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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DA

FAZENDA PÚBLICA MUNICIPAL.

SINDICATO Y TRABALHADORES, inscrita no CGC sob número XXXXXXX, com


sede à Rua XXXX, 000, Estado, legalmente constituído e em pleno funcionamento à
10 anos, representando os interesses da categoria por seus advogados infra
assinados, respeitosamente, vêm à presença de Vossa Excelência, para impetrar:

MANDADO DE SEGURANÇA COLETIVO

Em favor de seus associados, contra ato do Sr. COMANDANTE DA POLÍCIA


MILITAR DO ESTADO ALFA, em razão dos fatos e dos fundamentos jurídicos a
seguir expendidos:

DA ENTIDADE IMPETRANTE

A Autora é entidade, é legalmente ​constituído e em funcionamento há 10 anos, que


representa os interesses da categoria​, tendo sua finalidade em amparar e defender
os direitos dos seus sindicalizados.

DA LEGITIMIDADE ATIVA

A autora é entidade legítima para representação coletiva dos seus sindicalizados,


com amparo no Art. 21 da Lei nº 12.016/09, 5º, inciso LXX, alínea b, da CRFB/88.
Uma vez que por se tratar de um Sindicato, este é uma organização sindical, há
mais de um ano de funcionamento, tendo suas defesas amparadas no direito líquido
e certos de parte dos trabalhadores.
DOS FATOS

Sendo discutida nos últimos anos a forte defasagem salarial sofrida pelo segmento
dos trabalhadores que integram o sistema profissional X, em reunião na sede do
Sindicato Y, todos ali presentes deliberaram a respeito de algumas medidas a
serem tomadas em virtude de tal defasagem, medidas estas a serem adotadas
pelos sindicalizados.

Após reunião decidiram os sindicalizados por, por se encontrarem em praças da


capital do Estado Alfa, sabendo que manifestação poderiam resultar em grande
prejuízo à população e até mesmo à economia do país. Ante a isso, tal encontro
seria com a finalidade de debater publicamente seus interesses, mas de uma forma
ordenada e organizada.

Somado ao que foi decidido acima, exposto, seria organizada passeatas semanais
pelas principais ruas da capital, sabendo o Sindicato e seus sindicalizados, que tal
feito é passível de prévia comunicação ao Comandante da Polícia Militar.

Tomando ciência, a partir da comunicação de tais feitos, mesmo com o prazo de


dez dia para que se inicia-se todos os feitos organizados, reunião em praça,
passeata semanal, o comandante da Polícia Militar, em decisão formalmente
comunicada ao Sindicato, decidiu indeferi-los, sob o argumento de que
atrapalhariam o direito ao lazer nas praças e a tranquilidade das pessoas, os quais
são protegidos pela ordem jurídica. Ocorre que, Neste último caso, a comunicação
ao Comandante da Polícia Militar visava apenas a evitar a frustração de reunião
anteriormente convocada para o mesmo local, somado que A legitimidade passiva
do comandante da Polícia Militar decorre do fato de ter exarado decisão impedindo
a realização das reuniões e das passeatas, o que violaria direito líquido e certo dos
trabalhadores sindicalizados, daí a incidência do Art. 1º da Lei nº 12.016/12.

Conforme dispõe a Constituição da República Federal do Brasil, nos artigos 5º,


inciso IV, art. 5º, inciso IX e art. 5º, inciso XVI, ambos os artigos fazem menção e
amparam a livre manifestação do pensamento.

Ante ao indeferimento, este violou direito líquido e certo de parte dos associados do
Sindicato. Como trata-se de um direito coletivo, a impetração do mandando de
segurança é cabível, conforme dispõe o art. 21, parágrafo único, da Lei nº
12.016/12.
DOS REQUISITOS DO PEDIDO DE LIMINAR

Ante exposto o que foi fundamentado nos fatos, a não concessão da liminar, não
sendo essa deferida, há o risco de ineficácia da medida final se a liminar não for
deferida, tendo em vista a urgência da situação, já que as reuniões nas praças e as
passeatas começariam em poucos dias, de modo que o seu adiamento esvaziaria a
força do movimento​.

DOS PEDIDOS

Antes os fatos expostos, requer:

1. concessão da medida liminar, para que a autoridade coatora se abstenha de


adotar qualquer medida que impeça a realização das reuniões e das
passeatas;

2. procedência do pedido, com confirmação da concessão da ordem,


atribuindo-se caráter definitivo à tutela liminar.

3. Dê-se o valor da causa em R$ XXX,XX

Estado Alfa, XX de Outubro de 2020.

OAB/XX n°

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