ESTÁGIO DOCÊNCIA: Nayara de Holanda Vieira Possui graduação em Direito pela Faculdade de Direito de Franca - SP(1966), graduação em Serviço Social pela Universidade de Ribeirão Preto (1966). Doutorado (PhD) pela Université de Montreal (1984) e pós-doutorados pela EHESS - Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais- Paris (1991) e Université de Montréal (1996). Especialista em Gerontologia pela SBGG-Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia. É professor titular aposentado e professor emérito da Universidade de Brasília. Conferencista e palestrante. Tem pesquisas e publicações nas áreas de políticas sociais, serviço social, cidadania, criança e adolescente, saúde pública, saúde mental, violência,envelhecimento/velhices/geronto- logia, representações sociais, dentre outras. O QUE O SERVIÇO SOCIAL QUER DIZER Revista Serviço Social e Sociedade, nº 108, 2011 Considerar os PRESSUPOSTOS que historicamente foram construídos para o estabelecimento de uma DEFINIÇÃO DE SERVIÇO SOCIAL; Construção do discurso sobre o Serviço Social - Contextos, determinações sociais, econômicas, culturais e políticas – Início do século XX à primeira década do século XXI; Articulá-lo com as determinações históricas e estruturais de sua construção e desconstrução
Traduzir uma síntese de elementos
constituintes do Serviço Social
Possenti e Souza-e-Silva (2008) consideram discursos constituintes aqueles
que tem como referência uma visão científica ou profissional e que dão sentido a atos de reconhecimento e de legitimidade e também buscam uma coesão em torno dos mesmos; DISCURSOS FUNDADORES DO SERVIÇO SOCIAL Pressuposto do “AJUSTAMENTO DE INDIVÍDUO” Reiterado na profissão antes da Segunda Guerra Mundial
Mary Richmond – Precursora por sistematizar o trabalho social com o
víeis técnico, ainda que conservador, sob a lógica da perspectiva do “diagnóstico” Enfatiza a interação entre o indivíduo, homem e meio social; Contribuição do Serviço Social Norte Americano para a profissão;
Problemas sociais – “deficiências sociais”
“Ajuste às condições sociais “Correção de falhas ou males existentes” da sociedade”
Adaptação ao meio, as condições de trabalho, aos valores
dominantes e a satisfação consigo mesmo; Fontoura (1959) Funcionamento Psicossocial; Maximizar as potencialidades Humanas; Correção do mau Helen Bartlett funcionamento social; Northen (1979) (1984-Brasil) FUNCIONALISMO (Teoria dominante nos EUA) Teorias de Parson (1902-1979) Discurso da adaptação Germain e Gitterman Germain e Gitterman (1995) (1995) Em 1942- Ruptura com essa visão normativa - - Bertha Capen Reynolds coloca o Serviço Social visto na estrutura social – unido com a sociedade contemporânea - Pressupostos que tiveram influência do Marxismo;
Considera o Serviço Social articulado Ruptura com a
com a teoria e a prática visão moralista
1986 - Verdés-Leroux – controle
social implicado no SS se 1970 – Análises do coloca inicialmente como contenção das “classes SS por influência perigosas” – processo de das Teorias de industrialização- pacificação Foucault das classes – “equipamento ideológico” Karz (2004) chama atenção para o processo de reprodução ideológica na sociedade capitalista – controle social – manutenção do status quo Para Faleiros (1972), a implicação ideológica no sentido de um compromisso com a classe trabalhadora foi a questão-chave do movimento de reconceituação na América Latina;
Conforme Faleiros (2005), a reconceituação, de linha
marxiana, foi situada como o oposto ao Serviço Social tradicional com o questionamento crítico na busca de uma fundamentação teórica no marxismo, como fez a Escola de Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais de 1972 a 1975 (Santos, 1982)1 e a Escuela de Trabajo Social de Valparaiso;
A ideia era construir um projeto político da profissão.
Buscava-se uma articulação, um compromisso, do Serviço Social com as reais necessidades da classe trabalhadora em suas relações históricas no contexto das sociedades capitalistas, em geral e em particular; Dessa maneira, o exercício do Serviço Social não se tensiona apenas entre propostas diferentes por parte dos profissionais, mas entre propostas societárias de mudanças;
Nesse sentido, os profissionais brasileiros mobilizados pelas
suas organizações profissionais (CFESS-CRESS-ABEPSS) construíram uma proposta ético-política com compromisso democrático, da cidadania, de participação política e de crítica ao capitalismo e ao neoliberalismo “na luta pela construção de um novo projeto societário que tem como princípios fundamentais a liberdade e a justiça social”;
Essa perspectiva está presente no Código de Ética Profissional
e vem sendo reafirmada nas manifestações políticas dos profissionais, o que se pode constatar nos sites do CFESS e dos CRESS; POSSIBILIDADES: