Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
8USINESS
REVIEW
LIDERANÇA
INOVADORA
On Leoding Through Chonge
◄•HliiHt•iri=l•fi;lli•�ifiiM:W-i:J•i:llJ.ii�if4-i-i:Jll@t,
Liderando mudanças
Por que esforços de transformação fracassam
JOHN P. KOTTER
Resumo executivo
NA ÚLTIMA DÉCADA, o autor acompanhou o esforço de mais de
1 00 empresas que tentaram se reinventar poro se tornar melhores
competidores. Seus pretextos paro tamanho esforço eram os mais
diversos: gestão do qualidade total, reengenharia, rightsizing, re
estruturação, mudança cultural e revitalizações. Em quase todos
os casos, o meto era a mesma: lidar com um mercado novo, mais
desafiador, mudando a forma de conduzir os negócios.
Alguns destes esforços tiveram grande êxito. Outros foram um
fracasso total. A maioria ficou em nível intermediário, tendendo a
se manter no fim da escala. As lições que podem ser tiradas dessa
experiência serão relevantes paro um número cada vez maior de
organizações, pois o ambiente de negócios ficará ainda mais com
petitivo na próxima década.
Uma lição é que a mudança envolve várias fases que, juntas,
costumam ser demoradas. Não convém pular etapas, pois isso só
gero uma ilusão de velocidade e nunca produz um resultado satis
fatório. Uma segunda lição é que erros críticos em qualquer fase
podem ter impacto devastador, diminuindo o ritmo e negando ga
nhos anteriores. As lições de Kotter são elucidativas, pois até mes
mo os gerentes mais capacitados costumam cometer pelo menos
um grande erro.
N . DEC, AaraDAm saecrein
A ULTIMA ompanhei o esforço de ma is de
ventar para se tomar compe ..
100 esas que tent
empr
udores melhores. Entre e1ªs' estavam empr
. esas de grande por..
(La nd mark Commun
.
1ca t
.
1o ns)·
te (Ford) e de pequeno P orte
empresas baseadas nos Estados Unidos (General Motors) e eni
,
outros pa1ses (B n·t·1sh Airlines) ,· empresas em dificuldade fi-
•
nance1ra (Eastern Airli·nes) e empresas que estavam faturando
muito · (B nston-
· Myers Squibb). Seus pretextos para tamanho
.c.
es1orço eram os mai·s dive rsos·· gestão da qualidade total, reen-
genharia, rightsízíng, reestruturação, mudança cultural e re vi-
talizações. Em quase todos os casos, a meta era a mesm a: f azer
mudanças fundamentais na forma de conduzir os negócios a
fim de ajudar a lidar com um ambiente de merca do novo,
mais desafiador.
Alguns destes esforços de mudança corporativa tiveram
grande êxito. Outros foram fracasso total. A maioria ficou em
nível int ermediário, tendendo a ficar no fim da escala. As lições
que podem ser tiradas desta experiência são interessantes e pro
vavelmente serão relevantes para um número cada vez maior de
organizações no ambiente de negócios ainda mais competitivo
na próxima década.
A lição mais geral a ser aprendida nos casos mais bem-su
ce
didos é que o processo de mudança passa por um
a série de fases
que, no total, costumam exigir muito tempo
. Não convém pu
lar etapas, pois isso só gera uma ilusão de
velocidade e nunca
produz um resultado satisfatório. Uma
segunda lição é que erros
críticos em qualquer fase podem ter um
impacto devastador, di
minuindo o ritmo e negando ganh
os obtidos com tanta dificul
dade. Talvez em virtude de nossa
pouca experiência em revitali
zação de empresas, até mesmo as
pessoas mais capacitadas costu
mem cometer pelo menos um gr
ande erro.
Erro 1: Não definir um real
senso de urgência
A maioria dos esforços de mudança bem-sucedidos iniciam-se
quando alguns indivíduos ou grupos começam a verificar com
atenção a situação competitiva, a posição de mercado, as ten
dências tecnológicas e o desempenho financeiro da empresa.
Eles se concentram na queda da receita em potencial quando
uma patente importante expira, na tendência de cinco anos de
margens em declínio em um negócio principal, ou em um mer
cado emergente que todos parecem ignorar. Depois, encontram
formas de transmitir estas informações de maneira ampla e drás
tica, especialmente em relação a crises, crises em potencial ou
grandes oportunidades que são muito oportunas. Essa primeira
etapa é essencial, pois a ativação de um programa de transforma
ção exige a colaboração agressiva de vários indivíduos. Sem mo
tivação, as pessoas não oferecem ajuda e o esforço é em vão.
Comparada a outras fases do processo de mudança, a fase 1
pode parecer facil. Mas não é. Bem mais de 50% das empresas
que observei falham nesta primeira fase. O que leva a essa falha?
Às vezes, executivos menosprezam o fato de que pode ser difícil
tirar as pessoas de suas zonas de conforto. As vezes, menospre-
zam o próprio êxito em destacar a urgência em situações anterio
res. Outras vezes, falta-lhes paciência: "Chega de preliminares;
vamos direto ao ponto." Em muitos casos, executivos ficam pa
ralisados com as possibilidades de desvantagens. Eles receiam
que empregados com senioridade fiquem defensivos, que o mo
ral caia, que os eventos fiquem fora de controle, que resultados
de negócios de curto prazo fiquem comprometidos, que as ações
despenquem e que sejam acusados de ter provocado uma crise.
Um gerenciamento sênior paralisado costuma ser fruto de
um excesso de gerentes e da falta de líderes. A ordem do geren
ciamento é mininuzar o risco e manter o sistema atual em opera
ção. A mudança, por definição, exige a criação de um novo sis
tema, que, por sua vez, sempre exige liderança. A primeira etapa
de r nov aç ã o co s tu m a não avançar e nquant0
de um processo
e
o é p rom o vida O
de su fic i nt de líd ere s reais nã u
uma quantida
e e
es a i n ei ra , o C E O é fundamental.
o alvo da renovação é a em pr t
a em uma d iv isão, o ge e
r n
ça s fà z n ce ss ári
Quando a mudan e e
m nt al . Q ua nd o es ses indivíduos não
te-geral da divisão é funda e
ca mp eões da mudança, a
de s líd r s, ne m
são novos líder es, gran
e e
enorm e desafio
.
primeira etapa pode ser um
os são uma bênção e uma maldi-
Resultados ruins nos negóci
positivo é qu e a p erd a de dinheiro
ção na primeira etapa. O lado
isso também deixa m enos es
não atrai a atenção das pessoas. Mas
ns no s negócios, ocorre
paço para manobras. Com resultados bo
soas da necessi
o contrário: é muito mais difícil convencer as pes
dade de mudança, mas você dispõe de mais r ecursos para ajudar a
fazer mudanças.
Independente do bom ou mau desempenho no ponto de
partida, até mesmo nos casos mais bem-sucedidos que testemu
nhei, um indivíduo ou grupo sempr e facilita uma conversa fran-
" ·
ca sobre fatos potencialmente d esagradáve1·s·. nova concorrenc1a,
menor margem de lucr�, menor participação no mercado, ga
nhos fixos, falta de crescimento da receita ou outros indícios re
levantes de uma posição competitiva desfavorável. Como pare
ce haver �ma t��dência humana quase universal de atacar qu em
traz as mas noticias ' especialm ente se O comandante da empresa
~ ,
nao e um campeão da mudança, execunvos dessas empresas cos-
tumam contar com p essoas de Í4ora para revelar informações in-
deseJa .
· das. Analis tas do Wall Str º � et, elientes e consultores pod em
ser úteis nesse sentidº· O 0b� envo de tod ·
·disse um ex-CEO a essa attvt·d ade, como
,.
" faze de uma empresa europeia de grande port e, é
r com que O status quo pareça m
ais· pen· goso do qu e a revela-
ça- o de algo desconhec1.do,,
Em alguns dos casos
mais bem-sucedidos, um grupo fabri
cou uma crise. Um CEO
provocou deliberadamente a maior
perda de contabilidade
na história da empresa, gerando enormes
pressões de Wall Street
no processo. O presidente de uma divi
são realizou as primeiras
pesquisas de satisfação dos clientes e sa
bia perfeitamente que os
resultados seriam terríveis. Depois, di
vulgou suas descobertas. Isso
pode parecer arriscado demais. Mas
também há risco naquilo que
é seguro demais: quando a taxa de
urgência não é suficientemente
energizada, o processo de trans
formação não pode ser bem-sucedid
o e, no longo prazo, o futu
ro da empresa corre risco.
Como saber se a taxa de urgência é suf
icienteme nte alta?
Pelo que tenho observado, a resposta é: qua
ndo ce rca de 75%
do gerenciamento de uma empre sa está realmente con
venci
da de que man ter os negócios como estão é totalmente inace i
tável. Um valor inferior pode gerar sérios proble mas futuros
no processo.
8. Institucionalizar novas ab
V
ordagens
º Articular as conexões entre os
novos comportamentos e o sucesso corporativo
e Desenvolver os meios para garanti r o dese v lvi
n o men to e a sucessão da lider ança