolar é o principal responsável
pelo fraco domínio que os estudantes do Colégio Hengue – Bailundo têm da Língua Portuguesa.

3.7 Conjectura
Entende-se que a inexistência de uma biblioteca escolar no referido Colégio frustra as
tendências investigativas dos estudantes, o que os leva à ociosidade mental, o que concretiza em
graves deficiências em Língua Portuguesa.

3.8 Tentativa de corroboração


Pretende-se, mediante a realização de entrevistas, demonstrar que é da inexistência de
uma biblioteca que resulta o fraco domínio dos estudantes do Colégio Hengue em matérias de
Língua Portuguesa.
4. CRONOGRAMA DE ACTIVIDADES

Actividades Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ag Set


Pesquisa Bibliográfica
Pesquisa de Campo
Processamento e Análise dos Dados
Recolhidos
Elaboração das conclusões
Entrega do Projecto
Defesa do Projecto

Fonte: Elaboração própria

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