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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distância


Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática

Módulo:Metodologia de Investigação Científica II

Trabalho de Campo da Disciplina de Metodologia de Investigação Científica II

Tema: Os conceitos de Força e Movimento na 8ª classe: Um estudo Baseado em teoria


de Kolb.

Estudante: Inácio Bernardo Muabsa


Código de Estudante: 708223834
Frequência: 2º Ano, I Semestre, 2023
Tutor:
Dr. Tiago Tendai Chingore

Beira, Maio, 2023


1

Inácio Bernardo Muabsa

Curso de Licenciatura em Ensino de Matemática, 2° Ano

Trabalho de Campo da Disciplina de Metodologia de Investigação Científica II

Tema: Os conceitos de Força e Movimento na 8ª classe: Um estudo Baseado em teoria


de Kolb.

Trabalho individual do Curso de


Licenciatura em Ensino de
Matemática, a ser entregue e
apresentado ao docente de
Metodologia de Investigação Científica
II, como requisito de avaliação
semestral.

O Candidato O Supervisor

………………………………………. ……………………………………………

UCM

Beira,Maio, 2023
2

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Classificação
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• Índice 0.5
Aspectos
Estrutura organizacionais • Introdução 0.5
• Discussão 0.5
• Conclusão 0.5
• Bibliografia 0.5
• Contextualização 1.0
(Indicação clara do
Introdução problema)
• Descrição dos 1.0
objectivos
Conteúdo
• Metodologia 2.0
adequada ao objecto
do trabalho
• Articulação e
Análise e domínio do discurso 2.0
discussão académico (expressão
escrita cuidada,
coerência / coesão
textual)
• Revisão 2.0
bibliográfica nacional
e internacionais
relevantes na área de
estudo
• Exploração dos 2.0
dados
Conclusão • Contributos teóricos 2.0
práticos
Aspectos Formatação • Paginação, tipo e 1.0
gerais tamanho de letra,
paragrafo,
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
Referências edição em • Rigor e coerência 4.0
Bibliográficas Citações e das
bibliografia citações/referências
bibliográficas
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RECOMENDAÇÕES E MELHORIAS

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Índice
Introdução...................................................................................................................................6

PROJECTO DE PESQUISA......................................................................................................7

CAPITULO I: INTRODUÇÃO ................................................................................................. 7

1.0.Introdução .............................................................................................................................7

1.1.Justificativa ....................................................................................................................... 9

1.2.Problematização ..............................................................................................................10

1.3.Delimitação e enquadramento do tema ...........................................................................11

1.4.Objectivos ....................................................................................................................... 11

1.4.2.Específicos: ..................................................................................................................11

1.5.Hipóteses .........................................................................................................................12

1.6.Metodologia .................................................................................................................... 12

1.6.1.Método de estudo .........................................................................................................12

1.6.1.Materiais e métodos de pesquisa ................................................................................. 13

1.6.1.1.Técnicas de colheita de dados ...................................................................................13

1.6.1.2. Técnica de Questionário .......................................................................................... 13

1.6.3. Técnica de Observação ............................................................................................... 13

1.7.Métodos de pesquisa .......................................................................................................13

1.7.1. População ou universo ................................................................................................ 13

1.7.2. Amostra da pesquisa ................................................................................................... 14

CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................14

2.0.Fundamentação teórica .......................................................................................................14

2.1. Concepções .................................................................................................................... 14


5

2.2. Estilos de aprendizagem ................................................................................................ 14

2.2.1. Teoria da Aprendizagem Experiencial de Kolb ..........................................................15

2.2.1.1. Inventário de Estilos de Aprendizagem de David A. Kolb ......................................15

2.3.Resultados esperados ..........................................................................................................17

3.Tabela I: Cronograma de actividades .................................................................................... 17

4.Tabela II: Orçamento da pesquisa ......................................................................................... 18

5.Conclusão...............................................................................................................................19

6.Referências Bibliográficas .....................................................................................................20


6

Introdução.
O presente trabalho tem como objectivo a elaboração de um trabalho de pesquisa
partindo das concepções teóricas de abordagem inseridas na metodologia de pesquisa que
sustentam o diálogo com a prática na elaboração de um projecto de pesquisa. Minayo (1994, p.
18) coloca que as teorias são

[... ] explicações parciais da realidade e que estas cumprem importantes


papéis, esclarecendo melhor o objeto de investigação, auxiliando no
levantamento dos questionamentos e do problema com mais propriedade.
Desta forma, permitem organizar melhor os dados e, ainda,“iluminam” a
análise dos dados.

Refletindo a respeito do projecto de pesquisa que já participei, considero um bom


tema de pesquisa na minha área de actuação, todo o tema que traz consigo um problema a ser
resolvido tendo em conta as hipóteses como resultados esperados da minha pesquisa.
Tratando-se de Matemática uma ciência exacta, que é a minha área de actuação, penso que
melhor pesquisa está nas teorias das ciências exatas.

Matemática é uma disciplina inserida na área das ciências exactas onde a abordagem
dos conteúdos está extremamente ligada à teoria e à prática, permitindo que, a sua reflexão
sobre as práticas pedagógicas se realize em conformidade com a natureza ou localização da
escola e as suas respectivas condições para que os resultados esperados sejam alcançados com
sucesso.
7

PROJECTO DE PESQUISA.
CAPITULO I: INTRODUÇÃO.
1.0. Introdução.

O presente trabalho de pesquisa intitulado por Análise das Concepções dos Alunos da
8ª classe sobre os Conceitos de Força e Movimento. Um estudo Baseado em teoria de Kolb
que visa Analisar as concepções dos alunos sobre o conceito de força e movimento a luz da
teoria de Kolb, para a sua concretização será adoptado uma metodologia qualitativa, pois
segundo a pesquisa qualitativa busca entender fenómenos humanos, buscando deles obter uma
visão detalhada e complexa por meio de uma análise científica do pesquisador. Esse tipo de
pesquisa se preocupa com o significado dos fenómenos e processos sociais. Mas sendo uma
análise relacionada também à subjectividade, quais são os critérios do pesquisador? Bem, ele
leva em consideração as motivações, crenças, valores e representações encontradas nas
relações sociais . Nesta perspectiva a pesquisa qualitativa trabalha com dados mediatos, ou
seja, ela vai além da informação dada, procura aprofundar o conhecimento do objecto de
estudo.

A realização da pesquisa relacionada com a temática em estudo foi motivada pela


frequência com que os alunos utilizam em seu quotidiano, os conceitos de força e movimento.
Onde na maioria das vezes os alunos utilizam-nos de forma errada, do ponto de vista do
conhecimento científico em vigor. Onde essa pesquisa partiu de uma investigação
(diagnóstica) acerca da Análise das Concepções dos Alunos da 8ª classe sobre os Conceitos
de Força e Movimento. Um estudo Baseado em teoria de Kolb. Onde essas Concepções são as
ideias que os alunos apresentam e que não coincidem com os saberes científicos.

Outro motivo que me levou a trabalhar nesse tema é que o processo de ensino sempre
necessita de formas inovadoras e de metodologias voltadas a auxiliar os alunos na
compreensão significativa dos conceitos abordados em sala de aula, buscando fazê-los
estabelecer interacções entre o novo conceito e o já presente na sua estrutura cognitiva
(Ausubel, Novak & Hanesian, 1978).

Segundo AUSUBEL (1973), a aprendizagem significativa é o processo pelo qual um


novo conhecimento se relaciona de maneira não arbitrária e não literal à estrutura cognitiva do
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aluno, de modo que o conhecimento prévio do educando interage, de forma significativa, com
o novo conhecimento que lhe é apresentado, provocando mudanças em sua estrutura cognitiva.

Nesta perspectiva o conhecimento que o aluno trás de casa é fundamental para o


professor, isto porque, é a partir do conhecimento prévio que o aluno trás, o professor
consegue consolidar com o tema a se tratar.

Sabe-se que uma concepção é capacidade de entender ou criar uma ideia, um modo de ver ou
sentir. Assim, as ideias gerais e pensamentos criativos da imaginação podem ser qualificados
como concepções. Essas interpretações, que são conhecimentos pessoais, resistentes a
qualquer tipo de mudança e que podem acompanhar os estudantes mesmo na sua caminhada
académica, são denominadas de “concepções alternativas” (CA) (Viennot, 1979).

Para WHITE (1994), concepção é a representações mentais, sistemas complexos de


explicação. Tal como afirma PERDIGÃO, (2002, p. 268) concepção é a rede complexa de
ideias, conceitos, representações e, inclusive, preconceitos – em seu sentido valorativo.

Mas para DUROZOI, (ROUSSEL, 1996, p. 98) concepção é a Operação para a qual o
espírito constrói, sem necessariamente apelar para dados experimentais, um conceito ou idéia
geral. É também chamada hoje em dia de conceitualização. Na psicologia clássica, é o
primeiro momento do ato voluntário: aí o espírito concebe a meta a ser alcançada. Estas
concepções serão analisadas com base na teoria de Kolb, pois esta teoria em 1984 foi criada
com o objectivo de identificar nos alunos seus estilos de aprendizagem de forma a conhecer
suas diferenças e semelhanças e a partir daí identificar as formas de perceber e de processar o
conhecimento desses alunos, sendo também aplicado em outros campos como em processos
de desenvolvimento pessoal, orientação profissional, estudos sobre profissionais de
determinada área de actuação dentre outras.

Nesta perspectiva a Teoria de Kolb está baseada na aprendizagem experiencial que


representa um processo de construção de conhecimento que envolve quatro modos de
aprendizagem e se retrata em um ciclo (possui quatro quadrantes que representam as
características da aprendizagem e foram conceituadas por Kolb como: Divergente,
Assimilador, Convergente e Acomodador) ou seja, em um espiral onde o aluno passa por
quatro etapas que representam o agir, o pensar, o fazer e o sentir, onde a experiência imediata
ou concreta é à base da observação e reflexão (KOLB E KOLB, 2005).
9

Assim, no PEA cada aluno pode combinar dois ou mais estilos de aprendizagem
mesmo que exista um estilo que predomine sobre os demais, através da identificação de quais
são as vantagens e desvantagens de cada um dos estilos.

Portanto, o trabalho resultante do presente projecto ira contar com quatro capítulos, o
primeiro é a introdução, neste capitulo o autor fala a presentação da justificativa na escolha do
tema, problematização, fará apresentação dos objectivos da pesquisa, delimitação e
enquadramento da pesquisa, apresentará as hipóteses e as metodologias de pesquisa segundo
capítulo será a fundamentação teórica, onde a partir das linhas gerais o autor apresentara, o
conceito de concepção, estilo de aprendizagem, teoria de aprendizagem, inventário de
aprendizagem de David A. Kolb, o terceiro capitulo será onde o autor fará a apresentação,
analise e discussão de resultados adquiridos a partir dos instrumentos de pesquisa aplicado no
campo de acção e no quarto capitulo o autor fara a presentação das conclusões e sugestões.

1.1.Justificativa.
Um dos motivos que levou o autor a trabalhar esse tema foi à importância de uma
compreensão correcta que os alunos devem ter sobre o conceito de força e movimento. Como
requisito básico para o entendimento de outros ramos da física.

Neste âmbito A realização da pesquisa relacionada com a temática em estudo foi


motivada pela frequência com que os alunos utilizam em seu quotidiano, os conceitos de força
e movimento. Onde na maioria das vezes os alunos utilizam-nos de forma errada, do ponto de
vista do conhecimento científico em vigor. Onde essa pesquisa partiu de uma investigação
(diagnóstica) acerca da Análise das Concepções dos Alunos da 8ª classe sobre os Conceitos
de Força e Movimento. Um estudo Baseado em teoria de Kolb. Onde essas Concepções são as
ideias que os alunos apresentam e que não coincidem com os saberes científicos.

Outro motivo que me levou a trabalhar nesse tema é que o processo de ensino sempre
necessita de formas inovadoras e de metodologias voltadas a auxiliar os alunos na
compreensão significativa dos conceitos abordados em sala de aula, buscando fazê-los
estabelecer interacções entre o novo conceito e o já presente na sua estrutura cognitiva
(Ausubel, Novak & Hanesian, 1978).
10

Por outro lado o presente estudo surge da necessidade de abordar duma forma
científica, apresentando, leis e princípios científicos que mostrem aos alunos que a física tem
relação com o seu quotidiano.

1.2.Problematização
Para analisar as concepções dos conceitos de força e movimento da Mecânica
presentes nos alunos, na maioria das vezes utilizam ou concebem de forma errada. Um dos
importantes passos do processo de ensino e aprendizagem (PEA) ocorrido na escola é a
superação ou modificação das concepções que os alunos construíram previamente a
aprendizagem destes Conceitos na escola. As denominadas concepções espontâneas dos
alunos, muitas vezes de alto grau de divergência dos conceitos científicos, podem onerar
sobremaneira a aprendizagem.

Segundo AUSUBEL (1973):

A aprendizagem significativa é o processo pelo qual um novo conhecimento se


relaciona de maneira não arbitrária e não literal à estrutura cognitiva do aluno, de
modo que o conhecimento prévio do educando interage, de forma significativa, com o
novo conhecimento que lhe é apresentado, provocando mudanças em sua estrutura
cognitiva.

Com base no autor acima citado o conhecimento que o aluno trás de casa é
fundamental para o professor, isto porque, é a partir do conhecimento prévio que o aluno trás,
o professor consegue consolidar com o tema a se tratar.

Normalmente são conhecidos no meio lectivo como concepções alternativas, as quais


estão ligadas à estrutura cognitiva do aluno e são corroboradas por experiências sensoriais
presentes no dia-a-dia (Pozo, 1996). De acordo com Driver, Asoko, Leach, Mortimer e Scott
(1999), esse tipo de conhecimento transita entre as concepções espontâneas e científicas, uma
vez que são oriundas de explicações dadas a fenómenos observados e que não são
cientificamente corretas.

De acordo com Villani et al. (1982, p. 125-150),

[...] na realidade há um confronto entre a Física ensinada (oficial) e a


espontânea e sem dúvida o objectivo do ensino é a aprendizagem da oficial;
este confronto muitas vezes se realiza de forma pouco harmoniosa, e seu
11

resultado não é uma visão conceitual coerente e rica, mas a superposição e


justaposição de conceitos de diferentes origens e alcance, que prejudicam
qualquer pretensão de aprofundamento teórico do aluno.

Na visão de Villani et al. (1982), o aprofundamento científico pode ser dificultado


quando um conflito entre perspectivas não se der de maneira mediada. Nesse caso, a
sobrecarga de informações leva o aluno a se ater a um emaranhado de conceitos, causando
uma inconsistência na compressão newtoniana do fenómeno, o qual pode ter sido novamente
interpretado de maneira intuitiva.

Na constituição de tais concepções o quotidiano vivenciado pelos alunos assume


importante papel, por outro lado, quando adequadamente abordado em sala de aula, tal
quotidiano pode se tornar um instrumento de grande valia para a superação destas concepções.
Face à descrição dos problemas citados anteriormente coloca-se a seguinte questão de partida:
Como é que os alunos da 8ª classe concebem os conceitos de força e movimento à luz da
teoria de Kolb?

1.3.Delimitação e enquadramento do tema


O presente trabalho de pesquisa é de natureza qualitativa e propõe – se a analisar as
concepções apresentadas pelos alunos da 8a classe. A presente pesquisa ira decorrer no
período de manhã e num intervalo de 30 dias.

1.4.Objectivos
1.4.1.Geral:

 Analisar as concepções dos alunos sobre o conceito de força e movimento a luz da


teoria de Kolb

1.4.2.Específicos:
 Verificar as concepções apresentadas pelos alunos da 8ª classe na apresentação dos
conceitos de forca e movimento;

 Descrever as concepções apresentadas pelos alunos sobre conceitos de força e


movimento a luz da teoria de Kolb; e
12

 Propor estratégias de compreensão dos conceitos de força e movimento a luz da teoria


de Kolb.

1.5.Hipóteses
 As concepções dos alunos sobre os conceitos de força e movimento a luz da teoria de
Kolb são do senso comum;

 Para os alunos força é a capacidade de carregar alguma coisa; e

 Movimento é caminhar saindo de um lugar para outro;

1.6.Metodologia
É a arte de dirigir o espírito na investigação da verdade; estudo dos métodos e,
especialmente, dos métodos das ciências. Método é o caminho pelo qual se atinge um
objectivo; programa que regula previamente uma série de operações que se devem realizar,
apontando erros evitáveis, em vista de um resultado determinado; processo ou técnica de
ensino: método directo; modo de proceder; maneira de agir; meio (FERREIRA, 1987).

1.6.1.Método de estudo
Nesta pesquisa para o seu desenvolvimento usar-se-á uma metodologia qualitativa. A
pesquisa qualitativa busca entender fenómenos humanos, buscando deles obter uma visão
detalhada e complexa por meio de uma análise científica do pesquisador. Esse tipo de
pesquisa se preocupa com o significado dos fenómenos e processos sociais. Mas sendo uma
análise relacionada também à subjectividade, quais são os critérios do pesquisador? Bem, ele
leva em consideração as motivações, crenças, valores e representações encontradas nas
relações sociais (KNECHTEL, 2014). Escolhi esta metodologia porque: 1º) A pesquisa
qualitativa tem o ambiente natural como fonte directa dos dados e o pesquisador como
instrumento-chave; 2º) A pesquisa qualitativa é descritiva; 3º) Os pesquisadores qualitativos
estão preocupados com o processo e não simplesmente com os resultados e o produto; 4º) Os
pesquisadores qualitativos tendem a analisar seus dados indutivamente; 5º) O significado é a
preocupação essencial na abordagem qualitativa Bogdan (1982 apud TRIVIÑOS, 1987, p.
128-130).
13

1.6.1.Materiais e métodos de pesquisa


1.6.1.1.Técnicas de colheita de dados
De acordo com MSAU (1999) técnicas de colheita de dados é um conjunto de
processos e instrumentos elaborados para garantir o registo das informações, o controle e a
análise dos dados. Elas permitem a colheita sistemática de informação sobre o objecto de
estudo e locais onde estes ocorrem. Para o presente estudo, foram usadas as seguintes técnicas:

1.6.1.2. Técnica de Questionário.


Tal como explica (LAKATOS & MARKONI, 1991,p.39), “consiste na recolha de
informações relacionadas com a obtenção de uma pesquisa através de uma ficha escrita”.
Com esta Técnica pretende-se elaborar questões fechadas para os autores envolvidos nesta
pesquisa. Visando identificar as concepções dos alunos a respeito dos conceitos de força,
movimento e repouso. O questionário vai ser aplicado no início da aula, na turma escolhida de
uma das Escola Secundaria. Onde ao final da aula após ter ocorrido uma explicação do
professor sobre os conceitos de força e movimento, buscando avaliar a aprendizagem dos
conceitos por parte dos alunos.

1.6.3. Técnica de Observação


Segundo MARCONI e LAKATOS (1990, p.45) “a observação direita é uma técnica
de colecta de dados que utiliza os sentidos para compreender determinados aspectos da
realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar factos ou
fenómenos que se desejam estudar. Ajuda a identificar e obter provas a respeito de situações
sobre as quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam seu comportamento”.
Esta técnica será estreitamente utilizada no presente trabalho para ajudar-nos a compreender
melhor certos aspectos tais como: observar os planos dos professores, e os alunos com vista a
e compreender na íntegra quais são as concepções que os alunos têm em relação os conceitos
força e movimento.

1.7.Métodos de pesquisa
1.7.1. População ou universo
O universo, ou população, é o conjunto de elementos que possuem as características
que serão objecto do estudo, (Vergara, 1997). Nesta pesquisa a população , são os alunos da
14

8ª classe. Escolhi esta classe porque e nela onde os alunos tem aula pela primeira vez o
conceito de força e movimento. Pretendo trabalhar com 500 alunos.

1.7.2. Amostra da pesquisa


E a amostra, ou população amostral, é uma parte do universo escolhido seleccionada a
partir de um critério de representatividade (Vergara, 1997). A minha amostra são os alunos da
8ª classe, que são uma parte do universo dos alunos do Ensino geral básico mais
concretamente o primeiro ciclo.

CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA


2.0.Fundamentação teórica
Neste capítulo, estabelece-se uma base científica para um bom enquadramento da
Análise das Concepções dos Alunos da 8ª classe sobre os Conceitos de Força e Movimento.
Um estudo Baseado em teoria de Kolb.

2.1. Concepções.
Para WHITE (1994), concepção é a representações mentais, sistemas complexos de
explicação. Tal como afirma PERDIGÃO, (2002, p. 268) concepção é a rede complexa de
ideias, conceitos, representações e, inclusive, preconceitos – em seu sentido valorativo.
Mas para DUROZOI, (ROUSSEL, 1996, p. 98) concepção é a Operação para a qual o espírito
constrói, sem necessariamente apelar para dados experimentais, um conceito ou ideia geral. É
também chamada hoje em dia de conceitualização. Na psicologia clássica, é o primeiro
momento do ato voluntário: aí o espírito concebe a meta a ser alcançada.
Portanto, essas interpretações, que são conhecimentos pessoais, resistentes a qualquer tipo de
mudança e que podem acompanhar os alunos mesmo na sua caminhada académica, são
denominadas de “concepções alternativas” (CA) (Viennot, 1979).

2.2. Estilos de aprendizagem


Existem inúmeras maneiras distintas de aprender, cada ser humano utiliza uma forma
diversa de aceitação e processamento das novas informações. Neste sentido percebe-se que o
processo de aprendizagem é algo que ocorre de forma interna em cada individuo e
exactamente por isso que existirão formas divergentes de aprender, porém a finalidade é a
mesma para todos “adquirir e assimilar conhecimento”, mesmo que sejam seguidos passos
15

totalmente distintos e para esses diferentes passos surge o chamado Estilo de Aprendizagem
(OLIVEIRA, 2012).
Cada indivíduo pode combinar dois ou mais estilos de aprendizagem mesmo que exista um
estilo que predomine sobre os demais, através da identificação de quais são as vantagens e
desvantagens de cada um dos estilos.

2.2.1. Teoria da Aprendizagem Experiencial de Kolb


David A. Kolb é doutor pela universidade de Haward formado em 1967,ganhador de
quatro títulos de honorários pela sua contribuição na Aprendizagem Experiencial é também
professor de Comportamento Organizacional na Escola de Weatheread de Administração,
localizada nos Estados Unidos, considerado actualmente como um dos mais importantes
teóricos sobre a Teoria da Aprendizagem Experiencial - TAE.
A Sua Teoria está baseada na aprendizagem experiencial que representa um processo de
construção de conhecimento que envolve quatro modos de aprendizagem e se retrata em um
ciclo ou em um espiral onde o aluno passa por quatro etapas que representam o agir, o pensar,
o fazer e o sentir, onde a experiência imediata ou concreta é à base da observação e reflexão
(KOLB E KOLB, 2005).
Com base nesse ciclo com quatro modos de aprendizagem sendo elas a Experiência
Concreta, a Observação Reflexiva, a Conceituação Abstrata e a Experimentação Ativa é que
surgem duas dimensões distintas que representam a subtração: CA-EC e EA-OR que se
relacionam de forma dialética. Kolb propõe que entre a combinação CA-EC será a forma pela
qual o sujeito ira captar a experiência e a combinação EA-OR será a forma de transformar a
experiência (KOLB E KOLB 2005; INÊS, 2009).

2.2.1.1. Inventário de Estilos de Aprendizagem de David A. Kolb


Kolb desenvolveu o Estilo chamado de Inventário de Estilos de Aprendizagem, o
Learning Inventory Styles (LSI) motivado por indagações de como se aprende melhor? Por
que existem ritmos diferentes de aprendizagem? E em seu estudo ele identificou que existem
formas de perceber e de processar o conhecimento, dentre essas formas ele cita: a experiência
concreta, a observação reflexiva, a conceituação abstrata e a experimentação ativa.
(CERQUEIRA,2000).
Para Kolb e Kolb (2005), as diferenças individuais que o sujeito possui são aplicadas
nas diferentes fases do seu ciclo do Inventário de Estilos de Aprendizagem e essas diferenças
16

são o reflexo do equipamento hereditário do ser humano, suas expectativas de vida


particulares, as exigências do ambiente actual e a partir delas é possível escolher melhor entre
as quatro estruturas de aprendizagem do ciclo.
Ele em seu estudo, afirma que é em resposta a esse equipamento hereditário, nossa
experiência de vida particular e exigências no nosso ambiente actual é que desenvolvemos
nossa maneira de aprender entre os quatro modos de aprendizagem propostos, assim, cada
pessoa desenvolve seu estilo pessoal e passa por um ciclo de aprendizagem.
No ciclo surgem as duas dimensões que são combinadas entre experiência concreta
versus conceituação abstracta e entre a observação reflexiva versus experimentação activa e
como resultado dessas duas combinações surgem os quatro estilos de aprendizagem e para
que o ciclo se complete é necessário passar pelas quatro etapas, reiniciando-se em cada
aprendizagem (KOLB E KOLB; SONAGLIO, GODOI e SILVA, 2005, 2013).
Conforme Kolb e Kolb (2005),as principais características dos estilos de aprendizagem que
identificam as preferências dos alunos de forma a estabelecer as suas questões preferidas,
foram assim descritas:
 Estilo Divergente: São bons em visualizar situações concretas em diversos pontos de
vista; são chamados divergentes porque são pessoas que tem melhor desempenho em
situações que exigem a geração de ideias. São indivíduos que tem interesse por cultura,
gostam de lidar com pessoas, tendem a ser imaginativos e emocionais, além disso,
preferem trabalhar em grupo, ouvindo com a mente aberta diferentes pontos de vista.
 Estilo Assimilador: são pessoas melhores para a compreensão de uma ampla gama de
informações e as colocam de forma organizada e lógica, além disso, são menos
focados em pessoas e gostam mais de conceitos abstractos e ideias, gostam de teorias
sólidas de valor prático, lógica. Pessoas com este estilo preferem leituras, palestras,
explorando modelos analíticos, precisam ter tempo para pensar sobre as coisas.
 Estilo Convergente: os convergentes são os melhores em fazer uso prático das ideias
e teorias, pois possuem grande capacidade de resolver problemas e tomar decisões;
preferem lidar com tarefas técnicas e problemas, em vez de questões sociais e questões
interpessoais, preferem experimentar novas ideias, simulações, trabalhos laboratoriais
e aplicações práticas.
 Estilo Acomodador: São pessoas que gostam de fazer planos e se envolvem em
experiências, possuem tendência em agir mais pelos sentimentos do que pela lógica na
resolução de problemas. São tidos como Acomodadores por confiarem e dependerem
17

de outras pessoas para adquirirem informações mais do que fazer uso do seu próprio
julgamento e análise técnica.

2.3.Resultados esperados
Com esta pesquisa espera-se que os alunos possam saber diferenciar os conceitos força
e movimento de modo a que não venham a prejudicar a assimilação dos conteúdos que estão
sendo transmitidos na escola para o seu bem-estar no futuro. E que os alunos saibam
diferenciar os conceitos científicos e do senso comum.

3.Tabela I: Cronograma de actividades


Elaboração do Apresentação Estudo Elaboração
projecto do projecto no de da
2023 Defesa
Curso campo monografia

Janeiro

Fevereiro

Marco

Abril

Maio

Junho

Fonte: autor 2023


18

4.Tabela II: Orçamento da pesquisa


Quantidades Material / Actividades Preço Unitário Total

2 Resma de papel 175,00 350,00

3 Esferográficas 5,00 15,00

1 Câmara digital 6.500,00 6.500,00

1 Corrector 40,00 40,00

6 Alimentação 200,00 1.200,00

3 Transporte / deslocação 160,00 480,00

50 Impressão 2,5 125,00

Custo total 8.710,00

Fonte: Autor, 2023


19

5. Conclusão.

Conclui-se que, a aprendizagem significativa, segundo AUSUBEL (1973), é o processo pelo


qual um novo conhecimento se relaciona de maneira não arbitrária e não literal à estrutura
cognitiva do aluno, de modo que o conhecimento prévio do educando interage, de forma
significativa, com o novo conhecimento que lhe é apresentado, provocando mudanças em sua
estrutura cognitiva.

Com base no autor acima citado o conhecimento que o aluno trás de casa é
fundamental para o professor, isto porque, é a partir do conhecimento prévio que o aluno trás,
o professor consegue consolidar com o tema a se tratar.

Normalmente são conhecidos no meio lectivo como concepções alternativas, as quais


estão ligadas à estrutura cognitiva do aluno e são corroboradas por experiências sensoriais
presentes no dia-a-dia (Pozo, 1996). De acordo com Driver, Asoko, Leach, Mortimer e Scott
(1999), esse tipo de conhecimento transita entre as concepções espontâneas e científicas, uma
vez que são oriundas de explicações dadas a fenómenos observados e que não são
cientificamente corretas.

O processo de ensino sempre necessita de formas inovadoras e de metodologias


voltadas a auxiliar os alunos na compreensão significativa dos conceitos abordados em sala de
aula, buscando fazê-los estabelecer interacções entre o novo conceito e o já presente na sua
estrutura cognitiva (Ausubel, Novak & Hanesian, 1978).

Aliando-se ao tema em estudo neste trabalho, espera-se que os alunos possam saber
diferenciar os conceitos força e movimento de modo a que não venham a prejudicar a
assimilação dos conteúdos que estão sendo transmitidos na escola para o seu bem-estar no
futuro. E que os alunos saibam diferenciar os conceitos científicos e do senso comum.
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6. Referências Bibliográficas.
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