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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distância


Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática

Módulo: Práticas Pedagógicas II

Trabalho de Campo da Disciplina de Práticas Pedagógicas II

Tema: Supervisão Pedagógica.

Estudante: Inácio Bernardo Muabsa


Código de Estudante: 708223834
Frequência: 2º Ano, I Semestre, 2023
Tutor:
Dr. José Manuel Zaina Raposo

Beira, Maio, 2023


Inácio Bernardo Muabsa

Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática, 2° Ano

Trabalho de Campo da Disciplina de Práticas Pedagógicas II

Tema: Supervisão Pedagógica.

Trabalho individual do Curso de


Licenciatura em Ensino de
Matemática, a ser entregue e
apresentado ao docente de Práticas
Pedagógicas II, como requisito de
avaliação semestral.

O Candidato O Supervisor

………………………………………. ……………………………………………

UCM

Beira,Maio, 2023

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Aspectos • Índice 0.5


Estrutura organizacionai • Introdução 0.5
s
• Discussão 0.5
• Conclusão 0.5
• Bibliografia 0.5
• Contextualização 1.0
(Indicação clara do
Introdução problema)
• Descrição dos 1.0
objectivos
Conteúdo
• Metodologia 2.0
adequada ao objecto do
trabalho
• Articulação e domínio
Análise e do discurso académico 2.0
discussão (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)

• Revisão bibliográfica 2.0


nacional e
internacionais
relevantes na área de
estudo
• Exploração dos dados 2.0
Conclusão • Contributos teóricos 2.0
práticos
Aspectos Formatação • Paginação, tipo e 1.0
gerais tamanho de letra,
paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Referências 6ª edição em • Rigor e coerência das 4.0
Bibliográfica Citações e citações/referências
s bibliografia bibliográficas

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RECOMENDAÇÕES E MELHORIAS

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Índice
1. Introdução ........................................................................................................................5
2. Objectivos ...............................................................................................................................6
2.1. Objectivo Geral .....................................................................................................6
2.2. Objectivos específicos ..................................................................................................6
3. Metodologias .......................................................................................................................... 7
4. Referencial Teórico. ............................................................................................................... 7
4.1. Conceitos Básicos da Supervisão Pedagógica.............................................................7
4.2. Diferença entre Práticas Pedagógicas e Supervisão Pedagógica.................................7
4.3. Quantas vezes por ano acontece a Supervisão Pedagógica?.......................................8
4.4. Os elementos da supervisão pedagógica e as principais áreas de intervencão............8
4.5. A fncao da supervisão pedagógica para o ensino........................................................8
4.6. Actividades desenvolvidas na supervisão pedagógica................................................9
4.7. O papel do tutor e do supervisor no processo supervisão pedagógica.......................11
4.8. Diferença entre a supervisão pedagógica e a supervisão de aula...............................11
4.9. Principais formas de intervenção pedagógica............................................................12
5. Conclusão. ............................................................................................................................ 14
6. Referências Bibliográficas ....................................................................................................15

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1. Introdução
Toda actividade no processo de ensino e aprendizagem requer uma supervisão pedagógica
constante para que o objectivo dessa actividade seja atingida com sucesso. Esta supervisão,
tem como objectivo principal, acompanhar o decurso de todas as actividades realizadas pelos
estudantes e docentes ou tutores no processo de ensino aprendizagem dum estabelecimento de
ensino. Neste contexto, no presente trabalho, serão reveladas as diferentes formas de
supervisão pedagógica usadas na Escola Básica de Zenguelemo, localizada na Ilha de
Bazaruto no Distrito de Inhassoro, sendo esta, a escola escolhida para a realização do presente
trabalho.

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2. Objectivos

2.1. Objectivo Geral


 Analisar as diferentes formas de supervisão das práticas pedagógica usadas na Escola

Básica de Zenguelemo.

2.2. Objectivos específicos

 Definir o conceito da Supervisão Pedagógica;


 Estabelecer a diferença entre Práticas Pedagógica e Supervisão Pedagógica ;
 Indicar as vezes que acontece a supervisão pedagógica por ano na Escola Básica de
Zenguelemo;
 Identificar os elementos da supervisão e as principais áreas de intervenção da Escola
Básica de Zenguelemo;
 Explicar a função de supervisão pedagógica para o ensino ;
 Explicar o papel do tutor e do supervisor no processo de supervisão pedagógicas;
 Estabelecer a diferença entre a supervisão pedagógica da supervisão de aula ;e
 Apontar as principais formas de intervenção pedagógica.

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3. Metodologias
Para a produção deste trabalho científico, recorreu-se essencialmente a pesquisa bibliográfica
que, segundo Marconi & Lakatos (2003, p.158) é um apanhado geral sobre os principais
trabalhos já realizados, revestidos de importância, por serem capazes de fornecer dados
actuais e relevantes relacionados com o tema.
Recorreu-se também à Escola Básica de Zenguelemo para a recolha de certas informações
através de uma entrevista feita aos membros da Direcção da Escola, como testemunham as
fotografias em anexo neste trabalho que foram assinadas e carimbadas pelo Director da Escola,
Evaristo Amâncio Nhachengo. De salientar que, esta escola, encontra-se localizada na Ilha
de Bazaruto, no distrito de Inhassoro, na província de Inhambane.

4. Referencial Teórico.

4.1. Conceitos da Supervisão Pedagógica.

Num primeiro registo de natureza etimológica, importará recordar que o termo supervisão
integra dois étimos com raiz latina: “super” (com o significado de “sobre”) e “vídeo” (com o
significado de “ver”).

Super-visão, não pode ser entendida no sentido de quem tem uma visão superior do que todos,
neste caso do orientador, facilitador para o orientado, facilitado. Essa visão superior só é
possível em coordenação entre o supervisor e os “professores”, formandos, por isso, “pensar
supervisão e praticar supervisão não implicar olhar de cima para baixo, para, trespassando
com esse mesmo olhar o sujeito formando (…), fazer supervisão implica olhar de uma forma
abrangente, contextualizada, interpretativa e prospectiva”. (Alarcão, 1995.p.5). Então o que
seria a supervisão pedagógica? Seria o conjunto de actividades desenvolvidas por
profissionais da educação, permitindo melhor acompanhamento das actividades educativas no
Processo de Ensino-Aprendizagem, quer a nível do ensino ou de desenvolvimento curricular.

4.2. Diferença entre Práticas Pedagógicas e Supervisão Pedagógica.

As práticas pedagógicas colocam o aluno em contacto directo com a realidade escolar,


explicando o princípio da ligação teoria-prática defendido na educação, e a supervisão
pedagógica, faz o acompanhamento das actividades educativas, ou seja, das actividades feitas

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pelo aluno no Processo de Ensino-Aprendizagem, quer a nível do ensino ou de
desenvolvimento curricular.

4.3. Quantas vezes por ano acontece a supervisão pedagógica?

Depois de uma entrevista feita com os membros da Direcção da Escola, ficou em


conhecimento que, em condições normais, na Escola Básica de Zenguelemo, a supervisão
pedagógica, devia acontecer nove vezes por ano. Mas, devido a localização geográfica da
escola, que culmina com dificuldades da via de acesso para o deslocamento dos técnicos do
Serviço Distrital de Educação e Desenvolvimento Humano de Inhassoro, a supervisão
pedagógica nesta escola, ocorre apenas três vezes por ano.

4.4. Os elementos da supervisão pedagógica e as principais áreas de intervenção.

A supervisão pode incidir sobre objetos distintos, sendo os mais comuns as pessoas, os
processos e as organizações e orienta-se seguindo matrizes enquadradas em modelos
diferentes. Abarca domínios como a administração, a educação, a saúde e “serviços”, e as
operações que realiza por excelência são: observação, orientação e avaliação, podendo
apresentar-se em três estruturas diferentes: a supervisão vertical, a supervisão horizontal e a
auto supervisão.

Segundo Glathorn (1984), a supervisão pode ser exercida sob quatro vertentes (clínica,
desenvolvimento pessoal e cooperativo, desenvolvimento auto direcionado e monitorização
administrativa). Utilizando um princípio semelhante para a estruturação da supervisão no
campo da pedagogia, poderemos dizer que aqui abrem-se as áreas seguintes: científica e
pedagógica com base no apoio personalizado; humana/social/participativa; de auto supervisão;
e administrativa/organizativa.

4.5. A função da supervisão pedagógica para o ensino.

Maio, Silva e Loureiro (2010) relevam nos normativos sobre supervisão aspetos como:

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 uma supervisão associada ao exercício de cargos de gestão: uma gestão de topo (o Diretor)
e uma gestão intermédia (Coordenadores de Departamento e Coordenadores de ano, ciclo
ou curso e Diretor de Turma);

 uma supervisão de cariz formativo, fundamentalmente nos órgãos de gestão intermédia,


dado que estes ocupam um lugar na comunidade escolar que lhes permite o
reconhecimento das fragilidades e podem ser um elemento dinamizador de interações
positivas entre os actores educativos, fomentando a partilha, a experiência e a cooperação,
potencializadoras de contextos formativos no interior das escolas;

 uma supervisão de carácter somativo, instrumental, ligada ao processo da avaliação do


desempenho docente;

 uma supervisão que incide sobre os domínios de intervenção profissional do professor,


uma vez que quer a supervisão pedagógica da responsabilidade do coordenador de
departamento, quer a supervisão a cargo do Diretor incidem sobre os diferentes campos
de intervenção profissional docente; e

 um supervisor que conjuga os princípios do perfil profissional do professor, com a


experiência adquirida no exercício de funções docentes e de gestão, juntando-lhe a
formação obtida, especializada ou não, conseguindo maior autoridade perante os pares.

4.6. Actividades desenvolvidas na supervisão pedagógica.

A supervisão pedagógica é muito vasta e abrange diversas áreas ligadas à pedagogia. Ela é
responsável pela:

 Avaliação do desempenho do docente, voltando-se a uma óptima formadora, reflexiva e


interativa;

 Análise e orientação de diversas actividades pedagógicas;

 Adoção de estilos de liderança que sejam eficientes e eficazes, sempre preocupando-se


pelo equilíbrio entre pessoas/ grupos e tarefas/ objectivos;

 Coordenação de todas as actividades da área pedagógica; e

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 Identificação de necessidades de desenvolvimentos, tanto pessoal quanto profissional,
tendo em vista as condições necessárias para que o aprendizado seja contínuo.

No caso da Escola Básica de Zenguelemo, a supervisão pedagógica é feita pelos técnicos


provenientes do Serviço Distrital de Educação e Desenvolvimento Humano de Inhassoro, com
objectivo de verificar se a A Direcção da Escola possui os seguintes documentos básicos:

 Calendário escolar aprovado pelo Diploma Ministerial s/n actualizado;

 Regulamento Geral de Avaliação do Ensino Primário, Alfabetização e Educação de


Adultos e Ensino Secundário Geral aprovado pelo Diploma Ministerial actualizado;

 Proposta de acções e estratégias a desenvolver para a melhoria das competências de


leitura, escrita e cálculo dos alunos do 1º Ciclo;

 Calendário das Oficinas Pedagógicas; Programas do ensino e; Planos Analíticos;

 Planos de Assistência de aulas entre professores das mesmas disciplinas, Coordenadores


de Ciclos, Directores de Turmas, Delegados de Disciplinas, Delegados de Classe, DAEs e
Directores de Escolas;

 Actas de Reuniões de planificação quinzenal e; Actas de realização de Conselho de


Avaliação;

 Livro/caderno de controlo de planos diários e; Livro/caderno de registo de


recomendações deixadas durante as visitas recebidas pelas escolas;

 Verificar a existência de banco de dados dos candidatos aos exames finais;

 Actas de encontros dos Conselhos de Escola;

 Plano específico para o corte avaliativo e o nível de cumprimento e; elaboração e


distribuição das fichas de exercícios aos alunos durante o corte avaliativo.

 Cumprimento dos prazos previstos no calendário escolar sobre os conselhos de avaliação;

 Designação dos elementos, programas e actas dos conselhos de avaliação;

 Aplicação correcta das fórmulas no cálculo das médias;

 Preenchimento correcto das cadernetas de registo de avaliação;

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 Preenchimento de notas nos processos dos alunos e livros de turma e; nível de
organização dos processos dos alunos; e

 Inclusão dos conteúdos do currículo local e das avaliações nas planificações analíticas;

4.7. O papel do tutor e do supervisor no processo de supervisão pedagógica.

Para o melhor acompanhamento das actividades educativas no Processo de Ensino-


Aprendizagem, são tarefas ou funções do supervisor, as seguintes:

I. Acompanhamento de estudantes na universidade, através de seminários. Antes de entrar


em contacto o professor- supervisor, deve discutir com os alunos a planificação das
actividades a serem desenvolvidas. Recorde que o plano não deve ser rígido pelo facto de
admitir modificações em função da realidade da escola;

II. Acompanhamento de estudantes nas escolas, trabalho do campo. Deverá assistir, pelo
menos três aulas no princípio, no meio e no fim do processo;

III. Acompanhamento de tutores nas escolas, os professores que estão nas escolas onde os
alunos vão realizar as práticas também precisam ser orientados, discutindo com eles a
forma de acompanhamento, os objectivos enfim uma planificação conjunta;

IV. Orientação dos alunos na elaboração dos relatórios. Aqui é importante que o professor-
supervisor ajude o aluno a encontrar uma situação problemática em que vai reflectir no
seu relatório final.

4.8. Diferença entre a supervisão pedagógica e a supervisão de aula.

A supervisão pedagógica é responsável pela avaliação do desempenho do docente, sempre


voltando-se a uma óptima formadora, reflexiva e interativa. A supervisão pedagógica tem
uma visão abrangente na área pedagógica visto que, ela procura verificar e analisar
cuidadosamente todas as actividades desenvolvidas no sector pedagógica que garante o bom
funcionamento de uma instituição de ensino. Enquanto que, a supervisão de aula está muito
ligada à assistência de aula. Neste contexto, o supervisor está muito interessado em, através de
assistência de aulas, identificar as dificuldades que o docente enfrenta na lecionação e ajudar a

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superar essas dificuldades de modo a garantir uma boa ocorrência do processo de ensino-
aprendizagem.

4.9. Principais formas de intervenção pedagógica.

A intervenção pedagógica é uma interferência no processo de ensino-aprendizagem, realizada


pelo professor quando se identifica alguma dificuldade pelos alunos. Dizendo de outra
maneira, é uma forma de aplicar iniciativas para superar obstáculos na construção do
conhecimento. Portanto, as intervenções pedagógicas contribuem para a personalização do
ensino, retenção de alunos e melhoria dos resultados académicos de uma instituição de
educação superior (IES).

As principais ações de intervenção pedagógica são as seguintes:

 Aulas de revisão de conteúdos-chave: esta intervenção pedagógica consiste em dedicar


aulas à explicação de conteúdos específicos em que foram identificados problemas de
aprendizagem;

 Conteúdos em microlearning: microlearning (ou microaprendizagem, no português) diz


respeito a um formato especifico de conteúdo em vídeo. É uma intervenção pedagógica
que faz uso de tecnologia digital a fim de otimizar a absorção de conteúdo;

 Gamificação: a gamificação na educação é outra tendência crescente, que também aplica


tecnologia nos processos de ensino-aprendizagem. Essa intervenção pedagógica procura
aplicar elementos, ferramentas e estratégias típicas de jogos no campo educacional;

 Sala de aula invertida: a sala de aula invertida é outra intervenção pedagógica muito
comum no contexto das metodologias activas. Foi idealizada a partir de pesquisas das
renomadas universidades americanas de Harvard e Yale, nos anos 90. A partir dos anos
2000, o autor J. Wesley Baker amadureceu o conceito e apresentou o modelo da “Flipped
Classroom”, que foi amplamente disseminado em várias IES pelo mundo. A lógica dessa
abordagem é realizar uma verdadeira inversão das actividades realizadas dentro e fora da
sala de aula, considerando o modelo tradicional das aulas expositivas;

 Plataforma digital de aprendizagem: A plataforma digital de aprendizagem é outra


intervenção pedagógica interessante, e surge também no sentido de tornar os materiais de

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estudo mais acessíveis. A aprendizagem é feita através de: Leitura digital, vídeos e aulas
em áudio. Esses são alguns deles, focados na transmissão do conhecimento por diversos
formatos;

 Aprendizagem baseada em projetos: A aprendizagem baseada em projectos tem como


principal objectivo situar o processo de ensino-aprendizado no contexto concreto de
vivências do corpo estudantil. Trata-se de uma metodologia activa, também conhecida
pelo termo em inglês: “Project Based Learning” (PBL). A ideia é apresentar problemas
materiais aos alunos, para que sejam resolvidos com base nas competências apreendidas
ao longo de cada curso;

 Aprendizagem baseada em problemas: De forma sintética, Jerome Bruner entendia que


os estudantes deveriam ser colocados em contacto com problemas durante sua educação.
O exercício de levantar problemas e buscar sua resolução eram as premissas centrais da
Aprendizagem pela Descoberta (Learning by Discovery, no inglês);

 Aprendizagem entre pares: A aprendizagem entre pares, por sua vez, é uma intervenção
pedagógica que procura estimular o espírito de colaboração entre os alunos. Também
conhecida como peer instruction, consiste em uma metodologia activa que incentiva
debate e construção conjunta do conhecimento, um dos principais paradigmas actuais da
educação;

 Formação de grupos de estudo: as turmas do curso também podem ser divididas em


grupos maiores ao invés de duplas, formando-se grupos de estudos pontuais ou
permanentes. Quando optamos por esta abordagem, conseguimos potencializar os
benefícios da aprendizagem baseada em pares. Afinal, se mais pessoas trabalham juntas
na formação do conhecimento, é possível ter acesso a mais ideias e opiniões para
enriquecer a experiência de aprendizado; e

 Aplicação de conteúdos digitais: Aplicar conteúdos digitais no ensino é outra


intervenção pedagógica essencial no actual contexto da educação. No cenário actual de
disrupção tecnológica em que vivemos, não se pode pensar a educação sem inovar e fazer
uso das redes. Os conteúdos digitais são uma intervenção pedagógica que usa multimídia
e hipermídia na educação. Essa iniciativa é ideal porque os alunos, em toda sua
diversidade, aprendem de formas diferentes.

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5. Conclusão.

Não descurando as possíveis influências de natureza política e económica, encaramos a


supervisão como uma plataforma profissional. Neste sentido, assumimos que a supervisão
pedagógica é uma das dimensões profissionais do professor e integra três áreas possíveis de
desempenho funcional: (i) institucional (onde se toca com a direção administrativa da escola);

(ii) instrucional (com uma base triangular: o currículo [como plano de estudos ou conteúdo], a
aprendizagem e a avaliação); e (iii) avaliativa (numa perspetiva de avaliação externa, ou seja,
avaliação da instituição ou dos professores).

Poderemos referir a evolução de paradigmas na supervisão pedagógica, numa direção que


enquadramos por perspetivas distintas nas suas marcas caracterizadoras: o controlo e a
hierarquia versus a colaboração e a relação lateral (Glickman, Gordon e Ross-Gordon, 2010).

O supervisor é um líder que assume, também, funções de regulador. É um líder porque se


focaliza no crescimento da capacidade e na qualidade pedagógica da escola, assim como no
suporte académico oferecido ao estudante. A liderança do diretor da Escola focaliza-se,
sobretudo, no desenvolvimento dos suportes estruturais e sociais que deem maior validade à
profissão do professor e melhores condições à situação dos alunos.

O supervisor assenta (ou sustenta) a sua autoridade em quatro fontes: (i) burocrática (regras e
regulamentos); (ii) profissional (mais conhecimentos adquiridos, mais investigação realizada,
maior e melhor especialização e mais experiência); (iii) pessoal (caracterizado por um estilo
de liderança de propensão motivacional); e (iv) moral (relacionado com quadros de valores,
ideias e ideais).

Assumimos a supervisão, no campo da Educação, sedimentada em quatro eixos: orientação,


acompanhamento, liderança e avaliação.

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6. Referências Bibliográficas

 Alarcão, I. & Roldão, M. C. (2008). Supervisão: Um contexto de desenvolvimento


profissional dos professores. Mangualde: Pedago.

 Alarcão, I. & Tavares, J. (1987). Supervisão da Prática Pedagógica. Uma perspectiva de


desenvolvimento e aprendizagem. Coimbra: Almedina.

 Alarcão, I. & Tavares, J. (2003). Supervisão da Prática Pedagógica. Uma perspectiva de


desenvolvimento e aprendizagem. Coimbra: Almedina.

 Alarcão, I. & Tavares, J. (2010). Supervisão da Prática Pedagógica. Uma perspectiva de


desenvolvimento e aprendizagem (2.ª ed.). Coimbra: Almedina.

 Alarcão, I. (2002). Escola reflexiva e desenvolvimento institucional. Que novas funções


supervisivas? In Oliveira-Formosinho (org.) A Supervisão na Formação de Professores.
Da sala à escola. Porto: Porto Editora. Colecção Infância.

 Alarcão, I. (org.) (2000). Escola Refl exiva e Supervisão. Uma escola em


desenvolvimento e aprendizagem. Coimbra: Livraria Almedina.

 Garmston, R., Lipton, L. e Kaiser, K. (2002). A Psicologia da Supervisão. In


OliveiraFormosinho, J. (org.) A Supervisão na Formação de Professores II. Da
Organização à Pessoa. (2002). Porto: Porto Editora.

 Harris, B. (2002). Paradigmas e Parâmetros da Supervisão em Educação. In


OliveiraFormosinho, J. (org.) A Supervisão na Formação de Professores II. Da
Organização à Pessoa (2002) Porto: Porto Editora.

 Maio, N.; Silva, H. & Loureiro, A. (2010). “A supervisão: funções e competências do


supervisor”. EDUSER – Revista de Educação, Supervisão pedagógica, 37- 51, Vol. 2(1).

 Moreira, M. (2010). A avaliação do desempenho docente: perspectivas de supervisão

 Oliveira, M. L. (2000). O Papel do Gestor Intermédio na Supervisão Escolar. In Alarcão,


I. (org.). Escola Reflexiva e Supervisão. Uma Escola em Desenvolvimento e
Aprendizagem. Porto: Porto Editora

 Prates, M. L.; Aranha, Á.; Loureiro, A. (2010). Liderança: supervisão e aprendizagem


partilhada na escola actual. Revista Eduser: Revista de educação, 2(1), 20-36.

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Anexo

Fotos da Escola Básica de Zenguelemo

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