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OPERAÇÕES UNITÁRIAS-1

Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO

1- Introdução: A sedimentação é a remoção por deposição gravitacional de partículas sólidas do


líquido em que estão suspensas, em geral, efetuada em tanques de seção cilíndrica de enorme diâmetro.
Entre os equipamentos de separação, o sedimentador é o que pode atingir uma das mais elevadas
capacidades. O enorme tanque de concreto em muitos casos com mais de 100m de diâmetro, permite
tratar centenas de metros cúbicos de suspensão por hora.

A depender do objetivo a sedimentação pode ser chamada de:


1. Espessamento: quando o principal interesse é a obtenção de uma suspensão mais concentrada (A
maioria dos casos).

2. Clarificação: quando o interesse básico é a obtenção de um sobrenadante limpo, ou seja, visa


remover uma quantidade relativamente pequena de partículas e produzir um efluente claro.
Exemplo: tratamento de água e de rejeitos industriais.

Estas funções estão relacionadas, e a terminologia distingue apenas os resultados desejados do


processo. As vezes, principalmente no caso da clarificação, faz-se necessário a adição de
floculantes para remoção das partículas finamente divididas que, sem isso, seriam retidas no
efluente.

Uma boa referência

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OPERAÇÕES UNITÁRIAS-1
Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO

1 Região clarificada
2 Região de concentração constante
3 Região de concentração variável
4 Lodo
1
2
3
4

Velocidade do raspador deve O underflow descarrega o lodo ou


ser baixa, geralmente, opera lama, neste caso, muito mais diluído
entre 20 e 35 ft/s que a torta de filtração. (pode vir
sucedida de uma filtração.)

O sedimentador consiste basicamente de um tanque com um dispositivo para introduzir a alimentação


com um mínimo de turbulência e um mecanismo de varredura acionado externamente para impelir os
sólidos depositados até o ponto de descarga, além de um dispositivo para remover os sólidos
concentrado e um outro para remoção do líquido clarificado.
Os tanques são comumente construídos de concreto (os maiores), aço (máximo 100ft de diâmetro),
terra compactada, folha plástica ou cimento. A seleção do material adequado é usualmente baseado no
custo, na disponibilidade, na topologia e condições do solo, no clima, na temperatura de operação e nas
condições químicas.
Os tanques de aço são de no máximo 100ft de diâmetro, os maiores são de concreto, que é o
preferido nas aplicações industriais de grande porte.
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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO

1 Região clarificada
2 Região de concentração constante
3 Região de concentração variável
4 Lodo
1
2
3
4

Velocidade do raspador deve O underflow descarrega o lodo ou


ser baixa, geralmente, opera lama, neste caso, muito mais diluído
entre 20 e 35 ft/s que a torta de filtração. (pode vir
sucedida de uma filtração.)

A descarga de lama geralmente é feita utilizando uma bomba centrífuga. Numa unidade de
sedimentação de grande porte pode-se ter um túnel até o ponto de descarga, a fim de haver acesso
completo ás válvulas e a tubulação , no caso de dificuldade. Para evitar investimento, pode ser utilizado
uma linha de concentrado do fundo do tanque até a bomba centrífuga.
Do ponto de vista da engenharia química, o projeto envolve essencialmente, o cálculo da área de
sedimentação e da altura do sedimentador.

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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO

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OPERAÇÕES UNITÁRIAS-1
Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO

Fonte:Prof. Dr. Sidney Seckler Ferreira Filho – PROCESSOS FÍSICO-QUÍMICOS I - SEDIMENTAÇÃO


GRAVITACIONAL
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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO

Fonte:Prof. Dr. Sidney Seckler Ferreira Filho – PROCESSOS FÍSICO-QUÍMICOS I - SEDIMENTAÇÃO


GRAVITACIONAL
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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO

Fonte:Prof. Dr. Sidney Seckler Ferreira Filho – PROCESSOS FÍSICO-QUÍMICOS I - SEDIMENTAÇÃO


GRAVITACIONAL
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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO
Cálculo da Área do Sedimentador
F- vazão de alimentação, L3 M 0T 1 Admitir que não saia sólido no sobrenadante:
Balanço de Massa de Sólido:
A- área da seção transversal do sedimentador, L2 M 0T 0
C* - concentração de sólidos numa dada seção 1 
L  F
Ca* 2
*  *
LC  C
 volume de sólido  -3 1 0  S FCa*   S LC *   S UCL*  U  * 
transversal do sedimentador:  CL  C*
, L M T U  F a*
 volume de suspensão   CL
L- vazão de suspensão descendente num nível qualquer do Balanço de massa do líquido entre um nível qualquer e o fundo:
sedimentador, L3 M 0T 1  f L 1  C *    f V   f U 1  CL* 
V- vazão de líquido ascendente num nível qualquer do
LC *  1 1 
L 1  C   V  * 1  C L*   V  LC *  *  * 
*
sedimentador, L3 M 0T 1 CL  C CL 
U- vazão de lama que deixa o sedimentador, L3 M 0T 1
* *  1 1 
* V FCa*  1 1 
LC  FC  V  FC  *  *   A    * *
 a- alimentação a
 C CL 
a
A A  C CL 
índices 
L- lama ou lodo V
Temos que  v  velocidade de ascenção do líquido!!!
A
L(1-C*) L(1-C*)
V V Ca*  1 1   Massa de sólidos 
*
AF  *  *   C  C s   
v  C CL   Volume de suspensão 
F 1 v

A Ca  1  1 
 C CL 

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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO
A operação de sedimentação é baseada em fenômenos de transporte, onde a partícula sólida em
suspensão está sujeita à ação das forças da gravidade, do empuxo e de resistência ao movimento. O
mecanismo da sedimentação descontínua auxilia na descrição do processo contínuo, com o uso do
teste de proveta, que é baseado no deslocamento da interface superior da suspensão com o tempo,
conforme ilustra a Figura abaixo. Durante esse teste pode ser observada a existência de três regiões
distintas: a região de líquido clarificado, a de sedimentação livre e a de compactação. Algumas
considerações físicas devem ser estabelecidas, a fim de caracterizar cada região:

1. na região de sedimentação
livre, as partículas sólidas
sedimentam sem que haja
interação entre elas; a
velocidade de sedimentação e a
concentração de sólidos são
consideradas constantes;
2. na região de compactação, as
partículas sólidas já começam a
interagir entre si; é notada a
variação da concentração de
sólidos ao longo dessa região,
devido à desaceleração sofrida
por essas partículas.

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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO
No início do teste (t = 0), a suspensão apresenta-se homogênea e a concentração de sólidos é constante
em todos os pontos da proveta. Instantes depois, as partículas maiores começam a sedimentar e a formar
uma fina camada de sólidos no fundo da proveta, que é a região de compactação; essa região é formada
por partículas sólidas mais pesadas e com maior velocidade de sedimentação. As partículas sólidas mais
finas sedimentam mais lentamente e sem interação entre elas, dando origem a uma região intermediária,
de concentração de sólidos constante, que é a região de sedimentação livre. Ao tempo que os sólidos
começam a sedimentar, tem início a formação de uma região de líquido clarificado, isenta de sólidos.
Com o decorrer do teste são observadas variações na altura das regiões: as regiões de líquido clarificado
e de compactação tornam-se maiores devido ao desaparecimento da região de sedimentação livre. Em
seguida é atingido um ponto onde existe apenas uma região de sólidos (compactação) e uma região de
líquido clarificado. A partir desse ponto o processo de sedimentação consiste numa compressão lenta dos
sólidos, que expulsa o líquido existente entre essas partículas para a região de líquido clarificado. A
expulsão do líquido promove a acomodação das partículas sólidas, que pode ser observado por meio de
uma pequena variação na altura da região de compactação.

Veja o link no site do do professor, para


o trabalho de Silvia Cristina A. França
Enga. Química, DSc. Giulio Massarani
Engo. Químico, DSc. Este trabalho
descreve maiores detalhes deste
equipamento.

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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO
Para que o efluente saia límpido é necessário que a velocidade de ascensão do líquido (v=V/A)
não exceda a velocidade de sedimentação do sólido. Os valores de A devem ser calculados para
toda a gama de concentrações preentes no sedimentador, Ca≤C≤CL e o projeto deve se basear
no maior valor de A obtido (ou menor capacidade F/A). A relação (C)x(v) é estabelecida através
de ensaios de provetas.

Método de Kynch (1952)

Ensaios em provetas graduadas de 1 ou 2 litros e servem para determinar o par velocidade de


sedimentação-concentração, necessários para determinação da área do sedimentador contínuo.

Agitação
1 Região clarificada
Suspensão em estudo
com concentração
conhecido. 2 Região de concentração constante
Agita-se a suspensão até que
fique completamente
homogênea e determina-se 3 Região de concentração variável
como a altura da interface
superior varia com o tempo de 4 Lodo
Z=0 sedimentação.

t=0 t>0 11
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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO
A interface da região Clarificada fornece a relação (C)x(v)

A velocidade de sedimentação
é calculada como:
dz
v=
dt
A posição influi na concentração e
consequëntemente na velocidade.

Qual a concentração
neste ponto?

É aquela em que a
altura da suspensão
seria zi se todas os
sólidos estivessem na
concentração C.

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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO
A interface da região Clarificada fornece a relação (C)x(v)
È realizado um único ensaio com concentração igual a da O projeto do sedimentador
alimentação do sedimentador industrial, medindo em baseia-se na identificação
diferentes pontos da curva de sedimentação, os valores de θ, da concentração e
z e zi. A concentração de suspensão aumenta a medida que z velocidade correspondente a
decresce. uma capacidade que garanta
um transbordamento isento
Balanço de massa: de sólidos.
Ca z0 A  Czi A  C  Ca e zi  z0 F 1 v

A Ca  1  1 
 C C L 
Zi representa a altura que a suspensão ocuparia se todos os 
sólidos estivessem na concentração C (Kynch 1952).
Teremos:
Ca z 0 z z
Ca z0 A  Czi A  C   v i
zi 

C a z0 v
θ z Zi C
z z
v i
zi 1  1 
  C
 CL 

- - - - - -
- - - - - -
- - - - - -
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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO
O funcionamento adequado de um espessador requer uma corrente de líquido clarificado isenta
de sólidos e, para que isso aconteça, é necessário que a velocidade ascensional de líquido
clarificado seja menor do que a velocidade de sedimentação dos sólidos, para que não ocorra o
arraste dessas partículas. A capacidade do espessador é a medida do volume de suspensão que
pode ser tratado por unidade de tempo, para a obtenção de um espessado com características
pré-determinadas, para isso é necessário que o cálculo da capacidade seja feito para toda a
faixa de concentrações de sólido existente dentro do espessador, desde a concentração de
alimentação até a concentração desejada para o material espessado. O valor mínimo de
capacidade é que deverá ser utilizado nos cálculos de projeto do espessador.

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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO
Simplificação do Evaristo Biscaia Jr. (1982)

F F z0
    
 A  Pr oj  A  min  min

F F dz Cz
v ; C  a 0 ; zi  z   v
    d zi
 A Pr oj  A min
F F z Baseado no fato de que a curva de
Sabemos que: Logo:       0
 A  Pr oj  A  min  min sedimentação resulta na combinação
F 1 v
 
 zmin 
Ca z0 de uma reta com uma exponencial.
A Ca  1  1  CL
 C CL 

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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO
Cálculo da altura do sedimentador:
A altura do Sedimentador é dada pela soma:
Ca z0
H  H1  H C  H 2
z0  zi L 
H1 : região clarificada + região de concentração constante CL
H C : região de compactação
Ponto
H 2 : fundo correspondente a
O termo H C é calculado adotando a correlação de Orr: Ca z0 CL
 zi  L 
* CL
4 FC a .t   S    * Ca
HC     lembremos que: C 
3 A  L    a
S t
Logo teremos:
θ
4 FCat   S   
 HC   
3 S A   L   
sendo:
t - tempo de residência da região de compactação
 S - densidade do sólido
 - densidade do líquido
 L - densidade do lodo

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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO
Ex: Calcular o diâmetro e a altura do sedimentador Dorr Oliver para
operar com 30 m3/h de suspensão aquosa de Cal.
g  sólidos
Dados: Ca  0, 08 Usando um papel milimetrado é
cm3  suspensão possível marcar os pontos e fazer
g  sólidos a análise gráfica. Porém, você
CL  0, 25 3
cm  suspensão pode ajustar uma função para
g prever os valores e ter uma
 S =2, 2 3
cm aproximação.
Ensaio de proveta (250C):
z(cm) 40 32,8 25,5 18,8 14,2 11,2 8,6 6,6 5,2 4,8
 (min) 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
45
C z 0, 08  40
zmin  a 0   12,8cm 40
CL 0, 25

(cm)
35
y = 40,226e-0,05x
Com este valor faz-se a leitura no gráfico e identifica o valor do 30
 min . Uma alternativa é ajustar uma função e subtituir o valor de
R² = 0,9944
25
Z

zmin e então encontrar o valor de min correspondente.


20
Altua

15 12,8
10

0
0 10 20 ? 30 40 50

tempo (min)
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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO
Ex: Calcular o diâmetro e a altura do sedimentador Dorr Oliver para
operar com 30 m3/h de suspensão aquosa de Cal.

z(cm) 40 32,8 25,5 18,8 14,2 11,2 8,6 6,6 5,2 4,8
 (min) 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Ca z0 0, 08  40
z min    12,8cm
CL 0, 25
Para estes dados encontraremos o seguinte valor:
Considerando que o z min  12,8cm está na região não linear, adotaremos
a segunda equação ajustada: Veja que para este caso o valor encontrado é:
22,43min
z=1028. -1.41  z  z min  12,8cm   min  22, 43min

Usando papel milímetrado, encontrará


valor aprox. 22,5min
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Ex: Calcular o diâmetro e a altura do sedimentador Dorr Oliver para operar com 30 m3/h de
suspensão aquosa de Cal.
Vimos que: z=1028. -1.41  z  z min  12,8cm   min  22, 43min
F F z
Mostramos que: Logo:       0
 A Pr oj  A  min  min
F z0 40 cm3 1m3 104 cm 2 60 min m3
     1, 78     1, 07
 A  min min 22, 43 cm 2 min 106 cm3 1m 2 1h m 2 .h
F F F 30
     A F  A  28,1m 2
 A  Pr oj  A  min   1, 07
 
 A  min
A  28,1 1,10  31m 2 Trata-se do
fator de segurança 10%
  D 2
mesmo valor de z,
A  D  6,3m
4 mas a leitura de θ
Calculo da Altura: é diferente. Neste
Ca z 0 C z C z
caso deve obter o
C  C L  a 0   zi  L  a 0  12,8cm valor pela
zi  zi  L CL
tangente.
Ca 0, 08
 lembremos que: C *a    3, 64.102
 S 2, 2

   0, 25   
 0, 25massa  sólido  1vol lodo      1dens  agua 
  2, 2 vol  solido    1,14 g
 L   3
1cm lodo cm3
*
4 FC a .t   S    4 30  3, 64.10 2  27, 4 min 1h  2, 2  1, 0 
HC    
3 A  L    3 31 60 min 1,14  1, 0 
H C  0,184m  H C  18, 4cm

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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO
Ex: Calcular o diâmetro e a altura do sedimentador Dorr Oliver para operar com
30 m3/h de suspensão aquosa de Cal. A altura do Sedimentador é dada pela soma:
H  H1  H C  H 2
H1 : região clarificada + região de concentração constante
O fabricante possui valores entre 0,45 e 0,75m. Vamos adotar
o valor médio de 0,6m
H C : região de compactação
H 2 : fundo, o fabricante sugere o valor de 0,146.R
D 6,3
neste caso o raio é de R= =  3,15m
2 2
 Portanto: H  0, 6  H C  0,146.R
H  0, 6  0,184   0,146  3,15  =1,24m
H  1,24m

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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO
Ex: Determinar o diâmetro e a altura de um espessador Dorr para operar com 20
m3/h de uma suspensão aquosa de barita (ρs=4,1g/cm3) a 300C. A concentração de
sólidos na alimentação é de 103g/L de suspensão e o lodo final deve ter 346g/L de
suspensão. Ensaio de proveta a 300C conduziu aos seguintes resultados:

Comportamento
Linear

Ponto
Crítico

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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO
Ex: Determinar o diâmetro e a altura de um espessador Dorr para operar com 20
m3/h de uma suspensão aquosa de barita (ρs=4,1g/cm3) a 300C. A concentração de
sólidos na alimentação é de 103g/L de suspensão e o lodo final deve ter 346g/L de
suspensão. Ensaio de proveta a 300C conduziu aos seguintes resultados:

Região de
Concentração
constante (linear)

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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO
Ex: Determinar o diâmetro e a altura de um espessador Dorr para operar com 20 m3/h de
uma suspensão aquosa de barita (ρs=4,1g/cm3) a 300C. A concentração de sólidos na
alimentação é de 103g/L de suspensão e o lodo final deve ter 346g/L de suspensão. Ensaio
de proveta a 300C conduziu aos seguintes resultados:
g  sólidos F z0 40 cm3 1m3 104 cm 2 60 min m3
Dados: Ca  103      2,16     1,30
L  suspensão  A  min min 18,50 cm 2 min 106 cm3 1m 2 1h m 2 .h
g  sólidos F F F 20
CL  346      A F  A  15, 40 m 2
L  suspensão  A  Pr oj  A  min   1,30
 
g  A  min
 S =4,1 3
cm A  15, 40 1,10  16,94m 2
fator de segurança 10%
Portanto teremos:   D2
A  D  4, 7m
C z 103  40 4
zmin  a 0   11,91cm
CL 346 Calculo da Altura:
 Caiu na região linear Ca z 0 C z C z
C  C L  a 0   zi  L  a 0  11,91cm
Portanto, adotemos a equação linear: zi  zi  L CL

Altura=-1,52 (tempo)+40,03 g 1L
103  3 3
11,91min  40, 03 Ca L 10 cm
  min   18,50 min;  lembremos que: C *a    2,51.102
S g
-1,52 4,1 3
cm
 min  18,50 min
   346   
F F z  346massa  sólido  1000vol lodo     1dens  agua 
Mostramos que: Logo:       0   4,1 vol  solido    1, 26 g
 L  
 A  Pr oj  A  min  min 1000cm lodo 3
cm3
*
4 FC a .t   S    4 20  2,51.10 2  t min 1h  4,1  1, 0 
HC    
3 A  L    3 16,94 60 min 1, 26  1, 0 
H C  7,85.10 3 t  Veja na próxima página como determinar t.
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Capítulo IX – SEDIMENTAÇÃO
Ex: Determinar o diâmetro e a altura de um espessador Dorr para operar com 20
m3/h de uma suspensão aquosa de barita (ρs=4,1g/cm3) a 300C. A concentração de
sólidos na alimentação é de 103g/L de suspensão e o lodo final deve ter 346g/L de
suspensão. Ensaio de proveta a 300C conduziu aos seguintes resultados:
A altura do Sedimentador é dada pela soma:
H  H1  H C  H 2
H1 : região clarificada + região de concentração cte
O fabricante possui valores entre 0,45 e 0,75m.
Vamos adotar o valor médio de 0,6m
H C : região de compactação
H 2 : fundo, o fabricante sugere o valor de 0,146.R
D 4,7
neste caso o raio é de R= =  2,35m
2 2
 Portanto: H  0, 6  H C  0,146.R
H  0, 6  0,126   0,146  2, 35 =1,07m
H  1,07m  ~1,1m

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