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Unidade 1 - Análise

Introdução

Observação

Problema e elaboração de hipóteses

Experiência de aprendizagem - etapa 1


Introdução
Olá estudante!

Seja bem-vindo à disciplina MAIS (Métodos de Análise, Investigação e Síntese)!

VIDEOAULA - MAIS – Métodos de Análise, Investigação e Síntese

MAIS - Métodos de Análise Investigação e Síntese


from Ânima Digital

03:02
Esta disciplina foi idealizada para que você possa utilizar seus conteúdos não só no ambiente acadêmico,
mas em todas as etapas da sua vida profissional.

Um dos maiores obstáculos de aprendizagem para quem ingressa no ensino superior é a compreensão dos
textos teóricos das diversas áreas de conhecimento. Muitas vezes, isso gera desânimo e uma consequente
falta de interesse pela leitura dos diversos documentos bibliográficos, impressos e eletrônicos disponíveis.
Em um primeiro momento, a justificativa para o surgimento desse comportamento de desânimo seria a falta
de hábito do aluno leitor com o pensamento e o rigor dos textos científicos e filosóficos. Diferentemente do
texto literário, a leitura científica carece de conhecimento preconcebido para a completa compreensão dos
assuntos nela contidos.

Embora para muitos leitores iniciantes de filosofia e de ciências, principalmente os vindos da literatura não
acadêmica, a compreensão do texto científico possa parecer algo difícil, afirmo com antecedência que é
possível compreender e gostar desse tipo de literatura, desde que se possua uma boa dose de perseverança
e atenção. Como será abordado adiante, ao iniciar o estudo interpretativo, é possível observar que é viável
ultrapassar os obstáculos iniciais e eliminar qualquer vestígio do grande abismo que, por acaso, tenha sido
imaginado.

Não temos como objetivo ser meramente uma disciplina de metodologia de pesquisa, na qual são
apresentados os procedimentos e as normas para a elaboração de trabalhos acadêmicos. Sobretudo,
estamos preocupados com a forma de obtenção de dados, em como pensar assertivamente e utilizar os
conhecimentos em qualquer etapa de sua vida. Temos em vista, principalmente, a forma como você poderá
apresentar seus resultados, de diversos modos e em diferentes esferas do trabalho.

Em cada uma das nossas unidades de ensino, trabalharemos uma série de competências que visam a sua
formação acadêmica e profissional, de modo que você seja apto a ser um profissional do século XXI.

Desejamos que você aproveite todo o nosso conteúdo!

Bons estudos!

Introdução à unidade de ensino

Observar um fenômeno é mais do que apenas “olhar” o que está acontecendo. É também prestar atenção
máxima aos detalhes que são pertinentes à interpretação de forma fidedigna, para que possamos
compreender todas as implicações do que foi observado. Dessa forma, podemos chegar a conclusões
importantes sobre a dinâmica do evento em questão, elaborar hipóteses para sua explicação, e, em alguns
casos, desenvolver modelos que possam explicar, em termos simples, o evento que está ocorrendo.

Para realizar uma observação de forma eficiente, é preciso se atentar a vários detalhes. Neste conteúdo,
pretendemos abordar algumas técnicas de observação que irão nos ajudar a observar um fenômeno de
forma correta e fiel, sem que os nossos pré-conceitos interfiram na descrição desse fenômeno.

Ao final deste conteúdo, você será capaz de:

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Observação
Vamos verificar como realizar corretamente os processos de observação. Esses processos são de grande
valia para todas as áreas do conhecimento, pois irão fundamentar não só os nossos trabalhos, mas toda a
nossa vida profissional, auxiliando em escolhas e modificações de processos.

FIGURA 01 - Benjamin Franklin

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Todas as bases do processo de análise estão fundamentadas na observação de fenômenos, que podem ser:
biológicos, físicos, químicos, midiáticos sociais etc. Para tanto, vamos iniciar discutindo um pouco sobre o
que é conhecer e o que é conhecimento:

Exemplo
ed ossecorp od odatluser o É
ed otejbo o ertne oãçaler a É
ad oãçpecrep/oãçairporpa
ajesed euq otiejus o e odutse
oãçatneserper a uo edadilaer
.ol -ádutse
ad avitacifingis amrof ed
.edadilaer

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Portanto, podemos verificar que, de acordo com a forma de obtenção ou percepção do conhecimento, temos
o conhecimento sensível, no qual observa-se a modificação de alguma característica palpável do sujeito a
ser observado. Nesse caso, os produtos desse conhecimento poderão ser conceitos, leis e teorias.

Também temos o conhecimento intelectual, no qual são observadas as criações dos pensamentos, como a
lógica e a filosofia.

Ainda podemos orientar o tipo de conhecimento de acordo com a forma de apropriação, como pode ser visto
a seguir.

INFOGRÁFICO 01 - Tipos de conhecimento


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VIDEOAULA - Entendendo ciência

Entendendo ciência
from EAD ANIMA
02:20

É o conjunto de acontecimentos que podem ser descritos. Neste caso, o sujeito que conduz a pesquisa vai
até o local onde ocorrem os fenômenos. Essa técnica não consiste apenas em ver ou ouvir, mas também em
examinar tais fenômenos. O envolvimento do condutor da pesquisa é de grande importância, assim como o
período e a duração das observações.

FIGURA 02 - Tipos de observação


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Para realizarmos uma observação que possa ser utilizada em nossa vida acadêmica/profissional, é
necessária atenção a algumas regras:

FIGURA 03 - Regras de observação


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Ao nos atentarmos a essas regras, estaremos assegurando o relato do fenômeno e, dessa forma, poderemos
passar para a próxima etapa, que se trata dos questionamentos em torno daquilo que observamos

Nessa etapa, abordamos a elaboração do problema, ou a fase de questionamentos. Em geral, as perguntas


mais comuns acerca de um fenômeno são:

Por que esse fenômeno ocorre?

Como esse fenomeno ocorre?


Quais são os fatores que originaram esse fenômeno?

Geralmente, essas perguntas não podem ser respondidas somente com a observação. Muitas vezes, é
necessário que uma pesquisa bibliográfica seja realizada, pois necessitamos de uma base teórica para que
possamos passar para a etapa seguinte: a elaboração de hipóteses.
Problema e elaboração de hipóteses
A formulação do problema envolve o esclarecimento do motivo da pesquisa. Devem ser definidas duas
questões: “o quê?” e “como?”.

FIGURA 04 - O pensador

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Não se esqueça que é muito importante observar a viabilidade, a relevância, a novidade, a exequibilidade e a
oportunidade que o problema traz à tona. A formulação do problema deve sempre ser feita na forma
interrogativa, e precisa ser clara, precisa, objetiva e ter, pelo menos, uma solução plausível. Também precisa
ter um relacionamento com duas ou mais variáveis, ser objeto principal da revisão da literatura e da reflexão
pessoal do autor.
Atenção

É importante saber que o problema pode ser formulado na forma afirmativa quando se tratar de uma
questão norteadora para o autor. Isso, claro, se o pesquisador analisar que essa forma é a mais
adequada em relação ao objeto que está sendo investigado. Nessas situações, costuma -se colocar o
problema como “questão norteadora” e não como problema da pesquisa. Nesse caso em particular,
não são criados enunciados para delimitar as hipóteses.

Exemplo

A sociedade atual está cada vez mais acostumada com o uso da internet, e esse uso costuma trazer
alguns benefícios, mas também tem causado danos psicológicos, como a dependência, em casos
extremos.

Dentro do ambiente acadêmico, o uso da internet ainda não é uma realidade em todas as
faculdades. Ele auxiliaria na aprendizagem dos alunos? Como medir o desempenho com a internet?
E qual controle deve ser feito sobre o uso de redes sociais dentro desse ambiente?

A elaboração de hipóteses consiste na tentativa de responder às perguntas elaboradas anteriormente e que


nortearão nosso trabalho, a fim de que o que foi observado possa ser estudado com profundidade. Para a
elaboração de uma boa hipótese, devemos levar em conta três passos importantes:

A redação de uma hipótese deve ser clara e objetiva;


Devemos estabelecer relação entre as variáveis;

A hipótese deve ser passível de teste.

Quando elaboramos as hipóteses seguindo essas regras, podemos confirmá-las ou refutá-las. Veja o estudo
de caso a seguir, que demonstra o passo a passo da construção de uma boa hipótese.

VIDEOAULA - Estudo de caso

Estudo de caso
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01:03
As hipóteses de uma pesquisa são consideradas como as respostas provisórias dos problemas. Essas
respostas são suposições do autor e, ao final da pesquisa, podem ser validadas ou refutadas. A principal
hipótese costuma ser chamada de hipótese básica, a ser complementada por outras hipóteses.

As hipóteses possuem as seguintes características:

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E devem ser formuladas sob os seguintes aspectos:


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Veja na videoaula a seguir alguns pontos sobre os quais você deve se perguntar:

VIDEOAULA - Hipóteses

Hipóteses
from Ânima Digital
01:31

Exemplo

Hipóteses:

- A internet é benéfica para a aprendizagem do ensino superior.

- A internet pode dificultar a aprendizagem no ensino superior.

- A internet não deve ser implementada como uma forma de aprendizagem, pois o controle de redes
sociais ainda é precário.

Saiba Mais

Na figura 04, é apresentada uma compilação de como fazer um trabalho acadêmico em etapas.
Observe a sequência de pensamentos que são necessários para fazer um bom trabalho acadêmico.

FIGURA 05 - Etapas de elaboração de um trabalho acadêmico


Ver mais

Chegamos ao fim deste conteúdo. O material apresentado aqui está longe de esgotar todo o assunto, por
isso, para ampliar e solidificar os seus conhecimentos, é muito importante a consulta de outras fontes
bibliográficas, como as que estão em nossa bibliografia, disponíveis na biblioteca digital.

A observação de fenômenos, bem como a elaboração de hipóteses para corroborá-los, refutá-los ou explicá-
los deve ser constantemente exercitada, para que essa habilidade seja cada vez mais apurada.

Para complementar os seus conhecimentos, acesse a trilha do LAIV no tema Pensamento


Crítico, estações 13 e 14, e conheça um pouco mais sobre algumas estratégias de raciocínio
importantes no método científico e nas ciências como um todo.

Referências

GIL, A. C.. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.

JUNG, C. F.. Metodologia Científica: ênfase em pesquisa tecnológica. 2003. In: Slideshare. Acesso em: 10 jul.
2017.

KÖCHE, J. C.. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e iniciação à pesquisa. 24. ed.
Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

MARCONI, M. de A.; LAKATOS, E. M.. Fundamentos de metodologia científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007.

MINIWIDE. Researchers in the science lab and various laboratory concept designs. Acesso em 02 jun.
2018.

NASCIMENTO, D. M. do. Metodologia do trabalho científico: teoria e prática. Rio de Janeiro: Forense, 2002.

NLSHOP. Man watching the Rodin's thinker. Acesso em 02 jun. 2018.

PRODANOV, C. C.. Manual de metodologia científica. 3. ed. Novo Hamburgo, RS: Universidade Feevale,
2006.

SAPIA, J. E.. Elementos que compõem um trabalho científico: estrutura de um trabalho científico. In:
Emaze. Acesso em: 10 jul. 2017.

SEVERINO, A. J.. Metodologia do trabalho científico. 22. ed. rev. ampl. São Paulo: Cortez, 2002.

THOMAN, C.. Ben Franklin. Acesso em 02 jun. 2018.


Experiência de aprendizagem - etapa 1
Objetivos de aprendizagem:

Observar fenômenos a partir das técnicas estudadas;


Interpretar fenômeno sem pré-julgamento;
Elaborar uma questão problema - viável, exequível, relevante.

Ciência para quê? Como se faz Ciência?

Podemos iniciar uma pesquisa observando nosso dia a dia? Pois bem... vamos observar a nossa volta situações, fenômenos relacionados a sua área de
formação. Observe-os, descreva-os, conforme nossos estudos nos materiais. Escolha pelo menos 3 desses fenômenos que estejam relacionados a sua
área de formação e descreva-os.... Professor, como faço? Leia com atenção a Unidade 1 do nosso material, veja os conceitos e exemplos. Leve suas
anotações para o encontro presencial 1, pois serão imprescindíveis.

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